Fanfic: Quem Segurα o bebê? ♥ Vondy; TERMINADA
Toni
voltou naquela noite, são e salva, e todos os irmãos de Chris
reuniram-se no apartamento para comemorar seu retorno. O jantar foi uma
ocasião festiva e barulhenta, e a pequena divertia-se muito com os
tios.
Os problemas só começaram quando os convidados já estavam se preparando para partir.
— Isso tudo é muito interessante — Marc comentou, segurando a mão de Dulce e examinando sua aliança.
— É de verdade? — Stef perguntou.
—
Não se casou com o tal Will-William, não é? — Derick disparou. — Ele
não gosta de você, Dulce, ou não a faria se vestir como um saco de
batatas.
Chris forneceu a explicação que todos esperavam.
— A aliança está aí porque eu a coloquei em seu dedo — anunciou, puxando-a para mais perto.
— Mas... é verdadeira? — Christian hesitou.
—
Não, não é verdadeira, mas o pessoal do serviço social acredita que é.
Se alguém descobrir que não somos casados, perderemos Toni. Portanto,
mantenham-se de boca fechada.
Stef era o mais confuso.
— Quando começou essa história de casamento? Pensei que estivessem apenas fingindo um noivado.
—
Essa é a versão para a polícia — Derick interferiu. — Eles são chefe e
secretária, noivos para a polícia, casados para o serviço social e
apenas bons amigos para nós.
— O que acham de utilizarmos uma espécie de resumo? Isso está ficando muito complicado — Stef reclamou.
Derick encarou Dulce:
— O que quero saber é em qual categoria vocês se enquadram quando estão sozinhos.
— Talvez na de amantes apaixonados — Marc sorriu malicioso.
—
Já chega — Chris irritou-se. — Saiam daqui, todos vocês. Toni acabou de
dormir, e não quero que a acordem. Já temos dormido bem pouco sem a
colaboração de vocês.
Desta vez os quatro saíram em silêncio. Sozinha com Chris, Dulce fitou-o com expressão preocupada.
— Acha sensato envolver seus irmãos nessa mentira? Já estou me sentindo culpada o bastante sem isso.
— É mesmo? Sentia-se culpada quando fingia ser noiva de William?
— Era diferente — ela respondeu embaraçada.
— Por quê?
— Porque eu não estava tentando enganar a polícia ou o serviço social.
— Não. Só a mim. Ainda não explicou essa história, se lembra?
Ela afastou-se, sem saber o que dizer.
— Prefiro não tocar nesse assunto.
— Tem medo? Quer que eu imagine por que fez isso?
— Já conversamos sobre isso, Chris, e o jogo não acabou bem.
— Eu venci? Não consigo me lembrar — ele indicou com ironia.
— Acho que empatamos.
— Nesse caso, insisto num desempate.
Determinado,
Chris aproximou-se e segurou-a pelos braços. Dulce lutava contra o
desejo que ameaçava dominá-la, mas era cada vez mais difícil resistir.
— Por favor... — gemeu, apoiando as mãos em seu peito.
— Acho que se disfarçou e usou esse anel de noivado como medida de proteção.
— Proteção? Isso é absurdo.
—
Acho que não. Deve ter passado por uma péssima experiência com seu
último chefe. Ele a assediou? — De repente sua voz havia adquirido uma
nota de ternura que a desarmou. — Por isso teve todo esse trabalho para
proteger-se? Por que pensou que eu poderia ser como ele? Sou capaz de
compreender, e até de concordar. Mas por que prosseguiu com a mentira,
mesmo sabendo que eu não era esse tipo de homem?
— Está enganado, Chris. Juro que não é nada disso.
— E depois de tantas mentiras, espera que eu acredite?
— Para sua informação, não havia contado nem meia dúzia de mentiras em toda minha vida até ingressar nas empresas Uckermann!
— Pelo visto decidiu recuperar o tempo perdido!
