Fanfics Brasil - • A Grande Mentira. Dia 339 e o problema bate à porta... Quem Segurα o bebê? ♥ Vondy; [terminada]

Fanfic: Quem Segurα o bebê? ♥ Vondy; [terminada]


Capítulo: • A Grande Mentira. Dia 339 e o problema bate à porta...

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Trancar-se no quarto de Chris não a ajudou a sentir-se mais segura. Como conseguiria dormir naquela cama? Não apanhara nem o pijama!


As batidas na porta foram como uma resposta ao seu dilema.


— Vou deixar sua camisola aqui — Chris informou do lado de fora. — Boa noite, Dulce.


Atenta ao som dos passos, ela esperou ter certeza de que Chris realmente afastara-se para abrir a porta e recolher a ca­misola e o robe, tomando o cuidado de substitui-los pelo pijama que encontrara em uma das gavetas da cômoda. Ele que viesse buscá-lo, se quisesse.


Alguns minutos mais tarde estava pronta para ir para a cama, apesar de não saber se conseguiria dormir. Considerando como o quarto a fazia lembrar Chris... Devia ser sua maneira sutil de atormentá-la.


A pior parte veio quando ela meteu-se entre os lençóis e descansou a cabeça no travesseiro. O perfume dele impregnava as roupas de cama, intoxicando-a e recordando sensações que tentava esquecer. Chris fizera de propósito, para enlouquecê-la. Pois não daria certo!


Três horas mais tarde, e à beira da loucura, Dulce começou a cochilar. Um banque  surdo pôs fim aos instantes de relaxa­mento. Totalmente desorientada, ela precisou de alguns segundos para perceber que o som vinha da porta. Rápida e assustada, vestiu o robe e saiu do quarto a tempo de encontrar Chris no corredor. Usando o pijama que ela deixara do lado de fora horas antes, ele foi abrir a porta enquanto ajeitava os cabelos com a mão.


— O quê... — começou.


Horrorizada, Dulce viu a dupla de policiais e a Sra. Bumgartle.


— Prendam esse homem — ela exigiu, apontando para Chris. — Prendam os dois! Esses... esses... sequestradores de bebês!


Por um momento ninguém se moveu. Em seguida Chris perguntou:


— Qual é o problema, oficial?


— Sr. Uckermann? Sou o oficial Hatcher. Nós nos conhecemos em seu escritório, há dois dias.


— Sim, eu me lembro. Algum problema?


— Seqüestrador de bebês! — a vizinha gritou. — Ele disse que a criança era sua sobrinha, filha de seu irmão, mas todos os irmãos vieram visitá-lo esta noite, e nenhum deles levou a menina. E ele os preveniu sobre não dizerem nada a ninguém, pois não podiam correr o risco de atrair a polícia!


Hatcher olhou para Chris e notou o comportamento nervoso de Dulce.                   


— Não acha melhor esclarecermos isso lá dentro, sr. Uckermann? Cari — disse, virando-se para o parceiro — acompanhe a Sra. Bumgartle e tome seu depoimento.


Chris afastou-se para permitir a entrada do policial. Embora permanecesse em silêncio, o músculo tenso na altura da man­díbula indicava que estava furioso com a situação. Por que tinha de ser justamente Hatcher a atender a ocorrência?


— Não há nada a esclarecer — ele indicou ao fechar a porta. — Já expliquei que estamos cuidando de minha sobrinha.


Hatcher tirou um bloco de anotações do bolso e virou algu­mas páginas.


— De acordo com minhas notas, disse que estava cuidando da criança por algumas horas, e já se passaram dois dias. Importa-se em explicar essa discrepância?


— Acho que mencionei a doença da mãe de minha cunhada. Meu irmão e a esposa pretendiam levar o bebê nessa viagem à Itália, mas no último instante decidiram deixá-lo conosco. Isso é um problema? — Perguntou, segurando a mão de Dulce e puxando-a para mais perto.


O oficial começou a tomar nota.


