Fanfics Brasil - 34° Capítulo .~Uma Chance para Recomeçar

Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar


Capítulo: 34° Capítulo

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34° Capítulo: Sempre e quase Sempre.


 


Sábado, 21 de Agosto de 2010.


 


-Pode abrir os olhos. –Bárbara (https://picasaweb.google.com/lh/photo/4VdT4o3a-oZKm_wtttr6vg?feat=directlink) murmurou parada ao lado da amiga.


Sentada em uma confortável cadeira em frente a um enorme espelho, Dulce (https://picasaweb.google.com/lh/photo/faZYNCKymLLNPksDPSXEdg?feat=directlink) obedeceu e abriu os olhos.


-Oh meu Deus! –exclamou vendo seu reflexo. –A maquiagem ficou perfeita.


-Ai eu vou chorar! –Mariana (https://picasaweb.google.com/lh/photo/8H9_ldMdbGwzi_3ft3fh3g?feat=directlink) enxugou o canto dos olhos com um lenço de papel.


As outras riram.


-Sem lágrimas se não eu choro também. –Dulce avisou com um sorriso.


-Mãe. –Liz se aproximou naquele momento, sua expressão estava estranhamente séria. –Eu desisto.


-Como assim? –franziu a testa preocupando-se.


Infeliz, a menina indicou o próprio cabelo.


-Meu cabelo não quer ficar cacheado! –reclamou.


-Oh meu bebê! –voltou a rir puxando a filha para seu colo. –Seu cabelo é muito liso. –explicou beijando-a na ponta do nariz. –E não se preocupe, está absolutamente linda assim. –assegurou.


-Você também está linda. –a pequena murmurou tocando com a ponta dos dedos o rosto bem maquiado da mãe.


-Obrigada amor. –emocionou-se a beijando na testa.


 


x______x


 


-Certeza de que não quer mesmo ir? –Lucas insistiu olhando Mônica (https://picasaweb.google.com/lh/photo/STNoB5U6fanOZY4vAEba9w?feat=directlink).


Sentada na enorme cama de casal, ela balançou a cabeça.


-Adoraria ir, de verdade. Mas o Christian estará lá com a noiva e não quero causar qualquer tipo de constrangimento. Já falei com a Dul e expliquei a situação, ela me perdoou. –piscou com um sorrisinho.


-Acho que a Isabella nem sabe sobre você. –comentou terminando de fechar os botões da camisa social.


-E espero que continue assim. –franziu a testa lembrando-se de algo. –E a sua namorada? Não devia estar aqui?


Lucas balançou a cabeça terminando de ajeitar a gravata.


-Vou buscá-la daqui a pouco. Estamos meio brigados, mas ficaria chato não levá-la.


-Com certeza. Espera um pouco, sua gravata está torta. –ergueu-se indo até ele. Ajeitou a peça e se afastou, assentiu em aprovação. –E então, como se sente sabendo com sua ex está prestes a se casar? –perguntou suave voltando a se sentar sobre o colchão.


-Apesar de ter ouvido nos últimos sete anos como deveria ser o meu casamento com a Dul, fico feliz por ela estar casando com o Uckermann. –comentou sincero. -Ele é um cara legal e respeitador, e sei que vai cuidar da Liz também. Isso é o que importa.


-Uau! Isso que é saber lidar com a dor de cotovelo. –brincou com a diversão na voz.


Lucas observou-a por um momento e então, tombou a cabeça para trás gargalhando.


 


x______x


 


Em frente ao espelho, Christopher avaliou sua aparência mais uma vez.


-Tranqüilo Christopher, você só vai se casar. –murmurou. –Já fez isso uma vez então não tem porque ficar assim... –interrompeu-se fazendo uma careta. Respirou fundo e serviu-se mais uma vez de água, andando de um lado para o outro.


Bateram na porta e apressou-se em abri-la.


-Oi. –Sarah (https://picasaweb.google.com/lh/photo/g3mkIBQ0UqTOc3MHUGILPg?feat=directlink) sorriu-lhe entrando no quarto. –Pronto?


Ele balançou a cabeça caindo sentado sobre o colchão.


-Acho que vou vomitar. –sussurrou respirando fundo.


-Por Deus Christopher! –riu alto.


-É sério! Parece que meu estomago vai sair pela boca a qualquer momento. –escondeu o rosto com as mãos.


Ela sentou-se ao lado dele tocando-o no ombro.


-É só nervoso. –o tranqüilizou. Segurava-se para não cair na gargalhada. 


Tirando as mãos do rosto, encarou-a com a testa franzida.


-Já me casei antes! Não era para estar tendo um ataque!


Não agüentando Sarah voltou a rir.


-Isso não está ajudando Sarah. –resmungou.


-Desculpe. –mordeu o lábio, mas não agüentando voltou a rir novamente.


Com uma careta ele ergueu-se voltando a andar pelo quarto.


-Não me leve a mal. –ela pediu esforçando-se para parar de rir. –É só que é cômico ver um homem grande como você quase quicando por aí de tanta ansiedade.


-Que bom que te divirto. –voltou a resmungar. De repente parou de andar e virou-se para a amiga. –E se a Dulce desistir? –voltou a franzir a testa. –Se pensar que é cedo demais para nos casarmos? Diabos, estamos juntos só há quatro meses!


-Christopher Alexander! -ela brigou erguendo-se e se aproximando. –Dulce não vai desistir, falei com a irmã dela a pouco e me disse que está fabulosa. –sorriu. –Muito nervosa e que estão tendo muito trabalho para evitar que ela tenha um ataque. –riu de leve.


Ele sorriu também.                                                                                                                                                           


-Eu a amo. –murmurou.


-Eu sei. –assentiu piscando. –E tenho certeza que ela o ama também.


Respirando fundo mais uma vez, Christopher assentiu. Abraçou Sarah e beijou-lhe os fios louros.


-A propósito, está linda. –murmurou.


Ela riu se afastando.


-Obrigada.


 


x______x


 


-Maite sai daí! –Anahí (https://picasaweb.google.com/lh/photo/Crefglc34XVD6rdx1ILMmA?feat=directlink) voltou a chamar batendo na porta do banheiro.


-Está tudo bem? –o rosto de Alexandre apareceu na porta do quarto, tinha a testa franzida.


-Ela não quer sair do banheiro. –respirou fundo e voltou a bater. –Mai, você está linda não precisa ficar com vergonha. –falou com mais calma.


-Annie eu não sei se vou conseguir! –a voz abafada veio de dentro do banheiro.


-Claro que vai. Você está linda e eu gorda. –brincou.


Os irmãos puderam ouvir a risada de Maite.


-Vamos Mai! –Alexandre a incentivou. –Estou ansioso para ver o quanto sou sortudo por ir com duas lindas mulheres.


-Odeio vocês. –ouviram-na resmungar.


No momento seguinte a porta se abriu e por um momento, Alexandre teve que se lembrar de respirar.


