Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

20°
Capítulo: A boa estrela.

Quinta feira, 03
de Junho de 2010.

-Como foi em Roma? –Dulce perguntou deitada por cima de
Christopher.

Ambos estavam nus cobertos apena por um lençol.

-Normal. Reuniões intermináveis e jantarem entediantes.

-Não encontrou ninguém interessante? –baixou os olhos
para o peito dele, tentando parecer indiferente.

Ele a olhou e sentiu uma ponta de ciúmes na voz dela.
Gostou disso.

-Interessante não, mas irritante sim.

Ela ergueu os olhos, confusa.

-Quem?

-Lily Scott.

-Me deixa adivinhar, deu em cima de você. – Dulce ergueu
as sobrancelhas.

-Adivinhou certo. –pegou uma mecha do cabelo dela
enrolando no dedo.

-E você...? –ela especulou.

-Gentilmente expliquei a ela que eu estou com você e não
tenho interesse algum nela. –Christopher tinha um grande sorriso nos lábios.

 -Fico feliz com
isso. –ela sorriu beijando-o no peito. –Mas sabe de uma coisa? Eu entendo a
Lily.

Ele franziu a testa confuso.

-Entende?

Ela assentiu.

-Claro que sim. –apoiou o queixo na mão. –Lily sempre
teve problemas com relacionamento e então de repente, você aparece lindo e
gostoso. Não há mulher que resista.

Ele riu, enfiando as mãos por baixo do lençol e
acariciando o corpo dela.

-É mesmo?

Ela assentiu prendendo o riso.

-E você também acha lindo e gostoso? –especulou sorrindo
malicioso.

Com o rosto num tom avermelhado, ela se fez de pensativa.

-Talvez. Ai! –soltou um gritinho surpresa pelo beliscão.
–Isso dói sabia? –deu uma risadinha.

Ele riu.

-Não é essa a resposta que quero ouvir.

Entrando no jogo dele, ela gargalhou. Enfiou as mãos por
baixo do lençol tocando-o.

-Ainda não tenho muita certeza da resposta. –beijou-o no
peito, sorrindo travessa.

-Dulce María. –seu sorriso sumiu ao sentir as mãos dela
descerem mais e mais.

-O quê? –ela fingiu inocência, beijando-o mais uma vez no
peito. –Estou avaliando o material para decidir a minha resposta. –explicou
como se fosse óbvio.

Christopher tombou a cabeça para trás, gargalhando.

x______x

Encolhida na cama, Sarah (http://picasaweb.google.com/lh/photo/iwklAYFP4R6YJDtQLBG8Rg?feat=directlink)
passou mais uma noite em claro. Desde que recebera aquele maldito telefonema,
há três semanas, ela não sabia o que era ter uma noite tranqüila de sono.

Sexta feira, 21 de Maio de 2010.

Apressada, Sarah (http://picasaweb.google.com/lh/photo/Q7keBCOHMG4pWVxpHti-Pw?feat=directlink) entrou em casa e largando a bolsa no chão correu até a sala para
atender ao telefone.

-Alô? –atendeu ofegante.

-Sarah Martin? –a voz feminina
perguntou trêmula do outro lado da linha.

Sarah franziu a testa.

-Ela mesma. Quem fala?

Houve um momento de silêncio.

-Sou Anahí Portilla. Não sei se
lembra de mim, nós conhecemos no mês passado.

Sarah precisou de alguns segundos.

-Anahí, claro! Nos conhecemos no
escritório do Mauro.

Pôde ouvir a outra respirar fundo.

-Vejo que se lembra. Sarah...
–começou hesitante. –Tem uma coisa que preciso contar a você.

-Ok, o quê?

Anahí ficou em silêncio por alguns
segundos.

-Mauro está enganando você.
–revelou a voz se tornando novamente tremula.

Sarah piscou pega de surpresa.

-O quê? Do que está falando?

-Ele... Ele tem outra mulher no
México.

-O quê? Por Deus! Mauro jamais
faria algo assim.

-Está enganada. Assim como todos,
está enganada em relação ao Mauro.

-Você os viu juntos?

-Não.

-Então, como sabe disso? –a
irritação transpareceu em sua voz.  

-Eu sou a outra mulher do Mauro.

Sarah cambaleou pega completamente
desprevenida. Segurou-se no corrimão da escada.

Interrompendo a lembrança, Sarah sentou-se na cama.
Estava exausta, sentia todo seu corpo tenso e a sua enorme barriga não lhe
ajudava em nada, a agitação da filha também não colaborava. Suspirou afagando a
enorme protuberância (http://picasaweb.google.com/lh/photo/_FD7pHd3W_IQq8r3FWweSA?feat=directlink)
sentindo mais chute da neném em suas costelas.   

