Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)

Acomodando as crianças em seu carro,
Anahí seguiu na frente e Alfonso logo atrás.

Em casa, todos entraram e ela
apressou-se em pre­parar o almoço. A tensão aos poucos se evaporava.

Anahí queria dizer a Alfonso como
estava orgulhosa pelo modo como ele se comportara com os Lyte e os Dexter, na
cidade. Tudo ficara bem esclarecido agora.

Alfonso piscou para ela,
sorrindo. Embaraçada por estar olhando para Alfonso sem parar, havia algum tempo
já, Anahí corou e Elly lhe perguntou:

-Annie, por que seu rosto
está tão vermelho?

-Por nada - Anahí
respondeu. Por trás dela Alfonso sorriu de novo.

Enquanto Anahí preparava os
pratos das crianças, o telefone tocou. Alfonso segurou o fone com uma das mãos
e com a outra pôs o leite nos copos.

- Sim, aqui é Alfonso Weston
- ele disse, e depois ficou muito quieto. Anahí logo adivinhou que devia ser Sheila.
- Um instante, vou atender no outro aparelho.

Ele foi para o quarto pedindo
antes a Anahí que des­ligasse o telefone depois que ele atendesse do quarto.

Embora estivesse muito curiosa
para saber de que se tratava, caso fosse mesmo Sheila, Anahí continuou com as
crianças vendo se comiam tudo. Alfonso não voltava e ela levou Elly e Simon
para a cama a fim de que descansassem.

Ao passar pelo quarto de Alfonso,
ouviu-o numa con­versa tensa. Parecia muito zangado.

Mal conseguindo se concentrar,
Anahí leu dois livros para as crianças e depois insistiu que dormissem.

Pela porta aberta do quarto de
Alfonso viu-o sentado na beirada da cama, de cabeça baixa e mãos entre os
joelhos.

- Alfonso? - ela disse,
entrando e fechando a porta. - O que houve?

Ele não respondeu logo. Estava muito
abatido. Alarmada, Anahí sentou-se ao lado dele.

-Alfonso?

-Era Sheila. Ela desistiu.
- Alfonso sacudiu a cabeça vagarosamente e encarou Anahí.

-Desistiu? Desistiu de
quê, Alfonso?

-Dos filhos. De Elly e de
Simon. Disse que não foi feita para ser mãe. Há muitas outras coisas que deseja
fazer. Seu novo namorado ganhou um tipo de concessão para fotografar uma manada
de elefantes durante um ano e Sheila vai ser sua assistente. Depois disso, quem
sabe o que acontecerá? Porém ela não quer mais ser mãe. Não pretende voltar,
Anahí. Vai me dar os documentos legais para a guarda de seus filhos. Eu deverei
cuidar deles até a maioridade. Não serei mais um tio, porém um pai.

Com os olhos arregalados, Anahí
disse:

-Isso não pode ser verdade.

-É a pura verdade.

-Ela vai lhe dar os filhos
como se fossem...

-Cachorrinhos vira-latas -
declarou Alfonso com tris­teza na voz. Seu desapontamento com comportamento da
irmã era profundo.

- Ao menos eles estão com você, Alfonso. Pretende...
pretende ficar com os dois, não?

- Naturalmente. - Alfonso surpreendeu-se com a pergunta.

Aliviada, Anahí sorriu.

- Tudo bem, então - disse. - Eles amam você e você os ama.
Tudo vai funcionar bem.

- Não. Não, não vai.

- Por que não?

- Porque você não estará aqui.

- Eu... eu disse que ficaria por algum tempo, e... - A idéia
de abandonar as crianças deixou-a doente. O pensamento de deixar Alfonso já
havia sido difícil de aceitar, mas Anahí vinha tentando aceitar o fato du­rante
todo o fim de semana. Porém, a idéia de deixar as crianças era demais. Contava
que mais cedo ou mais tarde a mãe as levaria, de qualquer maneira. Ela engoliu
em seco. - Ficarei por enquanto.

- Não. Não quero que fique apenas por enquanto, quero que
fique para sempre.

- Como? Alfonso, acho que não posso...

- Case-se comigo - ele disse bruscamente.

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