-Uau! –exclamou boquiaberto.


-Estou ridícula não estou? –Maite (https://picasaweb.google.com/lh/photo/3ATBcuf4tolDbi-oHP7GCg?feat=directlink) olhou-o com a testa franzida. –A peruca está muito artificial não é?


-Não fale besteiras. –sorrindo Anahí se aproximou da amiga. –Está belíssima. –abraçou-a pelos ombros. –Não está? –olhou o irmão.


-Com toda a certeza. –piscou balançando a cabeça. –As duas estão.


Após um momento olhando Alexandre, Maite sorriu.


-Também não está nada mal. –brincou com ele.


Com uma risadinha, ele acenou em agradecimento.


-Agradeço o elogio.


Anahí balançou a cabeça rindo dos dois. Afastou-se da amiga, indo pegar sua bolsa (https://picasaweb.google.com/lh/photo/YITzfEgyHys7IkQWCMIj4A?feat=directlink) e a de Maite (https://picasaweb.google.com/lh/photo/bOnaV6qgM2zQHYMgrAbL4A?feat=directlink).


-Agora vamos se não iremos nos atrasar. –chamou-os saindo do quarto.


 


x______x


 


-Pronto? –Alexandra sorriu ao filho.


Respirando fundo, ele assentiu oferecendo o braço a ela. As imensas portas se abriram (https://picasaweb.google.com/lh/photo/l0C824KWye_8EIVVsgkjSw?feat=directlink) e rostos sorridentes viraram-se em sua direção. Mãe e filho seguiram pelo tapete vermelho, parando junto ao altar. Seu pai entrou em seguida de braços dados com Blanca, logo entraram Pedro e Sarah sendo seguidos por Poncho e Maite, Christian e Bárbara e por ultimo, Alexandre e Anahí. Os oito ocuparam seus lugares como padrinhos e testemunhas. Alguns minutos se passaram até que os cantores lentamente parassem de cantar e mais alguns minutos de silêncio se seguiram até que a música “Ave Maria” se iniciou baixa e suave ao mesmo tempo em que as portas voltavam a se abrir.  Liz surgiu primeiro, sorridente e corada, carregando nas mãos um delicado buque onde repousavam as alianças de ouro (https://picasaweb.google.com/lh/photo/-H6foQTlBSH1iqxynV-bkw?feat=directlink), a canção foi ganhando intensidade à medida que Liz foi avançando e quando a menina já estava na metade do corredor, Fernando e Dulce (https://picasaweb.google.com/lh/photo/FEf9svbY1Ee7CVE6aeB4aQ?feat=directlink, https://picasaweb.google.com/lh/photo/bwVATCP08AJ4-Tx07CeLOA?feat=directlink) surgiram. Ela sorria com os lábios e com os olhos, irradiando felicidade e mostrando aos 100 convidados o quanto estava feliz.


-Oh Deus! –Christopher sussurrou sem fôlego.


De braços dados com o pai, Dulce sorria aos convidados agradecendo com leves acenos pela presença e os votos de felicidade. Entre todos aqueles rostos viu Lucas e uma lágrima escapou quando ele lhe acenou com um sorriso, percebeu que ele tinha os olhos cristalinos. Viu também a irmã e uma nova lágrima escapou ao ver como ela já chorava. Por fim, olhou na direção do altar e precisou morder o lábio inferior para conter o choro que ameaçou sair. Christopher a esperava pouco antes dos degraus e lhe sorria abertamente, seus olhos brilhavam de puro orgulho e felicidade. Sabia que os outros estavam logo atrás, mas já não via nada. As lágrimas embaçavam sua visão e tudo o que conseguia enxergar era o rosto dele. Por fim chegaram em frente ao altar e sem quebrar o contato visual que os unia, Fernando pegou a mão da filha na sua entregando-a a Christopher.


-Faça-a feliz. –sussurrou para o homem mais jovem. Emocionado, virou-se beijando a filha no rosto e se afastou indo sentar-se ao lado da esposa no primeiro banco.


-Nunca a vi tão linda. –Christopher lhe sussurrou inclinando-se para beijar-lhe a testa.


-Não consigo respirar. –ela sussurrou de volta com mais lágrimas molhando seu rosto.


De braços dados, subiram os cinco degraus e Dulce entregou seu buque a Maite. Viraram-se um de frente para o outro e uniram as mãos.


-Estamos aqui reunidos para unir em sagrado matrimonio este homem e esta mulher. –o padre iniciou a cerimônia.


-Eu te amo. –ele disse mexendo apenas os lábios, sem emitir nenhum som.


-Eu te amo. –ela o imitou voltando a lhe sorrir.


O padre César, o mesmo padre que casara Fernando e Blanca assim como Poncho e Alice, prosseguiu com a cerimônia emocionando a todos com suas palavras.


-Christopher Alexander Casillas von Uckermann, aceita Dulce María Herrera Saviñón como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, prometendo ser-lhe fiel durante todos os dias de sua vida?


 -Aceito. –a voz dele soou clara e firme.


-Dulce María Herrera Saviñón, aceita Christopher Alexander Casillas von Uckermann como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, prometendo ser-lhe fiel durante todos os dias de sua vida?


-Aceito. –sua voz saiu clara, mas um pouco rouca pelo choro contido.


-As alianças. –pediu o padre.


Com um imenso sorriso e com os olhos cristalinos, Liz se aproximou com as alianças recebendo um beijo da mãe e de Christopher. Após a benção do padre, Christopher segurou a mão esquerda de Dulce na sua e trêmulo, colocou a aliança de ouro no dedo anelar dela enquanto falava:


-Eu, Christopher Alexander, te entrego essa aliança como prova do meu amor e da minha fidelidade. E prometo te amar pelo resto dos meus dias. –terminou de colocar aliança no dedo dela e inclinou-se a beijando ternamente onde acabara de unir a aliança de casamento ao anel de noivado.  


Trêmula e com o rosto molhado pelas lágrimas, Dulce pegou a aliança maior e segurou a mão esquerda dele.


-Eu, Dulce María, te entrego essa aliança como prova do meu amor e da minha fidelidade. –sua voz falhou. Respirou fundo sentindo novas lágrimas escaparem de seus olhos. –E prometo te amar pelo resto dos meus dias. –terminou de colocar a aliança no dedo dele e repetiu o ato de Christopher, beijando onde acabara de colocar a aliança.


Houve também o casamento no civil e após as assinaturas de Christopher e Dulce, Pedro e Sarah assinaram como testemunhas de Christopher enquanto Alexandre e Anahí assinaram como testemunhas de Dulce.


-Eu os declaro marido e mulher, porque o que Deus uniu o homem não separa. –o padre sorriu ao casal. –Pode beijar a noiva.


Os aplausos foram altos e eufóricos quando o casal se uniu num beijo apaixonado.


 


x______x


 


A recepção acontecia em um salão de festas badalado e logo após a chegada dos convidados, champanhe e outras bebidas foram servidos.


