Fanfics Brasil - 35° Capitulo .~Uma Chance para Recomeçar

Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar


Capítulo: 35° Capitulo

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35° Capítulo: Você irá precisar de alguém ao seu lado.


 


Sem ter a mínima idéia de onde estava, Poncho encarava o copo de uísque barato a sua frente. Não prestava a atenção em nada que acontecia a sua volta, não via os homens que o olhavam com cara feia ou as mulheres que se aproximavam, oferecendo-se descaradamente. Tinha os olhos fixos naquela bebida barata, que tinha lhe queimado a garganta. Ouvindo o celular tocar pegou-o com a intenção de rejeitar a ligação, mas hesitou quando viu o rosto sorridente da irmã gêmea na tela. Enquanto olhava a tela teve a sensação de que havia algo de errado, era a noite de núpcias de Dulce e Christopher, eles deveriam estar aproveitando e não ligando para ele.


-Alo? –atendeu e pigarreou quando sua voz saiu rouca.


-Ah! Ainda bem que atendeu!Estava com medo de não conseguir falar com você.


No momento em que a ouviu falar, Poncho teve a certeza de que havia algo errado. A voz da irmã estava ansiosa, quase histérica e ela... parecia estar chorando. Franziu a testa.


-O que aconteceu? Você deveria estar com o Chris.


-A... Aconteceu uma coisa. –sua voz tremeu. –Estamos todos no hospital, você precisa vir para cá.


-Você está chorando? O que aconteceu Dulce?


Ela soluçou.


-Vem pra cá Poncho. –pediu. –Estamos no San Gabriel... Quando chegar aqui eu explico tudo.


Sentindo-se preocupado, ele respirou fundo.


-Tudo bem. –murmurou.  –Chego aí daqui a pouco.


Antes de desligar pôde ouvir os soluços da irmã e a voz de alguém perguntar “Ele está vindo?”. Franzindo mais a testa ergueu-se guardando o celular e deixando o dinheiro sobre o balcão, saiu apressado do bar.


 


x______x


 


{Música de Fundo: http://youtu.be/H0RP7K-oOgs}


 


Quando chegou ao hospital particular, confuso Poncho aproximou-se do balcão principal.


-Desculpe, mas minha irmã está me esperando. –franziu a testa sem saber o que falar. –Dulce María Saviñón... Uckermann.


-Senhor Alfonso Saviñón?


Ele assentiu.


-Sou eu.


-O senhor está sendo aguardado no sétimo andar. Sinto muito. –murmurou antes de ele se afastar.


Sentindo o coração apertado, ele seguiu de elevador até o andar indicado. Seguindo pelo corredor bem iluminado avistou a enfermaria.


-Poncho? –Maite o chamou.


Virando-se, ele a viu. Ainda usava o vestido do casamento, mas o rosto antes tão bem maquiado estava pálido e os olhos avermelhados.


-O que aconteceu? –voltou a franzir a testa se aproximando.


Encontrou os outros na sala de espera, Alexandre, Milena (https://picasaweb.google.com/lh/photo/bFyHRqW_pm9klPWBSEzkYQ?feat=directlink), Christian, Isabella, Anahí, Enrique, Lucas, Christopher e Dulce (https://picasaweb.google.com/lh/photo/w9SQisceQvHXZ86Dr4nuFQ?feat=directlink), os recém casados eram os únicos que não usavam as roupas sociais do casamento. Mas todos tinham algo em comum, a expressão abatida e os olhos avermelhados, alguns mais que outros.


-O que aconteceu? –repetiu tendo sua atenção atraída pelos soluços de Anahí.


Ela estava abraçada ao pai e parecia inconsolável.


-Alguém fala alguma coisa! –se alterou quando ninguém falou nada.


Trêmula e com o rosto avermelhado, Dulce deu um passo a frente.


-Vem cá. –chamou-o.


Olhando os outros que permaneciam no mesmo lugar, ele seguiu a irmã. Seguiram pelo corredor até pararem diante do berçário, o vidro tomava conta de quase toda a parede.


-O que estamos fazendo aqui Dul? –murmurou sentindo o coração novamente apertado.


Enxugando as lágrimas, ela o pegou pela mão.


-Aqui. –sussurrou levando-o até a oura extremidade da parede.


Olhando com atenção Poncho viu alguns bebês nas incubadoras, era a UTI Neonatal.


-Dulce... –ofegou com a compreensão atravessando sua mente. –De quem é a criança que está aqui? –sussurrou quase inaudível.


Respirando fundo, ela novamente enxugou o rosto.


-Sua e da Alice. –a voz tremeu.


Com os olhos arregalados, ele olhou a irmã. Mas Dulce não o olhou, tinha os olhos fixos em um dos bebês.


-Ela veio para cá com hemorragia. –começou enxugando mais uma vez o rosto. –Fizeram uma cesariana de emergência, mas a ela não... –interrompeu-se com a voz falha, cruzou os braços com força. Respirou fundo duas vezes. –Ela não agüentou. –ergueu o olhar para o irmão gêmeo, lágrimas escapavam de seus olhos sem parar.


Atônito, Poncho olhava a irmã sem de fato vê-la.


-Morta? –sussurrou após vários minutos.


Com os lábios apertados e sem conseguir falar, ela novamente assentiu.


-Não pode ser. –balançou a cabeça sem acreditar. Passando as mãos pelo cabelo, deu as costas aos bebês que repousavam na UTI, não conseguindo ficar perto. Sem conseguir se controlar, deu um murro na parede xingando quando sua mão protestou.


-Para! –Dulce puxou-o pelo braço. –Não faz isso. –pediu.


Soltando-se da irmã, ele voltou a balançar a cabeça.


-Você não entende não é?


-Do que está falando? –franziu a testa sem entender.


Balançando novamente a cabeça, ele olhou na direção dos bebês, mas afastou o olhar.


-Nada. –murmurou.


Sem dizer mais nada, deu as costas e se afastou. Não entendo a reação dele, ela o seguiu. Chegaram à sala de espera, mas encontraram apenas Milena, Christian, Isabella, Lucas e Christopher.


-Esta tudo bem? –Christophe ergueu-se recebendo a esposa em seus braços, beijou-a na testa.


Poncho assentiu caindo sentado numa poltrona. Milena tinha os olhos fixos nele.


-O que eu vou fazer sozinho com uma filha? –murmurou cobrindo o rosto com as mãos.


-Nós estamos com você cara. –Christian apoiou tocando-o no ombro.


-Christian está certo, estamos todos aqui. –Lucas apoiou.


-Valeu. –assentiu olhando-os em agradecimento.


-Onde estão os outros? –Dulce perguntou.


