Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

13°
Capítulo: Uma noite... inesquecível – Parte 2.

-Dul? –Anahí chamou parando ao lado da ruiva.

A ruiva se virou, seu sorriso aumentando ao ver a amiga.
Pediu licença aos convidados e foi para junto de Anahí.

-Pensei que não tivesse vindo. –comentou com um sorriso.
Parou observando a amiga com atenção. –O que houve Annie?

Anahí forçou um sorriso. Sua dor estava tão evidente?

-Nada, estou com enxaqueca. –mentiu. –Vim te parabenizar,
o desfile estava incrível! –a abraçou. Apertou os olhos com força, engoliu o
choro antes de se afastar.

-Tem certeza de que está tudo bem? –Dulce duvidou, não
dando atenção ao elogio. –Sinto que está mentindo pra mim. –comentou.

Anahí deu uma risadinha, falsa até para seus próprios
ouvidos.

-O Uckermann anda afetando sua mente. –brincou tentando
disfarçar. –Tenho que ir agora. Preciso de um remédio e cama.

Apesar de não estar acreditando na amiga, Dulce assentiu
abraçando-a mais uma vez. Despediram-se e Anahí partiu.

x______x

Lali saiu para o lado de fora do salão com Pedro logo
atrás.

-O quer aqui Pedro? –ela quis saber.

-Já foi mais educada, amorzinho. –ele continuava a
provocá-la.

Ela revirou os olhos, sentindo raiva dele.

-O que faz aqui? –perguntou entre dentes.

-Vim assistir ao desfile da amiga do meu irmão que por
uma feliz coincidência é sua irmã. Ela é muito talentosa. –Pedro acrescentou
com sinceridade.

-O sarcasmo não combina com você. –alfinetou.

-Dessa vez, não estou sendo sarcástico. –se defendeu. –Sua
irmã é realmente talentosa.

-Veio aqui, realmente, para falar do talento da irmã em
desenhar roupas? –Lali quase sorriu.

-Não. Vim procurar a minha futura esposa.

-Não sou sua noiva. –ela endureceu a voz.

-Ainda tem o anel. –lembrou. –Então, ainda é minha noiva.
–sua expressão ficou séria.

-Você quer o anel, é isso? –ela ergueu as sobrancelhas.

Ele balançou a cabeça.

-Não, ele pertence a você. Te dei no dia em que  a escolhi para ser minha esposa.

Lali respirou fundo, tentando controlar os nervos.      

-Pedro, há dois anos não nos vemos. –lembrou. –Não existe
mais nada entre nós.

Pedro nada disse, para a surpresa dela. Numa atitude
repentina, ele a puxou pela cintura e beijou. Houve surpresa, houve choque e
quando ela se deu conta, estava retribuindo ao beijo dele. Beijavam-se com
ânsia, cheios de saudade. Saudade de se tocarem, de sentirem seus corpos
próximos.  

x______x

Poncho observou de longe, Anahí sair do salão. Havia algo
errado, vira isso nos olhos dela. Foi atrás da irmã.

-Dul. –a chamou.

-Oi. –ela virou-se para ele.

-Em qual hotel a Annie está hospedada? –foi direto.

Dulce franziu a testa.

-Por que quer saber?

-Não interessa! Eu apenas preciso saber onde ela está
hospedada. –ele tinha urgência.

Ela o olhou desconfiada por um momento.

-No mesmo hotel que nós. –falou.

Poncho beijou-a na testa.

-Te amo! –declarou e saiu apressado.

Dulce arregalou os olhos e acabou rindo, balançando a
cabeça enquanto ia falar com Christopher.

x______x

-Chega de champanhe. –Alexandre pegou a taça das mãos de
Maite. –Você já tomou uma sendo que não pode tomar nenhuma bebida alcoólica.

-Alex. –ela fez manha.

-Nada de Alex nem Alexandre. –ele a puxou pela mão.
–Vamos tomar um ar.

Saíram para o jardim em meio a resmungos de Maite, mas
quando chegaram do lado de fora, pararam. Vendo o choque de Alexandre, Maite o
puxou dali.

x______x

-Acha que se você sair agora, vão dar pela sua falta?
–Christopher perguntou para Dulce, cheio de segundas intenções.

Ela ergueu uma sobrancelha, já sabendo o que ele falava.

-Já falei com todos e dei entrevistas. –ela avaliou.
–Acho que posso sair. –olhou-o de modo sugestivo.

Christopher deixou sua bebida de lado e teve que se
controlar para não beijá-la na frente de todos. Ele saiu na frente enquanto ela
foi falar com Bárbara.

-Bárbara. –se aproximou. –Estou indo embora.

-Mais já? –a mulher franziu a testa.

-A babá me ligou, a Liz está enjoada. –mentiu. –Você
cuida de tudo pra mim?

-Claro. –assentiu. –Almoçamos juntas amanhã?

-Com toda certeza. –se despediram com um beijo no rosto.

Dulce falou com mais algumas pessoas e saiu do salão,
encontrando Christopher na porta. Ele a ajudou a vestir o casaco (http://picasaweb.google.com/lh/photo/HD_RzXHj0zTjGVQHPteKog?feat=directlink)
e abraçados, foram embora.

x______x

Pedro e Lali continuavam a se beijar, mas a necessidade
de ar foi grande. Ele terminou o beijo e eles se encararam.