-Foi tão lindo. –Mariana comentou com Maite e Anahí, enxugando os olhos.


 -Nem me fala. Vim retocando a maquiagem no carro. –Anahí riu.


-Sou a prova disso. –Maite também riu.


-Olha a fofoca! –Lucas se aproximou risonho. Estava de mãos dadas com María (https://picasaweb.google.com/lh/photo/gh9b3sDve5SayeLoIzMHog?feat=directlink).


Elas riram enquanto Anahí mostrava a língua para ele.


-Não estávamos fofocando, estávamos comentando como o casamento foi lindo.


Lucas abriu a boca para responder, mas foi impedido pela chegada de Christian e Isabella (https://picasaweb.google.com/lh/photo/dlLjIXtR2Ir8j6BkNVCiHA?feat=directlink).


-Sabia que a gangue estava reunida. –brincalhão, chegou junto dos amigos.


-Fala aí cara. –os homens se cumprimentaram.


As mulheres também se cumprimentaram.


-Vocês estão lindas. –Isabella sorriu-lhes.


-Obrigada, mas você hein? –Mariana ergueu uma sobrancelha. –Gatona, toda sexy.


Isabella riu, um pouco sem graça.


-Obrigada.


-Aproveitando que vocês estão falando de roupa. –Lucas virou-se para Anahí com a testa franzida. –Como você coube nesse vestido?


Maite gargalhou alto com a careta que a amiga fez.


-O que quer dizer com isso Lucas Scott? –ela apertou os olhos, apesar da pose ameaçadora um sorrisinho brincava em seus lábios.


-Não estou falando por mau, juro. –esclareceu. –É só que... Não parece vestido de grávida.


-E não é querido. –ela piscou suavizando a expressão. –Graças a Bárbara estou usando um vestido de corte normal, mas que foi acrescentado mais pano na saia para não ficar desproporcional com a minha barriga. –apontou para o ventre.


-Entendi. –ele assentiu. –Ficou lindona. –inclinou-se a beijando no cabelo.


-Ai de você se dissesse o contrario. –riu.


Os outros riram também. Naquele momento uma movimentação se fez no salão e todos se viraram para ver, no instante seguinte as enormes portas duplas se abriram e Christopher e Dulce (https://picasaweb.google.com/lh/photo/1aPP-DPnWBtSco0UqvOfKg?feat=directlink, https://picasaweb.google.com/lh/photo/CTCk5vKR9fGYq1fJimMLbg?feat=directlink) surgiram de mãos dadas e sorridentes. Foram recebidos por uma salva de palmas intensa e animada.


-Ai meu ouvido. –Maite riu quando Lucas assobiou ao seu lado.


Acompanhando o amigo, Christian também assobiou alto causando uma gargalhada em Isabella.


Logo Christopher e Dulce foram cercados por beijos, abraços e inúmeras felicitações.


-Aêeee. –Anahí comemorou se adiantando para abraçar a amiga.


Maite também se adiantou e as duas envolveram Dulce num abraço triplo.


-Nossa gatinha agora é uma senhora. –Maite brincou se afastando.


-Boba! –riu. –Estou tão feliz. –suspirou.


-Acho que até um cego é capaz de perceber isso amiga. –Anahí afastou uma mexa de cabelo do rosto e dando uma olhada por cima do ombro, viu que uma pequena fila se fazia logo atrás de si. Voltou para a Dulce. –Amiga nós vamos andando, mas depois nos reunimos para falar mais. –piscou.


Após mais um abraço triplo, as duas se afastaram. Mais pessoas se aproximaram, abraçando e beijando os noivos.


-Parabéns cara. –Christian cumprimentou Christopher. –Espero que você e a ruiva sejam muito felizes.


-Obrigado. –respirou fundo. –Não posso imaginar felicidade maior do que estou sentindo agora.


Os dois homens se abraçaram mais uma vez e Christian virou-se para cumprimentar a amiga enquanto Isabella se aproximou para cumprimentar Christopher.


-Minha ruiva! –ele abraçou Dulce com força tirando alguns poucos centímetros do chão. –Estou tão feliz por você. –murmurou-lhe no ouvido.


-Obrigada. –ela beijou-lhe o rosto limpando em seguida a marca de batom deixada.


Christian e Isabella se afastaram e então Lucas se aproximou de mãos dadas com María.


-Parabéns. –Lucas cumprimentou-o com um abraço. –Faça-a feliz, ela merece isso. –sussurrou antes de se afastar.


Christopher assentiu com um sorriso.


-Pode deixar. E obrigado.


Lucas também assentiu.


-Meus parabéns. –María se aproximou de Christopher, cumprimentando-o com um abraço.


Enquanto eles se falavam, Lucas se aproximou de Dulce.


-Ei gatinha, meus parabéns. –com um sorriso imenso nos lábios, ele a abraçou com força. –Estou muito orgulhoso de você.


-Obrigada Luke. Muito obrigada. –afastaram-se. –É muito importante ter você aqui hoje.


-E jamais seria diferente. –ele assegurou inclinando-se para beijá-la na testa.


Sentindo-se emocionada, Dulce cumprimentou María.


Os cumprimentos seguiram-se por mais algum tempo e quando todos já haviam transmitido seus votos de felicidade ao casal, o jantar foi anunciado. Os convidados se acomodaram e a refeição transcorreu com calma, agradando a todos. Depois de servida a sobremesa, os garçons voltaram a circular com as bandejas contendo os mais variados tipos de bebidas.


-Me concede a honra Sra. Uckermann? –Christopher murmurou no ouvido da esposa abraçando-a por trás.


Sorrindo, Dulce virou-se de frente para ele aproximando seus rostos.


-Sempre Sr. Uckermann. –beijou-o de leve.


Seguiram de mãos dadas até o centro da pista de danças ao mesmo tempo em que as luzes diminuíam envolvendo o salão de festas com um ar de mistério e sensualidade.


{Música de Fundo: http://youtu.be/cZatAonejoI}


 


Sabe, não peço nada mais


que estar entre seus braços


e fugir de todo mal


que tudo há renunciado


por estar junto a ti


 


Ele passou os braços ao redor da cintura fina enquanto Dulce o abraçava pelo pescoço. Ela apoiou o rosto no ombro dele enquanto Christopher aproximou o rosto dos fios soltos e aspirou com um suspiro o doce aroma do xampu dela.


-Está feliz? –murmurou junto ao ouvido beijando-lhe a orelha em seguida.


Com um sorriso tranqüilo nos lábios, Dulce suspirou fechando os olhos.


-Como nunca estive na vida. –sussurrou. Virou o rosto e beijou-o de leve no pescoço. –E você, está feliz?


-Como nunca estive na vida. –repetiu também aos sussurros.


 


Sabe, não deixo de pensar


que estou apaixonado


 


Numa atitude aparentemente inocente, Pedro parou ao lado de Mariana, tinha os braços cruzados e os olhos no casal que dançava na pista enquanto ela tinha as mãos juntas em frente ao corpo e também observava o casal.


