Fanfic: Benditα Tu Luz ~♥
Promento tenta posta a segunda temporada, dedicado a anjo doce
- Cega? – questionou ele ainda surpreendido com a informação.
- Sim...ela não olhou para o meu rosto nenhuma vez, em vez disso, tateou a cama inteira para conseguir descobrir onde estava.
Christopher abriu ainda mais os olhos.
- Cega? – murmurou para si mesmo, um pouco decepcionado.
- Qualquer coisa não hesite em me chamar, não sairei do Hotel.
Enrique
lhe deu duas tapinhas nas costas e saiu do quarto. Christopher passou a
mão no rosto, estupefato. Cega? Foi caminhando de volta ao quarto, onde
a encontrou adormecida entre os lençóis brancos de sua cama. Se escorou
em um dos quatros postes da imensa cama, e ficou a observá-la.
Cega?
Aqueles
olhos não poderiam vê-lo. Os olhos mais perfeitos que já viu na vida,
não podiam vê-lo! Tragou a saliva, observando aqueles cabelos vermelhos
espalhados pelo travesseiro branco. Sentiu um aperto no peito. Por que
ela queria tirar a própria vida?
Ah... Bendita a hora que estava ali para salvá-la!
Bendito el lugar
Y el motivo de estar ahí
Bendita a la coincidencia
Bendito el reloj
Que nos puso a puntual ahí
Bendita sea tu presencia
Tinha que haver outro caminho para seguir. Ela não poderia desistir assim.
Mas
o que estava pensando? A pouco mais de meia-hora a havia tirado do mar.
Agora também queria entender todos os seus problemas, para
solucioná-los depois? O que estava acontecendo com ele? Sacudiu a cabeça
em protesto. Tinha que colocar na cabeça que ele não tinha nada a ver
com os problemas dela. Não tinha nada a ver com ela.
Suspirou
relembrando de seus cabelos esvoaçando com o vento, enquanto ela estava
sentada na areia. Piscou os olhos e viu seu rosto bronzeado, seus
ombros...franziu a testa ao ver a mancha vermelha no colo dela da
pressão que fez na massagem cardíaca. Seu peito subia e baixava com
tranqüilidade, fazendo com que ele suspirasse. Ela era tão bonita.
Desejava poder saber por que uma criatura tão encantadora queria deixar
de viver. Ele não conseguia aceitar esse fato.
Cega?
Frustrado,
deu as costas à cama e saiu do quarto, para chamar aos gritos, a
empregada que estava encarregada da limpeza da cobertura. A pediu que
tirasse o biquíni e o short molhado da moça, e lhe deu uma camisa dele,
para que pusesse nela. E ouviu como alguém batia na porta de seu quarto.
Ele caminhou de pés descalços até a sala e abriu a porta da cobertura.
Para dar de cara com o namoradinho surfista! Por pouco não deixou
escapar uma careta de desaprovação. O tipo levava somente um short
abaixo dos joelhos e uma camisa regata branca, estava com os pés
descalços, e os cabelos castanhos claro, emaranhados. Mas a preocupação
estava ali, quando fitou aqueles olhos cor de café. As linhas de seu
rosto endurecidas, a boca carnuda franzida, como se estivesse
transtornado, mais bem, furioso.
- Onde ela está? – perguntou o surfista, fazendo menção de entrar.
-
Primeiro me diga quem é você e por que não estava cuidando dela quando
estava em perigo. – indagou Christopher com o olhar desafiador.
- Escuta aqui...
-
Escuta aqui você rapaz, como é que você deixa sua namorada sozinha? –
sua irritação chegava a um nível que ele mesmo desconhecia e se
assustava. – Ela quis se matar! – exclamou Christopher irritado.
-
Namorada? – disse o desconhecido com a testa franzida. – Me chamo Juan
Luis Espinoza, e você está com a minha irmã aí dentro! – exclamou Juan
com impaciência. – Eu estou preocupado, eu estou irritado e estou me
contendo por não colocar essa porta abaixo.
Christopher viu Juan apertar os punhos, enquanto de sua boca expeliam gotículas de saliva pela profunda irritação.
- Irmã? – perguntou Christopher com mais calma.
- Minha irmã mais nova. Vai me deixar entrar ou vou ter que colocar porta abaixo?
