Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

22°
Capítulo: Chorar não vai te ajudar agora.

Dulce acendeu o abajur ao seu lado na cama e respirou
fundo, passando as mãos pelo rosto.

-O que houve? –Christopher perguntou sonolento ao seu
lado.

-Tive um pesadelo. –ela murmurou afastando o cabelo do
rosto. –Preciso falar com o Poncho.

Christopher franziu a testa sentando-se também.

-Amor, são três da manhã. Ele a Lice estão dormindo.

Dulce balançou a cabeça.

-Não importa, preciso ter certeza de que ele está bem.

Christopher a observou por um momento e soube que
adiantava discutir. Soltando o ar, esticou-se pegando o telefone na mesa de
cabeceira. Discou o número da casa de Poncho e passou o telefone para Dulce.

-Ninguém atende. –ela murmurou após um momento.

-Devem estar dormindo.

-Não. –ela balançou a cabeça discando o número do celular
do irmão. –Atende Poncho. –sussurrou nervosa, cobrindo os olhos com a mão.
Esperou alguns segundos. –Poncho? Está tudo bem? –ouviu o que o irmão disse e
olhou na direção de Christopher com os olhos arregalados.

x______x

Poncho desligou o celular (http://picasaweb.google.com/lh/photo/AeONtvIj6dsCESOFm2jYZw?feat=directlink)
e guardou-o no bolso da calça, passando as mãos pelo rosto.

-Poncho? –Marichelo chamou, se aproximando.

Ele virou-se ao ouvir a voz da mulher.

-E então? –perguntou desesperado por notícias da filha e
a esposa.

A expressão dela era calma.

-Pode respirar, elas estão bem.

Poncho soltou o ar, fechando os olhos de alivio.
Agradeceu a Deus por elas estarem bem.

-Mas por que ela estava sangrando? Alice está grávida e
até onde sei, grávidas não sangram.

-Tem razão e é exatamente sobre isso que precisamos
conversar.

Poncho preocupou-se diante do olhar da mulher e em
silêncio, acompanhou-a até o consultório.

-Sente-se. –ela indicou a cadeira indo sentar-se em sua
própria cadeira.

Poncho sentou-se em silêncio.

-O que há de errado Marichelo?

A mulher juntou as mãos sobre a mesa, à expressão antes
calma naquele momento era séria.

-Alice não está bem, Poncho.

Ele franziu a testa.

-Como assim?

-Há quase dois meses, ela chegou aqui com cólicas muito
fortes e inicialmente pensei que fosse um aborto, mas quando fiz a ultra-sonografia,
detectei um problema.

Ele balançou a cabeça, sem entender.

-Espera um pouco. Alice não pode ter vindo pra cá com
dores, eu saberia disso.

-Você já havia saído pro trabalho e a empregada a trouxe.
–Marichelo explicou. –Ela nos fez prometer que não contaríamos nada.

Ele apertou os lábios assentindo.

-Qual problema você detectou no ultra-som?

-Alice tem o que nós chamamos de placenta prévia. Você
deve conhecer porque sua irmã quando estava grávida sofreu uma suspeita.

Ele assentiu.

-Elas correm risco?

-Sim. Há risco de morte tanto para a Alice quanto para a criança.

x______x

-William onde está me levando? –Anahí riu descendo do
helicóptero com a ajuda de William.

-Já vai ver. –ele abriu um grande sorriso para ela,
pegando-a pela mão.

Ela riu com vontade afastando o cabelo do rosto e o
acompanhou.  

x______x

Poncho chegou à sala de espera e deparou-se com a irmã (http://picasaweb.google.com/lh/photo/ccIZXWXPUmfFHU6R-xAdMw?feat=directlink)
e Christopher, que falavam com uma enfermeira.

-Poncho. –Dulce se apressou em sua direção. –O que houve?

Ele nada disse e apenas abraçou a irmã. Dulce nada
entendeu, mas retribuiu o abraço transmitindo a ele seu apoio incondicional.
Poncho apertou-a com força enterrando o rosto nos fios fartos, buscando na irmã
algo que pudesse diminuir o pavor que sentia.

Embora estivesse preocupado, Christopher permaneceu em
silêncio, respeitando aquele momento entre os irmãos. Marichelo surgiu naquele
momento na sala, disposta a falar com Poncho, mas parou ao vê-lo com Dulce.

-Poncho? –chamou após um momento.

Ele afastou-se da irmã.

-Alice está te chamando.

Poncho assentiu e beijou a testa da irmã.

-Depois nos falamos.

Dulce assentiu e viu o irmão se afastar.

-O que há de errado Marichelo? –ela perguntou após Poncho
sair da sala de espera.

x______x

Devagar, Poncho abriu a porta do quarto e espiou seu
interior avistando Alice deitada. Entrou em silêncio encostando a porta e
aproximou-se da cama, onde a esposa repousava. Sentou-se na poltrona estofada
que havia ao lado da cama. Em silêncio, Alice observou os movimentos dele. Ele
pegou a mão dela na sua e beijou-a na palma.

-Como está? –murmurou.

O queixo dela tremeu.

-Me perdoa. –sussurrou, uma lágrima escorrendo pelo canto
de seu olho e pingando no travesseiro.

Ele balançou a cabeça, engolindo em seco o bolo em sua
garganta.

-Você não tem culpa. –a tocou no rosto, dando um sorriso
trêmulo. –Nenhum de nós poderia prever que isso aconteceria.

Ela fechou os olhos sentindo o toque dele.

