Fanfics Brasil - Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)

Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)


Capítulo: 3? Capítulo

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Na cozinha, encontrou  Anahí ocupada revistando os armários e a geladeira. Tinha nas mãos um pedaço de papel, um lápis, e fazia uma lista.



  • - Espere - ele disse, erguendo a mão. - Antes que faça planos, preciso saber algumas coisas sobre sua experiência de vida.

  • - Certo - Anahí respondeu.


A geladeira não estava vazia. Havia seis latas de cerveja, dois pães amanhecidos e diferentes tipos de mostarda. Alfonso geralmente não comia em casa, mas em qualquer lanchonete por onde passasse, indo ao trabalho ou voltando a casa.



  • - Meu nome é Anahí... oh, já lhe disse meu nome. Sou viúva. Preciso de um emprego e este me parece ser um que posso fazer bem.

  • - O que exatamente quer dizer?

  • - Que posso tomar conta de sua casa e de seus filhos.

  • - Não são meus filhos. - Alfonso chegou mais perto de Anahí e sentiu nela um perfume de violeta que subiu diretamente a sua cabeça. Achou que precisava de uma xícara de café. Apanhou a cafeteira elétrica e começou a preparar o café.

  • - Não são seus filhos?

  • - Elly e Simon são filhos de minha irmã. Sheila chegou aqui há dois dias, logo depois que eu voltei do trabalho, e disse que precisava que eu tomasse conta das crianças durante algum tempo, pois ia à Africa num safari fotográfico.

  • - Ela é fotógrafa?

  • - Ela nem sabe o que é uma lente. Seu novo na­morado é fotógrafo e minha irmã vai junto para lhe fazer companhia. Infelizmente, não é uma mãe muito responsável.


Alfonso terminou de fazer o café, com gestos impacien­tes. Estava furioso. Não se conformava por Sheila ter lhe imposto a guarda dos filhos. Ela beijara-os e se fora.


Alfonso não sabia por que estava tão surpreso. Toda sua família mimara Sheila a vida inteira. Ela se di­vorciara porque o marido, egocêntrico também, não a mimava como a família Weston fizera. Ele partira logo depois do divórcio, mal conhecendo Simon. Quando Sheila decidira ir ao safari, achara que o irmão mais velho, Alfonso, seria a escolha lógica para cuidar de seus filhos.


Pobres crianças, Alfonso pensava. Arrastados de um lugar para outro, durante toda sua curta vida. E enfim deixadas aos cuidados de uma pessoa que não sabia o que fazer com criaturas tão pequenas. Ele examinou Anahí que se sentara à mesa, depois de ter certeza de que havia limpado bem o rosto de Elly e de Simon. Alfonso se perguntava se ela era capaz de tomar conta de seus sobrinhos. Até o presente momento, não obti­vera nenhuma informação de Anahí excetuando-se a de que era viúva. Perguntava-se há quanto tempo o marido havia morrido. Anahí não parecia nada sofrida com a morte do companheiro, mas ele, Alfonso, era a úl­tima pessoa no mundo a julgar a que ponto a desgraça afetava uma pessoa. Os bons cidadãos de Cliffside, a cidade onde morava, falavam sobre as coisas desagra­dáveis que sucederam na vida dele e que serviram apenas para transformá-lo num homem desprezível e teimoso. Pena não poder discordar de seus vizinhos, Alfonso admitia.


- Tem um currículo de tudo o que fez na vida? - perguntou a Anahí abruptamente.



  • - Claro. - Ela tirou da bolsa um envelope e entregou-o a Alfonso, que o abriu e começou a ler o que estava escrito num papel. Anahí olhava para o céu azul, pela janela aberta. Quando notou que Alfonso a observava, perguntou: - Esplêndido, não?

  • - Você organizava a campanha anual com o fim de angariar fundos para a Liga Júnior?

  • - E este ano superei a arrecadação do ano anterior - ela explicou.

  • - Foi a presidente do comitê do baile do Clube de Campo?

  • - Todos que o assistiram foram unânimes em dizer que havia sido o melhor baile já visto.

  • - E dirigente das aulas da cozinha escandinava?


