Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

28°
Capítulo: O nascer e o morrer do dia.

Terça feira, 15 de
Junho de 2010.

-Pois bem Dulce, o seu exame de sangue nos revelou dois
resultados. –o médico a encarou.

Ela (https://picasaweb.google.com/lh/photo/67ETBxWRTL_ykCvL9v4l0g?feat=directlink,
https://picasaweb.google.com/lh/photo/fU6yzpPq3FRhXFcTxbqqXg?feat=directlink)
franziu a testa.

-Dois resultados? –estranhou.

-Exatamente. O seu hemograma está mostrando que você está
com anemia, mas não tem porque se preocupar, vou te encaminhar para um
nutricionista e ele vai cuidar para que você reeduque a sua alimentação porque
você precisar se cuidar melhor daqui pra frente.

-Não entendi. –ela encarou o homem, confusa.

O médico antes sério, sorriu de leve.

-Está grávida de, acredito eu, cinco ou seis semanas.

Os olhos de Dulce se arregalaram.

-O que disse?

x______x

-Aqui está o jantar. –Mauro entrou no quarto de Sarah,
carregando uma bandeja.

Ela (https://picasaweb.google.com/lh/photo/M1MOTopz4VmJ0Q4-5hjB6Q?feat=directlink)
sorriu.

-Você tem que parar de me mimar desse jeito! –ela o
repreendeu com suavidade.

-Lembre-se do à médica disse; para conseguirmos adiar o
parto mais uma semana, você precisa ficar de repouso absoluto. –cuidadoso,
depositou a bandeja a frente dela. –Fiz tudo um dos pratos que você mais gosta.
–comentou, sorrindo de canto.

-Obrigada.

-Não precisa agradecer. –ele piscou. –Agora coma tudo enquanto
eu vou arrumar a cozinha, daqui a pouco volto para buscar a bandeja sim? Se
precisar de algo, é só gritar.

-Mauro. –Sarah chamou quando ele já estava na porta.

-Sim? –virou-se.

-Obrigada por estar aqui. –agradeceu sincera.

Ele sorriu de leve.

-Posso não ter sido um bom marido enquanto estivemos
casados, mas jamais deixaria você
sozinha num momento como esse. –sem mais palavras, ele saiu do quarto.

Sarah respirou fundo, piscando para afastar as lágrimas
que ardiam em seus olhos.

x______x

Rindo com vontade, Christian e Isabella (https://picasaweb.google.com/lh/photo/j55zzVeRdtJP0hDcM_pQtw?feat=directlink)
saíram do elevador com ele a abraçando pelos ombros e juntos seguiram até a
porta do quarto que Isabella ocupava no hotel.

-Está entregue. –ele murmurou soltando-se dela e se
apoiando na parede.

Isabella sorriu-lhe.

-Obrigada pela noite incrível. –sorriu sincera. –Acho
que… nunca me diverti tanto assim com alguém.

-Se continuarmos com o nosso plano de aproveitarmos as
férias juntos, prometo a você, que todos os nossos passeios serão assim.

Ela continuou a sorrir, mas nada disse permanecendo
apenas olhando-o.

-Se não entrar neste quarto no próximo minuto, eu vou te
beijar. –ele murmurou, encarando hipnotizado, os olhos azuis dela.

Isabella não mexeu um só músculo.

-Eu avisei. –murmurou trazendo-a pela mão para junto de
seu corpo.

Eles se olharam por mais alguns segundos e ele inclinou o
rosto, tomando os lábios dela nos seus com suavidade.

x______x

-O que houve? –Letícia olhou a filha (https://picasaweb.google.com/lh/photo/HbtKoSwzDfmMbSsNzdNAFA?feat=directlink)
sentada ao seu lado.

-Não sei… –ela franziu a testa levando uma mão até o
peito. –Uma sensação ruim, sabe? –ela respirou fundo, sentindo-se realmente
incomodada. 

Letícia estranhou.

-Sensação ruim?

-Uhum. –assentiu. –Não sei explicar, é como… –interrompeu-se
massageando o peito. –Sabe quando perdemos alguma muito valiosa?

A mulher assentiu.

-É isso que estou sentindo, é como… se tivessem me tirado
algo, é uma sensação de angústia muito grande sabe? Estou me sentindo…
sufocada.

-Às vezes não é nada demais. –Letícia tentou
tranqüilizá-la. –Eu vou buscar um copo d’água. –ergueu-se do sofá indo até o
bar no canto da sala e encheu um copo, levando-o em seguida para filha.

