Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

27°
Capítulo: O que não se pode mudar.

Domingo, 13 de
Junho de 2010.

Christopher, Dulce (https://picasaweb.google.com/lh/photo/6AkQohYjC9gc3liiKyEexw?feat=directlink)
e Liz estavam no carro (https://picasaweb.google.com/lh/photo/Qg-6XfOF7BCPsJ1Q2Q4gOQ?feat=directlink)
a caminho da casa dos pais de Christopher. Eles conversavam quando foram
interrompidos pelo celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/yfSDHg17ro0jyNexcPfxlQ?feat=directlink)
de Dulce.

-É a Lali. –ela murmurou atendendo em seguida. –Fala
chata. –atendeu.

-DULCE MARÍA!
–Mariana estava histérica.

 Com uma careta,
Dulce afastou o aparelho do ouvido. Christopher riu enquanto Liz arregalou os
olhos.

-Eu sei que você me ama, mas não precisa me deixar surda
sim? –foi irônica.

-Desculpa, mas é
que… Ai! Estou tentando falar com você desde ontem e você nem o Christopher
atendiam ao telefone. Preciso falar com você urgentemente.

-Nós saímos ontem para aproveitar o dia e ficamos com os
celulares desligados. –explicou. –Mas fala, o que houve?

-Não quero falar
por telefone. Onde você está?

-Indo para a casa dos meus sogros, então, fala logo!
–apressou.

-Só vou falar
porque eu vou acabar surtando aqui. –ela respirou fundo.

-Você está me deixando nervosa. –Dulce resmungou.

-Ai minha santa.
–fez uma pausa. –Sabe na sexta feira? Quando nós saímos?

-Sei. –ela prestava atenção.

-Eu bebi um pouco
demais e meio que perdi a consciência dos meus atos.

Dulce arregalou os olhos.

-O que você fez Mariana?

-Transei com o
Christian. –falou num fôlego só.

Dulce ficou em silêncio por vários segundos.

-Repete o que disse. –murmurou sem reação.

-Transei… com o
Christian.

Dulce puxou o ar duas vezes.    

-Por tudo que é mais sagrado, me diz que é o outro
Christian. –ela pediu, cobrindo os olhos com a mão livre.

Christopher olhou a namorada por um breve momento,
curioso pela conversa. Liz estava distraída com um jogo no celular de
Christopher (https://picasaweb.google.com/lh/photo/Vz8ebdSsWFtU9EbgxPKLkg?feat=directlink). 

-Você não imagina
como eu queria que fosse outro. –Mariana lamentou.

-E ele? Como reagiu?

-Aí que a coisa
pega. Naquela noite, ele estava tão bêbado quanto eu e quando acordei no motel
de manhã, ele ainda estava dormindo. Sai de lá sem falar nada.

-Ele te ligou ou algo assim?

-Nada.

-Ele viajou ontem à tarde e se não entrou em contato é porque
não se lembra do que aconteceu. –respirou aliviada.

-Só que tem um
problema. Na verdade, um probleminha, mas pode se tornar um problemão.

-Por favor, não diz que é o que eu estou pensando que é.
–ela murmurou fechando os olhos. 

-É exatamente isso.
–ela estava temerosa. –Não sei se usamos camisinha.

x______x

-Que sol maravilhoso. –Anahí (https://picasaweb.google.com/lh/photo/EgvAhSIOl_ZEb7nPQDNwiQ?feat=directlink)
comentou deitada em uma espreguiçadeira no jardim dos pais.

Descansando em uma espreguiçadeira ao lado da filha,
Marichelo sorriu.

-Sua barriga está ficando tão fofa. –comentou, babona.

Anahí deu uma risadinha com os olhos ainda fechados.

-Logo logo não vou poder usar as minhas roupas, quase
todas já estão apertadas. –ela contou divertida.

Marichelo gargalhou.

-Vá se acostumando. –divertiu-se. –É daí pra pior.

Anahí voltou a rir.

-Mas agora falando sério, acha que eu deveria esconder a
gravidez? –abriu os olhos encarando a mãe.

