Fanfics Brasil - Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)

Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)


Capítulo: 11? Capítulo

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Alfonso telefonou e surpreendeu-a. Quando Anahí ouviu a voz dele, seu coração palpitou mais rápido. Atribuin­do essa sua reação à ansiedade por causa do emprego, ignorou o sucedido.


- Como vai tudo por aí? -   Alfonso perguntou e fez uma pausa, como se ele próprio achasse esquisito estar telefonando.


O que deveria ela responder?, Anahí refletiu. Talvez dizer que estamos andando por uma casa vazia como três grãos de ervilha? Ou talvez: Que estamos de mãos dadas andando pelos cômodos na ponta dos pés para impedir que se formem ecos? Não, nenhuma dessas respostas daria uma idéia do que ela pensava.



  • - Sra. Barbour? - Alfonso disse com preocupação. - Anahí?

  • - Tudo bem - ela finalmente respondeu. - Tudo vai bem. As crianças estão ótimas e eu...

  • - Deixe-me adivinhar - Alfonso interrompeu-a. - Você também está ótima.

  • - Sim, estou. Estou muito bem.

  • - Que bom. Nada de problemas?


Anahí ainda não sabia o que dizer, por isso descreveu tudo o que acontecera naquela manhã, o que a fez parecer uma idiota obsessiva.



  • - E agora os dois estão assistindo a um programa educativo na tevê - ela enfim terminou. - Mas ape­nas por uma hora pois não acho que televisão seja bom divertimento para crianças.

  • - Muito bem. Parece-me que você tem tudo sob controle.

  • - Sim, tenho - Anahí respondeu com mais confian­ça do que realmente possuía. - Tem alguma instrução especial para me dar?

  • - Não, não, faça o que achar melhor.

  • - Sim, farei - Anahí respondeu.


- Muito bem. Voltarei ao trabalho agora. Até logo.


Anahí desligou o telefone sentindo que tiveram uma conversa que começara e terminara sem muito sentido, mas que de qualquer modo a deixara com a sensação de que se iniciava um elo entre ele e os sobrinhos.


Anahí não podia se lembrar de ter sido objeto de tanta curiosidade, ela pensou, enquanto olhava para as pessoas do pequeno supermercado.


Hostilidade talvez, não curiosidade.


Quando entrou com as crianças, algumas pessoas a olharam mas não disseram nada. Então, talvez por invisível comunicação, todos no lugar fizeram o mesmo e todos viraram a cabeça para vê-los melhor.


Nervosa, ela segurou a mão das crianças e começou a cumprimentar com um sorriso os que os olhavam.


- Bom dia - chegou a falar, mas não houve res­posta.


Enfim, uma senhora de meia-idade respondeu ao cumprimento e olhou-a da cabeça aos pés, com curio­sidade.


- Bom dia - respondeu. - Meu nome é Marva Dexter, e o seu?


Anahí sorriu para a mulher, achando que ela era ex­cepcionalmente sociável ou incrivelmente intrometida.


- Como vai? - disse Anahí, ignorando a sugestão para que ela dissesse o próprio nome.


Anahí crescera numa cidade pequena. Conhecera pessoas curiosas e amigas, mas havia algo esquisito na atmosfera daquele mercado.


Afastando-se da curiosidade das demais freguesas, ela pegou um carrinho, colocou Simon e Elly dentro, e começou a procurar as fraldas descartáveis que es­quecera de comprar quando fora a Alban, na véspera.


Apesar do que Alfonso dissera, aquele lugar devia ter fraldas em estoque, mesmo que os fregueses nunca tivessem visto uma pessoa desconhecida antes.


Havia dois homens no estacionamento, conversando. Anahí concluiu ser esse o modo como passavam o dia. Fitaram-na com insistência, e Anahí achou que ela seria a novidade do dia para muitos.


