Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)
Alfonso equilibrava-se sobre o
beiral de uma viga do telhado e inclinava o corpo para a frente a fim de pregar
um compensado que instalava no telhado. Em alguns dias terminariam o serviço,
ele pensou com satisfação enquanto se balançava calmamente. Colocou o martelo
na alça do cinto de ferramentas, depois caminhou pela viga até a escada que
usara para subir. Antes de descer, parou a fim de admirar a vista do oceano.
Aquele era o lugar perfeito para
uma casa, um dos locais pouco habitados ao longo da costa. O proprietário, um
artista de Los Angeles, comprara lotes de ambos os lados da casa para garantir
sua privacidade, e pagara caro por eles. A casa fora construída com proteção
contra terremotos e o melhor material existente, embora Alfonso não concordasse
com o projeto. Tivesse sido ele o arquiteto, tentaria convencer o proprietário
a fazer um mirante com vista para o mar, no lugar onde estavam as janelas.
Contudo, Alfonso ouvira falar, e achou um tanto irônico, que o ator, famoso por
suas acrobacias, tinha pavor de altura. Sem dúvida sentia-se mais seguro com
uma série de janelas entre si e a beirada do rochedo.
Mas ele não era o arquiteto,
lembrou-se, continuando a descer a escada. Não passava de um carpinteiro
executando seu serviço, graças ao velho amigo Jeff Gálio, o construtor, que o
pusera a cargo do trabalho dando-lhe assim oportunidade de refazer sua
reputação. Fora uma estranha virada da sorte porque, um dia, haviam sido
iguais. E seriam iguais de novo. Enquanto isso não acontecia, Alfonso estava
grato pela chance, e pela fé que Jeff depositara nele. A construção ia muito
bem, e os homens trabalhavam rapidamente com a liderança de Alfonso e na
esperança do bônus que o proprietário lhes prometera se a obra terminasse na
data combinada.
Alfonso sorria. Era o dinheiro
que falava. Isso ele sabia melhor do que qualquer um. Dessa vez, seria em seu
benefício.
Ele sentia o cansaço prazeroso
que o trabalho da manhã lhe trouxera. Sentia pena da pessoa que trabalhava
entre quatro paredes num dia como aquele. Na verdade, sentia pena de qualquer
indivíduo que não era seu próprio patrão. Incluindo-se, claro. Porém essa
situação mudaria logo e ele enviaria serviço para Jeff em vez de ser contratado
por seu velho amigo. Pagaria suas dívidas e compraria alguns móveis para a casa.
Anahí ficaria contente.
Surpreso, parou de sonhar. Quando
foi que começara a pensar em termos de agradar Anahí? Franziu a testa. Oh, sim,
lembrava-se. Começara a desejar agradá-la logo depois de ter se comportado como
um idiota. Não fora o beijo, não. Fora um erro de julgamento. Comportara-se
como um tonto quando correra e se escondera dela. Incrível. Nunca fugira de um
desafio em sua vida, mas aquela mulher de boca tentadora e pedindo com o olhar
que lhe tocasse os cabelos, o assustara, fazendo-o fugir da própria casa num
esforço para evitá-la.
Quem imaginaria que o brilhante
filho do sr. e da sra. Weston pudesse se transformar num covarde?
Desgostoso consigo mesmo, Alfonso
afastou esses pensamentos e concentrou-se num problema mais imediato. Fome.
Tinha de ir a Alban comprar alguma coisa para comer, e estaria faminto antes de
chegar lá.
"Teimoso", murmurou
para si mesmo ao encostar os pés no solo. "Idiota e teimoso". Devia
ter pegado o almoço que Anahí preparara para ele com todo o cuidado, característico
de tudo o que ela fazia. E sentiu-se como um tolo por ter querido despedi-la.
Sentiu-se ainda mais tolo por a
ter beijado. Por qualquer razão que não conseguiria explicar, achou que, pegar
o almoço que Anahí lhe fizera, pareceria estar tirando vantagem dela, numa
espécie de negócio: beije-me hoje, faça meu almoço amanhã.
O que, naturalmente, não tinha
sentido. Com um gesto de impaciência Alfonso tirou o cinto de ferramentas da
cintura e colocou-o sobre o cavalete de serraria coberto de tábuas, que os
homens usavam como mesa de trabalho.
Ao lado dele, Grey Taggart punha
lá o próprio cinto dando um longo assobio.
- Por Deus, o que você acha que é
aquilo? E o que faz ela ali? Procura algum endereço, talvez.
Alfonso ergueu a cabeça esperando
ver uma garota de biquini atravessando o local da construção para chegar ao
caminho público que descia pelo rochedo até a praia.
Autor(a): Bela
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Em vez disso, enxergou Anahí em pé ao lado do carro dela, protegendo a vista do sol enquanto olhava para cima. O vento brincava com seus cabelos louros, obrigando-a a afastá-los do rosto com ambas as mãos. Usava uma blusa abóbora e uma de suas saias longas estampada com folhas de outono. A brisa colava suas roupas ao corpo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 326
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sandrieli Postado em 03/01/2011 - 05:19:48
aaaaaaaaaaaaa
acabou?
tava tão legal
parabens a web tva d+
a escritora é muito boa -
rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:40
haaaaaaaaa
serio q acabou?!!!!!!!
linda d+ essa web!!!!!!!!
amei msm!!!! -
rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:30
haaaaaaaaa
serio q acabou?!!!!!!!
linda d+ essa web!!!!!!!!
amei msm!!!! -
rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:03
haaaaaaaaa
serio q acabou?!!!!!!!
linda d+ essa web!!!!!!!!
amei msm!!!! -
myrninaa Postado em 03/11/2010 - 16:44:22
Amei a wn, parabens muito linda!
-
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:36
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...! -
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:31
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...! -
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:28
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...! -
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:24
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...! -
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:17
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...!