-Foram embora. A Mai e Annie precisavam descansar. –Christopher respondeu voltando com um copo d’água.


-Ela não é sua filha. –Milena falou de repente.


Todos a olharam surpresos e assustados, mas ela tinha os olhos fixos em Poncho. Ele a olhou por um momento que pareceu longo demais.


-Não pode ficar com ela, sabe que não é o pai. –continuou ignorando os outros que a olhavam como se questionassem sua sanidade.


-E o que eu faço? Não sei quem é o pai biológico, quer que eu a deixe sozinha? –ele também ignorava os outros. Milena sabia de algo.


-Não. –balançou a cabeça respirou fundo.


-E então? –pressionou quando Milena se calou. –O que eu faço com a neném Milena?


Mordendo o lábio inferior com força, ela se amaldiçoou em silêncio por ter falado demais. Mas Poncho sabia que a filha não era dele, então Alice havia contado? Não importa, decidiu.


-Eu sei quem é o pai. 


 -Sabe? –Christian, Dulce, Lucas e Christopher perguntaram em uníssono.


Erguendo uma sobrancelha, Milena os olhou.


-Sei. –assentiu voltando os olhos para Poncho.


O silencio voltou a pesar entre eles. Os dois se encararam por vários minutos até que Milena desviou o olhar e mirou Lucas, que ergueu as sobrancelhas quando ela o olhou. Poncho precisou de apenas alguns segundos para compreender.


-DESGRAÇADO! –berrou partindo para cima do amigo.


Christopher e Christian rapidamente ergueram-se para afastá-los, mas foi tempo suficiente para Poncho acertar quatro murros em Lucas.


-Para Poncho! –Christian tentou puxá-lo, em vão.


-VOU MATAR VOCÊ. –rosnou apertando as mãos em volta do pescoço de Lucas.


Com um dos olhos inchados, o nariz sangrando e a boca partida, Lucas tentou afastar as mãos dele, mas em vão. Naquele momento, dois seguranças e um enfermeiro se aproximaram para ver o que acontecia e rapidamente se juntaram aos dois que tentavam separar a briga. Após muito esforço, os cinco conseguiram conter Poncho que, quase assassino avançava em direção ao outro.


-Você tem certeza do que disse? –Dulce olhou Milena, pálida de susto.


-Foi o que ela sempre disse. Que o pai da bebê era o Lucas.


-Infeliz! Traidor!


-Chega Poncho! –Dulce brigou com o irmão. Voltou-se para Lucas. –Isso é verdade?


Limpando o sangue do nariz, ele se ergueu. Tinha dificuldade para abrir o olho direito.


 -Não! É claro que... –hesitou diante da expressão de Milena. –Não é possível. –franziu a testa. –Nunca transei com a Alice.


-Então ela engravidou por telepatia? –Poncho ironizou colérico ainda contido pelos cinco homens.


Irritada, Dulce virou-se para o irmão.


-Alfonso, juro que se você não calar a boca agora, eu vou te bater! –ameaçou voltando-se para Lucas e Milena. –Você me traiu com a Alice?


-Já disse que não! Nunca encostei um dedo na Lice, nós sempre fomos amigos. –se defendeu.


-Você dormiu com ela Lucas! –Milena insistiu. –Só não lembra porque estava bêbado.


Lucas, que já tinha aberto a boca para protestar, fechou-a ao ouvir a ultima frase.


-Bêbado? –franziu a testa.


Ela assentiu.


-Não pode ser. –voltou a negar. –Não me lembro muito daquela noite, mas... É impossível.


Tremendo de raiva, mas sob controle Poncho foi solto.


-Vamos fazer um teste de DNA. –determinou. –E se ficar provado que ela é sua filha, eu juro que destruo você com minhas próprias mãos. –ameaçou sério demais para não ser levado a sério.  


 


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Todos foram embora enquanto Lucas permaneceu no hospital. Após ser atendido por uma enfermeira, que lhe cuidou dos ferimentos causados por Poncho, seguiu até o berçário. Parou diante do vidro, observando atordoado os bebês nas incubadoras. Uma das enfermeiras que cuidava dos recém nascidos pareceu notar sua presença e saiu do berçário, indo até ele.


-Posso ajudá-lo? –perguntou simpática.


Lucas engoliu em seco.


-Minha... minha filha nasceu hoje. Eu gostaria de conhecê-la.


Após trocarem mais algumas palavras, Lucas a seguiu e após um breve processo de esterilização, foi levado até as incubadoras e ele pôde finalmente conhecer a filha de Alice. A sua filha, acrescentou com a emoção lhe embaçando os olhos.


Dormindo de bruços, ela parecia ainda mais frágil com todas aquelas agulhas e tubos.


-Posso segura-la? –sussurrou emocionado.


-Ainda não. Nós estamos tentando mantê-la bem quietinha por enquanto. –sorriu notando-lhe os olhos úmidos. –Sei que parece muito assustador vê-la assim, mas acredite, sua filha está bem. Estamos mantendo-a assim mais por garantia, ela é saudável. Pesa 2 quilos e 400 e mede 43 centímetros.


-Isso é bom? –olhou-a com a testa franzida.


-Muito bom. –assentiu rindo de leve.


Lucas voltou os olhos para a bebê e hesitando tocou-lhe os dedinhos minúsculos.


-Bem vinda ao mundo meu anjo. –sussurrou. Uma lágrima escapou quando mesmo dormindo, ela fechou os dedinhos em volta do dedo indicador de Lucas.


Naquele mesmo instante, seu coração se encheu de amor. Tocando o resto do corpinho quente para se assegurar que ela estava bem, ele notou uma mancha dois tons mais escuros na coxa da bebê.


-Que mancha é essa? –preocupou-se.


-Uma marca de nascença. –o acalmou. 


Contornando a marca com a ponta dos dedos, Lucas soube que aquele pequeno pedaçinho de gente também era seu. Aquela era a mesma marca que ele tinha na coxa esquerda. Respirou fundo sentindo novas lágrimas escaparem de seus olhos.


-Eu sou seu papai. –emocionado tocou com a ponta dos dedos o rosto adormecido da filha. –E prometo que vou cuidar e te amar para sempre. –acrescentou sussurrando.


 


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Segunda feira, 23 de Agosto de 2010.


 


{Música de Fundo: http://youtu.be/pbhf0rxJU-M}


 


Com os olhos úmidos e avermelhados escondidos pelo óculos escuro, Poncho depositou uma rosa branca sobre o caixão de Alice.


-Prometo que farei o que é certo. –sussurrou.


Um a um os amigos deram adeus, sussurrando emocionadas palavras de amor e promessas de que cuidariam da filha que ela não tivera a oportunidade de conhecer melhor.