-Eu te amo. –Poncho sussurrou.

Alice abriu um sorriso tremulo.

-Há tanto tempo você não me diz isso. É bom ouvir.

Ele sorriu de canto e baixou o rosto aproximando-se do
dela.

-Eu te amo. –repetiu.

-Também te amo. –ela sussurrou de volta sentindo novas
lágrimas escaparem de seus olhos.

Eles olharam-se por minutos a fio e por fim, Poncho
acabou com a pequena distancia que os separavam. Beijou-a sem pressa, cheio de
carinho e ternura.

x______x

-Onde nós estamos? –com um sorriso, Anahí olhou em volta.

-Bem vinda ao Cliffs of Moher. –com um grande sorriso,
William anunciou.

Anahí ficou boquiaberta e voltou a olhar em volta.

-É lindo! –seu sorriso aumentou.

-Você não viu nada ainda. –piscou para ela levando-a pela
mão até a ponta do penhasco (http://picasaweb.google.com/lh/photo/5b2RafTHBU5nnuooJhjhLA?feat=directlink).

-Oh meu Deus! –ela levou uma mão até o peito. –É tão alto.
–comentou olhando para baixo.

Ele deu uma risadinha.

-Não podia deixá-la ir embora sem vir aqui. –parou alguns
centímetros atrás dela.

Com um grande sorriso nos lábios, Anahí admirou toda a
beleza daquele lugar e por fim, virou-se para William num impulso abraçando-o.

-Obrigada. –sussurrou.

Ele beijou-a no cabelo apertando os braços ao redor de
sua cintura. Anahí soltou um gritinho quando ele a tirou do chão rodando com
ela.

x______x

-Tem certeza de que a Lali não ficou com raiva por você
ter desmarcado? –Maite perguntou pela terceira vez, a cabeça apoiada no colo de
Alexandre.

-Já disse que não Mai. –ele garantiu alisando o cabelo
dela. –Está se sentindo bem?

-Um pouco grogue, mas vou sobreviver. –após um momento em
silêncio virou-se no colo, olhando-o. –Obrigada Alex, por tudo. –murmurou
sincera.

Alexandre a olhou por alguns segundos em silêncio e se
curvou, beijando-a na testa.

-Durma. –sussurrou para ela voltando a alisar-lhe o
cabelo.

Maite obedeceu voltando a ficar de lado. Minutos depois, pegou
no sono. E Alexandre também acabou dormindo.

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Poncho e Alice ainda estavam próximos quando ouviram
leves batidas na porta, seguida da voz de Dulce.

-Posso entrar? –ela perguntou num murmúrio.

O casal olhou na direção da porta. Poncho não deixou de
notar os olhos avermelhados da irmã.

-Claro. –Alice sorriu de canto para a cunhada.

Dulce entrou fechando a porta e se aproximou, curvou-se
abraçando Alice com força.

-Como está? –tocou o rosto da outra.

-Bem. –ela assegurou.

-Que bom e espero que continue assim hein? –sorriu de
leve beijando a cunhada na testa.

Alice assentiu.

-E o Chris? –Poncho perguntou.

-Não quis entrar. Você precisa repousar e eu só entrei
aqui, só pra dar um beijo em vocês. Temos que voltar pra casa antes que a Liz
acorde, não queremos preocupá-la.

-Com quem ela ficou? –Poncho franziu a testa.

-Com a minha vizinha. É uma senhora de idade que acorda
todos os dias às quatro e meia da manhã pra passear com o cachorro. Pedimos a
ela que ficasse de olho.

-Oh meu Deus. –ela riu balançando a cabeça. –Mas obrigada
por vir ruiva.

-Imagina. –abraçou Alice mais uma vez. –Se cuide.
–sussurrou no ouvido dela.

Alice assentiu quando ela se afastou.

-E você. –Dulce virou-se para o irmão, que se ergueu para
abraçá-la. –Me ligue.

-Pode deixar. –Poncho abraçou a irmã.

-Te amo. –ela sussurrou no ouvido dele.

-Eu também. –Poncho beijou-a no rosto enquanto se
afastavam.

-Manda um beijo pro Chris. –Alice pediu.

Dulce assentiu e acenou para o casal, saindo do quarto em
seguida.

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Lali (http://picasaweb.google.com/lh/photo/vqVZpHRTxMju5FbBVdqSlA?feat=directlink)
chegou ao café onde marcara de se encontrar com Anna para tomarem o café da manhã
juntas. Logo avistou a amiga sentada em uma mesa do lado externo do café, Anna (http://picasaweb.google.com/lh/photo/3efPF5ZX5ZL3W6tVO7g2zA?feat=directlink)
acenou-lhe, sorridente.

-Amiga. –ergueu-se para abraçá-la.

-Como está? –Lali sorriu para ela.

Um homem parado de costas próximo a mesa onde Anna estivera
poucos segundos antes, chamou-lhe a atenção fazendo-a pensar em Pedro. Mas logo
desviou o olhar, sabendo que era impossível encontrá-lo ali.

-Mais feliz impossível.

Lali franziu a testa olhando Anna, a outra quase quicava de
tanta felicidade.

-Posso saber o motivo dessa felicidade toda? –perguntou curiosa.

Como que em resposta, o homem que estivera de costas para
elas até então se virou, fazendo o coração de Lali falhar uma batida.

-Esse é o Pedro. Meu namorado. –Anna anunciou exultante.

Pedro passou o braço ao redor da cintura de Anna e sorriu
na direção de Lali.

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