Marichelo pensou por um momento.

-Acredito que não. Você é adulta, independente, não deve
satisfações para ninguém além de si mesma. As pessoas vão falar isso é um fato,
mas vai de você dar ouvidos a elas ou não.

-Acho que tem razão. –murmurou após um momento. –Eu não
sinto vergonha da minha gravidez, muito pelo contrário, sinto orgulho do meu
bebê.

Marichelo abriu a boca para falar, mas foi impedida pelo
grito feminino que ecoou pelo jardim.

-ANAHÍ!

Anahí pulou de susto e quase caiu da espreguiçadeira, só
não indo para o chão porque Marichelo a segurou.

-Alice! –exclamou, assustada por ver a outra ali.

Alice (https://picasaweb.google.com/lh/photo/xdjTMhxtl67CQhPhbPQ8qg?feat=directlink)
chegou mais perto delas, tinha a expressão séria.

-Anahí Giovanna, você está grávida e não me disse nada?

Anahí abriu a boca para falar, mas nenhum som saiu. Não
sabia o que dizer. Desesperada, olhou para Marichelo.

-Alice. –Marichelo ergueu-se rápida, chamando a atenção
da afilhada. –Posso saber o que está fazendo aqui? Lembro bem de ter dito ao
seu marido para que você ficasse de repouso. –repreendeu-a.

Alice desviou sua atenção da direção de Anahí e olhou a
madrinha, fazendo uma leve careta.

-Não briga com ele. –murmurou. –O Poncho foi na casa dos
pais dele, resolver um assunto e como eu não quis ir e nem ficar em casa
sozinha… Vim para cá. Liguei avisando, a Carmen não passou o recado?

Marichelo balançou a cabeça.

-Bom, sente-se. –indicou a espreguiçadeira, onde estivera
sentada poucos minutos antes. –Acho que a Annie tem muita coisa para te contar,
não é mesmo filha?

Após uma rápida troca de olhar entre mãe e filha, Anahí
respirou fundo, assentindo.

-Senta. –apontou para a espreguiçadeira, afastando a
franja de seus olhos. –Vou te contar tudo.

Achando estranha aquela situação, Alice sentou-se de
frente para a outra. Em silêncio, Marichelo saiu dali, deixando as duas
sozinhas no jardim. Alice esperou a madrinha entrar na casa, para poder falar.

-Eu… eu não consigo acreditar que você está… grávida.
–gaguejou, baixando os olhos para o ventre exposto de Anahí.

A mesma engoliu em seco.

-Tente entender que não é fácil para mim, sair por aí
divulgando a minha gravidez.

-Por quê? Digo, o Mauro deve estar explodindo de
felicidade.

Anahí abriu um sorriso tristonho.

-As coisas não são fáceis assim. Eu e o Mauro não estamos mais juntos e esse bebê não é filho dele.
–revelou.

Alice ficou boquiaberta.

-De quem é então? –quis saber.

Anahí ficou um silêncio por um momento, os lábios
apertados.

-O meu filho não tem pai.

Alice piscou, surpresa pelas palavras da outra.

-Espera um pouco. Como assim não tem pai?

-Não tendo, simples assim. Eu o conheci por acaso em Nova
York e ele me convidou para beber um drinque, eu fui e uma coisa levou a outra…
e você já sabe. Não me cuidei e um mês depois, o teste de gravidez deu
positivo. Por isso, fui para a Irlanda tão repentinamente.

-Ele não quer o bebê?

Ela balançou a cabeça.

-Isso não importa porque… ele tem a vida dele e eu a
minha, e o lugar do meu filho é comigo.

-Tem certeza disso? Um filho é uma responsabilidade muito
grande e nós sabemos o quanto é difícil criar um filho sem pai, a Dul é prova
disso. Não acha que talvez seja melhor você procurá-lo e deixar que ele decida se quer ou não participar da
vida do bebê?

Ela tornou a balançar a cabeça.

