Fanfic: Aprendendo a ser pai AyA (Terminada)

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Casar-me com você? - Anahí não
poderia ter ficado mais chocada se ele a tivesse chicoteado.

-Não vê? Seria a solução
perfeita. - Alfonso começou a andar pela sala, da porta à janela e de volta à
porta. - Você ama Elly e Simon, não é mesmo?

-Naturalmente... mas...

-Criou uma rotina para
eles. Será mais fácil para os dois aceitar que a mãe não vai voltar, tendo
certeza de que você ficará aqui.

-Sim - Anahí respondeu -,
mas há mais do que isso a se considerar.

-O quê? Gosta daqui, não
gosta? E não tem para onde ir.

Essa última declaração não soou
muito amável para Anahí. Levantou-se e encarou-o, dizendo:

-Afinal, não sou uma órfã
sozinha no mundo, Alfonso. Posso sempre ir para a casa dos pais de Keith em San
Diego. Na verdade, eles querem que eu vá e...

-Mas você quer ir?

-Não, mas também não sei
se quero me casar com você. Que tipo de casamento seria esse? Casando-me por
causa das crianças?

-Elas precisam de nós
dois.

- Há certas coisas de que eu preciso, Alfonso.

- O quê? Segurança, é isso? Tem medo por causa das dívidas
que estou pagando? Não se preocupe, está quase tudo pago. As coisas podem ser
um pouco difíceis durante mais alguns meses, mas tudo estará bem no próximo
verão. Uma firma de arquitetos em Alban me convidou para trabalhar lá. Posso
fazer isso. - Ele sacudiu os ombros. - Quero ser independente, meu próprio
chefe, e eles propuseram que eu ficasse sócio da firma. Cuidarei de você, Anahí

- Não é isso, Alfonso. - Ela já estava meio desespe­rada
sem saber como explicar-lhe a verdadeira razão.

- Não precisamos nos preocupar com Elly e Simon porque
nosso pai deixou um fundo para Sheila e ela passará esse dinheiro para mim.
Sheila quer cuidar dos filhos, mas não pessoalmente.

- Não é isso, Alfonso - Anahí repetiu.

- É por causa do que eu lhe disse sobre o fato de eu a convidar
para dormir comigo? Que consistia na prova necessária? Desculpe, Anahí, fui um
canalha...

- Não, Alfonso.

- Então, o que é? Tentei dar uma resposta a todos os
receios que você pudesse ter.

- E o amor, Alfonso?

- Amor? - ele repetiu, com voz estrangulada.

- Você sabe que se trata de uma emoção que um sente pelo
outro quando decide se casar, não sabe? - Sinto essa emoção por você, ela pensou mas não disse nada.

-Não acha que há um pouco
de exagero nisso, Anahí?

- Exagero?

-Quantas pessoas neste
país casam-se acreditando estar apaixonadas e lamentam o que fizeram mais tarde?
Você mesma disse que foi o que aconteceu com você e seu marido.

- Oh, Alfonso, não se
trata da mesma coisa. Éramos quase adolescentes quando decidimos nos casar...