-Obrigada. –Maite murmurou ainda massageando o peito.

x______x

Alexandre saiu de seu quarto já pronto para cumprir seu
plantão aquela noite e seguiu até a sala, onde encontrou a irmã (https://picasaweb.google.com/lh/photo/KlqXz4u4QnxxHAUZQJx-9w?feat=directlink)
sentada no sofá, comendo um pote de sorvete.

-Você não para de comer não? –ele riu, inclinando-se e
beijando-a no topo da cabeça.

Anahí fez uma careta, levando a colher até a boca.

-Estou grávida. –o olhou. –Tenho o direito de comer tudo
o que tenho vontade. –abriu um grande sorriso na direção do irmão.

Alexandre gargalhou.

-Ei! Senta aqui. –ela chamou apontando para o lugar no
sofá ao seu lado.

O irmão o fez.

-Nem te contei o que me aconteceu hoje. –comentou
animada.

-O que houve? –perguntou curioso.

-Fui ao shopping hoje encontrei uma colega da faculdade
em uma loja de roupas, ela se chama Gabriela e eu a conheci bem no inicio do
curso, ela já estava quase se formando e… isso não importa agora! Nós almoçamos
juntas e depois de algumas conversas, adivinha só? Ela tem uma galeria e está
precisando de um sócio, então…

-Não vai me dizer que ela te convidou para uma sociedade?

-Sim! Não é maravilhoso? –tinha um grande sorriso nos
lábios.

-Não acredito Annie! –sorrindo, Alexandre puxou a irmã
para um abraço. –Isso é maravilhoso!

-Eu sei! –ela riu alegre, retribuindo ao abraço.

x______x

No momento em que Dulce abriu a porta de seu apartamento,
Liz correu em sua direção.

-Mamãe! –ela gritou pulando no colo de Dulce.

Ela recebeu a filha de bom grado, apertando-a em um
abraço e beijando-a demoradamente no rosto.

-Você demorou. –ela comentou ainda abraçada ao pescoço da
mãe.

-Desculpe bebê. –ela sorriu de leve seguindo até a sala
com a garotinha. –Passei na casa da tia Annie e acabei perdendo a noção do
tempo. –mentiu, colocando a filha em pé no sofá.

-Por favor, por favor, diz que você não jantou lá. –Liz
juntou as mãos numa suplica.

Dulce balançou a cabeça, confusa.

-Não comi nada, por quê?

-Hei! –Christopher chegou na sala, com um grande sorriso
nos lábios. Enxugava as mãos num pano de prato. –Demorou. –comentou,
aproximando-se e beijando-a rapidamente.

-Tudo culpa da tia Annie. –Liz contou, pulando para o
colo dele.

Dulce franziu a testa.

-Vocês estão com cara de que aprontaram alguma.
–desconfiou, erguendo uma sobrancelha.

-Só vai saber mais tarde. –Christopher piscou na direção
dela. –Agora precisamos que você tome um banho bem demorado e coloque uma roupa
confortável, tudo bem?

-Eu preparo o banho! –Liz pulou dos braços de Christopher
para o chão, puxando a mãe em seguida na direção do quarto.

x______x

A campainha tocou e Alice (https://picasaweb.google.com/lh/photo/a-RX5KMSu9WW0-OwReVaDA?feat=directlink)
pulou do sofá, correndo até a porta e abrindo-a.

-Oi! –sorriu na direção de Milena (https://picasaweb.google.com/lh/photo/dwmTwx1XigYa3f8PFQ-agg?feat=directlink),
puxando-a pela mão para dentro de casa.

-Eu estou ótima e você Alice? –foi sarcástica.

-Desculpa Mi, mas eu já estava surtando por ficar sozinha nessa casa enorme.

Milena riu.

-Eu sei, relaxa. –elas se encaminharam até a sala. –E o
seu marido?

-Viajando. –fez uma careta de desagrado.

-Pelo visto, contra a sua vontade. –deduziu sentando-se.

-Com toda a certeza! –sentou-se também. –Mas quer saber
de uma coisa? Foi até bom ele ter viajado.

Milena franziu a testa.

-Não entendi. Por quê?

-O Poncho está insuportável! Ele passa o tempo todo no
escritório e quando está em casa, mal fala comigo e quando fala, é para saber
do bebê! –estava indignada. –Antes eu tivesse abortado essa criança. –pensou
alto, num murmúrio.

A outra arregalou os olhos.

-O que disse Alice? Você
tentou abortar?