- Meu amigo dinamarquês ficou encantado com meu trabalho.


Anahí inclinou o corpo para a frente como se espe­rasse pelos aplausos de Alfonso.


Ele leu tudo de novo a fim de ver se perdera algum detalhe. Depois comentou:



  • - Não há aqui evidência de que tenha tido um em­prego com salário.

  • - Como?

  • - E teve?

  • - Não... Não posso dizer que tenha tido.

  • - Tudo o que fez até hoje foi apenas trabalho vo­luntário?

  • - E o fiz muito bem, por sinal.

  • - Sra. Barbour...

  • - Anahí, por favor.

  • - Isso tudo que li nesse resumo não tem nada a ver com o trato de crianças e cuidados na organização de uma casa.

  • - Não é verdade. Se ler com mais atenção, verá que tive experiência cuidando de crianças durante todo o ano letivo. Não tinha mesada, por isso aprendi a economizar dinheiro. Também, passei um verão cui­dando de duas crianças enquanto a mãe estava doente.

  • - Cuidar de crianças temporariamente é bem di­verso do que ser uma governanta.

  • - As obrigações são na verdade as mesmas.

  • - Porém as responsabilidades não.

  • - Concordo - ela disse. - Felizmente sou versátil e posso aprender depressa. Eu nunca me vira envolvida com o trabalho de angariar fundos antes, e fiz esse trabalho para a Liga Júnior muito melhor do que se esperaria.

  • - Muito bem. Mas quando foi a última vez em que cuidou de crianças?

  • - Seis anos atrás, mais ou menos. Adquiri uma habilidade da qual nunca me esquecerei. E concluí que posso fazer qualquer coisa a que me propuser. Como já disse, aprendo depressa.


E fala depressa também, ele pensou.


- Já dirigiu uma casa? - Alfonso lhe perguntou.


- Naturalmente. Bem, supervisionei.


Passando uma última vista d`olhos pelo papel, Alfonso dobrou-o, colocando-o no envelope. Não sabia qual era o tipo de jogo de Anahí, mas de forma alguma queria tomar parte nele.



  • - Por que uma moça da sociedade como no seu caso quer esse tipo de emprego? - perguntou.

  • - Não sou uma moça da sociedade. Ao menos, não mais. Preciso me manter. E este é um trabalho que sei que posso fazer bem. Não vai arriscar nada contratando-me. Há referências em meu currículo, dadas por pessoas muito honestas. Sou boa cozinheira, qualquer mulher sabe limpar uma casa, e o que não souber sobre crianças, aprenderei.

  • - Não... - ele começou a falar, sacudindo a cabeça, mas Anahí interrompeu-o.


- Uma experiência de duas semanas, então - ela suplicou, com tristeza nos profundos olhos azuis. - É tudo que lhe peço.



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Autor(a): Bela

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Alfonso sentiu-se mal ao constatar tanta necessidade nos olhos dela. Gostaria de sumir como um caranguejo rastejando pela areia. Não era suficiente ele ter aque­las duas crianças para cuidar? Não queria ninguém mais à volta, que precisasse de sua atenção. Mas antes que pudesse reagir, ela segurou-lhe a mão apertando ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 326



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  • sandrieli Postado em 03/01/2011 - 05:19:48

    aaaaaaaaaaaaa
    acabou?
    tava tão legal
    parabens a web tva d+
    a escritora é muito boa

  • rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:40

    haaaaaaaaa
    serio q acabou?!!!!!!!
    linda d+ essa web!!!!!!!!
    amei msm!!!!

  • rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:30

    haaaaaaaaa
    serio q acabou?!!!!!!!
    linda d+ essa web!!!!!!!!
    amei msm!!!!

  • rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:03

    haaaaaaaaa
    serio q acabou?!!!!!!!
    linda d+ essa web!!!!!!!!
    amei msm!!!!

  • myrninaa Postado em 03/11/2010 - 16:44:22

    Amei a wn, parabens muito linda!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:36

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:31

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:28

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:24

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!

  • carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:17

    Que lindo!
    Juro que quase chorei aqui...!


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