 


te quero confessar


que sou só um escravo


que não sabe viver sem ti


 


-Precisamos conversar. –ele murmurou de repente olhando-a pelo canto do olho.


Pega de surpresa, ela o olhou com os olhos arregalados.


-O quê?


-Agora não dá pra falar muito, mas não posso deixar que você vá embora... assim. –franziu a testa com a última palavra. Olhou-a e com um aceno se afastou.


Parada ao lado da mãe, Anna (https://picasaweb.google.com/lh/photo/HViqOguwkbKIM_m3LMBONQ?feat=directlink) franziu a testa seguindo o namorado com o olhar.


 


Quando tu chegaste


entrou dentro do meu ser


acendeu a luz


me encheu de fé


tanto tempo busquei


mas ao fim te encontrei


 


-Eles estão tão apaixonados. –Isabella murmurou observando os noivos com os olhos úmidos.


Abraçando-a por trás, Christian sorriu do comentário. Inclinou um pouco o rosto beijando-lhe o topo da cabeça.


-Acho que não tanto quanto nós. –sussurrou-lhe junto ao ouvido.


Ela riu de leve entrelaçando seus dedos junto a sua barriga, o anel de noivado reluzia em seu dedo.


 


tão perfeita


como te imaginei.


 


Christian riu também e beijou-a no ombro, mas de repente sentindo-se observado, ergueu os olhos e encontrou o olhar magoado de Maite.


 


Como agulha em um celeiro


te busquei sem cessar


Como as pegadas no mar


tão difícil de achar


Tanto tempo busquei


mas ao fim te encontrei


Tão perfeita


como te imaginei


 


No canto, Poncho tinha as mãos nos bolsos da calça social com os olhos presos a Anahí, que conversava com Gabriela (https://picasaweb.google.com/lh/photo/OlQbi_c4HHzo5Ddv_fsNhQ?feat=directlink) aos sussurros. Mas teve sua atenção desviada ao sentir o celular vibrando dentro do bolso, pegou-o e franziu a testa ao ver um numero desconhecido.


-Alô? –atendeu saindo pela porta de vidro que dava acesso ao jardim.


-Senhor Alfonso? –uma voz feminina perguntou cheia de ansiedade.


-Sim, sou eu. Quem está falando?


-Sou Lurdes, trabalho para o senhor e sua esposa... Quer dizer, ex-esposa. –corrigiu um pouco sem graça. –Desculpe estar telefonando, mas pediu que ligasse caso tivesse noticias da senhora Alice.


-Claro! Ela apareceu?


-Foi o que minha amiga disse. Ela trabalha na casa vizinha e me falou que a senhora voltou para casa. –apressou-se em se explicar.


-Oh meu Deus! –respirou aliviado. –Muito obrigado Lurdes, de verdade.


-Imagine senhor Alfonso, fico feliz em poder ajudar.


-Mesmo assim, obrigado mais uma vez. Estou indo para lá agora mesmo.


-Boa sorte.


A ligação foi cortada e Poncho apressou-se em voltar para o interior do salão. Avistou o pai não muito longe e se aproximou.


-Pai preciso que me faça um favor.


Estranhando a expressão no rosto do filho, Fernando assentiu.


-Claro, do que precisa?


-Acabaram de me avisar que a Alice voltou, preciso ir até lá agora. Peça desculpas pra Dul e pro Chris por mim.


-Claro! Claro! –tocou-o no ombro em apoio. –Vou falar com sua irmã e tenho certeza que ela vai entender, agora vá atrás dela e veja se está bem. Aquela louca estava desaparecida!


-Pode deixar. –com um ultimo olhar para o pai, saiu apressado atraindo os olhares de algumas pessoas inclusive o de Anahí.


 


x______x


 


O táxi parou em frente ao salão de festas e Lauren (https://picasaweb.google.com/lh/photo/lm3vO2fcsfonnYTqC1ePvA?feat=directlink) desceu do automóvel com a ajuda de um funcionário.


-Seu convite, por favor. –uma mulher jovem de boa aparência e com a voz educada, sorriu-lhe com gentileza.


Lauren retribuiu ao sorriso com certa falsidade.


-Sei que você já ter ouvido muito isso. –afastou a franja dos olhos. –Mas tive um incidente e acabei perdendo meu convite. –esforçava-se para manter sua voz o mais leve possível.


-Lamento senhora, mas só pode entrar quem tem convite.


-Que embaraçoso! –fingiu-se de envergonhada. –Mas certamente você tem uma lista de convidados. –tentou mordendo o canto do lábio inferior.


-Claro. –assentiu esforçando-se para não respirar fundo. –Seu nome, por favor.


-Lauren Evans.


A jovem checou a lista.


-Lamento, mas seu nome não está aqui.


Abusando de capacidade para atuação, Lauren levou uma mão até o peito fingindo surpresa.


-Isso... Isso é impossível! –sua expressão era chocada. –Sua amiga intima da família Uckermann, deve estar havendo um erro. Preciso falar com Christopher sobre isso. –e fez menção de passar, mas a mulher apressou-se em bloquear sua passagem.


-Sinto muito senhora, mas só pode entrar quem foi convidado. –enfatizou as ultimas palavras.


-O que está acontecendo aqui? –sério e com a testa franzida, Poncho aproximou-se.


-Senhor Saviñón. –a mulher voltou-se para ele. –Esta senhora insiste em entrar, mas seu nome não está constando na lista e a senhora Uckermann me deu ordens expressas para não deixar entrar ninguém que não seja convidado. –explicou.


Poncho assentiu com os olhos presos a Lauren.


-Fez muito bem em não deixá-la entrar. Agora, por favor, chame um táxi. A senhorita já vai embora. –acrescentou com uma ponta de ironia na voz.


Furiosa, Lauren o fuzilou com o olhar.


-Só pode estar louco se acha que vou embora assim tão fácil! Tenho direito de estar nesta festa!


-Só se for nos seus sonhos. Esta é a festa de casamento da minha irmã e do Christopher, não um circo onde pode fazer os seus escândalos. –debochou.


-Não tem o direito de falar assim comigo. –ela sibilou entre dentes.


-Ah! Eu tenho sim. –assentiu com um sorrisinho aparecendo no canto de seus lábios. –Te respeitei enquanto foi esposa do meu amigo, mas agora você está querendo atrapalhar a felicidade da minha irmã e não pretendo deixar que isso aconteça. –a ameaça era clara em sua voz.


-Ele ainda é meu marido.


-Acho que está perdida no tempo querida. Você e o Christopher estão divorciados a mais de seis meses.


-Não vou permitir que ele seja feliz ao lado dela. –seus olhos brilhavam pela fúria reprimida.


A expressão dele voltou a endurecer. Aproximou-se dela quase encostando seus corpos e Lauren quase recuou diante da ameaça nítida nos olhos e gestos dele.


-Tenta. –Poncho sussurrou.


