Fanfics Brasil - Quem Segurα o bebê? ♥ Vondy; TERMINADA

Fanfic: Quem Segurα o bebê? ♥ Vondy; TERMINADA


Capítulo: 3? Capítulo

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— Ah, não! — Dulce protestou. — Isso é problema seu.



— Teria coragem de me abandonar numa hora de necessidade?



— Teria.



    Deixaria Anahi e Alfonso em dificuldades?



    Sem dúvida.



— Viraria as costas para um pobre bebê indefeso?



Adorava
crianças. Passara toda a adolescência cuidando dos filhos dos vizinhos e
amigos que precisavam sair. Embora não tivesse grande experiência com
bebês, sabia como usar o bom senso.



— Isso não é justo — reclamou, sentindo-se encurralada.




Vamos lá, cara mia — ele sorriu, entregando-lhe o bebê. — Não sei nada
sobre crianças. Além do mais, será por pouco tempo. Só até Anahi e
Alfonso retornarem e resolverem esse pequeno problema.



Incapaz
de resistir, Dulce aceitou o pequeno problema e olhou com carinho para o
rosto sonolento. Chris inclinou-se sobre as duas e deslizou um dedo
sobre os cabelos finos e sedosos da sobrinha.



— Ela é uma Uckermann, sem dúvida. É a imagem de meu irmão.



— O que acontecerá com Alfonso e Anahi?



— Eles vão se casar. Essa promete ser uma relação volátil, não acha?



— Muito volátil. Como acha que seu pai receberá a notícia?




Isso é o que mais me preocupa. Papai é antiquado como os pais de Anahi —
ele suspirou, tocando a ruga que se formava entre os olhos de Dulce. —
Não se preocupe com meu pai. Eu cuidarei dele. O primeiro passo é casar
esses dois malucos. Isso servirá para aplacar a ira do velho Dom.



— Talvez seja melhor não mencionar a data exata do ca­samento. Não deve mentir, é claro...



— Não. Nós nunca mentimos, não é?



— Nunca — Dulce concordou com voz abafada. — Mas se pudermos omitir um ou dois pequenos detalhes...



— Vamos tocar de ouvido — Chris encolheu os ombros. — Espero que o encontro com o primeiro neto tempere a reação de meu pai.



— Ele... não expulsaria Alfonso da família, não é?



Dom
era o homem mais doce e bondoso que já conhecera, mas não se pode
prever a reação de um patriarca diante de um fato como esse.




Não é impossível — Chris confirmou sério, confirmando seus piores
temores. — Ele tem opiniões bastante definidas sobre esse assunto. E sua
opinião é... não deve acontecer. Ponto final.



— Mas...



Ele passou um braço sobre seus ombros de forma casual.




Relaxe — disse, perturbando-a com o calor de sua mão. — Não se preocupe
com esse assunto. Já disse que cuidarei de tudo, não? Confie em mim.



Dulce
afirmou com a cabeça. Se havia uma coisa que aprendera sobre esse homem
é que fazia exatamente aquilo que prometia. Confiaria a própria vida em
suas mãos, caso fosse necessário.



Ele afastou-se e foi abrir as portas do grande armário de madeira num canto da sala.




Vamos ver o que está acontecendo — disse, acionando os controles dos
monitores que ficavam ocultos na maior parte do tempo. Imediatamente, a
imagem do saguão do edifício sur­giu em uma das telas. — Alfonso e Anahi
estão lá, mas ainda não posso ver Edward. Por que está demorando tanto?



— Talvez tenha sido o elevador — Dulce murmurou, se apro­ximando dele. — Oh, não... Estão discutindo outra vez.



— Isso não é uma discussão. É uma briga.



— Não acha que deve ir mediar o conflito? — Ela sugeriu, aninhando o bebê junto ao peito.



— Não. Alfonso não me agradeceria se eu interferisse. Se precisar de ajuda, ele encontrará uma forma de pedir.



— Tem certeza?



— Não.



— Não? Você disse não?



— Exatamente.



— Isso não me faz sentir melhor.



— Considerando a teimosia de meu irmão, é o melhor que posso oferecer.




A teimosia parece ser uma característica dos Uckermann. Gostaria de
poder ouvir o que estão dizendo. Por acaso sabe ler lábios?




Não, mas não preciso disso para saber o que estão dizendo. É evidente.
Alfonso está gritando: Por que não me contou sobre Tony?



Dulce sorriu, apesar da preocupação.



— E Anahi respondeu no mesmo tom: Por que deveria?



Ele a fitou rapidamente com um brilho de humor nos olhos.