Alice fechou os olhos, murmurando um palavrão.

-Não acredito que disse isso. –abriu os olhos,
encontrando os olhos horrorizados de Milena.

-Você não respondeu a minha pergunta. –pressionou.

-Ai! Tá bom! Sim! Sim, eu pensei em abortar e só não o
fiz porque o Poncho descobriu a gravidez. –ergueu-se do sofá, nervosa. Passou
as mãos pelo cabelo, jogando os fios para trás.

-Espera um pouco. –Milena estava confusa. –Faltavam
poucas semanas para o casamento quando você descobriu que estava grávida, não
havia motivos para aborto Lice porque… Eu não entendo!

-Porque… Porque esse bebê não é do Poncho! –alterou a
voz, trêmula. –Pronto, falei. –respirou fundo, sentindo-se mais leve por ter
contado o segredo que já carregava há seis meses.

Com os olhos arregalados e presos em Alice, Milena
piscou.

x______x

Dulce (https://picasaweb.google.com/lh/photo/xuhw-pluS9Fy_tBI9OmgHw?feat=directlink)
saiu do quarto e foi seguindo até a sala, mas ainda no corredor, foi barrada
por Christopher.

-É surpresa. –ele sorria para ela, beijando-a  nos lábios. –Tem que fechar os olhos.

Ela riu surpresa.

-Tudo bem. –murmurou fechando os olhos em seguida.

Ele observou-a por alguns segundos para ver se ela não
estava trapaceando, mas Dulce continuava com os olhos bem fechados.

-Eu vou te guiar. –ele murmurou pegando-a pela mão e
guiando-a até a sala. –Pode abrir. –murmurou após um sinal de Liz.

Ela assim o fez e ficou boquiaberta com o que viu.

-Oh meu Deus! –emocionou-se.

Com um enorme sorriso nos lábios, Liz se aproximou da
mãe.

-É pra você mamãe. –entregou um enorme buquê (https://picasaweb.google.com/lh/photo/ms3ALqnV8v2nMQdKuTVuzw?feat=directlink)
a ela.

-Obrigada meu anjo. –ela agradeceu, beijando a testa da
filha.

-São as suas prediletas, rosas e lírios. –Christopher
murmurou dando um beijo carinho na bochecha dela.

Dulce fechou os olhos, sentindo o carinho.

-Obrigada. –sussurrou abrindo os olhos. Aproximou o rosto
das flores, sentindo seu aroma. –Obrigada de verdade, eu… eu realmente estava
precisando de algo sim. –algumas lágrimas molhavam seu rosto.

Liz franziu a testa diante das lágrimas da mãe.

-Você não gostou da surpresa? –preocupou-se.

Dulce sorriu, enxugando as lágrimas com a mão livre.

-É claro que gostei meu amor. –sua voz estava embargada.
–É que eu estou um… pouquinho sensível hoje.

 -Depois do jantar,
tenho uma surpresa para você. –Christopher murmurou, afastando uma mexa do
cabelo dela para o lado.

Dulce desviou sua atenção da filha, o olhando.

-Surpresa?

Ele assentiu.

-Sim e eu espero que você goste dela.

Ela ergueu as sobrancelhas.

-Você é um imbecil! –acertou-lhe um tapa no peito.

Liz gargalhou, assistindo a cena.

-O que eu fiz? –encolheu-se. –Você ri não é? Sua mãe tem
a mão pequena mais dói que só! –fez drama.

As duas riam.

-Você só falou que tem uma surpresa para me deixar
curiosa. –Dulce se queixou. –Mas dessa vez tenho uma carta na manga, garanhão.
–piscou para ele, virando-se em seguida para a filha. –Me ajuda a pôr as flores
num vaso e então jantamos? –perguntou a filha, abrindo um grande sorriso.

x______x

Quarta feira, 16
de Junho de 2010.

-Finalmente, dormiu. –Christopher comentou voltando a
sentar-se ao lado de Dulce.

Ela deu uma risadinha.

-Ela estava elétrica hoje. –concordou, comendo mais um
morango. –Ei! –chamou Christopher, sentando-se no colo de dele e deixando as
pernas de lado. –A Liz já está dormindo e o acha de mostrar a minha surpresa
agora? –fez charme, mexendo no cabelo do namorado.

-Interesseira. –brincou beijando-a rapidamente. –Mas está
bem, vou te mostrar. –enfiou a mão no bolso da calça e tirou-a em seguida,
mantendo a mão fechada. –Olha nos meus olhos. –pediu e ela o fez. –Você me ama?