-Eu a amarei por nós dois. –Lucas prometeu num murmúrio deixando duas rosas brancas sobre o caixão. –Obrigado.


-Espero que não esteja me odiando, mas fiz o que achei ser certo. –Milena (https://picasaweb.google.com/lh/photo/kEMRF7n08J9z49MXWXBXAg?feat=directlink, https://picasaweb.google.com/lh/photo/a7TuZpbVubCjnUTP-1Z27A?feat=directlink) sussurrou em meio às lágrimas. –Perdão amiga. –implorou beijando a flor e deixando-a junto das outras.


-Adeus meu anjo. –Marichelo sussurrou em meio ao choro abraçando-se ao marido quando o caixão começou a ser baixado.


Com uma dor profunda esmagando seus corações, eles viram a terra começar a ser jogada. Pouco a pouco as pessoas foram embora restando apenas uma, Anahí (https://picasaweb.google.com/lh/photo/rPFQp_cBxNPIOzSM6NwTCQ?feat=directlink). Com os olhos vermelhos e inchados escondidos sob o óculos escuro (https://picasaweb.google.com/lh/photo/GY541urjy4VxFcL4xYWdfw?feat=directlink), o rosto pálido e úmido, ela tinha as mãos cruzadas junto ao ventre.


-Não importa o que aconteça, ela sempre vai saber de você. –prometeu com a voz tremula. Hesitou.  –Espero que um dia possa me perdoar por tudo o que fiz e... –calou-se sentindo o choro bloqueando sua garganta. –Me perdoa por ter sido covarde, por não ter me explicado antes... –cobriu os lábios com uma das mãos para abafar seus soluços.


-Annie? –Alexandre chamou a irmã parado a alguns passos dela.


Virando-se, ela o viu. Enxugando o rosto aproximou-se do irmão e sorriu fracamente quando ele passou o braço ao redor de seus ombros.


 


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Não fique sozinho nesta chuva


Não se entregue por favor!


 


Angustiado, Poncho abriu a porta de casa e adentrou fechando os olhos quando o silêncio opressor que o atingiu. Parou por um momento na entrada, seus olhos sendo atraídos para a sala de estar, não teve coragem de ir até lá. Quase sem perceber subiu os degraus até o segundo andar parando diante da porta da suíte principal, o cômodo estava como fora deixado por Alice, a luz acesa, o edredom afastado, um livro com a página marcada sobre a mesa de cabeceira... Apagando a luz, saiu sem conseguir ficar naquele cômodo.  Seguiu pelo corredor e voltou a parar, com o coração apertado seus olhos correram pelo quarto infantil quase pronto, lágrimas queimaram em seus olhos...


 


Se deve ser forte nesses tempos


Para resistir a decepção


E continuar aberto, mente e alma,


Eu estou com você.


 


Quinta feira, 11 de Fevereiro de 2010.


 


Na cozinha, Poncho ouviu a porta sendo aberta e o barulho dos saltos de Alice no assoalho.


-Amor?


-Aqui! –enxugando as mãos num pano de prato, ele sorriu para ela.


Um pouco pálida e com os olhos um pouco inchados, ela (https://picasaweb.google.com/lh/photo/PuKnsXrNZX8nHubGRqkIzdMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) forçou um sorriso para ele.


-Desculpe o atraso. –murmurou odiando quando sua voz soou rouca. Para disfarçar, se aproximou para beijá-lo nos lábios.


-Está com fome? –ele passou os braços ao redor da cintura fina.


-Um pouco. –sua voz saiu mais num suspiro.


-Está tudo bem? –franziu a testa afastando uma mexa de cabelo do rosto dela.


Voltando a forçar um sorriso, ela assentiu.


-É só cansaço. Vou tomar um banho e já desço sim? –sem dar tempo para o noivo dizer qualquer coisa, ela o beijou rapidamente nos lábios e saiu da cozinha em passos rápidos.


Ainda com a testa franzida, Poncho a viu partir. Voltou sua atenção a comida e poucos minutos depois, terminou de prepará-la. Em seguida subiu os degraus até o quarto, pôde ouvir o barulho do chuveiro. Indo sentar-se na cama para esperá-la esbarrou na cômoda derrubando a bolsa (https://picasaweb.google.com/lh/photo/AOyXM7UmtTfZBUwdK74YjNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) da noiva no chão.


-Droga. –resmungou abaixando-se para juntar os objetos que tinham se espalhado pelo chão, mas foi então que um envelope branco com o nome de laboratório conhecido. –O que...? –pegou-o e leu o nome de Alice. Preocupado não hesitou em abri-lo e retirar a folha de papel de dentro. Em sua concentração, não ouviu o chuveiro sendo desligado. –Grávida? –sussurrou atordoado. Ergueu-se quando ouviu o barulho da porta se abrindo. –Alice o que é... isso?


Ela (https://picasaweb.google.com/lh/photo/0OPfNFHMqDui0isd9mzixtMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) empalideceu ao ver o exame na mão dele.


-Você...  –pigarreou para normalizar sua voz. –Você mexeu na minha bolsa? –franziu a testa.


-Claro que não! –curvou-se pegando a bolsa no chão. –Entrei aqui e esbarrei na cômoda sem querer, a bolsa caiu no chão e espalhou tudo, quando fui juntar e então vi o exame. Não vou me desculpar por abri-lo,  pensei que você estivesse doente. 


Ela abriu a boca algumas vezes, mas sua voz não saiu. Lágrimas se acumularam em seus olhos.


-Amor. –ele sussurrou rompendo a breve distancia que os separava e tomou o rosto dela entre suas mãos. –Você não está feliz?


Uma lágrima solitária escorreu pelo canto do olho dela.


-Eu não sei. –sussurrou quase inaudível.


-Eu... Eu sei que nós não planejamos, mas é o nosso bebê. –sorriu de canto, a felicidade brilhando em seus olhos.


-Você... gostou? –outra lágrima escorreu pelo rosto perdendo na mão dele.


-Claro que sim! Você não gostou? –voltou a franzir a testa seu sorriso desmanchando.


Alice demorou alguns minutos para falar.


-Acho que sim. –assentiu por fim.


 


Agora entendia a reação dela, a tristeza em seus olhos  que se obrigara a ignorar por achar que era apenas pela frustração de ter os planos mudados.


