Fanfic: O sol da meia noite (vondy)
Dulce quase estremeceu de constrangimento. Meu Deus, ela agora sentia-se como se estivesse no palco de feira do leilão de um vendedor de escravas brancas, e que era o seu corpo que estava sendo vendido, não apenas algumas horas de sua companhia.
Mas e daí, ela lembrou, se a fundação terminasse com uma boa soma em dinheiro? Ainda assim, dava graças a Deus por ter impedido a participação da imprensa. A última coisa que poderia suportar nesse momento era ser assediada comflashes, para não mencionar a perspectiva de ver fotografias suas com esse vestido espalhadas nos jornais dominicais amanhã de manhã, acompanhadas de alguma história horrorosa.
Consolada por este último pensamento, ela colocou um sorriso mais apimentado no rosto e desfilou sensualmente até o final da passarela, onde ficou imóvel por alguns segundos com as mãos no quadril numa atitude graciosa. Então, paulatinamente, virou-se de maneira sedutora. A plateia ofegava com a visão de suas costas.
Os seus olhos ligaram-se aos de Alfonso e ele deu um sorriso bem lascivo.
— Não fiquem envergonhados — ele incitou a plateia. — Se eu fosse solteiro, entraria na disputa, podem ter certeza. Mas estou fora do mercado, como pode atestar minha linda esposa logo ali.
Ele balançou a cabeça em direção a uma mesa imediatamente à esquerda de Dulce. Ela automaticamente deu uma rápida olhada para baixo, e então congelou.
Mais tarde naquela noite, muito tempo após este terrível momento ter passado, ela ficaria grata por não estar em movimento naquele instante, pois certamente teria tropeçado. Talvez até caído. Mesmo assim, sentia como se o chão tivesse se aberto sob seus pés.
Pelo menos agora sabia por que estivera consciente dos olhos masculinos sobre ela. Porque este par de olhos estivera se escondendo entre os outros.
Olhos escuros e bonitos. Olhos duros. Olhos perigosos.
O príncipe ucker de Dubar, sentado bem ali na mesa de Anahí, com uma aparência arrojada e jovial, vestindo um iking preto e olhando fixo para cima com um olhar extremamente arrogante.
O choque galvanizou tanto o cérebro quanto o corpo de Dulce. Vários momentos em branco se passaram até que ela recobrasse o domínio de si e conseguisse até mesmo evitar tirar conclusões. Que diabos este homem estava fazendo sentado na mesa de Anahí? Certamente eles não podiam ser amigos!
Esta improvável possibilidade mal tinha vindo à tona, quando outras coisas que não pareciam importantes ou relevantes na época voltaram à sua mente. O próprio príncipe havia mencionado no ano passado que passava todo fim de semana em Sydney indo às corridas e jogando cartas com amigos. E lembrou-se de Anahí outro dia no almoço, falando sobre os grandes investidores com quem jogava pôquer toda sexta à noite neste mesmo hotel em uma das suítes presidenciais. Quem mais poderia pagar uma suíte presidencial a não ser um presidente, uma estrela do rock ou um sheik do petróleo? O pior cenário possível daquele pequeno trio, era o sheik, principalmente um de quem ela tinha zombado, feito pouco e rejeitado e que estava ali esta noite para uma coisa somente: fazê-la engolir as palavras de que nunca jantaria com um homem como ele.
O príncipe ucker de Dubar seria indubitavelmente o arrematante do jantar com ela. Por que outra razão teria ido? Não tinha feito um lance por mais nada até o momento. Ela teria notado se isto tivesse ocorrido, uma vez que um holofote sempre iluminava brevemente o licitante quando um item era arrematado.
Não seria um completo estranho que se sentaria com ela para jantar no próximo sábado à noite. Seria este homem, cujo orgulho ela tinha ferido gravemente no ano passado. Agora era sua vez de humilhá-la, forçando-a a jantar com ele por várias horas e suportar não só sua companhia, mas também a cobiça nada sutil do seu corpo.
O impacto de perceber este fato lançou bílis na garganta de Dulce. O orgulho exigia que ela não se submetesse a uma situação tão vergonhosa. Mas o orgulho também exigia que mantivesse sua conduta habitual independente do tipo " não tenho medo de nada nem de homem nenhum". Afinal de contas, mesmo se o sheik fosse o arrematante — e todos os seus neurônios gritavam para ela que ele seria —, o que ele poderia causar a ela do outro lado da mesa de um restaurante público? Fazer mais uma proposta de sexo? Tentar seduzi-la com seu charme?
continua
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Autor(a): luan
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Esta última ideia era risível. Não. Deixe-o ter este patético momento de triunfo. Propositadamente, sorriu para ele, desafiando-o atrevidamente com os olhos e a boca. Vamos lá, babaca. Faça seu lance. Veja se me importo. Seus olhos escuros se estreitaram na direção do seu sorriso, depois examinaram-na paulatinamente ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 309
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luan Postado em 09/04/2011 - 18:54:26
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luan Postado em 09/04/2011 - 18:54:26
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luan Postado em 09/04/2011 - 18:54:24
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