Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

14°
Capítulo: Verdade ou Conseqüência?

{Música de Fundo: http://www.youtube.com/watch?v=A3IJgSebVYE}

Pode ser, que tenha que olhar pra trás

Para saber, como caí neste lugar♫

Alexandre e Maite estavam sentados em uma mesa vazia. Ele
tinha na mão um copo com vodka enquanto ela permanecia com o rosto apoiado no
ombro dele.

-Acho que devíamos namorar. –Maite murmurou quebrando o
silêncio.

Ele deu uma risadinha dando um gole na bebida.

-Devíamos?

Ela assentiu.

-Pensa comigo, eu estou apaixonada pelo Christian, mas
ele está de caso com aquela vadia da Mônica e você é louco pela Mariana, mas
ela não te dá bola e estava se agarrando com outro no jardim.

Ele considerou por um momento.

-Vendo por esse lado, deveríamos namorar.

Foi ela quem riu. Ajeitou-se na cadeira, olhando-o.

E agora que, me perdi em meio ao mar

E esqueci, que é o que tenho que buscar♫

-Aceita ser meu namorado? –perguntou sorrindo.

-Você é linda e minha amiga. Aceito ser seu namorado.  

Eles sorriram um ao outro e acabaram gargalhando.

x______x

Em você encontrei a fé outra vez

E se minha vida está em pedaços

Talvez me ajude a juntar-los♫

-Deus, como senti sua falta. –Pedro sussurrou abraçado a
Lali.

Lali tinha os braços ao redor dele, o rosto na curva de
seu pescoço. Ela apertou os olhos com força, sentindo o coração doer.

-Vamos embora comigo.

Ela se afastou, balançando a cabeça.

-Não vou para a cama com você.

-Precisamos conversar ajeitar as coisas. –a tocou no
rosto, numa carícia suave. –Foram dois longos anos Lali.

Ela o olhava em silêncio. Seu queixo tremeu e num impulso
o abraçou.

x______x

Tenho que entender também

Que você estava me esperando

Para completar seu espaço

Com seus pedaços

Entre suas mãos♫

-Quer ser minha namorada Dulce? –Christopher insistiu.

Ela mordeu o lábio com força deixando-o da cor de sangue.

-Está me pedindo apenas por causa da Liz? –ela quis
saber.

-Também. –foi sincero. –Ela é muito nova para entender o
que temos. Mas somos bons juntos. –acrescentou com um sorriso de canto. –Ainda não
me respondeu, aceita ser minha namorada? –voltou a insistir.

Dulce se mexeu no colo dele encontrando uma posição confortável,
o envolveu pelo pescoço.

-Aceito. –murmurou com a voz suave e um sorriso brincalhão
nos lábios.

O sorriso dele aumentou e roçou seu nariz no dela,
fechando os olhos. Ela também fechou os seus, sentindo a respiração dele
misturada com a sua.

x______x

Pode ser, que isso não seja a eternidade

Quem vai saber, se um dia tenha que acabar♫

Poncho e Anahí continuavam se beijar. Ele tinha as mãos
nos cabelos já secos dela enquanto ela o segurava pelos ombros. Beijavam-se com
ânsia e sem se darem conta, ele a deitou no chão, Anahí o acolheu entre suas
pernas. Mas de repente, pararam encarando-se com os olhos arregalados.

Ao menos hoje, é meu farol neste mar

E me faz ver, que já não tenho que esperar♫

-Por tudo que é mais sagrado, não diga nada. –ele pediu
ofegante quando ela abriu a boca para falar.

Ela o observou por segundos, os olhos nublados de desejo.

-Me ama. –sussurrou. –Esquece do mundo fora desse quarto
e me ama.

Ele não precisou ouvir mais, voltou a deitar sobre ela
beijando-a.

x______x

Em você encontrei a fé outra vez

E se minha vida está em pedaços

Talvez me ajude a juntar-los♫

Sentados em uma mesa, Christian e Mônica mantinham uma
conversa animada e divertida com outros convidados. Mônica riu com vontade de
algo que acabara de ser dito, escondendo o rosto no pescoço dele. Um sorriso
surgiu nos lábios de Christian diante do riso dela, beijou-a no ombro.

x______x

Tenho que entender também

Que você estava me esperando

Para completar seu espaço♫

Usando roupões atoalhados, Christopher e Dulce entraram
no quarto fracamente iluminado. Sorriram e foram até a cama de casal onde um
corpo pequeno repousava enrolado no edredom. Eles sentaram-se no colchão, Dulce
no colo de Christopher.

