Fanfics Brasil - • A Grande Mentira. Ainda dia 337 e as coisas não vão tão bem... Quem Segurα o bebê? ♥ Vondy; [terminada]

Fanfic: Quem Segurα o bebê? ♥ Vondy; [terminada]


Capítulo: • A Grande Mentira. Ainda dia 337 e as coisas não vão tão bem...

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— Ah, não! — Dulce protestou. — Isso é problema seu.


— Teria coragem de me abandonar numa hora de necessidade?


— Teria.


    Deixaria Anahi e Alfonso em dificuldades?


    Sem dúvida.


— Viraria as costas para um pobre bebê indefeso?


Adorava crianças. Passara toda a adolescência cuidando dos filhos dos vizinhos e amigos que precisavam sair. Embora não tivesse grande experiência com bebês, sabia como usar o bom senso.


— Isso não é justo — reclamou, sentindo-se encurralada.


— Vamos lá, cara mia — ele sorriu, entregando-lhe o bebê. — Não sei nada sobre crianças. Além do mais, será por pouco tempo. Só até Anahi e Alfonso retornarem e resolverem esse pequeno problema.


Incapaz de resistir, Dulce aceitou o pequeno problema e olhou com carinho para o rosto sonolento. Chris inclinou-se sobre as duas e deslizou um dedo sobre os cabelos finos e sedosos da sobrinha.


— Ela é uma Uckermann, sem dúvida. É a imagem de meu irmão.


— O que acontecerá com Alfonso e Anahi?


— Eles vão se casar. Essa promete ser uma relação volátil, não acha?


— Muito volátil. Como acha que seu pai receberá a notícia?


— Isso é o que mais me preocupa. Papai é antiquado como os pais de Anahi — ele suspirou, tocando a ruga que se formava entre os olhos de Dulce. — Não se preocupe com meu pai. Eu cuidarei dele. O primeiro passo é casar esses dois malucos. Isso servirá para aplacar a ira do velho Dom.


— Talvez seja melhor não mencionar a data exata do ca­samento. Não deve mentir, é claro...


— Não. Nós nunca mentimos, não é?


— Nunca — Dulce concordou com voz abafada. — Mas se pudermos omitir um ou dois pequenos detalhes...


— Vamos tocar de ouvido — Chris encolheu os ombros. — Espero que o encontro com o primeiro neto tempere a reação de meu pai.


— Ele... não expulsaria Alfonso da família, não é?


Dom era o homem mais doce e bondoso que já conhecera, mas não se pode prever a reação de um patriarca diante de um fato como esse.


— Não é impossível — Chris confirmou sério, confirmando seus piores temores. — Ele tem opiniões bastante definidas sobre esse assunto. E sua opinião é... não deve acontecer. Ponto final.


— Mas...


Ele passou um braço sobre seus ombros de forma casual.


— Relaxe — disse, perturbando-a com o calor de sua mão. — Não se preocupe com esse assunto. Já disse que cuidarei de tudo, não? Confie em mim.


Dulce afirmou com a cabeça. Se havia uma coisa que aprendera sobre esse homem é que fazia exatamente aquilo que prometia. Confiaria a própria vida em suas mãos, caso fosse necessário.


Ele afastou-se e foi abrir as portas do grande armário de madeira num canto da sala.


— Vamos ver o que está acontecendo — disse, acionando os controles dos monitores que ficavam ocultos na maior parte do tempo. Imediatamente, a imagem do saguão do edifício sur­giu em uma das telas. — Alfonso e Anahi estão lá, mas ainda não posso ver Edward. Por que está demorando tanto?


— Talvez tenha sido o elevador — Dulce murmurou, se apro­ximando dele. — Oh, não... Estão discutindo outra vez.


— Isso não é uma discussão. É uma briga.


— Não acha que deve ir mediar o conflito? — Ela sugeriu, aninhando o bebê junto ao peito.


— Não. Alfonso não me agradeceria se eu interferisse. Se precisar de ajuda, ele encontrará uma forma de pedir.


— Tem certeza?


— Não.


— Não? Você disse não?


— Exatamente.


