Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)

Do lado de fora, Alfonso parou
com a mão na porta de tela, pronto para abri-la. Não podia acreditar no que
ouvia. Anahí o defendia? Ele estava a caminho de Alban a fim de comprar mais
telhas para a casa nova, quando viu o carro de Anahí estacionado em frente à
loja de Becky.

Parou e ouviu a conversa,
decidido a entrar ao pri­meiro sinal de briga.

- Você não sabe o que está falando - Burt Dexter dizia.

- Não sei? Quem foi que vendeu tudo para pagar o que achou
que era de sua responsabilidade?

- Mas era responsabilidade
dele - Floyd afirmou.

- Pagou, por achar que devia isso à comunidade, mas não
estava pagando por um crime que não era seu. Pagava por alguém mais. Pagava
pelo crime de seus melhores amigos.

Ninguém deu uma palavra. Os
membros da família Dexter não a fitavam. A sala estava tão silenciosa que se
podia ouvir Simon chupando a bala que Becky lhe dera.

Burt foi ao encontro dele, com as
mãos estendidas.

- A culpa foi minha,
Alfonso. Alimentei esse amargor porque não queria admitir que Fred e Steve
haviam agido erradamente. Mesmo depois do julgamento, con­tinuei negando. O que
você me falou no parque outro dia estava certo. Se não esquecer minha ira, essa
mes­ma ira me matará.

Alfonso apertou a mão de Burt.

- Sim - ele disse. -
Alguém chamou minha aten­ção de que o amargor só fere a própria pessoa.

Burt saudou a todos e virou-se
para sair. Marva apertou a mão de Alfonso e sorriu para Anahí antes de se
retirar com Burt.

Floyd e Benny imitaram os dois,
mas, antes de sair, Benny pediu:

- Alfonso, quando você começar a construir de novo,
avise-nos. Gostaríamos muito de trabalhar com você.

- Claro, Benny - disse Alfonso. - Ficarei muito con­tente
em ter a ajuda de vocês.

- Juro que jamais imaginei ver isso! - exclamou Becky tão
logo o grupo se retirou, dando um suspiro de alívio. - Acho que as coisas vão
caminhar muito melhor nesta cidade deste momento em diante.

Alfonso ia falar, mas Elly correu
para perto do tio e beijou-o. Queria a atenção dele.

Os olhos de Anahí encheram-se de
lágrimas. Tudo o que desejara para Alfonso acontecera no espaço de alguns
minutos.

- Estou com fome! - Elly enfim
exclamou, olhando de um adulto para o
outro. - Becky tem sanduíches e limonada na loja.

- Limonada? Que bom! - Simon disse, sacudindo a cabeça.

-Por que não irmos almoçar
em casa? - Alfonso su­geriu, rindo muito. Ele passou o braço em volta da
cintura de Anahí. - Preciso falar com Anahí em par­ticular.

-O que é em particular? - Elly
perguntou.

-Isso quer dizer que
nenhuma menina curiosa deve estar por perto - ele respondeu, beliscando-lhe o
nariz.

Os quatro saíram e Becky fez um
sinal encorajador para Anahí.