-Hei bebê. –Dulce alisou as costas da filha, chamando-a
com a voz suave. –Acorda anjinho.

Liz se mexeu na cama, resmungando.

-Pequena, somos nós. –Christopher chamou a voz baixa.

Liz virou-se de barriga para cima e abriu os olhos.

-Mamãe? Chris? –perguntou a voz rouca de sono.

-Somos nós bebê. –Dulce sorriu para ela.

A pequena coçou os olhos com a expressão fofa.

-Temos uma surpresa pra você. –Christopher piscou para a
menina, os braços em volta da cintura de Dulce.

Liz sentou-se na cama, curiosa.

-O que?

Dulce sorriu por antecipação entrelaçando seus dedos aos
dele.

-Você me fez uma pergunta hoje cedo. –Christopher lembrou.

A menina assentiu e pareceu só então notar a mãe sentada
no colo de Christopher e os dedos entrelaçados.

-Vocês estão namorando? –Liz arregalou os olhos.

-Não gostou? –Dulce franziu a testa.

Por você volto a viver♫

Liz os encarou em silêncio até de repente deu um gritinho
e saltou sobre o casal.

-Promete que vai cuidar da minha mãe? –ela se afastou um
pouco para perguntar.

Christopher assentiu sorrindo confiante.

-Prometo que vou cuidar de vocês duas.

Dulce o olhou, emocionada pelas palavras dele. Christopher
a olhou de volta piscando em sua direção. Vendo a cumplicidade entre o casal,
Liz bateu palmas, animada e com um grande sorriso, sentou-se no colo da mãe
deixando que Christopher abraçasse as duas.

x______x

Segunda feira, 19
de Abril de 2010.

Após deixar a filha no colégio, Dulce (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/TPVTIarD6yoijp5i5hU1CQ?feat=directlink)
seguiu de carro (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/sOoIaLJ7M8MTFkLxbbX4xg?feat=directlink)
para o antigo apartamento onde vivera com Lucas. Estacionou em frente ao prédio
e entrou pelo portão com sua chave, acenando para o porteiro.

-Olá Franco. –cumprimentou com um sorriso.

-Bom dia dona Dulce. –ele a saudou com alegria. –É ótimo revê-la.

-Também senti falta. O Lucas está?

-Saiu agora mesmo para ir trabalhar, se tivesse chego
cinco minutos antes, o teria encontrado.

-Melhor assim. Vou subir para buscar umas ultimas coisas
que ficaram aqui.

-Fique a vontade. Se precisar de ajuda, é só me chamar
pelo interfone.

Ela agradeceu e seguiu em direção aos elevadores.

x______x

Em sua habitual aula de balé, Lali (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/fp4aoEqeMqSpkVNVC7XsHg?feat=directlink)
se concentrava.  Ensaiavam para uma
apresentação que haveria no fim do mês. Fazia piruetas, acompanhada de outras
bailarinas quando a visão de Pedro a fez se desconcentrar e cambalear, quase
caindo.

-Mariana? –a professora se aproximou. –Está tudo bem? –perguntou
ao vê-la cobrir os olhos com a mão.

Ela demorou alguns segundos para baixar a mão.

-Posso me retirar por um momento?

-Claro, mas volte logo.

Ela agradeceu e marchou em direção à porta, puxando Pedro
pelo braço no caminho.

-O que faz aqui?

-Sabe que essa pergunta já está enchendo? –ele cruzou os
braços.

-Nem vem se fazer de vitima. E se eu tivesse caído e me
machucado? –ela também cruzou os braços, encarando-o raivosa. Irritava-lhe
ainda mais Pedro ser tão mais alto que ela, a cabeça de Lali batia pouco abaixo
da altura dos ombros dele.

Ele relaxou em sua posição baixando os braços.

-Desculpe, sei que no balé seus pés são precisos, mas não
me culpe. Em Nova York, você literalmente fugiu de mim na hora em que íamos
embora e depois disso fica fugindo de mim o tempo todo... –calou-se. –Tive que
vir aqui te procurar. Por que foge o tempo todo? Por que não quer conversar?

