Fanfic: Desejavelmente Sua! (Vondy)

Capítulo 03. (Primeiro contato fixo)

– Estava sentada na beirada da pequena fonte de água que havia em uma das partes de dentro do castelo. Não prestava atenção em nada, nem mesmo em quem se aproximava, estava pensando, pensando e pensando. Cada vez mais evoluindo meus pensamentos talvez insanos, talvez curiosos.

– Está melhor? – A voz grave, sedutora, firme e completamente conhecível veio por minhas costas. Me virei devagar, para fazer um drama.

– Sim. E você, o que faz aqui?

– Vim te ver. Saber como estava.

– E viu que estou bem, agora não sei porque em vez de estar com seus irmãos, você está bem aqui na minha frente. Não devia estar aqui, sabia disto?! – Ele sorriu sinicamente.

– Sei. Mas assim mesmo quis vir. Apenas para ter certeza de que não iria ter mais um desmaio insano. – Revirei os olhos e enrolei a franja de meus cabelos em meus dedos.

– Hum! – Fiz de conta que não ligava para aquilo. E realmente, não ligava, não muito. Mas liguei muito para ele. Ele sorriu um tanto malicioso e sedutor. Sentou-se do meu lado, me olhando. – Christopher. O que quer de mim?

– Afinal, esta é a pergunta certa, o tipo de Chave Mestra.  Aquele sorriso presunçoso me fez fixá-lo por um meio segundo.

– Nada! Apenas ser seu amigo. – Amigo? Desde quando?

– Amigo? – Sorri irônica. – Sei. Vou apenas fingir que acredito.

– Acredite. De verdade! – Ele poderia estar jogando comigo, ou só sendo muito gentil. Mas ainda sim, desconfio desta atitude.

– E se eu não quiser acreditar?

– Pode acreditar e sermos amigos numa boa, ou ficar apenas desconfiando disto. Não ligo, desde que sejamos amigos.

– Fiquei em silêncio. Apenas o som das águas caindo que atormentava o silêncio posicionado.

– E então, o que me diz?

– Tudo bem, podemos tentar fazer algum negócio. – Christopher gargalhou.

– Tudo bem, tudo bem, isto foi sem dúvida a melhor frase pronunciada por você, Dulce. – Ora, ele me chamou pelo meu nome fixo.

– E porquê?

– Podemos tentar fazer algum negócio? Frase familiar e totalmente irreconhecível, não acha?

– Não, não acho! Tenho certeza de que ser amiga de um dos príncipes mais galinhas do reino todo uma missão tão fácil assim como parece.

– OK! Pense o que quiser, mas tenha a certeza de que estamos já um tanto íntimos. – Seu olhar cheio de malícia me fez ficar sem atenção em nada.

– Ótimo. Já conseguiu o que tanto desejava, certo? Podemos parar por aqui! – Me levantei com pressa, antes que ele resolvesse me propor outro negócio furado. Mas antes mesmo que eu pudesse sair às pressas de lá, ele me puxou pela mão. O toque mais perfeito e irredutível que senti.

– Calma aí princesa. Antes precisamos fazer um pacto de intimidade.

– Como é? – Incrédula, perguntei à ele.

– Não se preocupe, não é nada demais, apenas um tipo de juramento. Se é que me entende.

– Para ser sincera, não entendo. E mesmo que entendesse não faria isso. Agora se me der licença..

– Já pedi calma.

– Estou calma! – Gritei. Christopher sorrio vitorioso. Tentei fazer daquele momento incorreto à ele e certeza à mim. – Certo, não estou tão calma assim, mas..

– Mas nada, o pacto é o seguinte; você terá que ficar comigo por duas semanas.

– O quê? – Mais uma vez gritei.

– Shi! Diga O quê? Mais baixo. Antes que alguém mais escute.

– Estou pensando nesta conseqüência. Como pode me pedir uma coisa destas?

– Por fora estava assim: Incrédula. Mas por dentro estava radiantemente Feliz. Logo no primeiro dia que nos conhecemos, já estávamos mais que íntimos, quase como amantes.

– Tudo bem! – Levei meu braço até ele, para que ele apertasse minha mão, como em um acordo feito. – Se for para fazer você me deixar em paz. – Christopher sorriu triunfante. Apertou minha mão devagar, ainda sorrindo.

– Cara de pau! Mas um tanto gostoso! – Mordi o lábio inferior, o segurando com força, quase o machucando. No mesmo instante levei dois dedos ao lábio onde se encontrava ferido.

– Se machucou apenas com o meu toque, Dulce? – Christopher sorriu provocante. Dulce revirou os olhos.

– Claro que não. – Dulce jogou os cabelos tom de vermelho para o lado e seguiu até a escada principal da sala, onde seguia para quartos, banheiros, entre outros possíveis móveis do castelo. Christopher sorriu mais ainda ao ficar olhando aquela bela donzela subir cada degrau brilhantemente.