— Tem algum documento que comprove o que está dizendo?


— Não. Não imaginei que fosse necessário. Que tipo de documento?


— Uma receita médica, certidão de nascimento, qualquer coisa.


— Não... Mas os pais da criança devem retornar em breve.


Hatcher consultou as anotações mais uma vez e franziu a testa.


  Quantos anos tem sua sobrinha, sr. Uckermann? Em que data ela nasceu?


Dulce tentava impedir que o pânico a dominasse.


— Ela tem três meses — Chris respondeu. — Eu... não sei a data de nascimento.


— E quando foi que ela deixou de ser um menino? — O oficial disparou com sarcasmo.


Chris resmungou alguma coisa.


— Não sabia que ela era uma menina, sabia? — O policial insistiu. — Pelo menos ela é sua sobrinha?


— Não sabia que ela era uma menina até a primeira troca de fraldas -ele confessou. — Anahi a chamou de Toni, e como os Uckermanns só produzem meninos há muitas gerações, deduzi que... — e encolheu os ombros. — Mas ela é realmente minha sobrinha.


Hatcher voltou a consultar as anotações.


— O nome da criança é Antonia Donati... Uckermann? Ou isso também é mentira?


— Anahi e meu irmão não são casados... ainda. Mas espero que esse fato se altere em breve.


— Vamos ver se entendi. Disse que os pais haviam deixado o bebê aos seus cuidados e que retornariam algumas horas mais tarde. Mentira. Disse que a criança era seu sobrinho, mentira. E disse que os pais da criança eram casados. Mais uma mentira. Não tem autoridade legal para estar com esse bebê, tem?


Chris cerrou os punhos.


— Escute, oficial, Anahi, a mãe da criança, deixou Toni com meu irmão por causa de uma emergência familiar. Isso é verdade. E ela precisava de alguém para cuidar de Toni durante sua ausência. Isso também é verdade. Como meu irmão Alfonso é pai dessa criança, a escolha natural recaiu Sobre ele. O único problema é que Alfonso não sabia sobre a existência de Toni até Anahi surgir em meu escritório.


— E isso explica a discussão no saguão.


— Exatamente. Meu irmão seguiu Anahi para tentar es­clarecer tudo entre eles, mas foi impossível... graças à inter­venção da polícia.


Dulce encolheu-se.


— Chris, hostilizá-lo não vai nos ajudar em nada — murmurou.


 — E daí? Se a polícia não houvesse ajudado Anahi a fugir, não estaríamos metidos nessa encrenca. Mas isso não importa. Quando Alfonso conseguir alcançá-la, certamente se casarão em seguida e voltarão para apanhar a filha. Até lá, minha noiva e eu cuidaremos do bebê. Ela está perfeitamente segura e em boas mãos.


— Não cabe a mim decidir, Sr. Uckermann.


— O que está querendo dizer?


— Vá com calma — Dulce aconselhou.


— Quero saber o que isso significa!


— Significa que qualquer decisão relativa ao bebê cabe ao pessoal da assistência social, não a mim. Legalmente, essa criança foi abandonada.


— É claro que não foi! — Chris explodiu. — A mãe a deixou aos cuidados do pai.


— Sr. Uckermann, não vou discutir a questão. Levarei o bebê, e se tentar resistir, terei de prendê-lo.


Antes que Chris pudesse reagir, Dulce perguntou:


— O que vai acontecer com Toni?


Hatcher explicou enquanto fazia mais algumas anotações.


— A lei manda que ela seja transportada numa ambulância para o hospital mais próximo. Ela será examinada e passará a noite no centro de proteção infantil. Amanhã cedo ela será transferida para um abrigo temporário enquanto as assistentes sociais investigam o caso.


— E como poderemos recuperá-la?


— Para ser honesto, não sei se poderão. Se querem um conselho, entrem, em contato com o responsável legal, a mãe, e consigam uma declaração de custódia assinada por ela e um atestado médico. A cópia da certidão de nascimento também poderá ser útil.