Eles permaneceram na mesma posição encarando-se com fúria até que a mulher, que se mantivera em silêncio até aquele momento, pigarreou.


-O táxi chegou.


Sem tirar os olhos dela, ele foi até o automóvel e abriu a porta de trás.


-Não vou entrar nesse carro Alfonso. –Lauren avisou teimosa.


Ele ergueu uma sobrancelha.


-Se não entrar, te jogo dentro dele. –avisou.


-Não teria coragem. –balançou a cabeça sem acreditar.


-Está duvidando?


E Lauren soube que ele falava sério. De cabeça erguida e mantendo-se tão orgulhosa quanto pôde, passou por ele e entrou no carro. Poncho bateu a porta em seguida, mas inclinou-se na janela ainda aberta.  


-Um conselho? Deixa o país e volta pra sua vidinha fútil e vazia. –piscou afastando-se em seguida.


Lauren engoliu em seco sentindo suas bochechas esquentarem de raiva e frustração.


-Podemos ir. –murmurou para o motorista.


Quando o táxi sumiu de seu campo de visão, Poncho voltou para a outra mulher.


-Peça para que tragam meu carro.


 


x______x


 


Parado num canto, Christopher tinha uma visão completa do salão de festas. Bebia uma taça de champanhe enquanto observava seus amigos e os amigos de sua esposa, a maioria estava na pista de dança enquanto alguns conversavam em grupos pequenos, rindo e bebendo. Um sorriso se formou em seus lábios ao avistar Dulce conversando com Alexandra, Bárbara e Isabella. Era um homem de sorte, reconheceu com satisfação.


-Se escondendo? –Lily (https://picasaweb.google.com/lh/photo/e67uGYixs8Fii1-2INT-Cw?feat=directlink) parou ao lado dele.


Christopher piscou, franzindo a testa pelo pensamento interrompido. Olhou-a.


-Não. –deu mais um gole no champanhe desviando os olhos da mulher ao seu lado. –Estava apenas observando e pensando em como sou sortudo. –sorriu de canto voltando a focalizar o olhar na esposa.


Lily seguiu o olhar dele e bebeu o resto de champanhe na taça num só gole.


-Sabe, você é corajoso. –comentou deixando a taça de lado.


-Como assim? –voltou a franzir a testa sem entender.


Lily balançou os ombros afastando os fios cacheados do rosto.


-Por se casar tão cedo. Digo, você e a Dulce estão a pouquíssimo tempo juntos e ela tem uma filha, espero que não se arrependa daqui algum tempo.


Christopher voltou os olhos para a mulher ao seu lado, sua expressão ficando séria.


-Qual é o seu problema? Por que não pode simplesmente agir como os outros e nos dar os parabéns? E por que implica tanto com o fato de a Dulce ter uma filha? –sua voz soou mais rude do que pretendia.


Lily arregalou os olhos, surpresa pelo ataque repentino. Antes que pudesse falar qualquer coisa, Lucas apareceu ao seu lado.


-Christopher a Liz está te chamando. –avisou.


Ele assentiu e logo se afastou. Com a expressão fechada, Lucas voltou-se para a irmã.


-Pode parar com isso! –murmurou entre dentes.


Desviando o olhar dele, ela voltou a afastar o cabelo do rosto.


-Não sei do que está falando. –balançou os ombros sorrindo para alguns conhecidos que a olhavam.


Com raiva, agarrou-a pelo braço fazendo com que ela o olhasse.


-Está com raiva porque ele sequer te olha, porque ele não caiu aos seus pés como um idiota. –acusou apertando os dedos com mais força sem perceber.  


-Você está me machucando. –ela sussurrou furiosa.


No mesmo instante Lucas afrouxou os dedos, mas não a soltou.


-Não vou permitir que atrapalhe o casamento deles só porque seu ego está machucado. Você deve muita coisa a Dulce e sabe disso.


-Não tem o direito de falar comigo assim, sou sua irmã. E não sei por que os está defendendo, ela te deixou para ficar em ele.


-Cuidado com suas palavras. E cuidado com seus atos também porque assim como te deu trabalho, a Dulce pode te deixar sem. –soltou-a. –Seja inteligente irmãzinha. –murmurou a ultima palavra com ironia afastando-se em seguida. 


Respirando fundo para se recompor, Lily aceitou a taça de champanhe que o garçom lhe oferecia.


 


x______x


 


Numa sala reservada onde à música alta não incomodava os ouvidos sensíveis de Sophia, Sarah dava de mamar a neném. Estava acomodada em um sofá confortável no canto quando a porta se abriu, ergueu os olhos avistando Anahí.


-Desculpe, não sabia que... –calou-se balançando a cabeça. –Volto depois. –virou-se para sair.


-Anahí. –Sarah a chamou.


A outra a olhou.


-Temos evitado uma à outra como se evita uma praga nos últimos dias. –balançou a cabeça. –Essa situação é ridícula.


-Tem razão. –assentiu voltando a fechar a porta. Acomodou-se numa poltrona vaga. –Estou exausta. –gemeu passando a mão pelo ventre volumoso.


Acomodando a filha em seus braços, Sarah observou o gesto.


-Está de quanto tempo? –perguntou sem conseguir se controlar.


Anahí a olhou.


-Quatro meses.  E sei o que está pensando, mas não se preocupe. Não é dele. –apressou-se em explicar, sorrindo de canto. Respirou fundo. –É uma produção independente.


-Mas ele sabe? –franziu a testa.


-Sabe. –assentiu com seu sorriso desmanchando-se com a lembrança de seu ultimo encontro com Mauro. –Pode te perguntar uma coisa? –perguntou após um momento de silêncio.


Sarah assentiu olhando brevemente a filha em seu seio e voltando a olhar Anahí.


-Nesses três anos, você nunca desconfiou? –endireitou-se afastando alguns fios encaracolados do rosto.


A outra respirou fundo precisando de alguns minutos para conseguir responder.


-Me sinto uma completa idiota por admitir, mas não. –murmurou com os olhos presos a filha quase adormecida em seus braços. –Claro que no começo eu achei estranho as viagens cada vez mais freqüentes ao México e quando encontrei ligações suas no telefone dele... –voltou a respirar fundo. –Mas o Mauro sempre me fez acreditar que era tudo trabalho. –voltou a erguer os olhos com um sorriso tristonho nos lábios. –E você? Nunca desconfiou?


-Achava estranho ele atender ao telefone sempre longe de mim e o tempo que ele passava em Londres. –voltou a correr a mão pelo ventre abrindo um sorriso igualmente tristonho. –Mas eu fui como você, sempre acreditei que era trabalho.


-Sabe, admito que cheguei a te odiar por destruir a minha família. –Sarah voltou a falar após um momento de silêncio. –Mas desde que a Sophia nasceu eu tenho repensado muitas coisas e agora que estou tendo a oportunidade de te conhecer melhor, percebo que nós duas fomos vitimas do egoísmo e da canalhice do Mauro.