— Isso não me faz sentir melhor.


— Considerando a teimosia de meu irmão, é o melhor que posso oferecer.


— A teimosia parece ser uma característica dos Uckermann. Gostaria de poder ouvir o que estão dizendo. Por acaso sabe ler lábios?


— Não, mas não preciso disso para saber o que estão dizendo. É evidente. Alfonso está gritando: Por que não me contou sobre Tony?


Dulce sorriu, apesar da preocupação.


— E Anahi respondeu no mesmo tom: Por que deveria?


Ele a fitou rapidamente com um brilho de humor nos olhos.


— Por que sou o pai da criança.


— E daí?


— Não devia ter escondido meu filho de mim — Chris imitou. — Eu tinha o direito de saber sobre ele.


Desempenhando seu papel com perfeição, Dulce respondeu:


— Você não tem direito algum sobre minha vida. Você me traiu. Teve um caso com... ela.


Chris passou um braço em torno de sua cintura.


— Aquela mulher não significa nada para mim, mia amorata — murmurou, os lábios praticamente tocando seu rosto. Dulce estremeceu, lutando contra o impulso de retribuir o abraço e tentando ignorar o desejo que crescia a cada instante. Como isso havia acontecido? Como essa atração ultrapassara suas defesas com tamanha facilidade? E por que agora, quando estava tão perto de realizar seu sonho? Com esforço, voltou a desempenhar seu papel.


— A... outra mulher...


— Você é a única mulher que importa, a única que eu...


— Não diga isso — ela cortou, abandonando a representação. — Não deve dizer coisas nas quais não acredita.


— Mas é verdade.


— Você ama todas as mulheres. Sou apenas mais uma delas.


— Tem razão, admito que amo todas as mulheres. — Ele também havia desistido de desempenhar seu papel.- Amo todas elas, altas e baixas, gordas e magras, com cabelos escuros pre­sos num coque ou longos e loiros caindo sobre os ombros. Para mim, são todas maravilhosas.


Ela o encarou alarmada, resistindo ao desejo de tocar os cabelos.


— Então admite? — Devolveu.


Chris tocou seus lábios com a ponta do dedo.


— Admito apenas que amo todas as mulheres. Adoro a diver­sidade de aparências, o cheiro único de cada uma delas, o som de suas vozes, algumas roucas e outras mais agudas, adoro vê-las caminhar, algumas mais sinuosas e lânguidas, outras cheias de energia. Mas minhas favoritas são as que parecem dançar ao som de uma música interior que só elas podem ouvir, graciosas e emanando uma intensa alegria de viver... como você.


— Não... Não diga mais nada.


Mas ele a segurou pelos ombros.


— Sabia que tocar uma mulher é um dos maiores prazeres da vida? Explorar cada curva e sentir o fogo de uma resposta apaixonada, tê-la nos braços e saber que podemos despertá-la para sensações intensas...


Queria empurrá-lo, mas não podia. Não com o bebê nos braços. Além do mais, a reação provocada por suas palavras a deixava aturdida, paralisada.


— Chris, não devia estar dizendo essas coisas...


— Mas eu ainda não disse a melhor parte sobre as mulheres. Sabe qual é? Seu sabor. O sabor de uma mulher é um presente dos deuses. É mais intenso que o mais requintado dos vinhos, e mais inebriante que o rum. E só melhora com a idade... e a experiência.


Dulce fechou os olhos, temendo encarar a paixão que via em seu rosto.


— Está esquecendo Alfonso e Anahi— murmurou.


— Eu não os esqueci. Você me acusou de amar todas as mulheres e eu admiti a culpa. Mas o que sinto por elas não é nada, absolutamente nada, comparado ao que sinto por você.


— Você diz tantas mentiras doces e belas... Mas são apenas mentiras. As mulheres o fascinam de maneira irresistível, tanto que é incapaz de contentar-se com uma só.


— Está enganada. Um Uckermann só ama uma vez, e para sempre.


Ela forçou-se a abrir os olhos e encará-lo. Gostaria de poder julgar o grau de honestidade em sua expressão.


— Eu... não acredito em você.