Dulce olhou para Chris e sussurrou:


— Acha que podemos conseguir?


— Alfonso nos enviará todos os papéis por fax.


— E mesmo assim, não há nenhuma garantia de que as autoridades deixem a menina aos seus cuidados. Mas... — Hatcher olhou para Dulce. — Uma presença feminina constante na casa pode fazer uma enorme diferença a seu favor — e fechou o bloco de anotações. — Muito bem, levem-me ao bebê.


Não havia mais nada que pudessem fazer. Chris preparou uma sacola com tudo que considerava necessário, enquanto Dulce preparava a pequena para uma saída noturna. Hatcher ficou parado na porta, observando cada movimento dos dois.


— Posso preparar algumas mamadeiras extras? — Dulce perguntou com lágrimas nos olhos.


— Acho que sim — o oficial concordou.


— Chris, pode cuidar dela, por favor? Oficial Hatcher, impor­ta-se de me ajudar?


Esperava que o policial concordasse, pois assim Chris teria alguns minutos de privacidade para despedir-se da pequena. Felizmente o oficial acompanhou-a até a cozinha.


Enquanto preparava as mamadeiras, Dulce falava sobre amenidades e rezava para que o italiano impulsivo não fizesse nenhuma bobagem. Para seu alívio, ele surgiu na porta quando já estava concluindo sua tarefa. Em silêncio, entregou o bebê e a sacola ao policial.


— Aqui está meu cartão — indicou em seguida. — O número do telefone de minha casa está anotado no verso. Espero que as assistentes sociais telefonem o mais depressa possível.


— Sim, Sr. Uckermann. Sugiro que obtenha aqueles papéis bem depressa, ou não terá nenhuma chance de recuperar a criança.


Depois disso ele partiu levando Toni.


No instante em que a porta se fechou, Chris desferiu um murro violento contra a parede, abrindo um buraco no gesso. Dulce deu alguns passos em sua direção, sem saber se devia aproximar-se num momento tão conturbado.


— Vamos trazê-la de volta — disse em voz baixa. Ele virou-se, os olhos cheios de fúria.


— Não vou deixar acontecer novamente, Dulce. Não vou permitir que separem minha família outra vez.


— Do que está falando?


Ele não respondeu. Furioso, dirigiu-se ao quarto de hóspedes, obrigando-a a correr para acompanhá-lo.


— Chris!


Ao lado do berço vazio, ele dobrou o cobertor da sobrinha com carinho surpreendente. Havia se machucado ao bater con­tra a parede, e uma mancha de sangue indicava o local mais atingido, próximo às articulações dos dedos.


           — Eu tinha quatorze anos quando Alfonso nasceu — Chris começou. — Embora não houvessem planejado mais um filho, meus pais ficaram encantados com a chegada do temporão. Costumavam dizer que o pequeno completava a meia dúzia com que sempre sonharam. Na primeiro vez em que o vi, tive certeza de que era a criatura mais horrível que eu já havia conhecido. Eu o chamava de cura de macaco.


Dulce acomodou-se na cadeira de balanço ao lado do berço e observou-o preocupada. Estava prestes a tomar conhecimento de algo importante, e tinha a impressão de que a revelação tinha uma enorme relação com seus sentimentos por Toni.


— A aparência de Alfonso melhorou com a idade — ela co­mentou, tentando amenizar a tensão.


Para sua surpresa, Chris sorriu.


— É verdade. — O sorriso desapareceu. — Mamãe morreu quando ele tinha dois meses de idade.


— Oh, não — Dulce lamentou.


— Não sei se foi o desgaste do parto, já que ela tinha mais de quarenta anos quando deu à luz pela última vez, ou a pneumonia que a acometeu pouco depois, mas o fato é que ela não resistiu. Talvez tenha sido uma combinação dos dois fatores.


— Onde estava Dom?


— Papai estava na Itália, cuidando dos negócios. Tivemos dificuldades para localizá-lo. Mamãe tinha todas as informações necessárias, mas ela morreu tão depressa que não teve tempo para nos dizer...


