Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)

Para surpresa de Anahí, Grey
Taggart lhe telefonou naquela mesma noite e convidou-a a sair.

- Há um bom clube aqui na
cidade de Alban - ele disse. - É chamado The
Lucky Spur. Você sabe dançar quadrilha?

Anahí  procurou por Alfonso com o olhar. Ele estava
na cozinha acompanhando um desenho de Elly e lhe di­zendo que ela prometia
muito como arquiteta. Depois teve de lhe explicar o que era ser uma boa
arquiteta na linguagem que uma menina de quatro anos pudesse entender. E ele
ainda explicava isso enquanto Anahí falava no telefone.

-Bem, Grey... é muita
amabilidade sua me convi­dar para o The
Lucky Spur... - Anahí gaguejou. - Mas confesso que não sei dançar
quadrilha.

-Ora, tudo bem. Pode
aprender.

Olhando para trás ela viu a
cabeça de Alfonso e repetiu sua ridícula experiência dos últimos tempos, de
ficar vermelha. Enrolava o fio do telefone nos dedos mesmo enquanto se
perguntava por que estaria tão tensa.

-E
que acha de sexta-feira à noite? - ele perguntou.

-Esta sexta-feira?

-Sim. Não tem outros planos,
tem?

- Bem, não, mas preciso trabalhar, tenho certeza, e...

- Não, não precisa - Alfonso interrompeu-a. Tirou o fone da
mão dela. - Grey? - Ele falou no telefone sem tirar os olhos de Anahí. - Anahí
vai ficar muito contente de ir. É sua noite de folga.

Anahí quis tirar o fone da mão de
Alfonso, mas não conseguiu. Pôs as mãos na cintura e ficou olhando para ele.
Sua surpresa e embaraço sumiram do rosto dando lugar ao aborrecimento.

- Certo, amigo - Alfonso
respondeu. - Direi a ela. Até amanhã, então. - Ele colocou o fone no gancho e comunicou: - Grey apanhará você às
sete. Use san­dálias boas para dançar.

Anahí teve vontade de agredi-lo, de quebrar-lhe a cabeça com
o pau de macarrão.

- Sr. Weston? - ela chamou-o com
a voz mais doce do mundo.

Ele virou-se, preocupado. Nunca ouvira aquele tom de
voz vindo de Anahí e esperava que algo desabasse em sua cabeça.

- Sim?

- Desde quando sexta-feira à noite ficou sendo meu dia de
folga?

- De repente me dei conta de que nunca falamos sobre suas
folgas. Você não é uma prisioneira aqui. Apenas uma empregada.

Sem dúvida, essa explicação
machucou-a. Depois da alegria que tivera naquele dia, da experiência de es­tarem
juntos, acreditara haver mais entre eles do que apenas um relacionamento entre
patrão e empregada.

Claro, estivera errada o tempo
todo.

Tinha mais a dizer a Alfonso,
porém devido à presença de Elly, com os grandes olhos fixos neles, e lembrando-se
de como a menina reagira na última vez em que discutiram,
Anahí sorriu friamente e foi preparar o jantar. Logo que as crianças fossem para
a cama iria ter uma conversa com Alfonso.