— E você prometeu não me tocar, lembra-se?
— Sim, eu lembro — ele inclinou a cabeça, os lábios próximos dos dela. — Mas não pretendo cumprir essa promessa.
O
beijo devastou suas resistências. Dulce abraçou-o, dominada pelo
incêndio que a consumia há dias e pelos sentimentos que jamais havia
experimentado.
Retrocedendo
alguns centímetros, ele abriu os primeiros botões de sua blusa e
empurrou-a por sobre seus ombros, revelando uma porção de pele macia e
clara.
— Quero você, mia amorata — sussurrou, depositando beijos sensuais ao longo de seu pescoço.
Apesar do coração disparado, Dulce balançou a cabeça e agarrou-se ao que ainda lhe restava de sanidade.
— Não podemos. Não seria certo.
—
Seria errado não vivermos o que estamos sentindo — ele argumentou. —
Qual é o problema? Já admitiu que não existe nenhum William. Seu emprego
está garantido. Você me quer, e eu também a quero.
Chris
colou o corpo ao dela, demonstrando o quanto a desejava. Dulce não
sabia por quanto tempo conseguiria resistir. Não sabia nem se ainda
queria resistir.
—
Isso é loucura — disse apavorada. — Nos conhecemos há quase um ano e
nunca vivemos nada parecido antes. Pense bem... Estamos sob uma tensão
monstruosa, forçados a conviver com circunstâncias difíceis... Deve ser
uma reação involuntária, ou algo parecido.
— Está brincando, não é? Reação involuntária? — Ele riu.
—
Estou falando sério. Isso tudo é conseqüência da situação que estamos
enfrentando, e não de um desejo verdadeiro por... você sabe.
—
Acontece que eu realmente quero... você sabe. E se não puder
satisfazer... você sabe, rapidamente, acabarei fazendo algo drástico,
como arrancar os botões de suas blusas com os dentes, por exemplo.
— Chris!
— Preciso ser mais claro? Quer que eu descreva com detalhes o que quero fazer com você?
— Aonde tudo isso vai nos levar? — Ela suspirou desanimada.
— Para a cama.
— Não foi isso que perguntei. Está interessado em casamento, ou só deseja um romance passageiro? Um caso, como dizem por aí?
— Quer uma resposta honesta?
— Seria interessante.
— Quero fazer amor com você. É o máximo que posso afirmar nesse momento.
— Entendo.
Dulce
desviou os olhos dos dele, tentando esconder a tristeza. Chris havia
sido delicado, mas deixara claro que procurava uma amante, não uma
esposa, e esse era um papel para o qual não estava preparada. Devagar,
livrou-se dos braços que a enlaçavam e afastou-se alguns passos enquanto
fechava a blusa.
— Dulce?
— E quanto ao meu emprego? Esse tipo de relacionamento não costuma durar muito. O fim é inevitável, e geralmente rápido.
—
Qualquer que seja nossa decisão sobre um envolvimento físico e afetivo,
acho que não podemos mais trabalhar juntos. Há uma vaga no nível de
supervisão administrativa, e já estava mesmo pensando em indicá-la por
ocasião de sua avaliação anual. A mudança seria uma promoção. Mais
dinheiro, maior potencial de progresso...
Dulce
não esperava por esse tipo de notícia, e não podia negar que se sentia
tentada a aceitar a oferta. Mas tinha de pensar na Baby Dream. E por que
de repente isso se tornara tão difícil?
—
Preciso de algum tempo para pôr as idéias em ordem — disse. — Prefiro
não fazer nada do que possa me arrepender enquanto estivermos cuidando
de Toni.
— Quer esperar até Alfonso e Anahi voltarem? É isso?
— Exatamente.
— Isso não acontecerá antes do feriado de Ação de Graças.
Uma semana...
— O quê? — Ela espantou-se.
