Fanfic: Benditα Tu Luz ~♥

- O que você fez com a minha irmã, seu...

Christopher o interrompeu antes que ele falasse alguma coisa.

- Ela tinha que estar aquecida. – disse calmamente, enquanto Juan virava para ele com o olhar assassino.

- Eu sou capaz de matar qualquer um que se aproveite dela!

-
Hey, eu não fiz nada, ok? – se defendeu Christopher ao perceber que
Juan avançava para ele. – Pedi a uma empregada que a despisse e que
colocasse algo seco nela. Não tenho culpa se só havia a minha camisa
disponível!

Juan se acalmou, ainda que desconfiasse dessa
presteza toda do dono do Hotel para com sua irmã. Christopher observou
os pacotes de chocolate que haviam do lado da cama dela, e um mp4 player
branco em cima dos chocolates, e um aparelho de dvd portátil.

- Vou pedir para trazerem o melhor chocolate que tivermos na cozinha.

Juan voltou-se para vê-lo e o fitou com confusão.

-
Ela gosta de bolo de chocolate? – Christopher sorriu ao ver como Juan
assentia. – Mandarei que tragam um bolo de chocolate até aqui. E hoje o
jantar é por minha conta, deixarei tudo avisado ao gerente.

- Não podemos aceitar.

- Por favor, eu insisto!

Juan então assentiu ao ver como Christopher não tirava os olhos de sua irmã.

-
Vou deixá-la dormindo agora. – disse Juan no intento de Christopher se
dar conta e sair do quarto, não estava gostando nada do jeito que ele
olhava para Dulce.

- Hã? Ah sim... – se recompôs imediatamente, virando-se para sair. – Cuida dela.

Juan assentiu sorrindo, enquanto via-o deixar o quarto. Voltou o olhar para a irmã.

-
Como foi fazer isso de novo, Naca. – sorrindo ao ver a irmã ressonar. –
Parece conseguiu a atenção do dono do Hotel. Só não me parece uma boa
coisa deixá-los sozinhos. Não sei ainda o que ele quer com você e nem
quero saber. Não gostei do jeito que ele te olhava.

Deixou Dulce sonhando e saiu com os pensamentos embaralhados para o banheiro.

- Nosso herói está pronto para a festa? – brincou Diego fazendo os outros sorrirem.

-
Na certa, amigo. Você deveria se fantasiar de Superman. Já que é o mais
novo herói do pedaço. – disse Anabelle, agarrada ao braço de Enrique,
seu noivo. – Por mais que esteja odiando ser barrada nessa festinha de
homens, dou passe livre a você. – e beijou Enrique nos lábios
suavemente.

- Saiba que também estou odiando por deixar você
aqui. Mas fui quase obrigado a ir. – disse Enrique enfático, virando-se
para encarar Diego com os olhos assassinos.

- É um pau mandado mesmo.

Christopher
gargalhou, enquanto levava seu copo de uísque à boca. Depois do jantar,
os quatro amigos se reuniram para um drink antes de subir a festa, que
seriam uma área coberta do lado do hotel.

- A banda já está se
aprontando e nós precisamos entrar logo. – disse Diego, impaciente por
entrar. – Beija logo sua mulherzinha... – olhando para Enrique. – e
vamos pelo o amor de Deus!

- Às vezes eu acho que ele não é o mais velho de nós. – brincou Christopher, arrancando uma cara feia de Diego.

- Sou mais velho 3 meses, ok!

-
Um ano, Di. – disse Anabella com um sorriso de orelha a orelha, a única
mulher que conseguiu entrar no grupinho de Christopher, Diego e
Enrique, quando ainda estudavam juntos. Desde aí, os quatro eram
inseparáveis. Até que Enrique e ela decidiram que assumiriam o romance
há muito tempo reprimido.

- Tchau. Eu vou para a festa, lá o ar está mais suportável. – dito isso, levantou-se e se foi.

- Eu vou acompanhá-lo, até mais. – Christopher levantou-se e partiu levando consigo o copo de uísque.

Anabelle e Enrique sorriram ao verem Christopher envergonhado.

-
Não estou gostando nada dessa festa, nem muito menos de saber que eles
contrataram putas para se divertirem com eles. – murmurou ela com
acidez, enquanto sentia-se ser abraçada por Enrique. – Por favor, não
faça nada que possa nos machucar.

- Você sabe que eu não o farei.
E você sabe que quem teve essa idéia foi Diego. – roçando os lábios nas
têmporas delas. - De fato, acho que o mesmo Christopher não está
gostando disso. E só aceitou tudo isso porque Diego insistiu.

-
Tudo o que eu sei é que não queria que você fosse. – disse ela
tocando-lhe a perna. – E sei também que não quero que isso caísse na
boca da imprensa. Todos sabemos como eles são cruéis com Christopher,
ele não merece ter a reputação mais manchada por causa dessas baboseiras
que Diego inventa.

- Nisso você tem razão.

Desde que
vinha assumindo os negócios do pai, que sofreu de um derrame cerebral há
alguns meses atrás, Christopher vinha recebendo várias críticas por
parte da imprensa de negócios. Todos achavam que ele nunca poderia ser
tão bom empresário como o pai fora um dia. Todos apostavam que o império
Casillas iria a pique quando Christopher assumisse a frente dos
negócios.