Dulce levantou-se e parou ao lado dele.


— O que aconteceu? — Perguntou, enlaçando sua cintura e apoiando a cabeça em suas costas.


— O mesmo que acabamos de viver — ele suspirou. — A polícia chegou para nos levar a um abrigo temporário até que papai voltasse e fosse nos buscar. Lutei contra eles. Cheguei a agredi-los fisicamente.


Parecia tão frio, tão distante das próprias memórias! Mas sabia que a impressão era falsa. Podia ouvir a respiração ofe­gante e as batidas aceleradas de seu coração.


— Por que enfrentou os policiais? — Dulce perguntou.


— A unidade familiar é um valor que nos acompanha desde o berço, e o último pedido de minha mãe foi que eu mantivesse todos juntos até que papai voltasse. A polícia queria nos se­parar, e tentei impedir.


— Você fez o melhor que pôde, Chris. Era jovem demais para cuidar de um bebê e supervisionar quatro garotos revoltados.


— Eu estava no comando. Era meu dever manter todos unidos até que meu pai voltasse. Deus sabe como tentei, mas... fracassei. Eles levaram meus irmãos. Derick, os gêmeos, Christian e Alfonso. Três policiais me seguraram durante a operação. Fomos espalhados por diferentes abrigos provisórios, e papai só retornou três semanas mais tarde.


— Ele o culpou?


— Nunca. Mas eu sabia que havia fracassado. E não vou falhar novamente. Farei tudo, absolutamente tudo, para reaver a custódia de Toni e cuidar dela até a volta de meu irmão.


— O que está planejando?


Ele virou-se para encará-la.


— Você e eu estamos oficialmente casados a partir de agora.


— O quê...? Não pode estar falando sério!


— Hatcher disse que uma presença feminina pode nos favorecer.                                                


    Mas e quanto Will... William?


    O que tem ele?


— Preciso discutir esse assunto com meu noivo.


— Ah... Faça isso. Enquanto discute, traga todas as suas coisas para cá. Quero que a assistente social encontre um casal feliz, e quero que ela veja nossas coisas juntas em todos os armários da casa.


— Caso não tenha notado, ainda não concordei com sua idéia — ela indicou, afastando-se alguns passos.


— Vai se recusar a ajudar?


— Não, mas... temos mesmo de dizer que somos casados? A polícia acredita que somos noivos. O que faremos se eles compararem as informações?


— Mostraremos nossa certidão de casamento.


— O quê?


— Amanhã tomaremos todas as providências necessárias para um casamento, caso ele seja necessário.


— Não! Esqueça, Chris! Não vou fazer isso!


— Ah, vai. Peça o que quiser em troca, mas me ajude. Se não por mim, por Toni.


— Você tem uma maneira de colocar as coisas...


Chris respirou fundo.


— Desculpe, Dulce. Sei que não estou lidando muito bem com isso, mas preciso de você. Preciso de sua ajuda. Não posso permitir que Toni seja afastada da família.


Sabia que devia ouvir a voz da razão e recusar-se a participar dessa mentira, mas não tinha coragem de abandoná-lo num momento tão difícil.


— Está bem, vamos fazer como diz.


E então ele a beijou. Um beijo tão apaixonado e quente que silenciou a voz da razão.


O telefone a acordou ao amanhecer. Assustada, Dulce pulou da cama e sentiu o corpo dolorido, resultado da noite de insônia. Depois de vestir o robe sobre a camisola, dirigiu-se ao escritório.


— Alfonso! — Chris exclamou ao atender a ligação. — Onde você está? O quê? Épazzol. O que está fazendo na Itália nova­mente? Estamos enfrentando problemas sérios! A polícia esteve aqui ontem à noite e levou Toni.


Dulce encolheu-se, ouvindo os protestos furiosos de Alfonso do outro lado da linha.


— Diga a ele que precisamos de uma declaração de custódia — ela lembrou.