-Eu sei querida. –olhou a barriga falando calma e suave.
–A mamãe também está agitada, mas temos que nos manter calmas sim? Logo logo
você vai chegar e a mamãe precisa aprontar as coisas. Deixar tudo arrumadinho.
–se emocionou acariciando o ventre. Os chutes pararam. –Nós vamos ficar bem,
prometo a você. –enxugou uma lágrima que escapou. –Nós vamos ficar bem. –sussurrou
para si.

Ergueu-se com um pouco de dificuldade e saiu do quarto.

x______x

Sentada em uma poltrona admirando a vista que tinha do
quarto, Anahí (http://picasaweb.google.com/lh/photo/1YGmoz_LiF3ByPS8cVSXvg?feat=directlink)
falava com a mãe no telefone.

-Como você está
querida? –Marichelo perguntou.

-Bem. Eu acho.

-Ainda está saindo
com aquele rapaz William?

-Sim mãe. Estranhamente, nos tornamos amigos.

-Anahí. –Marichelo
a repreendeu.

-Mãe nós somos apenas amigos, nada mais que isso.

-Assim espero
porque você foi para a Irlanda para descansar e arrumar sua vida,  não arrumar um namorado.

-Homem é última coisa na qual estou pensando mãe. –ela a
tranqüilizou. –Tenho pensado somente no meu bebê.

-Assim espero. Mas
agora mudando de assunto, quando volta pra casa?

 -Acho que na
próxima semana, ainda não decidi o dia. –coçou a sobrancelha.

Bateram na porta.

-Está aberto! –gritou. –Mãe, tenho que desligar agora,
depois nos falamos sim? Te amo.

-Eu também querida.
Se cuide.

Anahí desligou e virou-se sorrindo ao ver William.

-Olá. –ergueu-se da poltrona.

x______x

Dulce (http://picasaweb.google.com/lh/photo/XBUb02lnIk0fqBiDlmn5iw?feat=directlink,
http://picasaweb.google.com/lh/photo/anZSohIr65C5HdTaWjCCYA?feat=directlink)
saiu para comer comida japonesa com a irmã (http://picasaweb.google.com/lh/photo/ROMv73PiaKSN40iq_I8mCQ?feat=directlink,
http://picasaweb.google.com/lh/photo/ue-vCv9TA3KTqNc6O3Kxhw?feat=directlink)
aquela tarde.      

-Tenho uma novidade. –Mariana anunciou após o garçom
servir a comida.

-Qual? –a irmã perguntou curiosa.

Sem nada dizer, a caçula dos Saviñón ergueu a mão direita
revelando a aliança de ouro branco (http://picasaweb.google.com/lh/photo/ckQ7K1jpSvryVY_MR-E8Ew?feat=directlink)
que levava no dedo anelar.

-Eu e o Alexandre estamos namorando! –anunciou
sorridente.

Dulce arregalou os olhos.

-Não acredito! –pegou a mão da irmã na sua vendo a
aliança mais de perto. –É linda. –elogiou soltando a mão dela.

-Uma graça não é mesmo? –ela baixou os olhos admirando a
aliança. Mas havia algo de diferente em sua voz.

E Dulce percebeu essa diferença.

-Não está feliz? –questionou franzindo a testa.

Lali ergueu os olhos.

-O quê? –piscou pega de surpresa. –Claro que estou.
–desviou o olhar.

-Está mentindo. –Dulce a contrariou a irmã. –Pensei que
gostasse dele.

-E eu gosto, mas é que... –ela se interrompeu coçando a
testa.

A ruiva a observou com atenção.

-Mas o quê?

Lali soltou o ar, com a expressão derrotada.

-Ok. Vou te contar uma coisa que nunca disse a ninguém e
isso não pode sair dessa mesa, ouviu bem?

Dulce assentiu curiosa.         

-Lembra quando morei em Madri?

A irmã novamente assentiu.

-Ao contrário do que todos
pensam, conheci uma pessoa lá. Nós nos conhecemos em uma festa e foi... Amor a
primeira vista. Ficamos naquela noite e no dia seguinte, ele me pediu em
namoro. –sorriu de canto, perdida em lembranças. –Era tudo muito intenso entre
nós e quando estávamos perto de fazer um ano, ele me pediu em casamento. Foi o
dia mais feliz da minha vida. –sua voz tremeu. –Tínhamos planejado que após as
comemorações de fim de ano, iríamos viajar para que eu conhecesse a família
dele e ele a nossa. Iríamos para a Itália primeiro, mas no dia da viagem...
-emocionou-se. –O Poncho me ligou contando sobre o que havia acontecido com
você. Eu me senti péssima, minha irmã estava no hospital quase irreconhecível e
com um bebê morto enquanto eu estava indo para a Itália conhecer a família do
meu noivo? –emocionada enxugou os olhos. –Não era justo principalmente com
você. Então, eu... Abandonei tudo. Escrevi uma carta e voltei pra casa.

-Lali. –Dulce sussurrou
emocionada. Algumas lágrimas molhavam seu rosto. –Por que não me contou?
–segurou as mãos dela nas suas.                                                                                                                                                                                        

  Mariana deu os
ombros.