Christopher
negou com a cabeça, não evitando dar um sorrisinho de satisfação. Logo
sacudiu a cabeça. Satisfação pelo que? Humm... Abriu espaço para ele
entrar.
- À segunda porta a direita.
Avisou quando viu o
irmão da moça olhar meio tonto para a enorme habitação cheia de portas. O
seguiu sem pressa, caminhando a passos lentos. Entrou no quarto e ficou
observando como o irmão da moça a colocava nos braços.
- Deixe-a
aí! – disse empurrando o irmão da moça, para que ele a deixasse
dormindo. – Ela está muito nervosa ainda por tudo o que aconteceu. Se
você levá-la, será pior. Deixe-a aí, quando ela acordar eu mando alguém
chamar sua família.
Juan levantou-se da cama em silêncio, ainda fitando sua irmã deitada na cama.
-
Não é a primeira vez que ela faz isso... – murmurou Juan visivelmente
chateado com a situação, virando-se para o homem que estava escorado na
porta.
- Faz o que?
- Que ela tenta tirar a vida. – disse Juan caminhando para fora do quarto.
Christopher
foi se encaminhando para uma das três portas que dava acesso a sacada
da habitação. Os dois olharam para o mar cristalino do Caribe em
silêncio. Enquanto Christopher estava cada vez mais curioso sobre a
história dessa jovem. Sentia como se fosse seu direito saber por que ela
quis tirar a própria vida.
- Cega? – perguntou Christopher, voltando-se para Juan que assentia em silêncio. – Desde quando?
-
Desde criança. Aos dez anos ela perdeu totalmente a visão. Antes disso,
ela ainda conseguia ver algumas coisas com ajudas de óculos ou lentes,
mas foi perdendo a visão gradativamente. – disse Juan colocando os
cotovelos no muro da sacada. – Minha mãe teve rubéola congênita quando
estava grávida. Dulce nasceu com a visão subnormal.
- Dulce? – Christopher franziu a testa.
- O nome dela, Dulce María.
- Humm... Dulce... - repetiu ele – Dulce María. É um nome bonito.
Juan ignorou o que Christopher disse sobre sua irmã.
-
Minha mãe não sabe o que aconteceu e eu queria que o Senhor pedisse aos
seus empregados para não deixá-la saber. – respirou fundo ao encarar o
olhar confuso de Christopher. – É hipertensa.
- Você sabe qual é o motivo para ela querer se... ? – tragou a saliva sem coragem de terminar a frase.
-
Não consegue aceitar que é diferente. Sempre foi assim desde menina. E
mais ainda agora... – se calou virando-se para ver o horizonte. – meus
pais estão dificultando as coisas, e ela acha que é porque têm pena. E
ela está certa...é isso o que eles sentem e não fazem nenhum esforço
para dissimularem.
Christopher sentiu um aperto no peito e respirou fundo, virando-se para olhar para o horizonte.
-
Ela está sofrendo. Quisera eu poder amenizar todo o sofrimento dela.
Não é fácil você viver hoje em dia como ela, passando quase 24 horas do
dia em casa. Não tem muitas amigas, não vai mais a escola, não sai para
nenhum lugar, não tem namorado...tem somente a nós, pessoas que não
podem viver 24 horas dias para ela. Ela se sente uma carga
desnecessária, ou seja, se acha uma inútil. Ela odeia quem sente pena
dela e é só o que os outros conseguem sentir por ela. – bufou Juan
irritado. – Se bem que meus pais não fazem nada para melhorar esse caso.
Acham que só por ela ser cega...não tem vida. Meu pai é um bruto e
minha mãe uma desinformada... e eu me sinto no dever de proteger minha
irmã dos dois.
Christopher sentiu-se mal por ouvir semelhante história. Não queria se colocar no lugar dela.
-
Todo ano saímos de Durango para estarmos no Caribe. Ela gosta daqui, é
onde ela se sente bem... – Juan esboçou um sorriso. – Ela gosta do mar.
- Vocês vivem em Durango? – perguntou Christopher.
- Sim.
- Pensei que não viviam no México. Parecem mais da América do Sul.
-
Meu pai é venezuelano, minha mãe é mexicana. – suspirou olhando para as
pessoas que se divertiam na praia. – Muito obrigado. – voltando-se para
ver Christopher. – Você salvou a pessoa que mais amo na vida.
