Fanfic: Sonho

Christopher: Então fala machão, anda fala rápido, FALA ! - Ele gritou

Poncho: É que eu não suporto gente como você.

Christopher: Você nem me conhece

Poncho: Mas conheço seu tipinho, filhinho de papai, mimado e egoista, acha que é o centro do universo, mas adivinha só .. você não é não é nada no mundo.

Christopher: Você é muita coisa né ? Você faz a diferença na vida de muitas pessoas né ? Você não é nem um pouco melhor do que eu, pra você chegar a aqui na minha cara e falar isso no mesmo nivel que eu, não deve ser muito melhor. Só que temos uma diferença, eu não sou um favelado.

Poncho: Eu não sou nenhum favelado, só não sou um milionário esnobe. E pode ter certeza que eu tenho mais pessoas que você, porque as pessoas ficam do seu lado por interesse e as pessoas que ficam do meu lado é pelo simples fato de gostarem de mim. Você nunca vai saber se as pessoas realmente o querem bem.

Acho que essas palavras de Poncho abalaram Christopher, mas ele não iria chorar e nem deixou transparecer que estava chateado, ele continuava com o mesmo olhar debochado de antes.

Christopher: Você não tem como saber. Não conhece meus amigos. E você não deve ter tantos amigos assim. Você só conversa com a ruivinha.

Sim, a ruivinha era eu, eu era a ruivinha, e me deu uma sensação, um certo nervosismo, um frio na barriga. Ele sabia que eu existia, ele sabia que eu estava ali e sabia quem eu era, só não sabia meu nome.

Poncho: A ruivinha tem nome, é Dulce.

Christopher: Tanto faz, não me importa o nome, e sim que é a unica pessoa com quem você conversa, pra mim não vai demorar dois recreios e já vou estar cercado de garotas.

Agora ele sabia, ele sabia meu nome e nem ligava pra isso. Não entendo, porque me preocupo com o que ele pensa, ele não é importante pra mim, ou pelo menos não deveria ser. Resolvi me meter na conversa, da forma mais amigável.

Eu: Christopher, as pessoas que viram suas amigas de uma hora pra outra não são verdadeiras.

Poncho: Deixa Dulce, ele não entende, não vamos perder tempo ajudando alguem que não quer ser ajudado.

Christopher: Eu não preciso de ajuda, sou feliz assim. E aliás, Dulcezita você não tem cara de muitos amigos não. Por acaso alguem além do Poncho é seu amigo, ou as pessoas só fingem que você não existe ?

Eu:  eu, eu ...

Poncho: Para de ser um imbecil, mesmo que seje dificil mudar, porque imbecíl já é de nascência. E eu sei que vou me ferrar falando isso, como seu pai mesmo disse.

Christopher: Meu pai oque ? Meu pai veio aqui ? O que ele falou ? Me conta agora .

Poncho: uuu, ficou brabinho. Mas agora vai ficar na dúvida, pergunta pra ele, vocês não se amam tanto ?

Christopher: Cala a Boca e me conta, ou eu parto a sua cara

Poncho: Não tenho medo, vem, vem me bater.

Eu: Calma meninos.

Anny: O clima ta muito pesado aqui.

Anny saiu da sala, e Vick a seguiu como sempre. Quando percebi só estavam eu, Poncho e Christopher.

Christopher: Eu to calmo, só fala pro seu amiguinho se controlar e não falar mentiras.

Eu: Se controla Poncho, e não é mentira. Todos sabem que você é o filho do Bustamante.

Christopher: Como ?

Eu: Ele veio aqui ontem, e avisou pra ninguem se meter contigo se não eu não lembro oque, mas era alguma coisa ruim, e acho que ele pasou nas outras turmas, então provavelmente ninguem vai se meter contigo.

Christopher: Eu não.. Ele não...

Christopher perdeu as palavras, parecia que agora se entregou a emoção que sentia, ele estava maguado, e dava pra perceber isso. Parecia até que ele queria chorar, mas não chorou.

Christopher: E porque vocês estão falando comigo ? Vocês dois não tem medo ?

Poncho: Acho que não temos medo. Acho que a Dul está com medo, mas mesmo assim ela está te ajudando. Ela tem um grande coração e você ta tentando magoar esse coração.

Christopher: Desculpa Dul, eu fui mesmo um idiota, você só estava tentando me ajudar e eu aqui fui ignorante. Desculpa ?

Era uma pergunta, e pela cara dele não tinha certeza da resposta. Na verdade, nem eu tinha certeza da resposta. Mas ele parecia estar sendo sincero, e eu queria confiar nele, não sei porque, eu sentia uma certa alegria em estar perto dele.

Eu: Eu te desculpo, você pode até andar com a gente no recreio, se não se sentir encomodado de estar perto de gente " não milionária ".

Christopher: Eu adoraria - Ele segurou minhas mãos - E obrigada .