Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)

Desejando fazer mais perguntas a Becky, Anahí seguiu-a na loja. Encontrou-a no fim de um corredor e perguntou:

- Mas, Becky, Alfonso não poderia mesmo ter sabido o que esse Fred iria fazer e...

Ela parou de falar quando viu dois fregueses, os irmãos Lyte, virando a cabeça ao ouvir-lhe a voz. Quan­do viram de quem se tratava, Floyd disse:

• -Estão falando sobre Alfonso, não é? E como ele tentou matar todas as crianças desta cidade?


• -Oh, Floyd - Becky dirigiu-se a ele, furiosa -, não seja mais idiota do que já é. Sabe que não é verdade.


• -Não sei nada disso - Floyd protestou.


• -Você ainda está zangado porque ele o dispensou antes mesmo de o trabalho começar, e porque Fred não empregaria você. Assim perdeu um bom emprego.


• -Isso não é verdade.

Benny, o irmão de Floyd, veio com seus próprios argumentos para defender Fred. Nesse meio tempo, Marva Dexter, a mulher que Anahí conhecera antes, apareceu na loja. Ouviu a troca de palavras e entrou na conversa para acusar Alfonso. Os três diziam que, não fosse por culpa de Alfonso, Fred não estaria agora na prisão.

Anahí mal podia entender o que diziam porque todos falavam ao mesmo tempo. Ela então ergueu as mãos e pediu:

• - Um minuto, por favor. Pensem no que estão di­zendo. Isso não pode ser verdade. Estão se contradi­zendo e o que falam não tem senso. O que disse Alfonso quando vocês o acusaram?


• - Nada - Floyd respondeu. - Não disse uma palavra.


• - E não devia mesmo ter dito - uma voz segura se fez ouvir bem atrás de Anahí.

Alfonso, ainda com sua roupa de trabalho, estava ali parado, as mãos na cintura. Mas Anahí podia perceber como ele estava tenso, pois fitara-o bem nos olhos.

• - Alfonso... - ela sussurrou, trêmula.


• - Sra. Barbour, onde estão as crianças? - Alfonso perguntou.


• - Em cima, com June, a mãe de Becky.


• - Sei quem é June - ele disse. Todos do grupo estavam gelados, ficaram sem fala, incluindo Becky. - Por que não vai buscá-los? - Não era um pedido, mas uma ordem. - Está na hora de irem para casa.


• - Tudo... bem. - Anahí dirigiu-se a Becky: - Obri­gada pela... - Obrigada de quê? Pelas fofocas? Pelos boatos? Pela chance de talvez ser despedida? - Pela soda - ela enfim terminou o que começara a falar.

Foi na direção de uma escada nos fundos da loja que conduzia ao apartamento de Becky. Viu logo June e Irene com Elly e Simon, descendo.

Anahí balbuciou os agradecimentos e pegou na mão das crianças. Viu Alfonso esperando-a ali perto. Elly foi correndo cumprimentá-lo, mas a frieza do tio a afastou.

• - Está pronta? - ele perguntou a Anahí.


• - Sim... Oh, sim...


• - Acho que já conseguiu as informações que dese­java, pelas quais veio aqui - ele comentou.

Não. Não conseguira nada sobre os grupos de crian­ças que seriam companheiras de Elly e Simon. Mas conseguira informações bem diferentes.

Dando a mão para Elly e Simon, saiu da loja de cabeça erguida, sorrindo para Becky. Depois de ter instalado os dois no carro, seguiu para a casa da colina. O tempo todo estava consciente de Alfonso que a acom­panhava atrás, dirigindo de cara fechada.

Quereria Alfonso ter certeza de que ela iria diretamente para casa? Que não pararia em lugar nenhum? Que não falaria com ninguém? Anahí não sabia exatamente por que Alfonso evitava a ida dela a Cliffside, mas sentia que tinha boas razões. Ela não respeitara essas razões porque estava curiosa sobre ele e sobre sua aversão por Cliffside.