-Não. Posso estar sendo egoísta, mas eu já decidi, vou
ter esse bebê sozinha.

x______x

Mauro tocou a campainha da casa onde Sarah vivia e
esperou, alguns minutos depois a ex-esposa (https://picasaweb.google.com/lh/photo/F6VbV1wxJRYITqLe2bJTGA?feat=directlink)
abriu a porta. No momento em que a viu, Mauro soube que havia algo errado.

-O que foi? –franziu a testa, vendo-a endurecer a
expressão e apertar a maçaneta da porta de entrada.

-Entra. –ela murmurou após um momento, voltando para
dentro de casa. Uma de suas mãos amparava a coluna, as pontas dos dedos fazendo
uma leve massagem para aliviar a dor.

-Sarah. –Mauro a chamou, fechando a porta. –O que está
havendo? –se apressou na direção dela.

-Uma dor. –ela murmurou, parando para olhá-lo. –Minhas
costas estão me matando. –confessou.

Mauro preocupou-se.

-Você já sentindo essa dor há quanto tempo?

-Sinto dor nas costas o tempo todo, mas ela foi
aumentando ao decorrer do dia e agora pouco, comecei a sentir um incomodo na
barriga. –gemeu quando Mauro a ajudou a sentar-se no sofá.

-Ligou para o médico?

Ela balançou a cabeça.

-Achei que passaria. Mas que… Au! –interrompeu-se gemendo
ao sentir uma pontada na parte baixa de seu ventre (https://picasaweb.google.com/lh/photo/KTFdZqOBz-GGujwolSZ5cg?feat=directlink)
volumoso.

-Calma. –Mauro levou as mãos até a barriga dela. –Respira
bem fundo e solta o ar devagar. –instruiu.

E assim ela fez.

-Continua assim que eu vou ligar para a médica sim?
–hesitando, se afastou para pegar o aparelho de telefone sem fio.

Sarah continuou a respirar fundo, ela mantinha os olhos
fechados.

x______x

Deitada em uma das espreguiçadeiras a beira da piscina,
Maite (https://picasaweb.google.com/lh/photo/xneH5HFyGLaiJRE7ZxgjPA?feat=directlink)
tinha o olhar distante, perdido no céu azul que clareava aquele dia tão bonito.

-Ei! –Junior a chamou, sentando-se na ponta da
espreguiçadeira.

Maite piscou e olhou na direção do pai, abrindo um leve
sorriso.

-Oi. –murmurou.

-Está tudo bem? –ele também sorriu para ela e num gesto
aparentemente despreocupado, ele levou a mão até a testa dela, sentindo sua
temperatura.

Maite percebeu e se comoveu.

-Pai. –ela o chamou, erguendo uma sobrancelha. –Eu não
estou com febre e se estou um pouco mais quente que o normal, é por causa do
sol.

Junior deu uma risadinha.

-Estou exagerando não é mesmo?

Ela sentou-se.

-Um pouco, mas eu ainda te amo. –piscou, beijando-o na
bochecha demoradamente.

Junior fechou os olhos, sorrindo terno enquanto sentia o
beijo da filha.

x______x

-Grazie. –Christian agradeceu ao atendente do hotel, se
afastando em seguida com olhos em um folheto sobre os pontos turísticos da
cidade Veneza.

Concentrado em ler as palavras em italiano, não notou que
uma jovem mulher (https://picasaweb.google.com/lh/photo/0EnG9I8Mok6l2umgDo1_Lg?feat=directlink)
vinha em sua direção, distraída com algo na tela de seu celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/mV8Bac81oz2hSwATc_QvCg?feat=directlink).
Eles se chocaram um contra o outro, a mulher derrubando a pasta que tinha nos
braços e Christian seu folheto.

-Oh mio Dio! –a mulher exclamou em italiano.

Ela e Christian abaixaram-se para juntar seus objetos.

-Grazie. –ela agradeceu quando Christian lhe estendeu a
pasta.

Ele sorriu na direção dela. Ela também lhe sorriu e
sentiu suas bochechas corarem diante do sorriso que ele lhe direcionava.

-E `la sua prima volta a Venezia? –ela baixou os olhos,
indicando o folheto na mão dele.