-Com toda a minha alma. –respondeu sincera, mas estava
confusa. –Mas por que está perguntando isso? Está duvidando do meu amor
Uckermann? –brincou, apertando os olhos.

Ele deu uma risadinha.

-Longe disso, mas queria uma reafirmação.

-E posso saber o porquê?

 -Porque quero que
se case comigo. –murmurou abrindo a mão em seguida e revelando um belíssimo
anel de noivado (https://picasaweb.google.com/lh/photo/YIs4PtQ32vLJggPUlEo_aA?feat=directlink).

Boquiaberta, Dulce o olhou.

-O quê? –sussurrou.

 Christopher sorria
na direção dela.

-Eu te amo Dul e quero passar o resto da minha vida ao
seu lado. Sei que estamos juntos há pouco tempo, mas...  –calou-se por um momento. –Quero que sejamos
uma família, quero construir uma vida ao seu lado, quem sabe não tenhamos
filhos daqui algum tempo, a Liz já está numa boa idade para irmãos. –levou uma
mão até o rosto dela. –Mas quero que escute uma coisa, se você não quiser ou
achar que é cedo demais, eu respeitar a sua decisão. E então, aceita se casar
comigo? –esperou ansioso.

Dulce tinha os lábios apertados e os olhos cheios de lágrimas,
soltou o ar.

-Eu aceito. –murmurou com a voz embargada.

O sorriso de Christopher aumentou e ele estava prestes a
falar quando ela o interrompeu.

-Mas com uma condição.

-Qual? –curioso, franziu a testa.

-Que nós não esperemos algum tempo para termos filhos. –sorriu trêmula na direção dele.
Pegou a mão livre dele e levou-a até seu ventre plano. –Porque já tem um aqui
dentro. –murmurou olhando-o nos olhos.

Christopher ofegou surpreso.

-Está falando sério?

Ela assentiu com lágrimas molhando seu rosto.

-Eu te amo. –ele sussurrou encostando sua testa na dela.

Dulce riu entre o choro.

-Também te amo.

Christopher a beijou na testa e em seguida colocou o anel
em seu dedo, Dulce observava a tudo emocionada. Eles se abraçaram com força e
acabaram tombando no tapete, Christopher a beijou com carinho, cheio de amor.

x______x

Quinta feira, 17
de Junho de 2010.

Acomodada no sofá da sala, Sarah (https://picasaweb.google.com/lh/photo/x_d90ZW8PiVUpsxbiqX_RA?feat=directlink)
cumpria mais um dia de repouso. Ela estava quase no dormindo quando o telefone
tocou, assustando-a.

-Alô? –atendeu.

-Sarah? Sou eu,
Christopher.

-Chris! –animou-se. –Tudo bem?

-Estou ótimo e você
hein? Fiquei sabendo que você entrou em trabalho de parto antes da hora.

-Pra você ver o que o estresse faz com a pessoa, mas
estou de repouso e se Deus quiser, a minha gatinha fica aqui mais uma semana.

-Assim que nascer é
pra me avisar hein? –ele riu. –Faço questão de ir até aí conhecer a minha
afilhada.

-Espero que venha mesmo, tem tempos que você não me
visita. Mas me conta agora, como está sendo a vida no México?

-Estou nas nuvens.
–riu. –E você não vai acreditar.

-O que você andou aprontando Uckermann?

-Pedi a Dul em
casamento e...Vou ser papai. –anunciou cheio de orgulho.

-Jura? Não acredito! De quanto tempo ela está?

-Um mês e meio.
Acho que nunca estive tão feliz. –confessou.

-Posso imaginar querido, você sempre sonhou em ter
filhos. Parabéns pelo casamento sim?

-Obrigado. –bateram
na porta de seu escritório. –Sarah preciso desligar agora porque o dever me
chama, mas prometo que te ligo logo e qualquer novidade sobre a minha afilhada,
liga hein? Não importa a hora.

-Pode deixar padrinho babão.

-Amo vocês. Beijos
lindona.