— Sim, você acredita, porque estou dizendo a verdade. Um Uckermann jamais se desvia de seu verdadeiro amor. Nunca. — E então ele a soltou e voltou a olhar para o monitor. — E isso, cara mia, é exatamente o que Alfonso está dizendo a Anahi. É o que eu diria à minha amada se estivesse no lugar dele.


Dulce piscou, livrando-se do encanto provocado pelos mo­mentos de intimidade. Não sabia o que dizer, não conseguia pensar... Desesperada, concentrou-se no monitor.


— Chris, olhe!


Anahi e Alfonso haviam passado das palavras à ação. Ges­ticulando muito, a jovem italiana agarrou um vaso de porcelana que encontrou sobre um pedestal de mármore e despejou seu conteúdo sobre a cabeça de Alfonso. Água, folhas e flores cobriram­ram seus cabelos e a parte superior de seu paletó.


— Parece que a explicação que ele ofereceu não foi tão doce quanto a sua — Dulce opinou.


— Acho que não. Mas ela não devia ter feito isso. Alfonso vai reagir...


E foi exatamente o que aconteceu. Gesticulando de maneira furiosa, o mais jovem dos Uckermann investiu contra a moça no exato momento em que Edward surgiu em cena. Apavorado, os olhos arregalados como se fossem saltar das órbitas, ele tentou retirar as flores e folhas do terno do patrão.


— Ficaria mais tranqüila se Anahi largasse aquele vaso — Dulce comentou, ajeitando o bebê nos braços.


— Onde ela vai largá-lo é o que mais me preocupa.


Edward tentou retirar a peça de porcelana das mãos da moça. Os dois lutaram por alguns instantes, mas ela conseguiu soltar-se e desferir um violento golpe contra a cabeça de Alfonso, que caiu como um castelo de cartas em meio aos pedaços da valiosa obra de arte.


Chris correu até o telefone e chamou a segurança.


— Chame o médico da empresa para atender meu irmão. Rápido! Estou indo para aí.


— Chris, espere! É melhor ver isso — Dulce chamou-o em pânico.


Não podiam mais ver Alfonso. Uma pequena multidão se agru­para a sua volta, tentando ajudá-lo. À esquerda, vários in­tegrantes do corpo de segurança investiam contra Anahi, que chorava copiosamente. Pior ainda, dois policiais entraram no prédio nesse exato momento e, ao vê-los, a jovem italiana deve ter decidido que a lei era mais segura que os furiosos empre­gados do Salvatore agredido.


— Não sei que tipo de história ela está contando à polícia, mas parece que está criando uma impressão e tanto — Chris comentou. — Ela terá escapado antes mesmo que eu consiga chegar ao elevador. Oh, não! Lá vai ela. Agora entrará no primeiro táxi que passar pela rua e irá direto para o aeroporto.


— E quanto a Alfonso?


— Espere... Ele está se levantando — Chris suspirou aliviado. — Graças a Deus!


— Ele parece estar bem, mas existe sempre o risco de uma concussão. Gostaria que o médico já estivesse lá. Oh, não... Agora ele está gritando com os policiais!


— Provavelmente por terem deixado Anahi escapar.


— Por que aquela policial está com as algemas na mão? Não vão prendê-lo, não é? Ele não fez nada!


— Exceto ofendê-los, se conheço bem meu irmão. Mas parece que não vão levá-lo.


— E agora, para onde ele vai? Está saindo do prédio.


— Droga! Ele vai atrás de Anahi. Devia ter imaginado que ele faria algo parecido.


— E quanto a Tony? Ele não pode esperar que nós...


— Pareço que temos uma certa responsabilidade até que Alfonso consiga alcançar Anahi— Chris sorriu.


— Ah, não. De jeito nenhum.


Antes que ele pudesse responder, o telefone tocou.


— Edward? Como está meu irmão? Sim, eu sei que ele saiu. Mas para onde foi? Para o aeroporto? Eu sabia! Espere um pouco, Edward — ele pediu, ligando o aparelho através do qual Dulce também poderia participar da ligação. — Pronto, pode falar. Estamos ouvindo.