—
Desculpe, já devia ter avisado, mas... acho que estava pensando em
outras coisas. Alfonso telefonou pouco antes de meus irmãos chegarem.
Ele e Anahi ainda estão na Itália, e decidiram esperar até que a mãe
dela se recupere. Parece que já conseguiram conversar com mais
tranqüilidade, mas ele ainda não foi capaz de convencê-la a aceitar o
pedido de casamento.
— Mas... sete dias, Chris! Quando Dom volta para casa?
— Na semana seguinte ao feriado de Ação de Graças.
Sem
perceber, Chris estava pedindo que sacrificasse tudo que havia
conquistado com muito esforço. E em troca de quê? De um caso! Algumas
semanas de paixão. Não podia aceitar. Sua resposta deveria ser óbvia... e
seria, não fosse por um pequeno detalhe. Queria esse envolvimento tanto
quanto ele.
— Dulce?
—
Preciso de tempo — ela respondeu, tentando manter a calma. — Assim que
nossas vidas voltarem ao normal, eu lhe darei uma resposta.
— No dia de Ação de Graças.
Depois de uma breve hesitação, ela concordou.
— Sim, no dia de Ação de Graças.
— E até lá?
—
Não deverá me tocar. Nem um beijo, nem mesmo um abraço. Não quero ser
seduzida e levada a tomar uma decisão de que possa me arrepender.
— E se eu não concordar?
— Então terá de explicar ao pessoal do serviço social por que sua esposa não vive com você.
Os
cinco dias seguintes foram os mais longos da vida de Dulce. Agora, a
quarenta e oito horas do prazo estabelecido, sentia um estranho vazio ao
pensar que seus dias na Uckermann estavam chegando ao fim. Chris não
tentara tocá-la, o que só havia servido para estender a frustração a
limites quase intoleráveis. Como resultado, não sabia se devia
agradecer por ele ter cumprido a promessa ou agredi-lo por tê-la privado
daquilo que mais desejava. Mas, como havia estabelecido as regras do
jogo, não tinha outra alternativa senão segui-las.
Como
gostaria de poder conversar com seu pai, ouvir seus conselhos sensatos e
esclarecedores. Mas não conseguira encontrá-lo nas duas últimas
semanas e, apesar dos recados deixados em sua secretária eletrônica,
continuava com dificuldades para localizá-lo.
A campainha tocou.
— Chris! — Ela chamou, terminando de trocar a fralda de Toni. — Deve ser a assistente social. Pode abrir a porta?
— Já estou indo! — Ele respondeu no mesmo tom. Dulce terminou de vestir a pequena e levou-a para a sala.
Chris parecia apressado, e um olhar para aquele rosto bastou para que ela concluísse que as notícias não eram nada boas.
—
Rápido! — Ele sussurrou, tomando Toni de seus braços e correndo com ela
para o quarto de hóspedes. Lá, acomodou-a dentro de um cesto de roupas
limpas que deixara sobre a cama. — Venha comigo.
— Não pode deixar o bebê aí dentro! Chris! O que está havendo?
Sem
responder, ele correu para o próprio quarto levando o cesto. Dulce o
seguiu. A campainha soou novamente, estridente e aguda. Abrindo a porta
do armário, Chris afastou vários pares de sapatos e colocou o cesto no
chão. Toni resmungava feliz. Empurrando Dulce para dentro do armário,
ele fechou a porta.
— Fique aí — ordenou. — Não saia e não faça nenhum barulho.
— Chris! — Ela chamou, abrindo a porta. — O que está acontecendo?
O toque da campainha repetiu-se, mais insistente e urgente.
— Meu pai chegou. Fique quieta e não saia daí enquanto eu não voltar — ele repetiu, empurrando a porta.
— Dom está aqui? — Dulce assustou-se, abrindo-a novamente. — Mas ele só deveria voltar na próxima semana!
