Fanfic: O Buquê

( Galera, o cap anterior tá como o 5º cap, mas na verdade é o 4º e esse sim é o 5º).

Dul: Nossa.

Madame Z: Ele se arrastou para a superfície depois de uma
inundação repentina e violenta, no Cemitério Chapel Hill, ou melhor, o caixão dele. Uma porcaria feita de madeira, devia ser do começo do século dezenove. Não
havia ninguém para cuidar dele, então eu fiquei com pena dele e o trouxe para
cá.

Any: Você abriu o caixão?

Madame Z: Sim.

Ela parecia orgulhosa.

Dul: É nojento que isso ainda tenha cabelo.
Madame Z: "Ele" ainda tenha cabelo. Mostre um pouco de respeito.

Dul: Eu não sabia que cadáveres tinham cabelo, é só isso."

Madame Z: Pele, não, a  pele começa a
apodrecer imediatamente, e acredite em mim, você não quer sentir o cheiro
quando ela se vai. Mas o cabelo? As vezes ele continua crescendo por semanas
depois do falecido ter ido para o outro lado.

Any: Uau. Ouviu
isso, Poncho? Às vezes o cabelo continua crescendo.

Poncho: Impressionante!

Dul: E quanto àquilo? ( apontando para um recipiente
transparente no qual algo avermelhado e semelhante à um orgão
flutuava em um líquido transparente). Não me diga que aquilo veio do Fernando também.

Madame Z agitou suas mãos, tipo " Não seja ridícula."

Madame Z: Esse é o meu útero. Fiz com que o médico me desse
depois da minha histerectomia.

Dul: Seu útero?
Madame Z: Eu iria deixar eles jogarem ele no incinerador? Sem chance!

Any: E isso? ( Apontou para uma moita de alguma coisa seca na prateleira mais
alta. Esse mostrar-e-contar estava se provando muito mais divertido do que as
leituras).

Madame Z seguiu meu olhar. Ela abriu a boca, então a fechou.

Madame Z: Isso não é nada. Encerramos por aqui?

Any: Vamos.( ela juntou as mãos como numa oração) Diga-nos o
que é aquilo.
Any: Você não quer saber.
Any: Eu quero

Dul: Eu não quero
Any: Sim, ela quer e o Poncho também.
Poncho: Não pode ser pior que o útero.

Madame Z pressionou seus lábios juntos.

Any: Por favor?

Ela resmungou num sussurro algo sobre adolescentes idiotas e como ela se
recusava a assumir a culpa, qualquer que viesse com isso. Então ela se
levantou, tocando na prateleira do topo. Os seios dela não sacudiram, mas sim
ficaram firmes e rígidos debaixo da blusa dela. Ela retirou a moita e a colocou
na nossa frente.

Any: Um ramo de flores?

Botões de rosa delicados, as pontas marrom e lembrando
papel, tão ressecados que baforadas de fibras empoeiravam a mesa. Uma fraca
fita vermelha segurava tudo junto.

Madame Z: Uma camponesa na França colocou um feitiço nele, ela queria mostrar
que o amor verdadeiro é guiado pelo destino, e que qualquer um que tentar interferir,
vai interferir correndo riscos.

Ela se moveu para devolver o ramo de flores.

Any: Espera! Como isso funciona? O que ele faz?

Comentem bjiinhos!!