Anahí assentiu em concordância acariciando, novamente sem perceber, o ventre. O silêncio voltou a cair sobre elas até Sophia começou a resmungar soltando-se do seio da mãe.


-Prontinho meu amor. –com a voz suave, Sarah limpou boquinha rosada com um paninho lilás sorrindo a bebê, que teimosa, resistia ao sono.


Voltando a sorrir, Anahí as observou.


-Ela é linda. –murmurou sincera.


Sarah retribuiu ao sorriso.                       


-Obrigada.


-Quer que eu a segure? –Anahí ofereceu vendo a outra deitar a pequena no sofá.


-Vou ficar muito agradecida. –Sarah voltou a erguer a filha e passou-a para os braços da outra.


-Tanto tempo que não seguro um bebê. –Anahí riu de leve. –Posso fazê-la arrotar?


-Por favor. –ergueu-se para fechar o zíper lateral do vestido.


Com cuidado e carinho, Anahí acomodou Sophia em seus braços de modo que a bebê ficou com o rosto apoiado em seu ombro enquanto com palmadinhas leves, ela se pôs a bater nas costas delicadas.


-Vai ser uma boa mãe. –Sarah não pôde evitar de comentar.


 


x______x


 


Poncho estacionou o carro (https://picasaweb.google.com/lh/photo/7FWrkOs7j7nLDVcBrt5hUA?feat=directlink) em frente à casa que um dia dividira com Alice. Com sua chave abriu o portão e seguiu pelo jardim fracamente iluminado, as luzes do segundo andar estavam acesas e agradeceu silenciosamente  por isso.  Parou diante da porta e enfiou a chave na fechadura, mas hesitando tocou a campainha e esperou. Minutos depois, as luzes do primeiro andar se acenderam e a porta se abriu no instante seguinte. Alice (https://picasaweb.google.com/lh/photo/FhN0t32RUElUeXaaCn6GOw?feat=directlink) empalideceu ao vê-lo.


-Poncho? –ofegou.


Com as mãos nos bolsos da calça social e com a expressão fechada, ele passou pela esposa e adentrou na casa seguindo direto até a sala. Recuperando-se do choque por vê-lo e confusa pela atitude dele, Alice fechou a porta e o seguiu, encontrou-o se servindo de uma bebida no bar no canto do cômodo.


-Não vai falar nada? –perguntou rompendo o silêncio esmagador que se instalara entre os dois.


Poncho terminou de beber a segunda dose de vodka e tornou a encher o copo, respirou fundo virando-se para ela.


-Por que sumiu? –quis saber seco.


Apertando as mãos nervosamente sobre o colo, ela não o olhou.


-Eu precisava de um tempo. –murmurou.


-Precisava de um tempo. –repetiu com escárnio. Bebeu o liquido no copo de uma só vez. –E eu? –voltou para ela com fúria. –Hein Alice? –sua voz se alterou. –Não precisava saber onde você tinha se metido? Mas que inferno! –arremessou contra a parede o copo em sua mão.


Ela se encolheu, jamais vira Poncho daquela maneira.


-Não precisa gritar. –murmurou engolindo em seco.


Poncho bufou passando a mão pelo rosto.


-Desculpe. –voltou a passar a mão pelo rosto enquanto buscava por controle. –Mas você tem... Tem idéia do quanto estive perto de perder o controle nessas duas semanas? –apesar de não haver a violência e fúria na voz dele, elas brilhavam em seus olhos. –Não sabia onde estava ou se estava bem!


Agitada demais para continuar sentada, Alice ergueu-se cruzando os braços com força sobre os seios.


-Ok, eu errei por não falar nada. Mas... –interrompeu-se engolindo em seco. Olhou-o. –Você sabe que a bebê está bem, não precisa desse escândalo todo.


-Eu sei? –apontou para si indignado. –Desde que fui embora dessa casa, você não me diz mais nada! Não atende as minhas ligações, sempre que venho aqui você está dormindo ou saiu... Estamos separados, mas essa filha ainda é minha!


-NÃO, NÃO É! –Alice berrou colérica. Horrorizada cobriu os lábios com as duas mãos enquanto lágrimas transbordavam de seus olhos avermelhados.


Paralisado, Poncho piscou absorvendo uma a uma as palavras dela.


-Repete. –sussurrou ainda sem se mexer. –REPETE ALICE! –berrou quando ela não respondeu.


Mas Alice não se moveu ou emitiu qualquer som. Não conseguiu se afastar a tempo quando Poncho avançou e a agarrou pelos ombros.


-REPETE O QUE DISSE!


Trêmula e muito pálida, Alice afastou as mãos que cobriam os lábios 


-Sinto muito. –sussurrou torturada. Fechou os olhos balançando a cabeça enquanto lágrimas dolorosas banhavam seu rosto.  –Sinto muito. –voltou a repetir.


-Você não está falando sério. –ele balançou a cabeça sem acreditar. Os nós de seus dedos estavam amarelados pela força com que a segurava. –ISSO NÃO É VERDADE! –a chacoalhou com força.


-É sim. –ela abriu os olhos encarando-o em meio às lágrimas. –Eu dormi com outra pessoa e... –interrompeu-se incapaz de continuar. O choro lhe subiu pela garganta e soluços sacudiam seu corpo.


-Não. –balançou a cabeça com os olhos arregalados em incredulidade. –Não! –largou-a.


-Me perdoa. –ela conseguiu murmurar em meio aos soluços.


Arfando e sentindo uma raiva violenta crescer dentro de si, Poncho deu as costas à mulher em prantos e partiu antes que fizesse algo que se arrependeria pelo resto de seus dias.


Vendo-o partir, o choro de Alice se intensificou e cambaleando, ela caiu sentada no sofá.


-Oh meu Deus! –cobriu o rosto com as mãos.


 


x______x


 


Christopher sentou-se numa cadeira e puxou Dulce para seu colo.


-Se divertindo esposa? –afastou o cabelo beijando-a no ombro.


Rindo de pura felicidade, ela baixou o rosto unindo seus lábios aos dele.


-Muito marido. –murmurou voltando a unir seus lábios. –Mas vou me divertir muito mais quando formos embora e... –voltou a aproximar suas bocas quase encostando. –Ficarmos a sós.


-Não me provoca María. –apesar da advertência, ele tinha os dois braços apertados em volta da cintura dela.


Dulce riu beijando-o no rosto.


-Andei fazendo uns cálculos e podemos ir embora antes de meia noite e meia sem causar má impressão.


-Não pode ser antes? –resmungou manhosa abraçando-o pelo pescoço.


-Se quiser podemos ir agora. –apertou mais os braços aproximando mais uma vez suas bocas.


-Por isso que eu te amo.


Riram unindo seus lábios num beijo molhado e carregado de desejo.


 


x______x


 


-É amiga de minha filha? –Fernando perguntou levando o copo com uísque até os lábios.