—
Não tenho tempo para discutir esse assunto agora. Papai não pode saber
sobre Toni antes que Alfonso e Anahi estejam casados, ou não hesitará em
deserdá-lo. E isso quer dizer que vocês duas terão de ficar escondidas.
— Isso eu já entendi. Mas por que aqui? Por que não no quarto de hóspedes?
—
Porque este é o único lugar seguro da casa. Papai não vem ao meu quarto
desde a última vez que entrou sem bater e surpreendeu a empregada
arrumando minha cama — e fechou a porta.
Dulce abriu-a mais uma vez.
— O que há de errado em surpreender uma empregada arrumando a cama?
—
Ela estava nua. Pelo amor de Deus, entre nesse armário e fique quieta,
sim? — Agora a campainha ecoava ininterruptamente. — Se sair daí mais
uma vez, juro que a apresentarei como minha esposa e direi que Toni é
sua filha!
Dulce
encolheu-se dentro do armário e puxou a porta com força surpreendente.
Era inacreditável, mas Toni havia adormecido. Como alguém podia
cochilar no meio de toda essa confusão, e dentro de um cesto de roupas?
Os bebês são realmente criaturas estranhas...
Podia ouvir a voz potente e furiosa falando em italiano na sala de estar. Dom estava gritando!
— Já pedi desculpas — Chris respondeu em inglês, mais calmo do que se podia esperar. — Por que não avisou sobre sua chegada?
—
Porque queria fazer uma surpresa para o dia de Ação de Graças.
Telefonei para o escritório, mas disseram que está trabalhando aqui no
apartamento. Por quê?
— Porque me pareceu uma boa idéia.
Houve um longo período de silêncio, e Dulce podia imaginar a expressão intrigada de Dom.
— Há uma mulher aqui, certo? — Ele disparou. — Por isso demorou tanto a abrir a porta. Onde a escondeu?
Dulce encolheu-se ao lado do cesto de roupas.
— Na verdade, tenho duas mulheres aqui — Chris respondeu. — Uma loira e uma morena.
Agora
Dom explodiria e sairia revistando cada canto do apartamento!
Assustada, esperou ouvir seus passos no interior do quarto, mas, em vez
disso, o som que chegou a seus ouvidos foi uma gargalhada estrondosa.
— Essa foi boa, Christopher! Quase acreditei em você!
— Não quer ir revistar o quarto? Eu as escondi lá.
Agora ele havia enlouquecido! Em pânico, Dulce cobriu a boca com uma das mãos para conter um grito.
—
Já pedi desculpas por aquele pequeno incidente — Dom finalmente
suspirou. — A jovem perdoou-me, embora você nunca tenha esquecido.
— Vamos mudar de assunto, está bem? — Chris sugeriu.
— Era o que pretendia dizer. Onde está Dulce? Perguntei por ela no escritório e disseram que ela também estava fora.
— Ela tirou o dia de folga. Ultimamente tem trabalhado demais, e achei que já era hora dela descansar um pouco.
— Dulce é uma boa moça. Gosto muito dela.
— Devo admitir que ela é muito melhor do que as aparências sugerem.
Dom riu:
— Suas palavras são mais verdadeiras do que imagina.
— Não aposte nisso — Chris respondeu com tom seco. — Como foi a viagem à Itália? Sentimos sua falta.
A
conversa amena fez com que as vozes baixassem de tom, e Dulce relaxou.
Desta vez escapara por pouco. Se Dom houvesse entrado no quarto e
descoberto seu esconderijo... não queria nem pensar. Mas um dia teria de
encará-lo, e não poderia simplesmente fingir que esse ano transcorrera
sem qualquer dificuldade. Teria de ser honesta e revelar os fatos dos
últimos dez dias.
Se
ele decidisse não cumprir o acordo, não poderia fazer nada. Afinal,
havia sido a primeira a não cumprir sua parte no trato, e quando tomasse
conhecimento dos fatos, Dom teria todo o direito de voltar atrás em sua
oferta. Bem, poderia sobreviver sem a loja...