— Por que sou o pai da criança.



— E daí?



— Não devia ter escondido meu filho de mim — Chris imitou. — Eu tinha o direito de saber sobre ele.



Desempenhando seu papel com perfeição, Dulce respondeu:



— Você não tem direito algum sobre minha vida. Você me traiu. Teve um caso com... ela.



Chris passou um braço em torno de sua cintura.




Aquela mulher não significa nada para mim, mia amorata — murmurou, os
lábios praticamente tocando seu rosto. Dulce estremeceu, lutando contra o
impulso de retribuir o abraço e tentando ignorar o desejo que crescia a
cada instante. Como isso havia acontecido? Como essa atração
ultrapassara suas defesas com tamanha facilidade? E por que agora,
quando estava tão perto de realizar seu sonho? Com esforço, voltou a
desempenhar seu papel.



— A... outra mulher...



— Você é a única mulher que importa, a única que eu...



— Não diga isso — ela cortou, abandonando a representação. — Não deve dizer coisas nas quais não acredita.



— Mas é verdade.



— Você ama todas as mulheres. Sou apenas mais uma delas.




Tem razão, admito que amo todas as mulheres. — Ele também havia
desistido de desempenhar seu papel.- Amo todas elas, altas e baixas,
gordas e magras, com cabelos escuros pre­sos num coque ou longos e
loiros caindo sobre os ombros. Para mim, são todas maravilhosas.



Ela o encarou alarmada, resistindo ao desejo de tocar os cabelos.



— Então admite? — Devolveu.



Chris tocou seus lábios com a ponta do dedo.




Admito apenas que amo todas as mulheres. Adoro a diver­sidade de
aparências, o cheiro único de cada uma delas, o som de suas vozes,
algumas roucas e outras mais agudas, adoro vê-las caminhar, algumas mais
sinuosas e lânguidas, outras cheias de energia. Mas minhas favoritas
são as que parecem dançar ao som de uma música interior que só elas
podem ouvir, graciosas e emanando uma intensa alegria de viver... como
você.



— Não... Não diga mais nada.



Mas ele a segurou pelos ombros.




Sabia que tocar uma mulher é um dos maiores prazeres da vida? Explorar
cada curva e sentir o fogo de uma resposta apaixonada, tê-la nos braços e
saber que podemos despertá-la para sensações intensas...



Queria
empurrá-lo, mas não podia. Não com o bebê nos braços. Além do mais, a
reação provocada por suas palavras a deixava aturdida, paralisada.



— Chris, não devia estar dizendo essas coisas...




Mas eu ainda não disse a melhor parte sobre as mulheres. Sabe qual é?
Seu sabor. O sabor de uma mulher é um presente dos deuses. É mais
intenso que o mais requintado dos vinhos, e mais inebriante que o rum. E
só melhora com a idade... e a experiência.



Dulce fechou os olhos, temendo encarar a paixão que via em seu rosto.



— Está esquecendo Alfonso e Anahi— murmurou.




Eu não os esqueci. Você me acusou de amar todas as mulheres e eu admiti
a culpa. Mas o que sinto por elas não é nada, absolutamente nada,
comparado ao que sinto por você.




Você diz tantas mentiras doces e belas... Mas são apenas mentiras. As
mulheres o fascinam de maneira irresistível, tanto que é incapaz de
contentar-se com uma só.



— Está enganada. Um Uckermann só ama uma vez, e para sempre.



Ela forçou-se a abrir os olhos e encará-lo. Gostaria de poder julgar o grau de honestidade em sua expressão.



— Eu... não acredito em você.




Sim, você acredita, porque estou dizendo a verdade. Um Uckermann jamais
se desvia de seu verdadeiro amor. Nunca. — E então ele a soltou e
voltou a olhar para o monitor. — E isso, cara mia, é exatamente o que
Alfonso está dizendo a Anahi. É o que eu diria à minha amada se
estivesse no lugar dele.



Dulce
piscou, livrando-se do encanto provocado pelos mo­mentos de intimidade.
Não sabia o que dizer, não conseguia pensar... Desesperada,
concentrou-se no monitor.



— Chris, olhe!



Anahi
e Alfonso haviam passado das palavras à ação. Ges­ticulando muito, a
jovem italiana agarrou um vaso de porcelana que encontrou sobre um
pedestal de mármore e despejou seu conteúdo sobre a cabeça de Alfonso.
Água, folhas e flores cobriram­ram seus cabelos e a parte superior de
seu paletó.



— Parece que a explicação que ele ofereceu não foi tão doce quanto a sua — Dulce opinou.