-Beijos. –desligou com um sorriso distraído nos lábios.
–Ei bebê! O Dindo acabou de ligar para saber de nós não é legal? –acariciou a
barriga fazendo voz de bebê. –Ele prometeu que vai vir aqui quando você nascer
e eu tenho certeza de que você vai adorá-lo, ele é de… –interrompeu-se com
sentir uma dor forte na parte baixa de seu frente. Fechou os olhos controlando
a respiração enquanto a contração não passava e quando esta passou, Sarah
voltou a pegar o telefone, discando. –Mauro? … Você já está chegando? … Não se
desespere sim? Mas acho que estou em trabalho de parto e dessa vez é pra valer.
–arregalou os olhos e baixou os mesmos, encontrando-se molhada entre as pernas.

x______x

Deitada em uma maca ginecológica no consultório de
Marichelo, usando apenas uma camisola hospitalar, Dulce esperava por Marichelo
para fazer o primeiro exame de seu pré-natal.

-Pronta para começarmos? –Marichelo entrou.

Ela respirou fundo, assentindo.

-Ok, senti hesitação. –sentou-se em sua cadeira aos pés
de Dulce. –Quer conversar antes de começarmos?

-Tenho uma dúvida. –Dulce sentou-se encarando a mulher
com a expressão séria. –É perigoso eu ter engravidado tão pouco tempo depois de
ter perdido o outro bebê?

-Vou ser totalmente honesta com você Dulce, pode ser
arriscado sim. Você perdeu o bebê em Março e agora está grávida de novo, seu
útero está muito fragilizado pela perda. Quando você sofreu o aborto, nós
conversamos sobre isso e eu pedi a você que esperasse seis meses para tentar de
novo.

-Eu me lembro dessa conversa e é por isso que estou tão
preocupada. Tenho medo de perder esse bebê também.

Marichelo lhe sorriu de leve, compreensiva.

-Não pense nessas coisas. –aconselhou. –Mantenha o
pensamento positivo ok? Vamos ter um cuidado redobrado com vocês e vai dar tudo
certo. –prometeu, piscando.

Dulce assentiu sentindo-se mais segura. Tinha um pequeno
sorriso nos lábios.

-Vamos começar. –voltou a deitar-se. –Quero conhecer o
meu bebê.

-Assim que eu gosto. –Marichelo riu, cobrindo as pernas
de Dulce com um lençol e acomodando-as na posição correta.

x______x

-Isso querida, continue respirando. –mantendo uma das
mãos de Sarah nas suas, Mauro beijou-a na testa.

-Oh meu Deus! –Sarah cerrou os olhos com força voltando a
empurrar.

-Isso Sarah, empurre dessa forma… Estamos quase lá! –o
médico a incentivava. –Agora respire bem fundo e quando vir a próxima
contração, nós…

-Eu preciso empurrar agora! –ela quase gritou puxando as
duas mãos de Mauro e empurrando com força, grudando seu queixo no colo.

-Oh, aqui está à princesa de vocês! –ergueu os olhos
animados para Sarah. –Mais um empurrão e nós conseguiremos ok? Coloque toda a
sua força Sarah!

-Estamos quase lá, meu amor. –Mauro afastou os fios loros
que grudavam no rosto suado dela. –Só mais um empurrão e finalmente vamos
realizar o nosso sonho de ter nossa filha. –sorriu na direção dela,
beijando-lhe as mãos.

Sarah assentiu com os olhos grudados no marido, lágrimas
molhavam seu rosto. Voltou a empurrar, utilizando de toda a força que lhe
restava e com um ultimo grito, ela tombou sobre a cama, respirando de forma
ofegante até que… Um choro fino e tão especial tomou conta do quarto.

-Ela está bem? –Sarah conseguiu murmurar sentindo-se
fraca, mas com os olhos avermelhados, presos à filha.

-Confirme você mesma. –sorrindo, a enfermeira
entregou-lhe a filha.

Sarah entregou-se as lágrimas ao recebê-la (https://picasaweb.google.com/lh/photo/7-X2V0FYBFw6_RWD8P_SjA?feat=directlink)
em seus braços.

-Bem vinda ao mundo Sophia. –sussurrou beijando a testa
da filha. Ergueu os olhos úmido para Mauro, que se mantinha em silêncio. –Vem
conhecer a sua filha. –chamou, com um enorme sorriso nascendo em seus lábios.

Sentindo os olhos úmidos, Mauro aproximou-se delas com um
sorriso que quase não lhe cabia no rosto. Cuidadoso, recebeu a filha em seus braços.

-Olá minha princesa. –sussurrou beijando a bochecha rosada
da menina. –Eu sou o seu papai. –piscou sentindo uma lágrima escorrer pelo canto
de seu olho.

Ainda chorando, Sarah voltou a recostar-se nos travesseiros,
observando emocionada, as duas pessoas mais importantes de sua vida.

x______x