-Somos conhecidas. Anahí e eu somos sócias e amigas de faculdade, através dela conheci a Dulce, mas isso foi há pouco tempo. É cedo para chamar de amiga. –Gabriela sorriu-lhe.


Frente a frente, conversavam próximos a porta que dava a acesso ao jardim.


-Acho que ouvi falar sobre sua sociedade com a Annie. Estão... abrindo uma galeria não é?


-Isso mesmo. –assentiu. –Devemos inaugurá-la em Dezembro ou no inicio do próximo ano.


-Isso é ótimo. –sorriu. –Tive a oportunidade de ver algumas pinturas da Annie e ela tem um talento admirável. Espero que dê o certo para vocês.


-Obrigada. –ainda sorrindo olhou ao redor avistando a maioria dos convidados na pista de dança, viu também os noivos se beijando numa cadeira. Voltou-se para Fernando. –E então, qual é a sensação de casar uma filha?


-De puro orgulho ainda mais sabendo que ela está tão feliz. –respirou fundo colocando uma mão no bolso da calça social. –Por um tempo achei que não fosse voltar a vê-la assim, sorrindo o tempo todo, rindo das menores coisas, com os olhos brilhando... Agradeço a Deus por ter colocado Christopher na vida da minha menina, por fazê-la brilhar mais uma vez. –desabafou com um brilho melancólico no olhar.


Dando um gole em seu champanhe, Gabriela suspirou.


-Sempre quis saber qual a sensação de se ter um filho. –murmurou ficando triste.


-Não pode ter filhos? –franziu a testa.


-Não. –afastou uma mexa de cabelo do rosto sentindo lágrimas ardendo em seus olhos. –E após quase treze anos de relacionamento, quando meu marido soube, ele me deixou e se casou com a secretária. Ela está esperando um bebê. –sua voz tornou-se embargada com a última frase.


-Sinto muito. –murmurou sentindo uma estranha vontade de procurar o ex-marido de Gabriela e dar-lhe uns bons murros.


Ela balançou a cabeça virando um pouco o rosto para enxugar a umidade dos olhos.


-Eu que devo sentir. –voltou a olhá-lo com os olhos levemente avermelhados. –Não deveria te importunar com meus problemas, me desculpe por isso.


Sorrindo de canto, ele tocou-lhe o braço.


-Não se desculpe Gabriela. É sempre bom desabafar.


Não confiando em sua própria voz, ela apenas assentiu.


-Obrigada. –murmurou por fim sentindo as bochechas esquentarem.   


 


 x______x


 


Dirigindo a alta velocidade, Poncho dirigia pelas ruas quase vazias. Não sabia para onde estava indo e nem queria saber, dirigia sem rumo enquanto lágrimas de fúria queimavam seus olhos e embaçavam sua visão.


-MALDITA! –gritou dando um murro no volante.


 


x______x


 


Sentindo a boca seca, Alice abriu os olhos e precisou piscar algumas vezes para conseguir focalizar a sala. Tentou se mexer, mas gemeu ao sentir as costas protestarem.


-Droga. –resmungou. Tentou se levantar, mas parou pálida e com a boca aberta num grito mudo quando a dor de suas costas lhe atingiu o ventre. –Oh! –ofegou voltando a deitar. Com a testa franzida, levou as mãos até o ventre sentindo-o duro. Respirando fundo, virou-se de barriga para cima e puxou as pernas para cima do sofá, novas dores lhe atingiram. Sentindo uma umidade estranha entre as pernas, levou uma das mãos até lá e recolheu-a em seguida. –Meu Deus! –sussurrou vendo sua mão cheia de sangue. Lágrimas transbordaram de seus olhos.


Após alguns minutos naquela posição, Alice deu-se conta que precisava de ajuda. Com os lábios firmemente apertados, se sentou e quando o fez, quase gritou diante da quantidade de sangue no sofá e até no chão. Não controlando o choro e com uma das mãos na barriga, pegou o telefone sem fio na mesinha ao lado do sofá. Tremendo muito, errou o numero da emergência três vezes e só na quarta vez conseguiu.


 


x______x


 


Domingo, 22 de Agosto de 2010.


 


Christopher estacionou o carro (https://picasaweb.google.com/lh/photo/Qg-6XfOF7BCPsJ1Q2Q4gOQ?feat=directlink  na garagem de casa, desceu dando a volta no automóvel e abriu a porta para a esposa, ajudando-a a descer.


-Lar doce lar. –sorria.


Ele retribuiu ao sorriso e sem aviso passou o braço por baixo dos joelhos da esposa, erguendo-a em seus braços. Dulce deu um gritinho rindo em seguida enquanto passava os braços ao redor do pescoço do marido.


-Não devia ser só na hora de passar pela porta do quarto? –perguntou risonha.


-Gosto de fazer serviço completo Sra. Uckermann. –murmurou aproximando seus rostos. –Deveria saber disso. –roçou seus lábios.


-Eu sei. –murmurou sentindo-se estremecer. –Acredite, eu sei. –riu um pouco.


Após dar-lhe um beijo no queixo, Christopher saiu da garagem com a esposa nos braços e ao invés de entrar pela porta da frente, seguiu pela lateral da casa.


-O que vamos fazer no jardim? –franziu a testa.


Mas ele nada disse, continuando pelo caminho de pedra.


-Chris? –insistiu.


-Hoje vamos fazer diferente. –ele murmurou parando próximo a piscina.


-Diferente? –olhou-o franzindo mais a testa. Estava confusa.


Ele assentiu. No instante seguinte Dulce gritou quando ele pulou na água levando-a consigo.


-Christopher! –gritou quando voltou à superfície. Mas riu ao ver o sorriso travesso do marido.


Rindo também, ele passou os braços pela cintura fina e puxou-a para si, grudando seus corpos.


-Sabe que estragou meu vestido, não sabe? –colocou as mãos peito musculoso.


-Não tem problema, eu compro outro. –com a ponta dos dedos afastou uma mexa úmida de cabelo que se grudara ao rosto corado.


Ela novamente riu, mas o riso cessou quando Christopher baixou o rosto e tomou os lábios dela nos seus, primeiro devagar e depois com presa, com a urgência de um desejo não satisfeito. Logo, Dulce tirou o paletó dele e se pôs a abrir os botões da camisa imaculada, no instante seguinte as duas peças boiavam pela água que a lua iluminava. Descendo os lábios pelo pescoço delgado, Christopher encostou-a a parede de tijolos.


-Droga de zíper. –resmungou.                                 


-Não dá pra rasgar. –ela sussurrou enterrando os dedos no cabelo úmido dele.


Afastando-o um pouco, subiu as mãos até o zíper lateral do vestido. Sem quebrar o contato visual que os unia, ele tirou a calça social, a cueca boxer, os sapatos e as meias. Em seguida o vestido e as sandálias de salto alto tiveram o mesmo destino.


 -Sabia que estava sem sutiã. –ele gemeu voltando a trazê-la para si.


