Fanfic: Vencendo Barreiras

- O que aconteceu? - Ucker correu na direção de Dulce e a abraçou.

- Oi Ucker. - ela o cumprimentou retribuíndo ao abraço. - A Nicole teve febre hoje de manhã e eu a trouxe pro hospital.

- E se agora me avisa? - Ucker disse em um tom alto.

- Baixa o seu tom de voz comigo, ok? - Dulce o encarou séria. - Eu tentei te ligar duas vezes pela manhã, mas você não atendeu. Deixei duas ou três mensagens na sua secretária eletrônica. E você não deu nenhum sinal de vida.

- Mas... E o que ela tem? - Ucker pergutou.

- Nem eu sei ainda. - Dulce suspirou preocupada. - O médico ainda está examinando ela.

- Ucker... Por que não me esperou?

O sangue de Dulce ferveu ao ouvir aquela voz. Olhou para o lado e viu Belinda se aproximando dos dois.

- Por que não me esperou bebê? - Belinda abraçou Ucker.

- Desculpe Belinda. Mas minha filha está no hospital. Não posso ficar esperando você sair do banheiro.

- Tudo bem bebê. Eu te entendo. - olhou para Dulce que fazia cara de impaciente. - Olá Dulce. Como vai?

- Eu ia muito bem Belinda. Mas como percebeu minha filha está no hospital e eu nem sei o que aconteceu com ela. Então tire suas conclusões. - Dulce se afastou e sentou nas cadeiras do corredor.

- Belinda... - Ucker olhou para a esposa. - Deixa ela. Não vê que ela não está bem?

- Qual é o problema dessa Dulce, hein? - Belinda olhou para ela que estava sentada com a cabeça apoiada nas mãos.

- Belinda... por favor. Fica na sua hoje, tá? Nem fale com ela.

- Tudo bem. - Belinda pareceu magoada mas não disse nada.

- Eu vou ali conversar com a Dulce.

Belinda assentiu e Ucker foi até Dulce. Sentou-se ao lado da ex e a encarou.

- E o Victor? - Ucker perguntou. - Deixou com sua mãe?

- Não. - ela finalmente ergueu a cabeça e o olhou. - Está na escola, como todos os dias. Faltam dez minutos para ele sair.

- Então alguém tem que ir buscá-lo. - Ucker se levantou.

- Não precisa Ucker. - Dulce o puxou pelo braço. - Aarón vai fazer o favor de buscar ele pra mim.

- Hunf... - Ucker sentou. - O Aarón é? - Dulce assentiu. - E como vocês vão? - ele fingiu desinteresse.

- Estamos muito bem Ucker. Há cada dia que passa tenho a certeza de que ele é o homem certo pra mim.

Ucker sentiu um grande aperto no peito. Doeu ouvir aquilo.

- Que bom... Você parece estar apaixonada mesmo.

- Sim Ucker. Eu estou apaixonada por ele. E estamos muito felizes juntos.

O silêncio reinou no corredor. Belinda os observava de longe. Não queria atrapalhar a conversa. Mas estava morrendo de ciúmes. O médico apareceu no corredor e rapidamente, Dulce levanta da cadeira, seguida de Ucker.

- E aí doutor? - Ucker perguntou.

- É o pai da menina? - o médico perguntou e Ucker assentiu. - Preciso conversar com vocês. Por favor entrem em meu consultório.

Os três entraram na sala. Quem quebrou o silêncio foi o médico.

- Eu andei fazendo alguns exames na Nicole. Ao que tudo indica... ela tem leucemia.

Uma lágrima rolou pelo rosto de Dulce. O coração de Ucker acelerou.

- Tem certeza doutor? - Ucker perguntou preocupado.

- Tenho Ucker. - o médico suspirou. - É uma leucemia linfóide aguda. É um câncer das células brancas do sangue. É uma doença maligna.

- E como é o tratamento? - Ucker que fazia as perguntas.

- O tratamento é realizado por poliquimioterapia. Mas dependendo do caso dela, precisaremos de um transplante de medula óssea.

Dulce suspirou. Os olhos estavam vermelhos e algumas lágrimas caiam de seus olhos.

- Posso vê-la, doutor? - Dulce finalmente se manifestou.

- Claro que sim. Eu os acompanho.

Os três foram em direção ao consultório que Nicole estava. Dulce sentiu seu coração apertar ao ver a filha na cama do hospital.