— Acho que não. Mas ela não devia ter feito isso. Alfonso vai reagir...



E
foi exatamente o que aconteceu. Gesticulando de maneira furiosa, o mais
jovem dos Uckermann investiu contra a moça no exato momento em que
Edward surgiu em cena. Apavorado, os olhos arregalados como se fossem
saltar das órbitas, ele tentou retirar as flores e folhas do terno do
patrão.



— Ficaria mais tranqüila se Anahi largasse aquele vaso — Dulce comentou, ajeitando o bebê nos braços.



— Onde ela vai largá-lo é o que mais me preocupa.



Edward
tentou retirar a peça de porcelana das mãos da moça. Os dois lutaram
por alguns instantes, mas ela conseguiu soltar-se e desferir um violento
golpe contra a cabeça de Alfonso, que caiu como um castelo de cartas em
meio aos pedaços da valiosa obra de arte.



Chris correu até o telefone e chamou a segurança.



— Chame o médico da empresa para atender meu irmão. Rápido! Estou indo para aí.



— Chris, espere! É melhor ver isso — Dulce chamou-o em pânico.



Não
podiam mais ver Alfonso. Uma pequena multidão se agru­para a sua volta,
tentando ajudá-lo. À esquerda, vários in­tegrantes do corpo de
segurança investiam contra Anahi, que chorava copiosamente. Pior ainda,
dois policiais entraram no prédio nesse exato momento e, ao vê-los, a
jovem italiana deve ter decidido que a lei era mais segura que os
furiosos empre­gados do Salvatore agredido.




Não sei que tipo de história ela está contando à polícia, mas parece
que está criando uma impressão e tanto — Chris comentou. — Ela terá
escapado antes mesmo que eu consiga chegar ao elevador. Oh, não! Lá vai
ela. Agora entrará no primeiro táxi que passar pela rua e irá direto
para o aeroporto.



— E quanto a Alfonso?



— Espere... Ele está se levantando — Chris suspirou aliviado. — Graças a Deus!




Ele parece estar bem, mas existe sempre o risco de uma concussão.
Gostaria que o médico já estivesse lá. Oh, não... Agora ele está
gritando com os policiais!



— Provavelmente por terem deixado Anahi escapar.



— Por que aquela policial está com as algemas na mão? Não vão prendê-lo, não é? Ele não fez nada!



— Exceto ofendê-los, se conheço bem meu irmão. Mas parece que não vão levá-lo.



— E agora, para onde ele vai? Está saindo do prédio.



— Droga! Ele vai atrás de Anahi. Devia ter imaginado que ele faria algo parecido.



— E quanto a Tony? Ele não pode esperar que nós...



— Pareço que temos uma certa responsabilidade até que Alfonso consiga alcançar Anahi— Chris sorriu.



— Ah, não. De jeito nenhum.



Antes que ele pudesse responder, o telefone tocou.




Edward? Como está meu irmão? Sim, eu sei que ele saiu. Mas para onde
foi? Para o aeroporto? Eu sabia! Espere um pouco, Edward — ele pediu,
ligando o aparelho através do qual Dulce também poderia participar da
ligação. — Pronto, pode falar. Estamos ouvindo.



— Edward, Alfonso está machucado? — Ela perguntou preo­cupada.



— Foi só um galo, Srta. Savinõn. Não houve nenhum feri­mento mais sério. Mas... temos mais um pequeno problema.



— Qual? — Chris quis saber.



— Seu irmão mencionou alguma coisa sobre o bebê que aquela moça estava deixando para trás e... Bem, francamente...



— Fale de uma vez, Edward!



— Pensei que seria melhor preveni-lo...



Batidas firmes na porta chamaram sua atenção.



— Polícia! Abra, por favor.



— A polícia está subindo — o segurança concluiu.



Chris ficou em silêncio por alguns segundos. Em seguida res­pirou fundo e disse:



— Obrigado, Edward. Mantenha tudo sob controle na recepção e avise-me assim que Alfonso voltar. Vou atender a polícia.



— Chris? — Dulce chamou ao vê-lo desligar e dirigir-se à porta.




Está tudo bem. Tente manter a calma e deixe o resto comigo — ele
indicou antes de abrir a porta. — Olá. Sou Chris Uckermann, presidente
das Empresas Uckermann. Em que posso ajudá-los, oficiais... — e parou
para ler seus crachás — Cable e Hatcher?




Temos informações de que uma criança foi abandonada — disse a oficial
Cable, os olhos fixos no bebê nos braços de Dulce. — Essa é a criança?



