Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)
Na cozinha, encontrou Anahí ocupada revistando os armários e a geladeira. Tinha nas mãos um pedaço de papel, um lápis, e fazia uma lista.
- - Espere - ele disse, erguendo a mão. - Antes que faça planos, preciso saber algumas coisas sobre sua experiência de vida.
- - Certo - Anahí respondeu.
A geladeira não estava vazia. Havia seis latas de cerveja, dois pães amanhecidos e diferentes tipos de mostarda. Alfonso geralmente não comia em casa, mas em qualquer lanchonete por onde passasse, indo ao trabalho ou voltando a casa.
- - Meu nome é Anahí... oh, já lhe disse meu nome. Sou viúva. Preciso de um emprego e este me parece ser um que posso fazer bem.
- - O que exatamente quer dizer?
- - Que posso tomar conta de sua casa e de seus filhos.
- - Não são meus filhos. - Alfonso chegou mais perto de Anahí e sentiu nela um perfume de violeta que subiu diretamente a sua cabeça. Achou que precisava de uma xícara de café. Apanhou a cafeteira elétrica e começou a preparar o café.
- - Não são seus filhos?
- - Elly e Simon são filhos de minha irmã. Sheila chegou aqui há dois dias, logo depois que eu voltei do trabalho, e disse que precisava que eu tomasse conta das crianças durante algum tempo, pois ia à Africa num safari fotográfico.
- - Ela é fotógrafa?
- - Ela nem sabe o que é uma lente. Seu novo namorado é fotógrafo e minha irmã vai junto para lhe fazer companhia. Infelizmente, não é uma mãe muito responsável.
Alfonso terminou de fazer o café, com gestos impacientes. Estava furioso. Não se conformava por Sheila ter lhe imposto a guarda dos filhos. Ela beijara-os e se fora.
Alfonso não sabia por que estava tão surpreso. Toda sua família mimara Sheila a vida inteira. Ela se divorciara porque o marido, egocêntrico também, não a mimava como a família Weston fizera. Ele partira logo depois do divórcio, mal conhecendo Simon. Quando Sheila decidira ir ao safari, achara que o irmão mais velho, Alfonso, seria a escolha lógica para cuidar de seus filhos.
Pobres crianças, Alfonso pensava. Arrastados de um lugar para outro, durante toda sua curta vida. E enfim deixadas aos cuidados de uma pessoa que não sabia o que fazer com criaturas tão pequenas. Ele examinou Anahí que se sentara à mesa, depois de ter certeza de que havia limpado bem o rosto de Elly e de Simon. Alfonso se perguntava se ela era capaz de tomar conta de seus sobrinhos. Até o presente momento, não obtivera nenhuma informação de Anahí excetuando-se a de que era viúva. Perguntava-se há quanto tempo o marido havia morrido. Anahí não parecia nada sofrida com a morte do companheiro, mas ele, Alfonso, era a última pessoa no mundo a julgar a que ponto a desgraça afetava uma pessoa. Os bons cidadãos de Cliffside, a cidade onde morava, falavam sobre as coisas desagradáveis que sucederam na vida dele e que serviram apenas para transformá-lo num homem desprezível e teimoso. Pena não poder discordar de seus vizinhos, Alfonso admitia.
- Tem um currículo de tudo o que fez na vida? - perguntou a Anahí abruptamente.
- - Claro. - Ela tirou da bolsa um envelope e entregou-o a Alfonso, que o abriu e começou a ler o que estava escrito num papel. Anahí olhava para o céu azul, pela janela aberta. Quando notou que Alfonso a observava, perguntou: - Esplêndido, não?
- - Você organizava a campanha anual com o fim de angariar fundos para a Liga Júnior?
- - E este ano superei a arrecadação do ano anterior - ela explicou.
- - Foi a presidente do comitê do baile do Clube de Campo?
- - Todos que o assistiram foram unânimes em dizer que havia sido o melhor baile já visto.
- - E dirigente das aulas da cozinha escandinava?
- Meu amigo dinamarquês ficou encantado com meu trabalho.
