Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

11°
Capítulo: Surpresas nada agradáveis.

Christopher estava no banho enquanto Dulce preparava o
café da manhã. A campainha tocou e ela franziu a testa.

-Quem será a essa hora? –murmurou para si, deixando o
bule sobre a pia. Amarrou o robe (http://picasaweb.google.com/lh/photo/4nA1zkxczaSrqSAa7Wzo1g?feat=directlink)
enquanto caminhava até a porta.

Destrancou e a abriu, deparando-se com uma mulher alta e
bonita. As mulheres se encararam em silêncio, medindo-se. Enquanto a outra
estava bem vestida, Dulce não usava nada mais uma camisola curta e um robe
combinando por cima.

-Posso ajudar? –a ruiva ergueu uma sobrancelha.

-Christopher está?

Um sorriso irônico surgiu nos lábios de Dulce.

-Vou ver se ele pode atender.

Sem esperar qualquer resposta, fechou a porta e foi até o
quarto. Encontrou Christopher vestindo a calça social preta.

-Por que sua ex-esposa está na porta? –ela quis saber.

Christopher ergueu os olhos, surpreso.

-Lauren? Está aqui? –a ruiva assentiu. –Mas que diabos
essa mulher quer agora? –ele bufou.

-Ela está na porta. Querendo ver você.

Christopher rosnou e marchou em direção à porta. Abriu-a
de uma vez só.

-O que você quer? –perguntou entre dentes, parecia pronta
para pular no pescoço da ex-esposa a qualquer momento.

-Pelo visto, a falta de educação é compartilhada pelo
casalzinho. –ela ironizou com um sorriso debochado.

Christopher fechou os olhos, contando mentalmente até
dez.

-Lauren, minha manhã está sendo boa demais para eu deixar
que você a estrague, então fale de uma vez por todas, o quer na porta da minha
casa a essa hora? –abriu os olhos, encarando-a feroz.

-Ver você. –Christopher ergueu as sobrancelhas, o maxilar
travado. –Na verdade, avisar que sou sua nova vizinha.

Christopher ficou surpreso, mas logo recompôs a
expressão.

-Já terminou o que tinha para falar? –foi grosso.

-Sim. Já pode voltar para sua bonequinha ruiva.

Christopher não esperou mais e bateu a porta na cara da
ex.

x______x

O coração de Anahí pareceu parar por um instante diante
das palavras da mulher. Piscou encontrando o olhar confuso da loira.

-Anahí Giovanna Portilla. –apertou a mão oferecida,
sentindo-se trêmula. –Muito prazer. –com custo, forçou um sorriso.

-Anahí? –Sarah um sorriso surgiu nos lábios da mulher.
–Mauro já me falou de você.

-É mesmo? –a respiração de Anahí estava entrecortada.

-Sim, trabalham juntos não é?

A outra assentiu, sem conseguir falar pelo bolo que se
formara em sua garganta. Pigarreou.

-O Mauro... está? –gaguejou.

-Ele está em reunião. –contou. –Também vim procurá-lo.

-Parece que nenhuma de nós deu sorte.

Sarah (http://picasaweb.google.com/lh/photo/jr-3TU20hjbhRbuw-GIPcw?feat=directlink)
riu de leve.

-Tem razão. –franziu a testa, encarando a mulher a sua
frente. –Está se sentindo bem?

-De verdade? Nenhum pouco. –piscou, sentindo a cabeça
pesada e os ouvidos zunirem.

-É melhor você se sentar. –Sarah se apressou em ajudá-la
a se sentar. Teve um pouco de dificuldade por causa da barriga (http://picasaweb.google.com/lh/photo/7jJdyPf_zYjWY5hvDKGLug?feat=directlink).
–Um copo d’água. –pediu para a secretária, que se apressou em pegar. –Respire
bem fundo e com calma. –instruiu, preocupada com a mulher. –Sua pressão deve
ter baixado. –deduziu.

Anahí apenas assentiu, incapaz de falar.

x______x

Alice (http://picasaweb.google.com/lh/photo/LAETB1odBAEijdApMMmQ6Q?feat=directlink)
encostou as costas na cama, pálida pela dor forte que lhe atingira. Tinha as
mãos apertadas contra o ventre enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.

-Meu Deus. –sussurrou fechando os olhos.

Não podia perder aquela criança.

-Lurdes! –gritou sentindo-se tonta.

Minutos depois a empregada apareceu, se espantando ao
encontrar a patroa no chão.

 -Senhora. –se
apressou em ajudá-la a se levantar.

-Você sabe dirigir, não sabe?

A mulher assentiu.

-Pegue a chave do meu carro, preciso que me leve até o
hospital. Agora.

-Devo ligar para o senhor Alfonso?

-De forma alguma.

x______x

-Está melhor? –Sarah estava sentada ao lado da outra.