Mas
e quanto a Chris? Ele também descobriria toda a verdade sobre seu
disfarce e os motivos que a levaram a adotá-lo. Dom revelaria os fatos
verdadeiros ao filho, e isso era inevitável. E como Chris reagiria?
Podia imaginar. Perderia o emprego, não seria mais indicada para a vaga
de supervisão, e o romance entre eles terminaria antes mesmo de começar.
Abafando
um soluço, decidiu que já era hora de encarar os fatos. E a verdade era
que, em algum momento, apaixonara-se perdidamente por Christopher
Uckermann. E por mais que sentisse a perda da Baby Dream, sofria ainda
mais com a possibilidade de nunca mais vê-lo.
Sozinha
e deprimida, trancada num armário escuro, Dulce encarou a destruição de
todos os seus sonhos. E por mais que se esforçasse, não conseguiu
conter as lágrimas quentes que correram por seu rosto.
Chris acompanhou o pai até a porta e consultou o relógio.
— É bom tê-lo novamente em casa, papai, obrigado pela visita.
— É bom estar de volta. Decidi vir antes para reunir toda a família no jantar de Ação de Graças. Acha que será possível?
— Sim, é uma excelente idéia —Chris sorriu, abrindo a porta. Uma jovem usando roupas formais estava parada diante dela, o dedo próximo da campainha.
— Oh... você me assustou! — Ela exclamou. Em seguida estendeu a mão. — Sou a Srta. Carstairs, sua...
— Minha massagista! — Chris a interrompeu, agarrando sua mão e puxando-a para dentro do apartamento. — Finalmente!
— Não, eu...
— Uma loira, uma morena, e agora uma ruiva — Dom comentou sorrindo. — Sabia que estava tramando alguma coisa.
Chris passou um braço sobre os ombros da assistente social, que parecia mais chocada a cada segundo.
— Nunca consegui enganá-lo. Conversaremos mais tarde, papai — e fechou a porta.
A Srta. Carstairs afastou-se indignada e encostou-se à porta, vermelha e ofegante,
— Não sou sua massagista!
— Não? — Chris devolveu com tom surpreso.
— Não! Sou a Srta. Carstairs, do serviço social. Por acaso é o Sr. Uckermann?
— Em carne e osso. É um prazer conhecê-la.
— Eu... sou a responsável por seu caso. Tem certeza de que é mesmo Chris Uckermann? Casado com Dulce Uckermann?
— Isso mesmo.
Não
devia tê-la apresentado como sua massagista, mas havia sido a única
idéia que lhe ocorrera no momento. Se fosse esperto, trataria de
livrar-se dela antes que encontrasse Dulce e Toni escondidas no armário.
O serviço social levaria o bebê imediatamente, se isso acontecesse.
— Sinto muito, mas Dulce e Toni não estão em casa — disse, empurrando-a na direção da porta. — Por que não volta amanhã?
O choro de bebê atravessou toda a extensão do apartamento e chegou até o corredor.
— Se sua esposa saiu com o bebê, quem está chorando? — A assistente social sorriu.
Antes
que pudesse detê-la, ela voltou para o interior do apartamento e seguiu
o som do choro de Toni, hesitando diante do armário do quarto. Depois
de envolvê-lo num olhar chocado e incrédulo, ela abriu a porta.
Dulce
estava sentada no chão, segurando o bebê junto ao peito, ao vê-los, ela
piscou várias vezes para adaptar os olhos sonolentos à luz.
— Trancou sua esposa e sua sobrinha no armário? — A Srta. Carstairs indignou-se.
— Não, eu... Meu pai... Dulce... — e abriu os braços num gesto de resignação. — É uma longa história.
— Tenho todo o tempo do mundo — a assistente social respondeu, cruzando os braços sobre o peito.