— Edward, Alfonso está machucado? — Ela perguntou preo­cupada.


— Foi só um galo, Srta. Savinõn. Não houve nenhum feri­mento mais sério. Mas... temos mais um pequeno problema.


— Qual? — Chris quis saber.


— Seu irmão mencionou alguma coisa sobre o bebê que aquela moça estava deixando para trás e... Bem, francamente...


— Fale de uma vez, Edward!


— Pensei que seria melhor preveni-lo...


Batidas firmes na porta chamaram sua atenção.


— Polícia! Abra, por favor.


— A polícia está subindo — o segurança concluiu.


Chris ficou em silêncio por alguns segundos. Em seguida res­pirou fundo e disse:


— Obrigado, Edward. Mantenha tudo sob controle na recepção e avise-me assim que Alfonso voltar. Vou atender a polícia.


— Chris? — Dulce chamou ao vê-lo desligar e dirigir-se à porta.


— Está tudo bem. Tente manter a calma e deixe o resto comigo — ele indicou antes de abrir a porta. — Olá. Sou Chris Uckermann, presidente das Empresas Uckermann. Em que posso ajudá-los, oficiais... — e parou para ler seus crachás — Cable e Hatcher?


— Temos informações de que uma criança foi abandonada — disse a oficial Cable, os olhos fixos no bebê nos braços de Dulce. — Essa é a criança?


— Esse bebê não foi abandonado — Chris respondeu com firmeza, colocando-se entre Dulce e a policial.


— Não? — O oficial Hatcher interferiu. — É seu filho?


— Meu sobrinho.


Os dois policiais trocaram um olhar rápido.


— Vai ter de nos mostrar algum tipo de identificação — Cable indicou.


Chris abriu a carteira, apanhou a carteira de motorista e entregou-a a policial.


— Acho que o momento pede uma explicação — sorriu.


Dulce esperou pela reação da oficial ao sorriso, e não teve de esperar por muito tempo. Ela examinou a carteira de mo­teorista e, tentando esconder o rubor que tingia seu rosto, de­morou mais que o necessário para fazer algumas anotações em sua prancheta. Chris nem notou.


Nunca notava. Seguia derrubando as mulheres como pinos de boliche, mas não se tratava de um charme calculado. Chris simplesmente amava as mulheres, e por isso as tratava com cortesia e afeto.


— Estamos esperando pela explicação — Hatcher lembrou, irritado com o comportamento da parceira.


— Bem, acredito que tenham conhecido meu irmão Alfonso Uckermann.


— O rapaz que se envolveu na briga com a moça italiana?


— Foi apenas um pequeno desentendimento familiar. Como deve saber, nós, italianos, somos muito passionais.


— Aquela moça é...?


— Esposa de meu irmão.


Dulce teve de fazer um enorme esforço para manter a apa­rência calma. Chris estava mentindo para a polícia!


— Tem alguma coisa a dizer, senhora...? — O oficial Hatcher perguntou, provavelmente notando seu desconforto.


— Senhorita Savinõn — ela corrigiu. — E sim, tenho algo a dizer. Será que pode apanhar aquela sacola de fraldas, por favor? Acho que tivemos um pequeno acidente por aqui.


O oficial encarou-a por alguns instantes antes de atender seu pedido. Dulce forçou um sorriso agradecido e colocou o bebê sobre a mesa de Chris, torcendo para que realmente hou­vesse um acidente como o que acabara de inventar, e bem em cima de todos aqueles papéis importantes. Seria um castigo merecido. Sem pressa, abriu o cobertor que envolvia o bebê e começou a despi-lo.


— Voltando ao nosso problema, sr. Salvatore — o oficial Hatcher prosseguiu com firmeza — a jovem que interrogamos no saguão chama-se...   


— Anahi Portillo... Uckermann — Chris respondeu.


— E ela foi para o aeroporto?


— Exatamente. A mãe dela está muito doente na Itália. Meu irmão pediu a ela que esperasse mais alguns dias, até que pudessem viajar juntos, mas ela quis partir imediatamente. Lamento que a polícia tenha sido envolvida numa questão tão íntima e sem importância.