-Por quê? –murmurou torturado entrando no quarto sentando-se na poltrona imaculada. Respirou fundo passando as mãos pelo rosto, olhou ao redor mais uma vez se emocionando por ver todos os moveis montados, os ursos de pelúcia em sacos transparentes. Sabia que se abrisse as gavetas e as portas do armário encontraria as inúmeras roupinhas minúsculas que Alice comprara, encontraria os inúmeros artigos de bebês que a esposa cuidara nos mínimos detalhes. –Por que tudo tinha que acabar assim Alice? –cobriu o rosto com as mãos permitindo-se pela primeira vez desde o dia anterior a liberar toda a dor que lhe esmagava a alma.


 


x______x


 


Se faz falta quem te trate com amor


 


Mergulhada na banheira com espuma até quase o pescoço, Anahí tinha o olhar perdido enquanto lágrimas silenciosas molhavam seu rosto pálido.


 


Se não tem a quem oferecer seu coração


 


Fechou os olhos quando sentiu o filho se mexer dentro de si. Era a sua vida que se movia dentro de si, o motivo mais importante pelo qual seguia em frente todos os dias... Seu filho se transformara no seu brilho, mas tinha medo. Pensar no que acontecera com Alice, na simples possibilidade de não poder ver seu bebê crescer, não poder amá-lo... Não poder ser sua mãe. Esses pensamentos lhe enchiam o coração de medo.


-Vai ser diferente. –prometeu tocando ventre. –Pra nós dois. –suspirou com os olhos fechados. –A mamãe promete pra você. –sua voz falhou.


 


x______x


 


Mais uma vez no hospital, Lucas estava junto à incubadora da filha.


Deitada de costas, a bebê estava adormecida e seguia ligada aos inúmeros tubos e agulhas.


-Amanhã vou começar a preparar o seu quartinho. -murmurou com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso leve nos lábios. –Não entendo muito sobre isso, mas prometo que vou empenhar. –deu uma risadinha passando a ponta do dedo pelo rosto rosado. –Vou comprar muitos vestidinhos vermelhos para você. Essa era a cor preferida da sua mãe. –se emocionou quando os olhos idênticos aos de Alice se abriram e focalizaram seu rosto.


 


Eu estou com você.


 


 -Papai te ama filha. –sussurrou e uma lágrima escapou quando os dedos pequeninos se fecharam em volta de dedo indicador.


 


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Terça feira, 24 de Agosto de 2010.


 


No consultório de Marichelo, Poncho e Lucas estavam sentados diante da mãe de Anahí.


-Os resultados foram checados duas vezes, não há possibilidade erro. –séria Marichelo entregou um envelope a cada um.


Tensos e sérios, os homens se olharam por longos minutos antes de pegarem os envelopes.


-Espera. –Poncho pediu voltando o olhar para Lucas. –Independente se ela for minha ou sua, a bebê se chamara Ângela. Foi o nome que a... mãe dela escolheu.


O outro assentiu, concordando. Abriram os envelopes quase ao mesmo tempo e o silêncio pesou entre eles.


Ansiosa, Marichelo tinha as mãos unidas sobre a mesa e os lábios apertados.


-Ângela Cristina Rodriguez Scott. –Lucas ergueu os olhos e olhou Poncho.


Trêmulo, ele estava a ponto de rasgar o papel.


-Poncho? –Marichelo chamou com a voz baixa após vários minutos.


Balançando a cabeça, ele deixou os papeis sobre a mesa.


-Em favor da minha sanidade, agora não. –ergueu-se saindo em silêncio da sala.


 


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Christopher, Dulce (https://picasaweb.google.com/lh/photo/W4XgeC9LnOGTjnY6HBXW-tMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink)e Liz estavam na sala de estar brincando com Lola.


-É o Bruno? –Dulce perguntou quando a campainha tocou.


-Acredito que sim. –assentiu sorrindo para Liz e Lola que brincavam no tapete.


Poucos minutos depois, um homem bem vestido e com não mais que quarenta anos entrou no cômodo acompanhado da empregada.


-Bruno, bom te ver. –Christopher adiantou-se para recebê-lo.


-Como vai Christopher? –sorria simpático enquanto o cumprimentava com um aperto de mão. –Dulce. –cumprimentou-a em seguida.


-Como vai? –sorria de leve.


-Muito bem, obrigado.


-Lembra do Bruno filha? –Dulce pousou as mãos sobre os ombros pequenos quando Liz parou a sua frente.


-É um prazer. –educada cumprimentou-o com um tímido aperto de mãos.


-O prazer é todo meu. –seu sorriso aumentou encantado pela menina.


-Vamos nos sentar. –Christopher chamou.


Após se acomodarem e Dulce pedir a empregada bebidas refrescantes, eles se puseram a conversar.


-Tudo está em ordem? –Christopher perguntou desviando os olhos de Liz que voltara a brincar com a cachorra.


O outro assentiu retirando alguns papéis de sua pasta.


-Vocês precisam apenas assinar alguns documentos, mas a certidão está comigo. –assegurou.


Naquele momento a empregada apareceu trazendo uma bandeja e após servi-los voltou a sair do cômodo.


-Ótimo. –Dulce murmurou trocando um sorriso com o marido.


Alguns momentos depois, o casal assinou os papéis indicados pelo advogado.


-Liz. –Christopher a chamou.


Curiosa, ela se aproximou com Lola nos braços.


-O Bruno tem algo para você.


Confusa, ela deixou o animal no chão pegando o envelope que o homem sorridente lhe estendia. Olhou a mãe em dúvida, mas Dulce lhe piscou com um enorme sorriso nos lábios, seus olhos brilhavam. Não entendo nada, ela abriu o envelope e retirou o documento que havia dentro. Leu-o em silêncio.


-Filha de Christopher Alexander Casillas Von Uckermann... e de Dulce María Herrera Saviñón . –ergueu os olhos arregalados para o casal. –Isso é sério?


-Só se você concordar. -ele murmurou.


Liz leu os nomes mais uma vez quase sem acreditar. De repente soltou um gritinho e pulou para os braços de Christopher. Aliviado, ele a apertou em seus braços.


-Agora eu posso te chamar de pai? –ela se afastou para olhá-lo.


-Sempre que quiser. –ele assentiu. –E eu posso te chamar de filha?


-Sempre que quiser. –repetiu o que ele disse.


Emocionada, Dulce levou a mão até o peito sentindo-se completa. Sua filha tinha um pai e eles eram uma família completa.


 


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Com a certidão de nascimento da filha na mão, Lucas mais uma vez foi até o hospital. Após falar com algumas enfermeiras que já o reconheciam e após uma conversa sobre Ângela com o médico ele seguiu até a UTI, mas parou ao ver através do vidro Poncho curvado sobre a incubadora sorrindo emocionado para a bebê. Após passar pelo processo de higienização, ele se aproximou. Poncho ergueu os olhos para ele.


-Não precisa se preocupar, não vim aqui machucá-la.


