Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

3° Capítulo: Parabéns e Adeus.

Terça-feira, 09 de
Março de 2010.

-Parabéns pra você, nessa data querida, muitas
felicidades, muitos anos de vida. Aeeeê! –Dulce e Anahí bateram palmas,
animadas.

-Não se esquece de fazer os três pedidos. –Anahí (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/bkCbt6KBhXESPTDT8Z8n8g?feat=directlink)
lembrou antes que Maite soprasse as velas.

Maite (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/G5fu5p5fuVEBX-pRjHe0vw?feat=directlink)
riu, mas pensou por um momento e após pensar em seus três desejos, assoprou as
vinte e quatro velinhas.

As amigas voltaram a bater palmas, rindo. Foram
interrompidas pelo celular (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/lPjraYeSGtXb8dxDILbM7A?feat=directlink)
de Maite, a morena o pegou. –É a Lice. –avisou atendendo e colocando no
viva-voz.

- Parabéns pra você, nessa data querida,
muitas felicidades, muitos anos de vida. Parabéns Mai! –ela cantou, animada.

-Não valeu, nós já cantamos essa. –Dulce (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/XoJuR9J0PhJboWtjsaUnUQ?feat=directlink,
http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/DRzlnzuC62_sz66cnNCYTg?feat=directlink)
brincou.

-Loucas! –Alice
riu. –Como estão todas?

-Ótimas. –Maite respondeu. –E Paris, como está?

-Paris está linda
como sempre, mas eu estou vivendo num mundo paralelo onde só existe a
felicidade.

-Que fofo. –as três falaram juntas, rindo em seguida.

-E meu sobrinho?

-O médico disse que
está perfeito. Depois mando uma foto da minha barriga pra vocês verem.

-Manda sim. Estamos morrendo de saudades. –Anahí
comentou.

-E eu de vocês. Não
vejo a hora de voltar pra casa.

-Nada disso. Aproveita esse um mês em Paris pra curtir
muito o maridão, porque quando você voltar, nós é que vamos curtir essa
barriga. –Maite falou.

-Amo você Mai. E
amo vocês duas também. –ela falou com Dulce e Anahí.

-E nós amamos você.

-Meninas, Poncho
mandou um beijo pra todas e pediu pra Dul dar um abraço bem aperto e beijo na
Liz.

-Pode deixar. –a ruiva concordou, rindo.

-Amorzinhos, agora
tenho que desligar. Telefonei mesmo só pra dar parabéns pra Mai. Beijinhos.

-Bye! –elas se despediram.

Naquele momento, o garçom chegou com três doses de
tequila.

-Vamos brindar! –Anahí estava animada. 

-O quê?-Maite perguntou.

-A você. –Dulce sorriu para a amiga. Ergueu seu copo. –Um
brinde em homenagem a nossa super amiga.

x______x

Segunda-feira, 15
de Março de 2010.

Alice estava deitada na maca, usando uma camisola de
hospital transpassada na frente, estava coberta até pouco abaixo do ventre por
um lençol, por causa da camisola que fora afastada para deixar o ventre à
vista.

-Estou nervosa. –Alice murmurou, mordendo o lábio
inferior.

-Está tudo bem, você vai ver. –Poncho a tranqüilizou, se
inclinando e beijando-a rapidamente nos lábios.

-Prontos para verem seu bebê? –a médica entrou na sala,
sorridente.

-Ansiosos. –Alice confessou.

-É nossa primeira ultra. –Poncho comentou.

-Fiquem tranqüilos. –ela piscou para eles, terminando de
passar o gel na barriga de Alice. Pegou o aparelho e o encostou no ventre. Após
alguns segundos a imagem surgiu na tela e aquele som mágico que invadiu a sala
de exames, ficaria para sempre guardado na mente de Alice.

-Aqui está o bebê de vocês.

Alice sorriu, emocionada.

-É forte. –Poncho murmurou, sentindo uma felicidade
desconhecida. –É lindo. –acrescentou, voltando a se curvar e beijar os lábios
da esposa.

x______x

Quinta-feira, 25 de
Março de 2010.

Lucas chegou em casa em seu horário habitual. Colocou a
pasta em cima do sofá e tirou a gravata, estranhando o silêncio dentro do
apartamento.

-Dul! –chamou, passando pelo corredor e parando no quarto
de Liz, não havia ninguém. –Dul! –voltou a chamar.

Parou na porta do quarto e a encontrou sentada na ponta
da cama.

-Te chamei, você não ouviu? –se aproximou, depositando um
beijo no topo da cabeça dela. –Onde está a Liz? –perguntou, indo em direção ao
closet.

Mas Dulce nada respondeu.