Esqueceu-se depressa dos dois homens e das mu­lheres e pôs-se a observar tudo com interesse. Sentiu-se como se tivesse voltado cinquenta anos atrás no tempo. O assoalho do mercado era de madeira, gasto pela in­finidade de pés que passavam sobre ele. Os balcões tinham tampo de ardósia com arremates em cromo, que brilhava como se houvesse sido polido na véspera. Divertindo-se, Anahí se perguntava se o proprietário usava avental de açougueiro e chapéu de papel.


Ela empurrava o carrinho procurando lugares inte­ressantes para as crianças. Quando fez a curva se­guinte, surpreendeu-se ao descobrir que o grupo de compradoras que a perturbara continuava no mesmo lugar, observando-a com interesse.


Achando que aquele comportamento era estranho, Anahí resolveu comprar as fraldas e ir embora.


Ela devia ter dado sinal de que ia se retirar porque um dos homens do estacionamento foi ao encontro dela, bloqueando-lhe a passagem.



  • - A senhora é a nova esposa? - ele perguntou.

  • - Como? - Anahí perguntou.

  • - Esposa do rei da colina lá em cima? - ele disse, apontando na direção da casa de Alfonso. - É a nova mulher dele? Esses são os filhos?


Rei da colina?


Anahí não tinha idéia do que aquele homem falava, e não tinha interesse em saber. Ficou entre ele e as crianças, para protegê-las. Com os olhos arregalados de apreensão, Elly não desviava o olhar do rosto ver­melho do homem.



  • -Com licença - Anahí sussurrou. O homem estendeu a mão, dizendo:

  • -Por que tanta pressa?

  • -Floyd, você vai se arrepender do que está fazendo.


- Uma voz furiosa se fez ouvir.


Uma mulher apareceu.


Anahí ficou boquiaberta. Aquela era uma mulher com M maiúsculo. Alta, porte de estátua, tinha cabelos ne­gros, ondulados, e rosto de traços firmes. Usava jeans e camiseta vermelha de mangas compridas. Parou diante do homem que chamara de Floyd e colocou a mão na cintura numa pose desafiadora.


Floyd com certeza esquecera-se do que iria dizer a Anahí, porque cumprimentou a recém-chegada:


- Oi, Becky.


- Está aqui para fazer compras? - ela perguntou a Floyd. E, dirigindo-se à multidão que se aglomerava:


- Fico muito contente em saber que pretendem com­prar em minha loja, se é o que vieram fazer, mas não bloqueiem a passagem.


A multidão afastou-se porém os dois homens conti­nuaram lá. Irritada, Becky prosseguiu:



  • -Floyd, você e Benny não têm um carro que precisa ser polido com suas barrigas cheias de cerveja?

  • -Nós estamos apenas... - Floyd ia dizendo.

  • -Saindo.


O homem de nome Benny enfim se deu conta de que Becky não os desejava lá. Agarrou a manga da camisa de Floyd e puxou-o para a saída, resmungando.



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Autor(a): Bela

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Quando a porta se fechou após a retirada dos dois homens, Becky dirigiu-se a Anahí. - Perdoe Floyd e Benny. Entraram enquanto o se­gurança estava distraído. Anahí riu e estendeu a mão a ela, apresentando-se: -Sou Anahí Barbour. -E eu sou Becky Ronson. Soube de você porque Alfonso me telefonou ontem à noi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 326



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  • sandrieli Postado em 03/01/2011 - 05:19:48

    aaaaaaaaaaaaa
    acabou?
    tava tão legal
    parabens a web tva d+
    a escritora é muito boa

  • rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:40

    haaaaaaaaa
    serio q acabou?!!!!!!!
    linda d+ essa web!!!!!!!!
    amei msm!!!!

  • rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:30

    haaaaaaaaa
    serio q acabou?!!!!!!!
    linda d+ essa web!!!!!!!!
    amei msm!!!!

  • rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:03

    haaaaaaaaa
    serio q acabou?!!!!!!!
    linda d+ essa web!!!!!!!!
    amei msm!!!!

  • myrninaa Postado em 03/11/2010 - 16:44:22

    Amei a wn, parabens muito linda!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:36

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:31

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:28

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:24

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:17

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!


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