  Cale a boca e espere!        


— Eu só estava tentando ajudar.


— Não é com você, Dulce — ele desculpou-se. — Não, Alfonso. Não interessa o que ela está fazendo aqui a esta hora. O que importa é o que você precisa fazer.


Dulce fechou os olhos e gemeu. Quando já estava começando a acreditar que as coisas não poderiam ser piores, o destino, ou Chris Uckermann, provava que estava enganada.


— Sabe que a trarei de volta o mais depressa possível, mas precisamos de uma declaração de custódia assinada por Anahi e um atestado médico. Pode conseguir esses documentos com ela?


— Não esqueça a certidão de nascimento — Dulce interferiu.


— Ah, sim, e uma cópia da certidão de nascimento. Man­de-me os documentos por fax assim que os conseguir, certo? Caso contrário, eles mandarão sua filha para um abrigo de­finitivo e vocês terão de brigar muito para recuperá-la. Sim, Alfonso. Não se preocupe. É claro que cuidarei de tudo. Mas trate de voltar para casa o mais depressa que puder. Até logo. — Chris desligou o telefone e virou-se para Dulce. — Vá se vestir. Temos uma centena de coisas para providenciar antes da volta de Toni. E espero que ela esteja de volta ainda esta noite.


A primeira prioridade era transferir suas coisas para o apartamento de Chris. Assim que esvaziaram seus armários e transferiram roupas, sapatos e objetos pessoais para o porta-malas do carro, ele anunciou a segunda tarefa: obter uma licença de casamento.


— Só preciso verificar se as janelas estão bem fechadas — ela disse, voltando ao apartamento.


Estava quase saindo quando se lembrou de verificar a secretária eletrônica. O primeiro recado era de seu pai. Ele dizia ter uma surpresa e pedia que entrasse em contato o mais depressa possível. Por maior que fosse a curiosidade, teria de esperar até que a situação voltasse ao normal. O segundo recado não era exatamente um recado, mas a con­versa ridícula que mantivera com o fictício William. Nervosa adiantou a fita até a mensagem seguinte e, horrorizada, reconheceu a voz de Chris.                                                        


— Ora, ora... Que interessante...                                          


Como pudera ser tão tola? Ele acionara a tecla de rediscagem do aparelho do escritório e descobrira para onde havia telefo­nado minutos antes! O que significava que agora tinha certeza de que seu noivado era uma farsa.


Por isso questionara a existência de obstáculos. Com o fra­casso do disfarce e a certeza da inexistência de William, Chris devia ter imaginado que o caminho para a sedução estava livre.


— Dulce! — Ele chamou, buzinando com paciência. Inútil adiar o confronto. Melhor enfrentá-lo com o que ainda lhe restava de dignidade e torcer para que essas semanas pas­sassem depressa. Talvez fosse melhor fingir que não escutara os recados e...


— Por que está demorando tanto? — Ele perguntou da porta. Tarde demais. Um olhar para seu rosto ruborizado e Chris deduziu que estivera ouvindo os recados.


— Esqueceu de dizer alguma coisa? — Ele perguntou.


— Não... nada. Podemos ir?


— Não enquanto não admitir que não existe nenhum William.


— É claro que existe um William. O que não existe é um noivado entre ele e eu — ela concluiu, saindo sem olhar para trás.


Chris a seguiu às gargalhadas.


As horas seguintes voaram. Depois de tomar todas as pro­vidências para um casamento de emergência, caso fosse ne­cessário, Chris comprou uma aliança para Dulce, ignorando seus protestos veementes.


— Não tenho tempo para discutir esse assunto — ele afirmou impaciente. — Já fingiu ser noiva durante onze meses, e agora vai fingir que é casada. Qual é a diferença?


Reconhecendo que qualquer argumento seria inútil, ela o acompanhou de volta ao apartamento, onde a assistente social os encontraria por volta do meio-dia. Cinco minutos antes do horário combinado, Dulce terminou de guardar seus objetos pessoais no armário e foi juntar-se a Chris na sala, onde ele já se preparava para abrir a porta.