Dulce deixou Toni dentro do cesto de roupa e levantou-se, mas as pernas dormentes a obrigaram a apoiar-se em Chris.
— Minhas pernas... Quanto tempo seu pai ficou aqui?
— Noventa minutos. Os mais longos de toda minha vida.
— Meu Deus... — ela gemeu, passando a mão pelo rosto marcado pelas lágrimas. — Olá, sou Dulce... Uckermann — apresentou-se.
— Lillian Carstairs. Posso saber se você e esse bebê sempre se escondem dentro do armário?
— É a primeira vez, que eu saiba — Chris interferiu. — A menos que ela tenha estado em outros armários. Dulce?
— Só um, quando eu tinha doze anos.
— Por favor, vamos nos ater a esse armário em especial, sim? Por que estava escondida dentro dele? — Lillian insistiu.
— Para impedir que Dom, o pai de Chris, nos encontrasse.
—
Meu pai não sabe sobre a existência de Toni — Christopher explicou. —
Na verdade, ele não sabe que Dulce e eu nos casamos. Nós... fugimos
enquanto ele estava na Itália. E até que eu conte a verdade...
— Sua esposa e sua sobrinha terão de esconder no armário?
— Na próxima vez usaremos o banheiro — Dulce ofereceu.
— Acha que assim é melhor?
Dulce
retirou Toni do cesto de roupas e acompanhou-os até a cozinha com o
bebê nos braços. Mais uma vez, Chris conseguira safar-se de uma situação
difícil. Como gostaria de ter esse dom! Seria um instrumento
absolutamente útil nos próximos dias.
Por
quanto tempo poderia continuar vivendo uma mentira? Talvez fosse melhor
confessar toda a verdade a Luc assim que a Srta. Carstairs se fosse.
Seria franca com ele, como pretendia ser com Dom. Mas como Chris
reagiria? Compreenderia as razões que a haviam levado a enganá-lo?
Suspeitava que não. Na melhor das hipóteses, as revelações mudariam seu
relacionamento, e não estava preparada para isso.
— Dulce?
Assustada
com o som da voz dele, ela levantou a cabeça e forçou um sorriso.
Talvez fosse melhor tomar uma xícara de café quente e forte para clarear
as idéias. Não tinha pressa, certo? Podia refletir antes de tomar
qualquer decisão. Deixaria para reconsiderar suas opções no dia
seguinte, depois de uma boa noite de sono.
Sabia que os problemas não seriam menores no dia seguinte, mas pelo menos teria mais algumas horas para sonhar.
Posto mais tardee, so c tive bastante cometariosssss
postei plix
Autor(a): vondyice
Este autor(a) escreve mais 11 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
No dia seguinte, Dulce acordou ainda mais confusa que antes. A única coisa que sabia era que queria Chris, mas ele não a queria, pelo menos não como esperava. E essa certeza a devastava. — Vai sair?— Ela perguntou ao encontrá-lo na sala, vestido com roupas formais. — Papai vai me encontrar no escritório. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 52
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stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 22:41:04
Ameiii
-
PatyMenezes Postado em 13/09/2010 - 22:14:58
AAAAAAAAAAAH ! MORRI ! :x
Adorei o final amor, parabéns .
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PatyMenezes Postado em 13/09/2010 - 22:14:53
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Adorei o final amor, parabéns .
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PatyMenezes Postado em 13/09/2010 - 22:14:46
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Adorei o final amor, parabéns .
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PatyMenezes Postado em 13/09/2010 - 22:14:40
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PatyMenezes Postado em 13/09/2010 - 22:14:35
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PatyMenezes Postado em 13/09/2010 - 22:14:31
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PatyMenezes Postado em 13/09/2010 - 22:14:22
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PatyMenezes Postado em 08/09/2010 - 23:10:46
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PatyMenezes Postado em 08/09/2010 - 23:10:26
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