-Dulce? –ele parou, olhando-a. –Estou falando com você,
amor. –franziu a testa ao ver que ela não expressava reação nenhuma. –Dulce.
–voltou a chamar, se aproximando dela.

-Sofri um aborto. –ela sussurrou, erguendo os olhos
avermelhados para ele.

Lucas parou, as palavras dela lhe atingindo como um soco.

-Eu sofri um aborto e nem sabia que estava grávida. –ela
continuou o queixo trêmulo. Uma lágrima escorreu por sua bochecha.

-Dul… –começou, mas foi interrompido por ela.

-Vou embora hoje. –aquilo como outro soco par ele. –Já
arrumei minhas coisas e as da Liz. –novas lágrimas começaram a escorrer pelo
rosto dela.

-Meu amor. –ele se ajoelhou em frente a ela. –Não pode
agir assim, nós temos que conversar.

-CONVERSAR O QUÊ LUCAS? –ela gritou, assustando-o. –EU
NÃO QUERO MAIS CONVERSAR! NÃO AGUENTO MAIS CONVERSAR! –ergueu-se, andando de um
lado para o outro no quarto. –ESTOU FARTA! NÃO AGUENTO MAIS ISSO! –lágrimas
banhavam seu rosto.

-Dulce… –ele tentou se aproximar.

-NÃO ME TOCA! –ela se afastou dele. –NÃO QUERO QUE
COLOQUE AS MÃOS EM MIM!-levou uma mão até a barriga, a respiração ofegante.

-Dulce você precisa manter a calma. –ele tentava manter a
voz calma. Não podia perder o controle.

-NÃO QUERO TER CALMA! EU QUERO MORRER, NÃO ENTENDE ISSO?
PREFIRO MORRER DO QUE AGUENTAR ESSA MALDITA DOR ME SUFOCANDO! –se curvou, com
as mãos na barriga. Respirava com dificuldade, o choro e os soluços violentos
não facilitando as coisas.

Lucas se aproximou e não foi impedido. A abraçou.

-Eu não agüento mais. –ela sussurrou caindo num choro
forte e doloroso. –Não suporto mais isso. –as pernas dela amoleceram e só não
desabou porque Lucas a manteve.

-Eu estou aqui. –ele a beijou na cabeça, emocionado.

O tempo que ficaram ali, Dulce jamais poderia imaginar,
mas houve um momento em que a dor pareceu ceder dando lugar ao torpor. Já não
havia mais lágrimas para chorar, sentia-se vazia por dentro.

-Eu preciso ir ao banheiro. –ela sussurrou, sua voz
soando estranha até para seus próprios ouvidos.

{Música de Fundo: http://www.youtube.com/watch?v=5kb4CpijhHM}

-Dul… –ele começou, mas ela o interrompeu.

-Preciso ficar sozinha. –sussurrou, soltando-se dos
braços dele. Entrou no banheiro antes que Lucas a impedisse, trancando a porta.

Eu estava sentando no degrau da minha porta

Eu desliguei o telefone e ele caiu da minha mão

Mas eu sabia que teria que fazer isso

E que ele não compreenderia♫

Encostou-se na mesma, cobrindo os lábios com as mãos para
impedir que ele ouvisse seus soluços. Sem forças, ela escorregou até o chão. Pegou
o celular (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/yfSDHg17ro0jyNexcPfxlQ?feat=directlink)
dentro do bolso da blusa de moletom (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/owE0KhqZZPJTFxpW273jNg?feat=directlink)
e ligou para um dos números da discagem rápida. No segundo toque, a pessoa
atendeu.

-Mai? –sua voz tremeu. Cobriu os olhos com a mão, se
controlando para não chorar. Houve uma batida na porta. –Pode vir me buscar?

Tão difícil me ver sem ele,

Eu senti um pedaço do meu coração se partir,

Mas quando você está em uma encruzilhada,

Existe uma escolha que você deverá fazer♫

-DULCE ABRE ESSA PORTA!

-Tem certeza amiga?

-Acabou Mai. –a voz dela falhou. –Acabou.

Eu acho que será preciso machucar

Eu acho que eu tenho que chorar

E abrir mão de coisas que amei

Pra chegar ao outro lado♫

-Chego aí em quinze
minutos.

-DULCE!

-Obrigada. –ela sussurrou, desligando.

Eu acho que isso irá me derrubar

Como uma queda quando você tenta voar

É triste, mas às vezes seguir em frente com o resto da
sua vida

Começa com um adeus♫

-Acabou Lucas. –murmurou, sabendo que ele a ouvia. Tombou
a cabeça para trás, sentindo novas lágrimas molharem seu rosto.

-Não pode fazer isso comigo. –ele murmurou, sentindo
lágrimas molharem seu rosto. –NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO! –deu um murro na
porta, assustando-a.

x______x