Fanfic: Meu histórico pessoal

Cheguei na escola com um sorriso contagiante.
Ele tampou meus olhos e com aquela
voz falou em meus ouvidos:
Bom dia meu amor, sabe quem é? 
 Eu tenho obrigação de saber, eu respondi:
Não tenho certeza, mas acho que é o menino que eu amo.
 Ele riu e respondeu susurrando:
Além de ser o que você ama, vou ser o boato da escola se você falar mais alto, rs.
 Chamei
ele de grosso. Ele gargalhou sarcásticamente e me chamou de
altofalante, enquanto pegava minha mochila e me levava até minha sala.

No
meio da escada a Paula veio dar bom dia pra ele e deu um selinho bem na
minha frente, depois me deu um sorriso falso e perguntou pra ele:
  O que você pensa que está fazendo carregando a mochila dessa garota?
Ele
ficou sem reação, pois ela não fez a menor questão de falar baixo, eu
não acreditei que ele não fosse respondê-la, sem me defender e sem
esperar a defesa dele eu peguei a minha mochila e continuei a subir
sozinha. Não credito que ele não fez NADA!
 Depois veio até minha
sala e me chamou, eu ignorei.. até que ele me puxou pelo meu braço, ele
estava ofegante, eu estava revoltada, ele disse que tinha me avisado e
que eu não tenho porque ficar com raiva dela, pois na verdade eles
estão ficando.
 Antes da primeira lágrima sair, só consegui responder:
 Eu sabia que não ia dar certo, só não entendo o sentido de tudo que você disse ontem. Me deixa quieta, vai pra sua aula;
 Ele
secou minha primeira lágrima e disse que nunca vai querer ser o motivo
no qual eu estarei chorando, então me deu um beijo em minha testa, e
saiu.
 Não consegui mais chorar, eu conseguia ficar feliz com as
palavras dele, mesmo estando naquela situação. Então peguei um caderno
e fiquei rabiscando.

[Hora da saída]
A tal Paula me parou no primeiro andar e desandou a falar:
 É
o seguinte Letícia, é esse seu nome né? Não sei se o Lipinho te contou
mais eu e ele nos damos muito bem e estamos ficando. Tudo que venho
vivendo com o meu fofucho tem sido muito legal e não quero que ningúém
como você atrapalhe.
Após ouvir, sai. Não disse nada, só sai.
Ele veio falar comigo no portão de saída, perguntou se tomaríamos sorvete de novo.
Meu
coração estava enviando um enorme discurso para que eu gritasse e
chorasse na frente dele, mas segui a minha mente, somente respodi
que
Eu
vou estar ocupada hoje de tarde, mas você pode ir em ótima companhia,
com a sua fofucha. Me faz um favor? Me ignora, pois como ela me disse
"não quero que alguém como eu atrapalhe o que vocês estão vivendo"
 Ele
me olhou e falou que se era isso que eu realmente queria, me afastar e
independente de tudo ignorar a nossa amizade, com certeza ele iria
cumprir, mas que ele estaria ali se eu precisa-se de um ombro amigo, de
um abraço apertado ou pra fazer nada, só por ficar do meu lado mesmo.
 Essas
palavras me confortaram, mas não podia deixar palavras convencerem o
meu orgulho a não dar o braço à torcer, eu virei as costas pra ela e
depois dele terminar de falar.. virei pra ele também. Ao pegar o
dinheiro da passagem em minha mochila, pude notar que ele continuou
parado me olhando ir embora.

Voltei para casa da minha avó, em um nível altíssimo de stress. Cheguei, Oi, entrei, tomei banho, me tranquei no quarto, dormi. 
 Que barulho é esse?
Acordei com meu telefone tocando, era um dos meus melhores amigos, Lucas Izidóro, mora lá perto da minha verdadeira casa.
 Oi izidóro.
- Oiii, tudo bem?
- Não e você?
- To bem sim, e se você num ta bem vai melhorar agora!
[fala aqui com ela Gabriel]
G.: Oi Letícia, eu sou Gabriel.. um amigo do Lucas
- Oi gabriel
- Gostei da sua voz, o Lucas me falou um pouco de você..
- Que vergonha, rs. Gostei da sua voz, é engraçada.
-
Isso ja é um bom começo! Vamos fazer o seguinte?! Já que você "não está
bem" vou te ligar com essa minha voz engraçada mais tarde... pra te
animar um pouco.
- Ok, rs. Izidóro?
- Oi,
- Tira do viva-voz.
- Oi, fala. Tirei.
- Que garoto engraçado, acho que ele vai me ligar mais tarde, rs.
- HMM, ta dando mole é?
-
HAHA, seu bobo. Não não, aproveita e não fica falando muito sobre a
minha pessoa porque eu num to nada afim de conhecer MAIS UM menino.
G. [lá do fundo]: Eu to ouvindo Letícia! haha, eu num sou mais um não ô dona Exigente, eu sou O Gabriel ao seu dispor. HAHA
- Ouviu Letícia? é isso.. depois a gente te liga, beijos.

Foi
engraçado receber uma ligação inesperada dessas. Eu hein, Gabriel
maluco, rs. Quero só ver se ele vai me ligar mesmo.. Estou precisando
conversar com alguém que não seja o Felipe ou sobre o Felipe.