-Sei que não. –franziu a testa parado do outro lado da incubadora. –Só não esperava que fosse vir vê-la. –acrescentou num murmúrio.


O outro balançou a cabeça baixando os olhos para a bebê. Ângela tinha os olhos abertos e o encarava.


-Ela é linda. –sussurrou após algum tempo.


Lucas assentiu.


-Tem os olhos da Alice.


-Sim. –assentiu voltando a erguer os olhos. –Prometa que vai cuidar dela. –seu rosto ficou sério. –Porque mesmo não sendo minha filha, eu amo essa garotinha desde que soube que a Alice estava grávida e não vou permitir que nada de ruim aconteça a ela.


Lucas olhou a filha e ergueu os olhos para o homem a sua frente.


-Depois que vocês foram embora aquele dia eu vim até aqui e pedi para conhecer a bebê. –começou baixando os olhos para a filha. –Eu soube que era minha no momento que a vi e quando... –sorriu de canto. –Ela segurou o meu dedo descobri que seria capaz de dar a vida por ela. Me sinto culpado por não ter estado ao lado da Alice nos últimos meses, mas quando olho a Angie eu me sinto um pouco melhor porque... –engoliu em seco. –Eu vou cuidar e amá-la por nós dois. 


Com a garganta apertada, Poncho assentiu.


-Você tem a Annie e o bebê. –Lucas acrescentou poucos minutos depois. –Eles precisam de você.


Balançando a cabeça, Poncho engoliu em seco.


-Ela não me quer por perto. –murmurou rouco.


-Quer sim. –voltou a sorrir de canto. –Acredite nisso porque ela é louca por você.


Quieto, Poncho voltou a assentir. Esperava do fundo do coração que Lucas estivesse certo.


-Sabe, por mais que eu tente não consigo odiar você. –murmurou vários minutos depois.


Lucas deu uma risadinha.


-Fico feliz com isso.


-Fiquei realmente furioso na hora em que soube a verdade, mas depois me senti um pouco aliviado. Tinha medo que o pai biológico dela fosse um desgraçado maldito que não a merecesse, mas então a Milena disse que era você o pai da filha de Alice. –sorriu um pouco. –Você vai ser um bom pai Lucas.


-Obrigado. –agradeceu sincero.


 


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Andando pelos corredores do shopping com algumas poucas sacolas na mão, Mariana (https://picasaweb.google.com/lh/photo/7H8zgpJF-UPX72a0tyELF9MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) franziu a testa quando olhou o visor de seu celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/JD_mf5OOjZyYGWR0xaQw99MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) que tocava.


-Pedro? –atendeu hesitante.


-Lali, como vai?


-Bem... –balançou a cabeça franzindo mais a testa. –Por que está me ligando?


Ele respirou fundo.


-Me desculpe por estar ligando, talvez esse não seja o melhor momento, mas eu disse que precisava falar com você. Podemos nos encontrar?


-Nos encontrar? –parou de andar arregalando os olhos. –Por quê?


-Quero conversar. –voltou a respirar fundo.  –Por favor, Lali.


Confusa, ela coçou a testa.


-Não sei Pedro... Não parece certo, você está com a Anna, ela não vai gostar disso.


-Ela não precisa saber. Por favor. –voltou a insistir com a voz rouca.


Apertando os olhos com força ela voltou a coçar a testa.


-Já estou me arrependendo disso, mas tudo bem. –suspirou. –Onde te encontro?


-Onde você está?


-No shopping.


-Estou saindo do trabalho agora, daqui vinte minutos chego aí pra te buscar.


-Tudo bem. –desligou. –Você não tem amor próprio Mariana Elizabeth. –murmurou resignada guardando o aparelho de volta na bolsa (https://picasaweb.google.com/lh/photo/JiWxUmIUcjRH_YxZklAgcNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink).


 


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-Não acredito! –Anahí (https://picasaweb.google.com/lh/photo/W0QrXmFr_fncmVokpkB4dtMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) sussurrou pasma cobrindo os lábios com as mãos. –A Alice fez isso mesmo? –afastou as mãos franzindo a testa para a mãe.


Com os lábios apertados, Marichelo assentiu.


-Fez. E tenho que dizer, senti tanta pena do Poncho. O pobrezinho está péssimo.


-Mesmo?


-Sim, ele vai precisar de muito apoio para se recuperar desse choque.


Desviando os olhos, Anahí mordeu o lábio inferior com força. Deveria?


-Mãe, eu... Preciso ir sim? –ergueu-se do sofá pegando a bolsa (https://picasaweb.google.com/lh/photo/3iz30lyGgsFb_QN_Supky9MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) .


-O quê? –franziu a testa sem entender. –Aonde vai Anahí?


-Dá um beijo no papai. Tchau. –saiu apressada.


Já dentro do carro (https://picasaweb.google.com/lh/photo/7BhaginfV8VOVscxN-XBjdMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink), ela hesitou. Como chegar a casa de Poncho se ela não sabia o endereço? Incerta pegou o celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/OpdbsHahDgLsY-c7vQqqGdMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink).


-Pra quem eu pergunto? –franziu a testa em dúvida. Decidiu por Christian.


-Annie? –ele atendeu no segundo toque.


-Chris! Tudo bem?


-Tudo e você?


-Ótima. É... Queria te pedir uma coisa, mas me promete que não vai fazer perguntas ou me dizer um monte coisas? –apertou os olhos com uma careta.


-Ok. –concordou confuso. –O que você quer?


Anahí hesitou.


-O endereço do Poncho. –falou rápido.


Christian ficou em silêncio por um breve momento.


-Ah! Tudo bem. –disse o endereço. –Sabe onde fica?


-Sei, muito obrigada.


 -Annie por que você quer o endereço dele?


-Christian você disse que não ia fazer perguntas!


Ele gargalhou.


-Ok, ok. Não quero provocar seus hormônios. –brincou. –Beijão.


-Beijo. –desligou.


Respirando fundo para tomar coragem, ela ligou o automóvel partindo em seguida.


-Malditos hormônios. –resmungou um tempo depois. Sentiu o filho chutar. –Não se preocupe a mamãe te ama. –riu sozinha.


 


x______x


 


Pedro estacionou (https://picasaweb.google.com/lh/photo/iT3QkY1ZNkCft4SjafEXs9MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) em frente ao shopping, descendo para abrir a porta do carona para Mariana.


-Aonde vamos? –ela franziu a testa quando se aproximou.


-Meu apartamento.


Arregalando os olhos, ela deu um passo inconsciente para trás.


-Enlouqueceu?