Ela balançou a cabeça, um nó em sua garganta.

-Não sei. –sussurrou. Deu os ombros. –Eu realmente não
sei.

Ele abriu a boca para falar, mas voltou a fechá-la.

-Sei que... –começou. –Sei que foi um grande choque quando
apareci em Nova York, você acreditava ter me deixado no passado e eu
simplesmente apareci falando de um compromisso que assumimos há tempos. –soltou
o ar com força. –Não agi certo e me desculpo por isso.

Lali ficou surpresa pelas palavras dele, não esperava
aquilo de Pedro.

-Vai embora? –perguntou com a voz baixa. A idéia de Pedro
partir lhe atormentava o coração.

Ele sorriu de canto.

-Não estaria sendo eu mesmo. Mas de qualquer forma, me
mudei definitivamente para o México.

Lali ergueu as sobrancelhas, mas franziu-as quando ele
aproximou seus rostos. Mas Pedro não a beijou nos lábios como era esperado, deu
apenas um singelo, mas demorado beijo no rosto dela.

-Não desisto fácil Mariana. –sussurrou no ouvido dela se
afastando em seguida. Piscou em sua direção e deu as costas, partindo.

x______x

Faltavam apenas duas caixas para levar para o carro
quando Dulce se bateu com Lucas na porta do apartamento.

-Dulce? –ele parou surpreso por vê-la.

Ela também parou, havia justamente escolhido aquele
horário para não se encontrar com ele.

-O que faz aqui?

-Eu moro aqui. –ele respondeu, fechando a porta.

Ela revirou os olhos.

-Sei disso, mas estou falando, o que faz aqui agora?
Deveria estar no escritório.

Ele deixou a maleta no sofá.

-Não estou me sentindo muito bem, por isso vim embora
mais cedo.

Ela franziu a testa deixando a caixa no chão.

-O que está sentindo? –se aproximou preocupada.

-Um pouco de dor no corpo e uma enxaqueca terrível. –deitou-se
no sofá deitando a cabeça numa almofada.

Sem avisar ou pedir permissão, ela o tocou na testa.

-Está febril. Tirou alguma coisa da caixa de remédios?

Ele balançou a cabeça. Dulce foi até a cozinha e voltou
minutos depois, com um copo d’água e um comprimido.

-Toma. –deu a ele.

Lucas não questionou, apenas tomou o remédio.

-Precisamos conversar. –ele murmurou deixando o copo
vazia de lado.

Ela o encarou em silêncio.

-Agora não é o momento Lucas, você está doente. –deu o
assunto por encerrado.

Voltou a levar as caixas para o elevador e após deixar à
última, voltou para vê-lo.

-Estou indo e se mais tarde a febre voltar, tome o comprimido
que está em cima da mesa. Se precisar de algo, ligue para a sua irmã. –se curvou
beijando-o na testa. –Se cuida, tchau.

E saiu. Lucas permaneceu no sofá, encarando a porta
fechada há pouco. Soltou o ar com força enterrando o rosto na almofada.

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Sábado, 15 de Maio
de 2010.

Marichelo entrou no quarto carregando uma bandeja e se
preocupou ao não encontrar a filha na cama.

-Annie? –chamou deixando a bandeja em cima da cômoda.

Ouviu soluços vindos do banheiro e correu até lá,
encontrou a filha (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/1EHq7D7EGwwCesYW_6jBlA?feat=directlink)
sentada no chão do banheiro em meio a um choro desesperador.

-Meu bebê, o que houve? –ajoelhou ao lado da filha.
Puxou-a para seus braços.

-Isso não podia ter acontecido mãe. –ela sussurrou em
meio a choro.

-O que aconteceu filha? Está me assustando.

Anahí saiu dos braços da mãe e estendeu a mão na direção
dela. Marichelo pegou o objeto branco logo o reconhecendo no mesmo instante.
Franziu a testa diante do sinal positivo.

-Vo... Você... Está grávida? –gaguejou sem acreditar.

Com o rosto vermelho e banhado de lágrimas, Anahí
assentiu.

-Vou ter um bebê do Poncho. –sua voz saiu sufocada.

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