-Pra quê? –ergueu os olhos avermelhados para a irmã.
–Você já tinha as suas dores, por que te perturbar com a minha?

-Porque somos irmãs. –apertou as mãos dela. –Não voltaram
a se ver?

Ela balançou a cabeça.

-Não até mês retrasado. Ele estava no seu desfile em Nova
York?

-Estava? –Dulce franziu a testa aturdida. –O conheço?

Mariana sorriu de canto.

-Com toda a certeza sim. Ele... –respirou fundo. –Ele se
chama Juan Pedro Casillas von Uckermann. É o irmão mais novo do Christopher.

Dulce piscou pega completamente desprevenida.   

-O... O seu ex...
É o Pedro?

Lali assentiu com os lábios
apertados.

x______x

Lucas saiu do trabalho por
volta das cinco e passou no trabalho da irmã caçula (http://picasaweb.google.com/lh/photo/PqMqhdXPAFeXcxYIXyUHlw?feat=directlink,
http://picasaweb.google.com/lh/photo/JGoXY6pNu-eWEKn-1KrVig?feat=directlink)
para buscá-la.

-Oi. –Anna o cumprimentou com
um beijo no rosto. –Obrigada por vir me buscar. –agradeceu colocando o cinto de
segurança.

-De nada. Aonde quer ir?
–perguntou dando partida.

-Pode ser no shopping, tenho
que dar uma passada em uma loja.

-Ok. E o estágio, como está
sendo?

-Bem legal. –ela sorriu de
canto. –Estou gostando.

-Isso é bom. –a olhou
rapidamente logo voltando seu olhar para o transito. –Isso por acaso é roupa de
se usar no trabalho? –franziu a testa ciumento.

Anna deu uma olhada em si.

-Me visto assim todos os dias
e meu chefe nunca reclamou. –deu os ombros.

Ele ergueu as sobrancelhas,
dando uma risadinha.

-O quê? –Anna riu observando.

 Ele balançou a cabeça, ainda rindo.

-Nada não.

A conversa entre os irmãos foi
interrompida pelo celular (http://picasaweb.google.com/lh/photo/hpw9ahgSqBQVd7MBwvpkiA?feat=directlink)
de Lucas.

-Atende pra mim. –ele pediu
para a irmã.

Anna pegou o aparelho erguendo
as sobrancelhas ao ver o nome.

-Alô? –atendeu.

-O... O Lucas está? –a voz feminina perguntou hesitante.

-Quem fala?

-É a María.

-Ele está dirigindo agora
María. –avisou.

Ao ouvir o nome, Lucas desviou
os olhos para a irmã.

-É a María?

Anna assentiu.

-Me dá. –ele pediu o telefone.

-María espera um instante que
ele vai te atender.

Lucas pegou o
aparelho e colocou no viva voz.             

-Mary? –chamou.

-Desculpe te incomodar, não sabia que estava ocupado. –ela
desculpou-se.

-Imagina. –ele riu.
–Estou apenas levando minha irmã ao shopping.

-Foi sua irmã que atendeu? –ela parecia aliviada.

-Sua a Anna, muito
prazer. –a cumprimentou com animação.

-O prazer é meu. –ela riu. –Luke, como sei que está dirigindo vou ser
rápida sim? Liguei só pra confirmar o horário de hoje a noite.

-Estava pensando em
passar na sua casa por volta das sete e meia, está bom pra você?

-Ótimo. Nos falamos mais tarde sim? Foi um prazer Anna.

-O prazer foi meu.
–ela tinha um grande sorriso nos lábios.

-Até mais tarde.

-Até.

Lucas desligou com um
estranho sorriso nos lábios. Prendendo o riso, Anna virou-se na direção dele.

-O quê? –Lucas
franziu a testa.

-Luke? –debochou
caindo na risada.

-Cala a boca. –ele
revirou os olhos.

x______x

Deprimida, Alice (http://picasaweb.google.com/lh/photo/8inv0HPxqI6tReYGlvWd6g?feat=directlink)
mirou-se no espelho avaliando o vestido escolhido para usar aquela noite. Estava
impecável... como sempre. Respirou fundo levando a mão até o ventre dilatado (http://picasaweb.google.com/lh/photo/6lmbRmim9oB9z5S8rns2BQ?feat=directlink)
sentindo a filha movimentar-se.

-Está bem? –Poncho aproximou-se
com a testa franzida. Estava lindo de terno.

Ela assentiu enquanto
ele a abraçava por trás pousando as mãos na barriga dela. Seu coração doeu quando
voltou a mirar o espelho e viu o reflexo deles juntos.

-Formamos um belo casal.
–ele comentou com um sorriso de canto beijando-a no ombro.

Ela sorriu de canto.

Perdão. Implorou em pensamento,
devastada por dentro.

x______x