Anahí assentiu.

-Me desculpe por isso. –cobriu os olhos com a mão, ainda
em choque. –Não comi nada hoje. –mentiu.

-Está explicado, então. –ela pousou as mãos na barriga
volumosa.

Anahí percebeu o gesto e seguiu com o olhar, aquilo foi
como mais um golpe para ela.

-Está de quanto tempo? –sua voz saiu sufocada.

-Acabei de completar seis meses. –acariciou o ventre,
saudosa. –Eu e o Mauro estamos na completa ansiedade.

-Já sabem o sexo?

-Uma menina. –sorriu.

-O sonho dele. –Anahí falou sem querer.

Sarah assentiu sorrindo.

Anahí franziu a testa encarando o ventre volumoso e
sentiu as lágrimas arderem em seus olhos.

-Eu tenho que ir. –murmurou sufocada erguendo-se com
pressa.

Sarah também se ergueu.

-Não vai esperar o Mauro? –ela franziu a testa confusa.

Anahí balançou a cabeça.

-Acabei de me lembrar que tenho um compromisso. –improvisou.
–Foi um prazer te conhecer. –seu queixo tremeu. Virou-se e saiu em disparada,
quase cega pelas lágrimas.

x______x

-Senhora tem certeza de que não devo ligar para o senhor
Alfonso? –Lurdes perguntou dirigindo pelas ruas movimentadas.

-Não! –a voz de Alice se alterou.

-Mas ele é seu marido e pai dessa criança. –a mulher
teimou.

-JÁ DISSE QUE NÃO! –ela gritou, gemendo em seguida quando
outra dor no ventre lhe atingiu. –Não posso perder essa criança. –sussurrou para
si.

x______x

Dulce estava na pia terminando de preparar o café da
manhã quando Christopher a abraçou por trás deslizando as mãos pelo ventre
plano dela. Com uma das mãos colocou as mexas ruivas de lado e lhe beijou a
nuca.

-Estou te sentindo tensa. –ele comentou apoiando o queixo
no ombro dela.

-Não é nada. –ela murmurou.

-Vá mentir para outro María. –beijou-a mais uma vez na
nuca. –Olhe pra mim.

Dulce respirou fundo e se virou, encarando-o.

-Tivemos uma noite maravilhosa e até aquela praga
aparecer, estávamos muito bem. Por favor, não vamos deixar que ela estrague o
clima entre a gente.

Dulce o olhou por um momento.

-Ela deve estar te querendo de volta.

-Sim, querendo o meu dinheiro. –ele foi irônico. –Vamos esquecer
aquela mulher, por favor. –pediu roçando seu nariz no dela.

Dulce fechou os olhos, gostando de ter ele tão perto.
Subiu os braços, envolvendo-o pelo pescoço.

-Ela parece uma girafa. –Dulce comentou, seus lábios
próximos aos dele.

Christopher riu com vontade, apertando os braços ao redor
dela lhe tirando alguns centímetros do chão.

-De uns meses pra cá, tenho tido uma queda por baixinhas.
Na verdade, por uma baixinha em particular.

Ela riu, envolvendo-o pela cintura com as pernas.

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{Música de Fundo: http://www.youtube.com/watch?v=hz5iXY6W5XU}

Anahí saiu do prédio luxuoso aos tropeços, acenou e um
táxi parou.

-Pra onde? –o motorista perguntou quando ela sentou-se no
banco traseiro.

-The Montcalm. –conseguiu dizer.

Ela respirou fundo, não se permitindo derrubar lágrimas.
Mas era impossível, lágrimas saiam de seus olhos sem permissão enquanto soluços
lhe rasgavam a garganta. Cobriu os lábios com as mãos, tentando em vão segurar
o choro, mas a dor era forte. Era uma dor sem igual, que lhe rasgava a alma
consumindo-a por inteiro. A humilhação era algo que também lhe cegava.

O taxista olhou pelo retrovisor a luta da mulher em
conter o choro e sensibilizou. Pegou um lenço no bolso e ofereceu a ela em
silêncio.

Anahí aceitou e naquele momento, ouviu o celular (http://picasaweb.google.com/lh/photo/OpdbsHahDgLsY-c7vQqqGQ?feat=directlink)
tocando dentro da bolsa. Pegou o aparelho e seu choro se intensificou ao ver a
foto dela e Mauro juntos no visor. Rejeitou a ligação. Apoiou a testa no vidro
da janela enquanto a cidade passava do lado de fora, mas ela parecia nada ver.
Quando chegou ao hotel, entregou uma nota ao taxista e não esperou pelo troco,
saindo dali o mais rápido possível. Subiu direto para sua suíte. Estava tão
trêmula que o cartão caiu quando foi abrir a porta, quando conseguiu entrar,
fechou a porta trancando-a. Apoiou a testa na mesma, se permitindo chorar.

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