-Sì. –ele assentiu, baixando os olhos para o papel em sua
mão por instante. –Mi dispiace, il mio nome è Christian. –simpático, estendeu a
mão na direção dela.

-Isabella. –ela voltou a sorrir na direção dele,
apertando sua mão com delicadeza. –Se sei americano?

Ele balançou a cabeça.

-No, io sono messicano. –esclareceu.

 -Seja bem vindo a
Itália então.

Christian ficou impressionado pela forma como ela mudou
de idioma tão facilmente.

-Fala espanhol? –surpreendeu-se.

-Sim. –ela assentiu.

Naquele momento, uma movimentação no saguão lhes chamou a
atenção.

-Se não estiver ocupada, gostaria de me acompanhar num
jantar? –ele perguntou voltando sua atenção na direção dela.

Isabella foi pega de surpresa pelo convite repentino.

-Bom… estou livre agora à noite e… realmente estava indo
jantar. –gaguejou. –Sim, eu gostaria muito. –falou por fim, sorrindo na direção
dele.

-Ótimo.

Lado a lado, eles seguiram até o restaurante do hotel.

x______x

-Mamãe olha pra mim! –Liz gritou de dentro da piscina,
pendurada no pescoço de Christopher.

Dulce desviou sua atenção da conversa que mantinha com
Alexandra e olhou na direção da filha, abrindo um grande sorriso.

-Que demais filha! –exclamou com animação.

-Pedro, cuidado com ela! –Alexandra gritou para o filho,
com os olhos atentos em Liz.

-Relaxa mãe. –Pedro falou para a mãe com a menina em seu
colo.

Dulce e Alexandra riram ao ouvirem a gargalhada de Liz.

-Ela é, sem duvidas, uma menina encantadora. –a mulher
murmurou para Dulce.

Dulce voltou a sorrir, cheia de orgulho materno. Naquele
momento, Christopher chegou perto delas.

-Sobre o que estão falando? –perguntou beijando o topo da
cabeça da namorada e sorrindo na direção da mãe.

-Nada que interesse a um homem saber. –ela retribuiu ao
sorriso do filho.

-Ok, já entendi que não devo me intrometer. –ele riu,
divertido. –Vim chamar vocês para comerem, o churrasco já pronto. –falou
começando a mexer no cabelo de Dulce sem nem perceber.

-Finalmente! –Alexandra ergueu-se.

Dulce também se ergueu.

-Liz! Pedro! –Christopher os chamou. –Venham comer.

Logo Pedro ajudou Liz a sair e saiu da água em seguida.

-Vem querida. –Dulce se aproximou da filha com uma toalha
felpuda.

-Preciso ir no banheiro. –a menina sussurrou.

Dulce assentiu.

-Vem. –a pegou pela mão. –Amor. –chamou Christopher.

Ele a olhou.

-Vão se servindo que nós vamos ao banheiro sim?

Christopher assentiu, piscando na direção de Liz. A
menina sorriu e saiu com a mãe.

-Ela te amarrou de vez hein? –Pedro divertiu-se,
terminando se secar.

-Você não tem nem idéia. –ele balançou a cabeça.

Os irmãos seguiram até a mesa onde Alexandra arrumava os
pratos.

-Está linda. –Victor sussurrou para a esposa deixando o
prato cheio de carne sobre a mesa, beijando-a no rosto em seguida.

-Por favor, guardem isso para outro momento. –Pedro
fingiu uma careta.

O casal riu e Alexandra acertou um tapa no ombro do
filho.

-Fique quieto! –ela tinhas as bochechas rosadas.

-Bate não mãe. –ele fez manha, divertindo-se. Abraçou a
mulher pela cintura, dando um beijo estalado em sua bochecha. –Te amo!

Alexandra abriu a boca para retribuir a declaração do
filho, mas foi impedida por Liz.

-CHRIS! –ela gritou, urgente.

Ele se assustou.

-O que foi Liz?

-Corre aqui! A minha mãe desmaiou!

Christopher não pensou duas vezes e correu sendo seguido
pelo resto da família, encontraram Dulce caída na grama.

-Dul! –ele correu na direção dela.

x______x