-Calma. –ele se apressou em tranqüilizá-la. –Achei melhor irmos para lá porque realmente estou exausto e lá teremos privacidade... para conversar. –se apressou em completar ao notar a expressão furiosa dela.


-Promete? –ela duvidou.


-Prometo. –assentiu com um sorriso de canto.


-Pode tirar esse sorrisinho de galã! –ela brigou acertando um tapa nele.


Pedro riu fechando a porta do carro após Lali entrar, deu a volta no automóvel entrando do lado do motorista.


 


x______x


 


Com a testa franzida, Poncho abriu a porta para Anahí.


-Oi. –ela forçou um sorriso.


-Oi. –sorriu de canto. –Entra. –deu passagem a ela.


Forçando um novo sorriso, ela entrou no flat seguindo em silêncio até a sala. Sentaram-se, ela no sofá e ele na poltrona.


-Desculpe ter vindo sem avisar. –murmurou apertando as mãos com força.


-Tudo bem. –deu com os ombros. –Eu vivo fazendo isso com você. –brincou seu sorriso aumentando.


Ela deu uma risadinha, afastando a franja dos olhos.


-Tem razão. É... –um pouco sem jeito deixou a bolsa sobre o sofá. –Você está bem? –franziu a testa.


 Poncho estava abatido e tinha círculos escuros em volta dos olhos.


-Já tive dias melhores. –murmurou coçando a barba que estava por fazer.


-Imagino que sim. –sorriu compreensiva.


-Você já sabe não é? –ele perguntou de repente.


Sem saber o que dizer, ela assentiu.


-Sinto muito. –sussurrou.


-Pelo menos o Luke vai ser um bom pai. Esse é o meu consolo.


Triste e emocionada, ela tomou a mão dele na sua.


-Sei que tenho sido uma rabugenta com você nos últimos tempos, mas saiba que pode contar comigo sim?


Olhando seus dedos entrelaçados, ele ergueu os olhos para ela voltando a sorrir de canto.


-É bom ouvir isso. A propósito, você está linda. –acrescentou em seguida.


-Você realmente não perde uma oportunidade. – recolheu a mão com uma careta.


-Estou sendo sincero, quer que eu minta? –riu. –Posso dizer que você está gorda e com os seios enormes. –riu mais quando ela lhe acertou um tapa na perna.


-A propósito Alfonso, quando foi a ultima vez que você comeu? –franziu a testa mudando de assunto.


Ele pensou por um momento.


-Hum... Acho que no casamento.


-O quê? –arregalou os olhos.


-Não precisa se preocupar Annie, eu estou bem. –a tranqüilizou.


-Já se olhou no espelho? –brigou. –Vai tomar um banho enquanto eu preparo algo pra você comer.


Ele ergueu uma sobrancelha vendo-a se levantar.


-Tem comida nesse lugar?


-Acho que sim. –ergueu-se também. –Tem certeza que pode cozinhar? Digo, a Dul me falou que você enjoa com cheiro de temperos.


Ela balançou a cabeça.


-Não mais, os enjôos melhoraram.


-Que bom. –baixou os olhos para o ventre saliente desejando tocá-lo.


Anahí notou seu olhar e desejou que ele a tocasse.


-Agora banho sim? –o empurrou de leve.


-Sim senhora. –ele brincou batendo continência sumindo em seguida pelo corredor.


Balançando a cabeça, Anahí o viu se afastar.


-Não se deixe levar Anahí. –sussurrou para si partindo em seguida em direção a cozinha.


 


x______x


 


Com um enorme sorriso nos lábios, María (https://picasaweb.google.com/lh/photo/g4ri0FIHc125mt_BURklrNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) abriu a porta para Lucas.


-Oi. –ele sorriu de canto.


-Fiquei surpresa quando o porteiro disse que era você. –inclinou-se para beijá-lo.


Mas Lucas não correspondeu ao beijo com era esperado, interrompeu-o rapidamente.


-Lucas o que foi? –afastou-se franzindo a testa.


-Precisamos conversar. Posso entrar?


-Claro que sim. –deu passagem para ele entrar. –Senta. –indicou uma poltrona quando chegaram à sala.


Ele se sentou passando as mãos pelo rosto enquanto respirava fundo.


-Você está me preocupando Luke. –franzindo mais a testa sentou-se na ponta da mesa de centro ficando de frente para ele. –Algo errado?


-Não necessariamente. –soltou o ar com força, olhou-a nos olhos disposto a ser mais sincero possível. –Você sabe que a Alice faleceu durante o parto não sabe? –franziu a testa.


Ela assentiu sem compreender.


-Quando estávamos no hospital, a Milena nos contou algo que mudou tudo. –continuou.


-O que ela disse? –sussurrou.


Lucas engoliu em seco.


-Disse que a filha da Alice é minha.


Os olhos de María se arregalaram em choque. Ela abriu a boca para falar, mas nenhum som saiu.


-O... O que? –gaguejou em choque.


Compreendendo a reação dela, ele tomou as mãos da namorada nas suas sustendo-lhe o olhar.


-Não te falei nada na hora porque o Poncho e eu decidimos fazer um exame de DNA. Recebemos o resultado essa manhã. –acrescentou com a voz baixa.


-E? –pressionou quando ele se calou.


-A Ângela é minha filha. –murmurou por fim.


Ela balançou a cabeça incrédula.


-Não... Não é possível. Ela era esposa de um dos seus melhores amigos! Como assim a filha dela é sua?


-Você está certa meu amor. Também pensei nisso quando a Milena nos contou, cheguei a pensar que ela estava louca, mas... –hesitou. –Alice e eu saímos para beber sozinhos numa noite, tomamos muitos drinques e perdemos o controle. Bebi tanto naquela noite que até hoje não me lembro do aconteceu direito, mas consciente ou não, eu transei com a Alice e o DNA comprovou que a filha é minha.


-Oh meu Deus! –sussurrou horrorizada cobrindo os lábios com as mãos. –E agora? –afastou as mãos voltando a franzir a testa.


-Vou assumir com as minhas responsabilidades, é obvio.


-Assumir as responsabilidades? Está me dizendo que você vai assumir essa menina?


-É claro que sim! O que mais eu poderia fazer? –franziu mais uma vez a testa não gostando do tom de voz dela.


-Deixá-la com o Alfonso, afinal de contas, a esposa era dele!


-Mas a filha é minha! –rebateu endurecendo a expressão. Balançou a cabeça ergueu-se. –Realmente pensei que você entenderia a minha situação, mas pelo jeito me enganei.


María ergueu-se também.


-Isso é muito repentino, você me pegou de surpresa! –ela tentou se justificar suavizando a expressão.


Ele respirou fundo duas vezes acalmando seus nervos.