Dulce voltou a passar os braços ao redor do pescoço do marido e fechou os olhos roçando seus narizes.


-Você e a Liz foram o melhor que aconteceu na minha vida. –ele murmurou subindo as mãos pelas costas nuas.


Ela olhou-o em silêncio.


 -Lembre-se sempre disso. –acrescentou em seguida.


Ainda em silêncio, ela assentiu.


-Você foi a minha salvação. –sussurrou. –Lembre-se sempre disso. –repetiu as palavras dele.


 


x______x


 


{Música de Fundo: http://youtu.be/H0RP7K-oOgs}


 


Deitada numa maca na sala de cirurgia, Alice observava o anestesista aplicar a anestesia em seu braço.


-Como está se sentindo? –olhou-a.


-Dormente... E um pouco grogue.


-Ótimo. –assentiu afastando-se em seguida.


Observando-o se afastar, Alice sentiu-se ainda mais solitária em meio aquelas pessoas estranhas. Naquele momento, dois médicos entraram na sala e após se aprontarem, um deles se aproximou parando ao lado dela.


-Alice, falamos com a Marichelo, mas não vai dar tempo de ela chegar. Sinto muito.


-Tudo bem. –assentiu sentindo novas lágrimas molharem seu rosto muito pálido.


Ele também assentiu e com última olhada, foi para junto do outro médico, que também a olhava. Ele parecia... Preocupado? Franziu a testa sentindo o pânico crescer, a situação era mais grave do que tinham lhe dito? Não! Recriminou-se, eles tinham dito que tudo ficaria bem então ela acreditaria. Tinha que acreditar. Interrompeu os pensamentos quando uma vertigem lhe atingiu, embaçando sua visão.


-Tudo bem. –alguém falou.


A voz soou distante demais para os ouvidos de Alice. Piscando algumas vezes, conseguiu focalizar o rosto de um dos médicos acima do pano azul que tinha sido posto entre eles. Após alguns minutos, uma nova vertigem a atingiu.


-Queda de pressão.


Sentindo-se fraca demais, fechou os olhos não conseguindo os manter abertos.


-Olá! –uma voz lhe chegou aos ouvidos parecendo ainda mais distante.  


Alice tentou, mas não conseguiu abrir os olhos para ver quem a enfermeira cumprimentava. No minuto seguinte, um choro fino e desesperado se espalhou pela sala. Obrigada meu Deus, agradeceu em pensamento sentindo-se profundamente aliviada por saber que a filha estava viva. Obrigando-se a abrir os olhos, ela olhou ao redor, mas não viu a filha. Podia apenas ouvi-la, o choro ainda ecoava pela sala. O desespero começou  a tomar conta de si enquanto olhava para todos os lados e não via o seu bebê. Onde está ela? Tentou gritar, mas não conseguiu.


-Aqui está sua filha. –a enfermeira parou ao lado dela trazendo nos braços um bolinho rosa que se agitava.


-Oh! –ofegou com um sorriso enorme se espalhando por seus lábios, pode sentir novas lágrimas molhando seu rosto. Trêmula estendeu as mãos e tocou a bebê. -Oi meu amor. –sussurrou inclinando-se para beijar uma das bochechas ainda suja de sangue.


O choro cessou quase instantaneamente.


-Eu amo você. –voltou a sussurrar.


-Preciso levá-la. –a enfermeira murmurou para então se afastar.


O choro da filha reiniciou.


-Calma bebê, vai ficar tudo bem. –a enfermeira falou com a voz suave.


Com as mãos estendidas, Alice viu a filha se afastar nos braços daquela estranha. Seus lábios tremiam e lágrimas molhavam seu rosto, sua visão foi tornando-se cada vez turva...


-Ela está sangrando novamente. Preparem-na para a cirurgia.


Mal pôde ouvir as palavras, sentia-se muito fraca, sem forças...


-Vou abri-la.


-De quantos litros de sangue precisa?


-Quatro unidades.


 


Mas você ainda tem tudo de mim


 


Com os olhos ainda presos a porta por sua filha havia sido levada, a visão de Alice começou a escurecer e a mão que ela ainda mantinha estendida, amoleceu ficando caída para o lado de fora da maca. Naquele mesmo momento, o aparelho que monitorava seus batimentos cardíacos mostrou que em seu coração já não havia mais vida.


 


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Autor(a): daianycandy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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35° Capítulo: Você irá precisar de alguém ao seu lado.   Sem ter a mínima idéia de onde estava, Poncho encarava o copo de uísque barato a sua frente. Não prestava a atenção em nada que acontecia a sua volta, não via os homens que o olhavam com cara feia ou as mulheres que se aproximavam, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 194



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  • amandabcruz Postado em 20/11/2012 - 22:25:24

    Cadê você Day, que está desaparecida de Abril em Uma Chance pra Recomeçar... Queremos posts. "Y Desaparecio, si fue sin avisar..."

  • analaninha Postado em 29/10/2012 - 23:36:15

    ONDE VOCÊ ESTA? ESTOU PREOCUPADA COM VOCÊ.. VOCÊ ABANDONOU A FIC?

  • amandabcruz Postado em 11/09/2012 - 21:06:21

    Eu juro que morro se a Day parar definitivamente... ela nunca ficou ausente por tanto tempo...

  • amandabcruz Postado em 11/08/2012 - 21:19:56

    Dê notícias Day, pelo amor de Deus!

  • analaninha Postado em 07/06/2012 - 17:13:16

    Já to ficando louca cade você? Não vejo a hora de ler mais..!

  • amandabcruz Postado em 13/05/2012 - 23:41:01

    Day, como te disse sempre que você vem, não decepciona... Mas vou tirar o chapéu pra cena da May, nossa, chorei muito aqui imaginando cada detalhe, e o desespero de saber que as opções são poucas... Tá linda sua web, mas não demora de postar, por favor? rsrsrs

  • amandabcruz Postado em 13/05/2012 - 23:40:46

    Day, como te disse sempre que você vem, não decepciona... Mas vou tirar o chapéu pra cena da May, nossa, chorei muito aqui imaginando cada detalhe, e o desespero de saber que as opções são poucas... Tá linda sua web, mas não demora de postar, por favor? rsrsrs

  • daianycandy Postado em 29/04/2012 - 20:51:13

    Acabei de postar a ultima parte do cap 37. É uma parte pequena, mas espero que gostem!!! Estou esperando por coments e opiniões.. *--* Beijinhos e até mais!

  • tatarbd Postado em 25/04/2012 - 09:34:34

    Meu casal preferido Vondy acho eles muito lindo continuarrrrrrrrrrrrr

  • daianycandy Postado em 24/04/2012 - 02:41:04

    Demorei, mas apareci! kkk Passei aqui rapidinho para postar o capitulo 37 para vocês! *---* Ele está quase completo, falta somente uma parte para fechar o capitulo, mas logo logo estarei postando esse trecho sim? Beijos a todas e espero comentários! =P


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