Christopher tragou a saliva, esboçando um sorriso envergonhado.
- Não foi nada, faria quantas vezes fossem preciso.
- O Senhor foi...
- Christopher, me chame de Christopher. – o interrompeu. – Não acho nem que seja mais velho do que você.
Juan
sorriu assentindo. Não dava mais de vinte e três anos para Christopher.
Na verdade, Christopher tinha vinte e quatro anos completados uma
semana antes de chegar ao Caribe para descansar e verificar como estavam
todo o orçamento de um dos hotéis que pertenciam a seu pai.
- Sabe, Juan... – esboçou um sorriso. – me enganei a seu respeito.
- Como?
- Pensei que era um surfista burro e idiota.
Juan caiu na gargalhada ao ouvir tamanho absurdo.
-
Eu? Surfista? – Christopher assentiu. – Sou um péssimo nadador e nunca
peguei em uma prancha. Na verdade, sou engenheiro eletrônico e técnico
em informática, nas horas vagas.
- E eu sou um péssimo fisionomista.
Os dois sorriram divertidos. Até Juan olhar as horas no relógio.
-
Quero levá-la daqui. Minha mãe deve estar voltando do passeio de
escuna. Não podem saber que ela esteve aqui e nem do que fez mais cedo.
- Se quiser levá-la, eu posso lhe ajudar.
-
Você já fez muito por nós. Muito obrigado por tudo. – estendendo a mão
para Christopher, quem imediatamente a estreitou com a sua. – Nunca
vamos poder lhe pagar por isso.
-
Faça a sua irmã feliz e tire essa idéia absurda da cabeça dela. – os
dois soltaram-se as mãos. – Não posso aceitar que uma moça tão bonita
possa estar tão triste.
- Vou fazer o possível para fazê-la feliz.
Christopher
o acompanhou até o quarto. Juan enrolou Dulce no lençol e a pegou,
ainda adormecida, nos braços e a tirou da cama, levando-a com
tranqüilidade como se estivesse acostumado a carregá-la. Christopher o
ajudou a abrir a porta e logo entrou no elevador com os dois, enquanto
desejava imensamente ver aquele olhar mais uma vez. Cega? Por Deus,
quase não poderia acreditar. Chegaram ao andar onde estavam hospedados e
Christopher mais uma vez abriu a porta. Entrou no quarto que Dulce
dividia com a mãe e ficou reparando em algumas coisas, enquanto Juan a
deitava na cama e a cobria com o lençol, franzindo a testa ao perceber
que Dulce estava somente com uma blusa por cima do corpo. Virou,
imediatamente, o rosto para Christopher, quem percebeu a ira nos olhos
dele.
- O que você fez com a minha irmã, seu...
Meninas comentem plixx
Autor(a): vondyice
Este autor(a) escreve mais 11 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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- O que você fez com a minha irmã, seu...Christopher o interrompeu antes que ele falasse alguma coisa.- Ela tinha que estar aquecida. – disse calmamente, enquanto Juan virava para ele com o olhar assassino.- Eu sou capaz de matar qualquer um que se aproveite dela!- Hey, eu não fiz nada, ok? – se defendeu Christopher ao perceber que Juan av ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 472
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anjodoce Postado em 12/10/2010 - 02:29:43
LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
QUERO MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
*-* -
anjodoce Postado em 09/10/2010 - 00:27:11
DESCULPA O SUMIÇO, ESTAVA SEM NET.
POSTA MAIS PLIXXXXXXXXXX
*-* -
anjodoce Postado em 09/10/2010 - 00:27:10
DESCULPA O SUMIÇO, ESTAVA SEM NET.
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*-* -
anjodoce Postado em 09/10/2010 - 00:27:08
DESCULPA O SUMIÇO, ESTAVA SEM NET.
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anjodoce Postado em 09/10/2010 - 00:26:59
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anjodoce Postado em 09/10/2010 - 00:26:58
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anjodoce Postado em 09/10/2010 - 00:26:57
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anjodoce Postado em 09/10/2010 - 00:26:55
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moreninhavondy Postado em 01/10/2010 - 16:52:15
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moreninhavondy Postado em 01/10/2010 - 16:52:15
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