-Já perdi um filho uma vez e não vou desperdiçar essa nova chance que Deus está me dando. A Angie é minha.


Ela o observou em silêncio por alguns minutos.


-Tem certeza? –murmurou.


-Como nunca tive na vida. –assegurou convicto.


Suspirando, ela se aproximou para abraçá-lo.


-Me desculpe pela minha reação. –murmurou erguendo os olhos para ele.


-Está tudo bem. –sorriu de canto beijando-a na testa.


 


x______x


 


Pedro voltou para a sala com duas taças de vinho nas mãos e encontrou Mariana junto à janela da sala, observando a bela vista da cidade.


-Aqui. –estendeu a taça para ela.


-Obrigada. –murmurou sorrindo de canto.


Parando ao lado dela, ele deu um gole no vinho.


-Não vai sentir falta disso? –indicou a vista do lado de fora.


Ela suspirou.


-Claro que vou. Aqui foi onde eu nasci, onde eu cresci... É a minha casa.


-Então por que vai embora? –insistiu.


-Por que está insistindo nesse assunto Pedro? –franziu a testa virando-se para olhá-lo.


Ele deu com os ombros.


-Não sei, mas é que... Não me parece justo que você parta assim.


-Ninguém tem nada a ver com isso. –desviou os olhos. Franziu a testa. –Olha Pedro, não sei por que concordei em vir aqui. –balançou a cabeça afastando a franja dos olhos. –Isso é um erro. –afastou-se dele deixando a taça intocada sobre a mesa de centro pegando a bolsa.


-Lali. –a chamou se aproximando.


-Não Pedro! –olhou-a atormentada. –Você está com a Anna, nós ficamos no passado.


 -Mesmo? –franziu a testa deixando de lado a taça de vinho.


Ela balançou a cabeça sorrindo tristonha.


-O tempo acabou pra nós. Com licença, tchau. –deu as costas a ele seguindo em direção a porta.


Sabendo que se a deixasse passar por aquela porta não a veria tão cedo, Pedro apressou-se em direção a ela. Mariana deu um gritinho de susto quando sentiu dois braços fortes lhe agarrarem a cintura.


-Enlouqueceu? –ofegou quando ele a virou para si.


-Ainda não. –murmurou baixando os lábios para unir seus lábios.


Beijaram-se por vários minutos até que Pedro selou seus lábios com vários selinhos.


-Por que fez isso? –sussurrou abrindo os olhos e encarando-o.


Pedro subiu uma mão até o rosto dela e o acariciou.


-Porque eu te amo. –murmurou olhando-a nos olhos.


-Não faz isso. –pediu. Respirou fundo afastando-se dele. –Você está com a Anna e pelo que soube estão muito bem. –a magoa transpareceu em sua voz.


-As coisas com a Anna são diferentes. –defendeu-se.


-Em que? –pressionou. Mas quando o viu hesitar, voltou a balançar a cabeça. –Quer saber, esquece. –voltou a dar-lhe as costas.


Dessa vez, Pedro não a impediu. Tinha a testa franzida afinal, aquela pergunta lhe pegara de surpresa. Por que Anna era diferente?


 


x______x


 


De banho tomado e com a aparência melhor, Poncho encontrou Anahí terminando de pôr a mesa.


-Demorei tanto assim? –franziu a testa.


Ela ergueu os olhos sorrindo para ele.


-Espero que esteja com fome. –voltou à cozinha voltando logo em seguida com duas tigelas.  


-Isso parece estar gostoso. –sorriu sentindo o estomago roncar.


-Se preferir posso pegar o vinho. –apontou o suco um pouco sem jeito.


-Está perfeito assim. –seu sorriso aumentou.


Ela retribuiu o sorriso. Serviram-se e começaram a comer, jantaram num clima leve em meio a conversas e risadas, mas não falaram sobre Alice, Ângela ou o filho deles. Quando terminaram, ele a ajudou a recolher a louça, a lavar, secar e guardar.


-Agora está na hora de eu ir. –Anahí murmurou deixando o pano de prato de lado.


-Mesmo? –pigarreou. –Digo, por que não assiste um filme comigo? –tentou já pronto para ouvir um ‘não’.


Anahí hesitou.


-Só um filme? –franziu a testa mordendo o lábio inferior.


-Nada mais. –assentiu tentando conter um sorriso. 


Olhando-o desconfiada, ela assentiu.


-Eu escolho.


 


x______x


 


Christian parou no sinal e levantando a viseira do capacete, olhou ao redor seus olhos sendo atraídos por Maite (https://picasaweb.google.com/lh/photo/uxe20huvQl4AU9IyN0X62tMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) sentada numa mesa junto à janela num café. Num impulso, estacionou (https://picasaweb.google.com/lh/photo/Z03vs5rHMtc0vCUQZgcLgdMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) e com o capacete na mão, entrou no café.


-Christian? –Maite franziu a testa ao vê-lo se aproximar.


 -Posso? –apontou para a cadeira vaga a frente dela.


Ela assentiu apertando os dedos em volta do copo de chocolate quente.


-Tudo bem? –a olhou notando os círculos escuros em volta dos olhos dela.


-Sim. –murmurou assentindo.


-Mentirosa.


-Vá cuidar da sua vida Christian. –resmungou desviando os olhos e dando um gole no chocolate.


Naquele momento uma garçonete se aproximou e após dispensá-la, ele voltou sua atenção para ela.


-O que houve? –insistiu.


Ela respirou fundo.


-Não quero falar sobre isso. –murmurou sem olhá-lo.


-Ou não quer falar comigo? –franziu a testa.


-Pode ser os dois? –ergueu as sobrancelhas com uma ponta de ironia na voz.


 Ele bufou se irritando.


-Mas que... Eu me preocupo com você droga! –resmungou. –Isso é tão ruim assim?


-Preocupe-se com a sua noiva. –arrependeu-se no mesmo instante que terminou de falar. “Ótimo Maite” lamentou-se em pensamento.


Christian voltou a franzir a testa.


-Você está me tratando assim por causa da Isabella?


-Claro que não! –balançou a cabeça. -Mau a conheço. –balançou os ombros fingindo indiferença.


-Por que então falou sobre ela?


Revirando os olhos, ela suspirou.


-Não estava me referindo exatamente a Isabella Christian, estava dizendo para você me deixar em paz.


A expressão dele endureceu.


-Quer que eu vá embora?


Fechando os olhos para não a denunciassem, ela assentiu.


-Por favor. –murmurou.


Apertando os lábios, ele assentiu.


-Me desculpe, não vou mais importuná-la com a minha presença. –magoado, ele ergue-se e partiu sem mais nada dizer.