Anahí inclinou o corpo para a frente como se esperasse pelos aplausos de Alfonso.
Ele leu tudo de novo a fim de ver se perdera algum detalhe. Depois comentou:
- - Não há aqui evidência de que tenha tido um emprego com salário.
- - Como?
- - E teve?
- - Não... Não posso dizer que tenha tido.
- - Tudo o que fez até hoje foi apenas trabalho voluntário?
- - E o fiz muito bem, por sinal.
- - Sra. Barbour...
- - Anahí, por favor.
- - Isso tudo que li nesse resumo não tem nada a ver com o trato de crianças e cuidados na organização de uma casa.
- - Não é verdade. Se ler com mais atenção, verá que tive experiência cuidando de crianças durante todo o ano letivo. Não tinha mesada, por isso aprendi a economizar dinheiro. Também, passei um verão cuidando de duas crianças enquanto a mãe estava doente.
- - Cuidar de crianças temporariamente é bem diverso do que ser uma governanta.
- - As obrigações são na verdade as mesmas.
- - Porém as responsabilidades não.
- - Concordo - ela disse. - Felizmente sou versátil e posso aprender depressa. Eu nunca me vira envolvida com o trabalho de angariar fundos antes, e fiz esse trabalho para a Liga Júnior muito melhor do que se esperaria.
- - Muito bem. Mas quando foi a última vez em que cuidou de crianças?
- - Seis anos atrás, mais ou menos. Adquiri uma habilidade da qual nunca me esquecerei. E concluí que posso fazer qualquer coisa a que me propuser. Como já disse, aprendo depressa.
E fala depressa também, ele pensou.
- Já dirigiu uma casa? - Alfonso lhe perguntou.
- Naturalmente. Bem, supervisionei.
Passando uma última vista d`olhos pelo papel, Alfonso dobrou-o, colocando-o no envelope. Não sabia qual era o tipo de jogo de Anahí, mas de forma alguma queria tomar parte nele.
- - Por que uma moça da sociedade como no seu caso quer esse tipo de emprego? - perguntou.
- - Não sou uma moça da sociedade. Ao menos, não mais. Preciso me manter. E este é um trabalho que sei que posso fazer bem. Não vai arriscar nada contratando-me. Há referências em meu currículo, dadas por pessoas muito honestas. Sou boa cozinheira, qualquer mulher sabe limpar uma casa, e o que não souber sobre crianças, aprenderei.
- - Não... - ele começou a falar, sacudindo a cabeça, mas Anahí interrompeu-o.
- Uma experiência de duas semanas, então - ela suplicou, com tristeza nos profundos olhos azuis. - É tudo que lhe peço.
Autor(a): Bela
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Alfonso sentiu-se mal ao constatar tanta necessidade nos olhos dela. Gostaria de sumir como um caranguejo rastejando pela areia. Não era suficiente ele ter aquelas duas crianças para cuidar? Não queria ninguém mais à volta, que precisasse de sua atenção. Mas antes que pudesse reagir, ela segurou-lhe a mão apertando ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 326
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sandrieli Postado em 03/01/2011 - 05:19:48
aaaaaaaaaaaaa
acabou?
tava tão legal
parabens a web tva d+
a escritora é muito boa -
rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:40
haaaaaaaaa
serio q acabou?!!!!!!!
linda d+ essa web!!!!!!!!
amei msm!!!! -
rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:30
haaaaaaaaa
serio q acabou?!!!!!!!
linda d+ essa web!!!!!!!!
amei msm!!!! -
rayzaflor Postado em 06/11/2010 - 22:58:03
haaaaaaaaa
serio q acabou?!!!!!!!
linda d+ essa web!!!!!!!!
amei msm!!!! -
myrninaa Postado em 03/11/2010 - 16:44:22
Amei a wn, parabens muito linda!
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carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:36
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...! -
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:31
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...! -
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:28
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...! -
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:24
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...! -
carine Postado em 03/11/2010 - 01:12:17
Que lindo!
Juro que quase chorei aqui...!