Christopher levou o copo à boca e tragou o último sorvo
de uísque que restava no copo. E pediu mais um copo ao garçom. Estava a
quase duas horas sentado em frente ao balcão do bar, observando aquela
festa que mais parecia um suplicio. Seus amigos estavam quase todos
bêbados, rastejando atrás das mulheres.

Ergueu
uma sobrancelha ao ver uma mulher dançar somente de calcinha, diante de
Paul, um amigo que viera da Inglaterra. Christopher não evitou
gargalhar ao ver como o amigo quase enlouquecia vendo que a striper
fazia menção de tirar a calcinha. Mulheres em busca de sexo fácil,
algumas ali só por dinheiro. Definitivamente estava cansado daquilo.
Buscou seu copo de uísque outra vez e o esvaziou de uma vez. Estaria se
divertindo mais se estivesse vendo desenho animado com Luna.

Observava
todo aquele espetáculo e não sentia nenhuma reação ao ver como as
mulheres dançavam, se rebolavam nuas. Algumas até buscavam a mão dele, e
as colocavam em seus seios, mas ele sempre retirava enojado. Mulheres
experimentadas, ousadas e completamente bêbadas. Talvez os únicos que
não estavam bêbados, era ele e Enrique quem estava virado para o bar,
fitando uma garrafa de vodka como se fosse à coisa mais atraente do
mundo.

- Por que está tão carrancudo? – perguntou Christopher ao ver seu amigo tomar um drink.

- Você pensa que é fácil para eu ver todo esse espetáculo e não participar?

Christopher riu do amigo.

- E você? – perguntou Enrique virando-se para ele. – O principal da festa, nem ao menos olha para as mulheres.

-
Acho que minha época de farra acabou. – disse rodando o copo entre os
dedos. – Depois que assumi as empresas do meu pai, parece que perdi o
estímulo pra tudo. Só consigo pensar em negócios, negócios e negócios. É
muita pressão nas minhas costas.

- Acho que deveria tentar se tranqüilizar, você não vai render muito se continuar pensando somente nisso.

- Isso aqui não me relaxa mais. Não estou me divertindo em absoluto.

Sentia
afeição por Gabrielle, a achava formidavelmente linda e bem-educada.
Mas não era amor, na verdade, nem mesmo sabia o que era amor. Gabrielle
continha todos os requisitos para ser a esposa do Herdeiro de Victor
Casillas, isso era o que importava, e não o amor. Sabia o gosto de sua
família por ela, o que era totalmente o contrário de seus amigos.
Gabrielle, loira, alta e linda. Para muitos parecia uma bonequinha de
porcelana. Para Enrique e Anabelle, uma figurinha sonsa e superficial.
Já haviam conversado sobre ela outras vezes. E Christopher sabia muito
bem a opinião de seus amigos.

- Na boa, eu vou sair daqui agora. Já basta. – disse Christopher se colocando em pé.

- Eu te acompanharei. Isso aqui é uma tortura.

Christopher
e Enrique seguiram em frente, sem antes Christopher dar uma dúzia de
ordens aos empregados. Christopher decidiu caminhar um pouco pela praia,
enquanto Enrique se encaminhava para o seu quarto.

Colocou as
mãos nos bolsos do short um pouco acima dos joelhos. Banhou seus pés
desnudos com água morna do mar, enquanto olhava o horizonte,
lembrando-se do que fizera nessa manhã. Ainda conseguia sentir o corpo
daquela moça imóvel em seus braços. Fechou os olhos e suspirou,
recordando os traços de seu rosto. Aquele olhar...

O vento gelado lhe percorreu as panturrilhas nuas, e ele sentiu um frio estranho na barriga.

Aqueles
olhos não podiam vê-lo. Aqueles olhos bonitos não serviam de nada.
Suspirou se colocando no lugar daquela garota. Entendia um pouco do
sofrimento dela, deveria ser desesperador não poder ver nada e ainda ter
que conviver com pais que não a aceitavam do jeito que ela é. Não
queria mais pensar nela. Nem ao menos queria saber por que a imagem
daqueles olhos não o deixavam em paz esse dia inteiro.

O rapaz logo o atendeu e Christopher sorriu ao provar da bebida amarga.

-
Aqui está bem animado, hein? – sorriu Christopher ao ver alguns casais
dançando, outros apreciando a música dançante, enquanto conversavam ou
gargalhavam aproveitando a noite.

- A maioria são gringos,
patrão. Nem ao menos estamos em período de alta estação, mas Seawave
Beach sempre está cheio. – respondeu o rapaz, empilhando alguns copos de
tequila. – Esse hotel sabe como fazer festas, as pessoas se divertem
muito aqui. Até mesmo hospedes de outros hotéis sempre passam a noite
aqui.

Christopher ria dos torpes passos daqueles que nunca
ouviram aquele tipo de ritmo. Tomou um gole de uísque, enquanto seus pés
começavam a pinicar ao ritmo da música. Virou para frente e viu uma
cara conhecida sentada em uma cadeira alta no canto.

Era ela!

Bendito Dios por encontrarnos en el camino
Y de quitarme esta soledad de mi destino

Olhou em volta para ver quem estava com ela. Não havia ninguém! O que aquela louca estava fazendo sozinha ali?

da uma passadinha na minha outras webs

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