A Sra. Cartwright era uma profissional séria e agradável, e Chris precisou de exatamente três minutos para envolvê-la com seu charme, apesar dela estar em torno dos quarenta anos de idade e ser evidentemente madura e experiente.


No primeiro minuto trocaram cartões e nomes. Chris apre­sentou Dulce como sua esposa e agradeceu a Sra. Cartwright por ter encontrado tempo para ir visitá-los, apesar de sua agen­da cheia.


No segundo minuto ele disparou uma infinidade de pergun­tas sobre o bem estar de Toni.


No terceiro minuto ele relaxou, desculpou-se pela ansiedade e ofereceu um de seus mais radiantes sorrisos.


— Como já deve ter compreendido, Toni faz parte da família. Diga-me o que devo fazer para tê-la comigo até que seus pais retornem da Itália, e eu farei. Qualquer coisa.


— Por favor, Sr. Uckermann, entenda que não estamos ten­tando separar sua família. Só queremos o que é melhor para a criança.


— Então partilhamos o mesmo objetivo. Vai acabar com­preendendo que o melhor para Toni é voltar para junto de seus familiares. Deixe-me mostrar o apartamento enquanto falamos sobre isso.


A Sra. Cartwright inspecionou cada centímetro do aparta­mento com atenção irritante.


— É um lindo quarto — disse, sorrindo ao ver os brinquedos perto do berço de Toni. — Fez tudo isso só para hospedar sua sobrinha?


— Bem, na verdade espero lhe dar primos em breve.


— Vejo que são recém-casados — ela deduziu, sorrindo para Dulce. — O oficial Hatcher referiu-se à noiva do Sr. Uckermann em seu relatório. Casaram-se recentemente?


— Há pouquíssimo tempo — Chris respondeu.


A assistente social fez uma anotação rápida em sua prancheta.


— É bom saber disso — comentou. — Não costumo aprovar um lar onde os principais responsáveis pela criança não são legalmente casados. E quem ficaria com Toni durante o dia?


— Nós dois. Fiz alguns arranjos para trabalhar no escritório do apartamento até meu irmão e a esposa retornarem.


— Esposa? Pensei que Anahi Portillo fosse mãe solteira. Na verdade, fiquei preocupada quando soube que havia dito à polícia que seu irmão era casado com ela para depois confessar que havia mentido.


Uma variedade de emoções passou pelo rosto de Chris. Frus­tração, Raiva, e finalmente resignação.


— Para ser honesto, Sra. Cartwright, teria dito qualquer coisa para manter Toni com a família. Sei que é uma terrível admissão, mas meu irmão confiou a filha aos meus cuidados, e não queria desapontá-lo.


— Entendo seus sentimentos, mas insisto na necessidade da mais absoluta honestidade de agora em diante. Mentir para a polícia ou para o serviço social é uma ofensa grave. Se des­cobrirmos outras... discrepâncias desse momento em diante, não terá nenhuma chance de cuidar de sua sobrinha, nem de imediato, nem futuramente. Estamos entendidos?


Dulce sentia-se prestes a desmaiar de medo e vergonha, mas Chris enfrentava a situação sem perder a pose.


— Sim, Sra. Cartwright.


— Ótimo. Também estou preocupada com a mãe dessa criança.


— Anahi é jovem, inconseqüente... Teve um filho fora do casamento, algo que a família e a religião condenam, e recen­temente soube que a mãe estava às portas da morte. Ela não teve outra alternativa senão deixar a filha com meu irmão.


— Mas ele também deixou o bebê.


— Aos meus cuidados. Sou o mais velho, e todos os irmãos recorrem a mim quando precisam de ajuda. Tenho certeza de que eles se casarão e esclarecerão toda essa confusão em breve. Se o serviço social quer investigar minha vida para ter certeza de que sou um guardião temporário adequado para a criança, que investiguem. Se quiserem acampar na minha porta para manter-me sob vigilância constante, não me importo. A única coisa que quero é cuidar de Toni até meu irmão voltar da Itália.