— Quanto ao bebê — Cable interferiu. — Vai cuidar da criança até seu irmão voltar?


— Sim, o que acontecerá dentro de algumas horas.


Dulce mantinha a cabeça baixa enquanto apanhava uma fralda limpa na sacola. Ao remover a calça plástica do bebê, descobriu que ele realmente precisava ser trocado e retirou a fralda molhada.


Os policiais conversavam em voz baixa, e era evidente que não estavam gostando da situação. Luc também percebeu o perigo e decidiu agir.


— Escutem, sou um homem responsável, conhecido e res­peitado em minha comunidade. Estou cuidando de meu sobri­nho por algumas horas? Qual é o problema?


Dulce retirou a fralda e, arregalando os olhos, virou-se para Chris. Oh, não! Se não agisse depressa, a situação ficaria ainda pior. Depois de jogar a fralda suja na lata do lixo com uma das mãos, tentou ajeitar a outra rapidamente, mas ela caiu no chão.


— Ajudaria se eu fornecesse algumas referências? — Chris estava perguntando.                         


— Conhece alguém que pode atestar sua habilidade com bebês? — Hatcher disparou irônico. — Parece um homem muito ocupado. Tem certeza de que pode proporcionar todos os cui­dados necessários ao bem estar de uma criança?


Dulce notou a expressão irritada no rosto do chefe e se preo­cupou. Aquela ruga entre os olhos era sinal de uma explosão iminente. Então ele virou-se, encarou-a, deu uma rápida olhada na direção de sua mão direita e, antes que se movesse, Dulce soube qual era sua intenção.


Sem perder tempo, apanhou mais uma fralda na sacola e colocou-a sobre a metade inferior do bebê no exato instante em que Chris aproximou-se e passou um braço sobre seus ombros. Tentando livrar-se do abraço inoportuno, procurou ajeitar a fralda e fechá-la.


— Cara — ele murmurou. — Deixe-me mostrar a eles.


— Agora não! — ela respondeu com tom urgente.


— Sim, agora — Chris insistiu, agarrando sua mão e esten­dendo-a na direção dos policiais. — Devia ter explicado que minha noiva vai me ajudar a cuidar de Tony.


— Chris, o bebê — Dulce sussurrou, soltando-se com um mo­vimento brusco. — Tenho de terminar de trocar... o bebê.


Sem dar tempo para uma eventual aproximação dos oficiais, ela desistiu da perfeição e colocou a fralda como pôde, vestindo a criança com movimentos rápidos e rezando para que a fralda permanecesse no lugar pelos próximos cinco minutos. Em se­guida enrolou o cobertor em torno do corpo roliço e foi sentar-se no sofá, batendo nas costas de Tony como se cada troca de fraldas tivesse de ser seguida por um arroto.


— Então é noiva? — A oficial Cable perguntou, a decepção estampada em seu rosto.


— Sim — Dulce admitiu, lançando um olhar fulminante na direção de Chris. Felizmente não perguntaram se era noiva de Chris. Mentir para a polícia era algo que não fazia parte de sua lista de ambições. Por outro lado, acabara de mentir, não? Considerando que nunca fora noiva...


— Bem, acho que foi apenas um alarme falso — a policial concluiu encolhendo os ombros.


Mas Hatcher parecia menos conformado.


— Faremos um relatório Sobre o episódio, Sr. Uckermann. E na próxima vez em que vier visitá-lo, o que não vai demorar, farei questão de falar diretamente com os pais do bebê.


— É claro — Chris concordou.


Assim que os policiais saíram, Dulce voltou a colocar o bebê sobre a mesa para ajeitar sua fralda.


— Vai trocá-lo outra vez?


    Vou terminar o que comecei há cinco minutos.


— E por que não terminou antes?


— Porque os policiais podiam aproximar-se, e então veriam... que Tony é Toni.


— O que disse?


— Toni não é seu sobrinho, mas sua sobrinha! — Ela dis­parou, terminando de vestir o bebê e acomodando-o entre as almofadas do sofá. — O nome dela deve ser Antonia.