Abrindo os  olhos Maite viu-o indo em direção a porta. Teve vontade de chamá-lo e se desculpar, mas se conteve, precisava manter distancia de Christian se ainda quisesse manter intacto o pouco que restara de seu coração. Ele seguira em frente, iria se casar com Isabella e ela precisava fazer o mesmo, seguir em frente e rezar a Deus para encontrar um doador de medula compatível. Através do vidro, viu-o subir na moto e partir logo em seguida.


 


x______x


 


-E eles viveram felizes para sempre. –Christopher terminou de ler fechando o livro e baixando os olhos para Liz.


-Lê outra. –ela pediu sonolenta.


Ele sorriu deixando o livro de lado.


-Amanhã meu anjo, agora é hora de dormir está bem?  -curvou-se para beijá-la na testa.


Com os olhos quase fechados de sono, ela assentiu puxando o edredom até o pescoço.


-Boa noite papai. –murmurou.


O sorriso dele aumentou.


-Boa noite filha. Dorme com os anjos. –beijou-lhe  atesta mais uma vez. –Boa noite Lola. –acariciou as orelhas da cachorrinha deitada junto aos pés de Liz.


Saindo do quarto em silêncio, apagou a luz deixando apenas o abajur aceso. Seguiu pelo corredor até seu quarto onde encontrou a esposa (https://picasaweb.google.com/lh/photo/HC_DHlXQqoQ0iqok42ZtMNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) já debaixo do edredom com a televisão ligada e quase adormecida.


-Ela dormiu? –Dulce murmurou desligando a televisão quando ele se juntou a ela na cama.


-Antes mesmo de eu sair do quarto. –sorrindo puxou a esposa para junto de si beijando-lhe no topo da cabeça. –A Lola parecia exausta também. –comentou com uma risadinha.


-Aquelas duas são uma duplinha e tanto. –riu também se aconchegando mais ao marido. –Vai trabalhar amanhã? –murmurou escondendo um bocejo.


-Só vou dar uma passada no escritório, mas não pretendo ficar muito tempo. Estamos em lua de mel lembra?


-Remarquei nossa passagem para o fim da próxima semana tudo bem? –apoiou-se num cotovelo sorrindo para ele.


-Por mim está ótimo. –sorrindo de volta, afastou-lhe a franja dos olhos. Inclinou-se para beijar-lhe os lábios rosados.


 


x______x


 


Desviando os olhos da televisão, Poncho olhou em direção a poltrona onde Anahí estava sentada e surpreendeu-se ao encontrá-la adormecida. Com as pernas encolhidas e a cabeça tombada para lado, ela dormia num sono profundo. Poncho esperou o filme acabar e após desligara televisão, aproximou-se dela.


-Annie. –chamou num sussurro tocando-lhe o rosto.


Ela sequer se mexeu. Com extremo cuidado e delicadeza, ele a ergueu em seus braços e seguiu em direção ao quarto, afastando o edredom deitou-a.  Anahí suspirou em meio ao sono aconchegando-se. Durante seu movimento sua blusa subiu revelando parte de seu ventre dilatado, não resistindo ele ajoelhou-se ao lado da cama tocando a pele descoberta. Ficou parado por algum tempo apenas apreciando o contato mais intimo que tivera com seu filho até aquele momento, mas se afastou quando Anahí se mexeu. Não queria perturbá-la, assim ergueu-se para sair do quarto.


-Poncho. –Anahí sussurrou em meio ao sono.


Ele parou a observou por um momento, mas ela não se mexeu ou emitiu qualquer som. Continuava adormecida. Movido por um impulso, apagou todas as luzes e retornou ao quarto encontrando-a na mesma posição, tirou a camiseta e deitou-se ao lado dela na cama de casal, trazendo-a para seus braços. Anahí não se afastou aconchegando-se  a ele com um suspiro, flexionou uma das pernas deixando-a entre as dele. E ali com Anahí em seus braços e sentindo uma calma que não há meses, Poncho adormeceu.


 


x______x


 




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Autor(a): daianycandy

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  36° Capítulo: Aceito o desafio.   {Música de Fundo: http://youtu.be/uf6VLZo9uC0}   Quarta feira, 25 de Agosto de 2010.   Anahí despertou lentamente sentindo-se estranhamente aquecida e confortável. Ainda de olhos fechados, ela bocejou virando-se de barriga para cima, mas parou ao sentir um peso incomum sobre se ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 194



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  • amandabcruz Postado em 20/11/2012 - 22:25:24

    Cadê você Day, que está desaparecida de Abril em Uma Chance pra Recomeçar... Queremos posts. "Y Desaparecio, si fue sin avisar..."

  • analaninha Postado em 29/10/2012 - 23:36:15

    ONDE VOCÊ ESTA? ESTOU PREOCUPADA COM VOCÊ.. VOCÊ ABANDONOU A FIC?

  • amandabcruz Postado em 11/09/2012 - 21:06:21

    Eu juro que morro se a Day parar definitivamente... ela nunca ficou ausente por tanto tempo...

  • amandabcruz Postado em 11/08/2012 - 21:19:56

    Dê notícias Day, pelo amor de Deus!

  • analaninha Postado em 07/06/2012 - 17:13:16

    Já to ficando louca cade você? Não vejo a hora de ler mais..!

  • amandabcruz Postado em 13/05/2012 - 23:41:01

    Day, como te disse sempre que você vem, não decepciona... Mas vou tirar o chapéu pra cena da May, nossa, chorei muito aqui imaginando cada detalhe, e o desespero de saber que as opções são poucas... Tá linda sua web, mas não demora de postar, por favor? rsrsrs

  • amandabcruz Postado em 13/05/2012 - 23:40:46

    Day, como te disse sempre que você vem, não decepciona... Mas vou tirar o chapéu pra cena da May, nossa, chorei muito aqui imaginando cada detalhe, e o desespero de saber que as opções são poucas... Tá linda sua web, mas não demora de postar, por favor? rsrsrs

  • daianycandy Postado em 29/04/2012 - 20:51:13

    Acabei de postar a ultima parte do cap 37. É uma parte pequena, mas espero que gostem!!! Estou esperando por coments e opiniões.. *--* Beijinhos e até mais!

  • tatarbd Postado em 25/04/2012 - 09:34:34

    Meu casal preferido Vondy acho eles muito lindo continuarrrrrrrrrrrrr

  • daianycandy Postado em 24/04/2012 - 02:41:04

    Demorei, mas apareci! kkk Passei aqui rapidinho para postar o capitulo 37 para vocês! *---* Ele está quase completo, falta somente uma parte para fechar o capitulo, mas logo logo estarei postando esse trecho sim? Beijos a todas e espero comentários! =P


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