-Não deveria ter feito isso. –ela sussurrou ofegante,
tinha os lábios avermelhados.

-Depois você briga comigo. –ele avisou e voltou a beijá-la.

x______x

Anahí (http://picasaweb.google.com/lh/photo/79_lAjY0dtRl2Gx2mx0IXg?feat=directlink)
saiu do banheiro com os cabelos úmidos quase secos. Tinha os olhos avermelhados
e o rosto abatido. Ia em direção a cama quando bateram na porta. Ela parou
franzindo a testa.

-Deve ser o serviço de quarto. –murmurou para si indo em
direção a porta.

Abriu-a e arregalou os olhos de surpresa.

-Poncho?

-Olá Annie. –a cumprimentou.

Ela precisou de alguns minutos para falar.

-O que faz aqui? –franziu a testa, confusa. –Aconteceu alguma
coisa?

Ele fez uma careta.

-Tecnicamente, não. Mas... –hesitou. –Precisamos conversar.
Posso?

Sem entender nada, ela assentiu dando passagem para ele.
Enquanto fechava a porta, aproveitou para apertar o cinto do robe. Por baixo da
seda, estava nua.

-Pode ficar a vontade. –seguiram para a sala de estar da
suíte. –Pode esperar só uns dois minutinhos? Vou colocar uma roupa.

Ele a olhou, sorrindo de canto. A beleza de Anahí sempre
havia sido uma perturbação para ele.

-Não é necessário. –murmurou.

Ela cruzou os braços na altura dos seios, avaliando-o por
um momento. Por que ficar tímida com Poncho? Ele já a tinha visto com menos
roupa. Pensou indo sentar-se ao lado dele no sofá.

-Sobre o que quer falar?

-Quero falar de você. –a olhou. Era estranho estarem tão
próximos. –O que aconteceu?

Ela franziu a testa por um momento, mas logo entendeu. Desviou
o olhar.

-Não sei do que está falando. Eu estou ótima.

-Se está tão bem por que não consegue olhar nos meus
olhos? –indagou.

Ela ficou em silêncio por vários segundos, os lábios
apertados numa linha fina. O olhou, os olhos cheios d’água.

-Quer uma taça de vinho? –ofereceu levantando-se e indo
até o bar.

Ele a observou.

-Pode ser.

Em silêncio, ela serviu duas taças e voltou para o sofá
trazendo a garrafa junto.

-Fui até Londres ontem.  –começou após um longo gole no vinho. –E adivinha só? –o olhou, um
sorriso amargurado nos lábios. Tinha a voz embargada. –Ele é casado com uma
bela mulher e dentro de três meses vai ter uma filha. –Seu queixo tremeu, uma
lágrima escorrendo por sua bochecha. Bebeu o resto da bebida. –Não é
maravilhoso? –sua voz falhou. Trêmula voltou a encher a taça de vinho.

-Não acredito que esse filho de uma... –se interrompeu,
apertando os lábios com força. Ergueu-se do sofá, furioso. –Vou matar aquele
desgraçado! –rosnou, mas virou-se ao ouvir um soluço vindo dela. –Anna. –sussurrou
chamando-a pelo intimo apelido. Ajoelhou-se em frente a ela.

Ela deixou a taça no chão, cobrindo o rosto com as mãos.

-Minha Anna. –voltou a sussurrar puxando-a para seus
braços.

Ela se abraçou a ele, caindo num choro forte e doloroso.
Ele a abraçou de volta, sentindo seu coração doer somente pelo fato de fator
que o dela também doía. A dor dela era sua. Beijou-a no topo da cabeça
sussurrando palavras suaves e tranqüilizadoras embora tivesse o maxilar
travado. Mauro pagaria pela dor que causara a sua Anna, pagaria muito caro.

-Vai ficar tudo bem, meu amor. –ele sussurrou. –Prometo a
você, minha Anna. –continuou a sussurrar beijando-a no ouvido.

Soluçando, ela afastou o rosto e o olhou. Tinha o rosto
inchado e molhado pelas lágrimas, seus olhos estavam avermelhados e derrubavam
lágrimas sem nenhuma dificuldade. Ele não pensou, não tomou a decisão, apenas a
beijou.

x______x

Mergulhados em uma banheira cheia de espuma, Dulce estava
entre os braços de Christopher.

-Hei. –ele chamou, mexendo distraído com o cabelo dela. –Liz
me perguntou uma coisa hoje. –comentou.

-Perguntou o que? –ela ergueu o rosto para ele.

-Se nós namorávamos. –beijou-a no ombro.

Dulce arregalou os olhos e se mexeu, ficando de frente
para ele.

-Minha filha perguntou o que?

-Se namorávamos. –repetiu, clamo.

Abriu a boca, mas nenhum som saiu.

-O que disse a ela?

-Falei que responderia amanhã. E eu tenho que responder. –acrescentou.

-E posso saber o que o senhor vai responder? –ela ergueu
as sobrancelhas.

-A minha resposta vai depender exclusivamente da
senhorita. –apontou na direção dela um grande sorriso nos lábios.

-Exclusivamente de mim? –ela ficou confusa.

Christopher assentiu. Puxou-a pela cintura agitando a
água, trouxe-a para seu colo.

-Quer namorar comigo?

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