— Está brincando! — Chris exclamou entusiasmado. — Ela é a primeira menina em quatro gerações de Uckermann! Ou seriam cinco?


— Acho que não entendeu. Se a polícia tivesse desco­berto que não sabia sequer o sexo do filho de seu irmão, es­taríamos encrencados. Eles nos levariam presos e mandariam essa criança para uma instituição de amparo ao menor.


— Eu não teria permitido.


— Não poderia ter impedido. E como se atreveu a me envolver nessa mentira? Não tenho nada a ver com seus problemas!


— Nossos problemas. Somos noivos, lembra-se? Você mesma disse à polícia...


— Eu só disse que era noiva, mas não mencionei seu nome.


— Não foi o que eles entenderam.


— Mas é tudo uma grande mentira! Não sou sua noiva, Alfonso e Anahi não são casados, e o bebê nem é um menino!


— Preste atenção no que vou dizer, Dulce. Não permitirei que ninguém tire Toni de mim. Nem mesmo a polícia. Farei qualquer coisa para protegê-la, entendeu?


Podia compreender seus sentimentos, e até compartilhava deles. A família Salvatore era unida e, para ser franca, não podia acusar Chris depois de ter passado um ano mentindo para ele. Ele tinha direito a uma mentira. Mas só uma, e de curta duração. Depois disso, estariam empatados.


— O que quer que eu faça? — Perguntou.


— Apenas que fique comigo e finja ser minha noiva até Anahi e Alfonso voltarem.


— Duas horas. É tudo que posso oferecer.


— Preciso de você até que Alfonso venha buscar essa criança.


— Não.


    Teria coragem de me abandonar numa hora de necessidade.


— Sim.


— Deixaria Alfonso e Anahi em dificuldades?


— Sem dúvida. Já discutimos isso antes, lembra-se?


— Sim, eu me lembro. E acho que era nesse momento que eu perguntava se viraria às costas para um pobre bebê indefeso. Na primeira vez isso fez uma grande diferença.


— Você nunca joga limpo?


      Às vezes. Mas normalmente jogo para ganhar.



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Autor(a): moonstarwebs

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— Não, não! É muito! Aqui diz que são três colheres de leite para uma mamadeira de água. Ah! Agora você derramou tudo! — Eu derramei? — Dulce irritou-se. — Você bateu no meu braço. — Seu braço estava no meu caminho. Olhe o que está fa­zendo, ou vai acabar derrubando. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • paulinha Postado em 05/07/2008 - 15:33:20

    vem k, vc n tem amor a vida n ne? so pode, é capaz de vc acordar de noite com alguem puxando seu pé, mas n se assuste n, vai ser eu kerendo saber a continuaçao da web. se n kiser q isso acontess, é bom vc poxtar, se n vai ser uma pessoa MORTAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • paulinha Postado em 04/07/2008 - 20:21:54

    pelo love de God, da pra poxtar logo, ou vc que q eu tenha um infarto precosse?

  • paulinha Postado em 03/07/2008 - 19:32:36

    ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, tú q me dexa lok ne? pq tu fica 2 dias sem poxtar e eu fico quase careca. pelo amor de Deus, poxta logoooooooooooooooooooo.

  • paulinha Postado em 02/07/2008 - 16:29:26

    ah, ja ia me esquecendo! continua q a web ta super Fashion! estou esperando ansiosa pelo resto.

  • paulinha Postado em 02/07/2008 - 16:27:59

    ai desculpa n ter comentado antes. mas é q o cp deu uma doida e eu n consegui fazer o login. mas eu to acompanhando a web desde o seu nascimento.

  • gabybrody Postado em 22/06/2008 - 18:00:58

    Amo essa web!!!!
    É perfeita!
    Posta mais!!!!!!!!
    Bjos!

  • gabybrody Postado em 15/06/2008 - 17:09:47

    AMEI!!!!
    Posta Mais!!!
    Bjos!

  • ardillita Postado em 12/06/2008 - 20:44:56

    mais uma linda WN sua!!!
    Ameeiiii!!!
    ++++++++++++++++++!!!


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