— Esse bebê não foi abandonado — Chris respondeu com firmeza, colocando-se entre Dulce e a policial.



— Não? — O oficial Hatcher interferiu. — É seu filho?



— Meu sobrinho.



Os dois policiais trocaram um olhar rápido.



— Vai ter de nos mostrar algum tipo de identificação — Cable indicou.



Chris abriu a carteira, apanhou a carteira de motorista e entregou-a a policial.



— Acho que o momento pede uma explicação — sorriu.



Dulce
esperou pela reação da oficial ao sorriso, e não teve de esperar por
muito tempo. Ela examinou a carteira de mo­teorista e, tentando esconder
o rubor que tingia seu rosto, de­morou mais que o necessário para fazer
algumas anotações em sua prancheta. Chris nem notou.



Nunca
notava. Seguia derrubando as mulheres como pinos de boliche, mas não se
tratava de um charme calculado. Chris simplesmente amava as mulheres, e
por isso as tratava com cortesia e afeto.



— Estamos esperando pela explicação — Hatcher lembrou, irritado com o comportamento da parceira.



— Bem, acredito que tenham conhecido meu irmão Alfonso Uckermann.



— O rapaz que se envolveu na briga com a moça italiana?



— Foi apenas um pequeno desentendimento familiar. Como deve saber, nós, italianos, somos muito passionais.



— Aquela moça é...?



— Esposa de meu irmão.



Dulce teve de fazer um enorme esforço para manter a apa­rência calma. Chris estava mentindo para a polícia!



— Tem alguma coisa a dizer, senhora...? — O oficial Hatcher perguntou, provavelmente notando seu desconforto.




Senhorita Savinõn — ela corrigiu. — E sim, tenho algo a dizer. Será que
pode apanhar aquela sacola de fraldas, por favor? Acho que tivemos um
pequeno acidente por aqui.



O
oficial encarou-a por alguns instantes antes de atender seu pedido.
Dulce forçou um sorriso agradecido e colocou o bebê sobre a mesa de
Chris, torcendo para que realmente hou­vesse um acidente como o que
acabara de inventar, e bem em cima de todos aqueles papéis importantes.
Seria um castigo merecido. Sem pressa, abriu o cobertor que envolvia o
bebê e começou a despi-lo.




Voltando ao nosso problema, sr. Salvatore — o oficial Hatcher
prosseguiu com firmeza — a jovem que interrogamos no saguão chama-se...   



— Anahi Portillo... Uckermann — Chris respondeu.



— E ela foi para o aeroporto?




Exatamente. A mãe dela está muito doente na Itália. Meu irmão pediu a
ela que esperasse mais alguns dias, até que pudessem viajar juntos, mas
ela quis partir imediatamente. Lamento que a polícia tenha sido
envolvida numa questão tão íntima e sem importância.



— Quanto ao bebê — Cable interferiu. — Vai cuidar da criança até seu irmão voltar?



— Sim, o que acontecerá dentro de algumas horas.



Dulce
mantinha a cabeça baixa enquanto apanhava uma fralda limpa na sacola.
Ao remover a calça plástica do bebê, descobriu que ele realmente
precisava ser trocado e retirou a fralda molhada.



Os
policiais conversavam em voz baixa, e era evidente que não estavam
gostando da situação. Luc também percebeu o perigo e decidiu agir.




Escutem, sou um homem responsável, conhecido e res­peitado em minha
comunidade. Estou cuidando de meu sobri­nho por algumas horas? Qual é o
problema?



Dulce
retirou a fralda e, arregalando os olhos, virou-se para Chris. Oh, não!
Se não agisse depressa, a situação ficaria ainda pior. Depois de jogar a
fralda suja na lata do lixo com uma das mãos, tentou ajeitar a outra
rapidamente, mas ela caiu no chão.



— Ajudaria se eu fornecesse algumas referências? — Chris estava perguntando.                         




Conhece alguém que pode atestar sua habilidade com bebês? — Hatcher
disparou irônico. — Parece um homem muito ocupado. Tem certeza de que
pode proporcionar todos os cui­dados necessários ao bem estar de uma
criança?



Dulce
notou a expressão irritada no rosto do chefe e se preo­cupou. Aquela
ruga entre os olhos era sinal de uma explosão iminente. Então ele
virou-se, encarou-a, deu uma rápida olhada na direção de sua mão direita
e, antes que se movesse, Dulce soube qual era sua intenção.



Sem
perder tempo, apanhou mais uma fralda na sacola e colocou-a sobre a
metade inferior do bebê no exato instante em que Chris aproximou-se e
passou um braço sobre seus ombros. Tentando livrar-se do abraço
inoportuno, procurou ajeitar a fralda e fechá-la.