— Defendeu seu ponto de vista com eloqüência, Sr. Uckermann.


— Era essa minha intenção.


— Muito bem. ainda tenho de fazer alguma investigação de rotina sobre sua situação. Seria útil se pudesse fornecer refe­rências financeiras e pessoais.


— Isso é fácil. Mais alguma coisa?


— Também seria ótimo se pudesse me entregar uma carta de consentimento da mãe, uma cópia da certidão de nascimento do bebê e um atestado médico até o final do dia. Se conseguir reunir todos esses documentos, recomendarei que a custódia de Toni lhe seja entregue.


— E ela voltará para casa ainda esta noite?


— Farei o possível — ela sorriu. — Sabe que esse caso não será encerrado com a volta de Anahi Portillo, não é? Aos olhos da lei, ela abandonou a filha, e isso é algo que as autoridades não aprovam.


— Ela terá todo o apoio da família Uckermann. E o do marido, também.


— Para o bem dela, espero que esteja certo.


Alguns minutos mais tarde a Sra. Cartwright partiu e Chris abraçou Dulce, tirando-a do chão e girando como um maluco.


— Conseguimos! — Anunciou eufórico, antes de colocá-la no chão. — Não disse que tudo acabaria bem?


— Sim, você disse — Dulce murmurou, apoiando-se em seus ombros.


Mas não sentia a mesma confiança. As mentiras aumenta­vam a cada hora, bem como seu compromisso com Chris e o bebê. Como poderia encarar Dom e afirmar que cumprira sua parte no acordo, se estava cada vez mais envolvida com Toni? Toni! E Chris? Tinha de admitir que estava mais envolvida com ele do que jamais estivera com outro homem!


Se não saísse dessa situação rapidamente, perderia tudo... A Baby Dream, para começar, e seu coração.



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Autor(a): moonstarwebs

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Toni voltou naquela noite, são e salva, e todos os irmãos de Chris reuniram-se no apartamento para comemorar seu re­torno. O jantar foi uma ocasião festiva e barulhenta, e a pe­quena divertia-se muito com os tios. Os problemas só começaram quando os convidados já esta­vam se preparando para partir. — Isso tudo &ea ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • paulinha Postado em 05/07/2008 - 15:33:20

    vem k, vc n tem amor a vida n ne? so pode, é capaz de vc acordar de noite com alguem puxando seu pé, mas n se assuste n, vai ser eu kerendo saber a continuaçao da web. se n kiser q isso acontess, é bom vc poxtar, se n vai ser uma pessoa MORTAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • paulinha Postado em 04/07/2008 - 20:21:54

    pelo love de God, da pra poxtar logo, ou vc que q eu tenha um infarto precosse?

  • paulinha Postado em 03/07/2008 - 19:32:36

    ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, tú q me dexa lok ne? pq tu fica 2 dias sem poxtar e eu fico quase careca. pelo amor de Deus, poxta logoooooooooooooooooooo.

  • paulinha Postado em 02/07/2008 - 16:29:26

    ah, ja ia me esquecendo! continua q a web ta super Fashion! estou esperando ansiosa pelo resto.

  • paulinha Postado em 02/07/2008 - 16:27:59

    ai desculpa n ter comentado antes. mas é q o cp deu uma doida e eu n consegui fazer o login. mas eu to acompanhando a web desde o seu nascimento.

  • gabybrody Postado em 22/06/2008 - 18:00:58

    Amo essa web!!!!
    É perfeita!
    Posta mais!!!!!!!!
    Bjos!

  • gabybrody Postado em 15/06/2008 - 17:09:47

    AMEI!!!!
    Posta Mais!!!
    Bjos!

  • ardillita Postado em 12/06/2008 - 20:44:56

    mais uma linda WN sua!!!
    Ameeiiii!!!
    ++++++++++++++++++!!!


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