— Cara — ele murmurou. — Deixe-me mostrar a eles.



— Agora não! — ela respondeu com tom urgente.




Sim, agora — Chris insistiu, agarrando sua mão e esten­dendo-a na
direção dos policiais. — Devia ter explicado que minha noiva vai me
ajudar a cuidar de Tony.



— Chris, o bebê — Dulce sussurrou, soltando-se com um mo­vimento brusco. — Tenho de terminar de trocar... o bebê.



Sem
dar tempo para uma eventual aproximação dos oficiais, ela desistiu da
perfeição e colocou a fralda como pôde, vestindo a criança com
movimentos rápidos e rezando para que a fralda permanecesse no lugar
pelos próximos cinco minutos. Em se­guida enrolou o cobertor em torno do
corpo roliço e foi sentar-se no sofá, batendo nas costas de Tony como
se cada troca de fraldas tivesse de ser seguida por um arroto.



— Então é noiva? — A oficial Cable perguntou, a decepção estampada em seu rosto.




Sim — Dulce admitiu, lançando um olhar fulminante na direção de Chris.
Felizmente não perguntaram se era noiva de Chris. Mentir para a polícia
era algo que não fazia parte de sua lista de ambições. Por outro lado,
acabara de mentir, não? Considerando que nunca fora noiva...



— Bem, acho que foi apenas um alarme falso — a policial concluiu encolhendo os ombros.



Mas Hatcher parecia menos conformado.




Faremos um relatório Sobre o episódio, Sr. Uckermann. E na próxima vez
em que vier visitá-lo, o que não vai demorar, farei questão de falar
diretamente com os pais do bebê.



— É claro — Chris concordou.



Assim que os policiais saíram, Dulce voltou a colocar o bebê sobre a mesa para ajeitar sua fralda.



— Vai trocá-lo outra vez?



    Vou terminar o que comecei há cinco minutos.



— E por que não terminou antes?



— Porque os policiais podiam aproximar-se, e então veriam... que Tony é Toni.



— O que disse?




Toni não é seu sobrinho, mas sua sobrinha! — Ela dis­parou, terminando
de vestir o bebê e acomodando-o entre as almofadas do sofá. — O nome
dela deve ser Antonia.



— Está brincando! — Chris exclamou entusiasmado. — Ela é a primeira menina em quatro gerações de Uckermann! Ou seriam cinco?




Acho que não entendeu. Se a polícia tivesse desco­berto que não sabia
sequer o sexo do filho de seu irmão, es­taríamos encrencados. Eles nos
levariam presos e mandariam essa criança para uma instituição de amparo
ao menor.



— Eu não teria permitido.



— Não poderia ter impedido. E como se atreveu a me envolver nessa mentira? Não tenho nada a ver com seus problemas!



— Nossos problemas. Somos noivos, lembra-se? Você mesma disse à polícia...



— Eu só disse que era noiva, mas não mencionei seu nome.



— Não foi o que eles entenderam.



— Mas é tudo uma grande mentira! Não sou sua noiva, Alfonso e Anahi não são casados, e o bebê nem é um menino!




Preste atenção no que vou dizer, Dulce. Não permitirei que ninguém tire
Toni de mim. Nem mesmo a polícia. Farei qualquer coisa para protegê-la,
entendeu?



Podia
compreender seus sentimentos, e até compartilhava deles. A família
Salvatore era unida e, para ser franca, não podia acusar Chris depois de
ter passado um ano mentindo para ele. Ele tinha direito a uma mentira.
Mas só uma, e de curta duração. Depois disso, estariam empatados.



— O que quer que eu faça? — Perguntou.



— Apenas que fique comigo e finja ser minha noiva até Anahi e Alfonso voltarem.



— Duas horas. É tudo que posso oferecer.



— Preciso de você até que Alfonso venha buscar essa criança.



— Não.



    Teria coragem de me abandonar numa hora de necessidade.



— Sim.



— Deixaria Alfonso e Anahi em dificuldades?



— Sem dúvida. Já discutimos isso antes, lembra-se?




Sim, eu me lembro. E acho que era nesse momento que eu perguntava se
viraria às costas para um pobre bebê indefeso. Na primeira vez isso fez
uma grande diferença.



— Você nunca joga limpo?



      Às vezes. Mas normalmente jogo para ganhar.


 



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Autor(a): vondyice

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



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  • stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 22:41:04

    Ameiii

  • PatyMenezes Postado em 13/09/2010 - 22:14:58

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