Fanfics Brasil - 36° Capitulo .~Uma Chance para Recomeçar

Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar


Capítulo: 36° Capitulo

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36° Capítulo: Aceito o desafio.



 


{Música de Fundo: http://youtu.be/uf6VLZo9uC0}


 


Quarta feira, 25 de Agosto de 2010.


 


Anahí despertou lentamente sentindo-se estranhamente aquecida e confortável. Ainda de olhos fechados, ela bocejou virando-se de barriga para cima, mas parou ao sentir um peso incomum sobre seu abdômen. Abrindo os olhos no mesmo instante olhou para baixo e viu o braço moreno de Poncho, a mão dele repousava logo abaixo de seus seios no topo de seu ventre.


-Oh meu Deus. –ofegou cobrindo os lábios com as mãos em seguida.


Sentindo a mão de Poncho alisar seu ventre, fechou os olhos rezando em silêncio para que ele não acordasse.


-Bom dia. –ele sussurrou jun to ao ouvido dela. Riu quando Anahí pulou de susto.


-Quer me matar de susto? –brigou acertando-lhe um tapa.


-Muito pelo contrário. –murmurou seu sorriso diminuindo.


Ela o encarou em silêncio por um momento.


-Sinto muito, não quis... –franziu a testa sem saber o que dizer.


-Eu sei. –ele assentiu.


Suspirando, ela voltou a baixar os olhos para a mão de Poncho que continuava em seu ventre. Seguindo o olhar dela, ele passou a mão por todo o ventre arredondado. Estremecendo ela cobriu a mão dele com a sua.


-Por que gosta de me fazer sofrer? –sussurrou fechando os olhos.


-Annie olha pra mim. –ele pediu.


Após um momento de hesitação, ela fez o que ele pediu.


-Vem cá. –sentou-se na cama ajudando-a a fazer o mesmo. Segurou-lhe as mãos nas suas. –Eu sei que as coisas têm estado difíceis e sei também da minha culpa pela bagunça na sua vida. –respirou fundo. –Quando fui atrás de você no hotel aquela noite, não estava planejando nada, eu apenas vi que você estava mal e preocupei, mas quando você começou a chorar e eu... Eu tive você nos meus braços depois de tantos anos, não consegui me controlar. –franziu a testa. –Sinto que me aproveitei da sua vulnerabilidade naquela noite e me odeio por isso, mas não me arrependo do que fizemos aquela noite. Nunca.


Com a testa franzida e os olhos cristalinos, ela o olhou.


-Por que eu engravidei? –sussurrou.


-Também. –assentiu. –Mas principalmente porque me dei conta do quanto ainda te amo. E eu não estou mentindo! –apressou-se em dizer. –Por Deus Annie! Eu te amo desde o dia em que demos nosso primeiro beijo naquela brincadeira de verdade ou conseqüência!


-Não pode ser. –balançou a cabeça sem acreditar. –Nós éramos praticamente crianças, eu tinha doze e você treze anos!


-Sei disso. Você era uma das melhores amigas da minha irmã e não tinha permissão para namorar as amigas da Dul, uma promessa boba que eu levava a sério, eu sei e por isso pelos cinco anos que se seguiram, eu tentei ser o melhor amigo possível pra você.  


-E foi. –ela reconheceu num murmúrio. Respirou fundo. –Até aquele dia em que nós discutimos e eu te beijei.


-Sim. –concordou. –Annie eu... Gostaria muito de poder voltar no tempo e corrigir os últimos seis anos, mas é impossível.  Mas eu estou aqui te pedindo uma nova chance porque você e o nosso filho são as únicas pessoas que eu tenho.


Emocionada, ela balançou a cabeça.


-Você tem a sua família.


-Elas não podem ocupar um lugar que é seu. Ninguém pode.


-A Alice ocupou. –acusou chorosa.


-Nunca. –sua voz soou firme. –Admito que por um tempo cheguei a pensar que a amava, mas depois que dormimos juntos me dei conta que o que eu vivia era uma farsa, que aquilo tudo era um erro porque... sempre foi você a dona do meu coração.


Sorrindo de canto, ela estendeu a mão tocando-lhe a face.


-Sempre? –sussurrou olhando-o nos olhos.


-Sempre meu amor. –assentiu cobrindo a mão dela com a sua.


Eles se encararam por minutos inteiros até que Poncho baixou o rosto tomando os lábios rosados nos seus. Beijaram-se por um tempo indeterminado até que ela selou seus lábios com leves beijos.


-Senti muita falta disso. –ele suspirou abrindo os olhos, afastou com as pontas dos dedos a franja que caía sobre os olhos azuis.


-Eu também. –ela suspirou também encostando sua testa no queixo dele.


Abraçando-a, Poncho franziu a testa.


-Por que estou com a sensação de que você não está feliz? –baixou o rosto para olhá-la nos olhos.


-Por que continuo com a sensação de que isso não é certo? –rebateu desviando os olhos.


-Não, não. –tomou-lhe o rosto entre as mãos até que ela o olhou. –Isso o que temos é totalmente certo.


-E o que temos? –franziu a testa sentindo os olhos novamente úmidos.


-Nosso amor. –sem desviar seus olhos baixou uma de suas mãos e tocou o ventre dela. –E o nosso filho.


Com uma lágrima escorrendo por sua bochecha, ela cobriu a mão dele com as suas.


-E o que nós fazemos com isso? –sua voz tremeu.


-Recomeçamos.


 


Sexta feira, 03 de Setembro de 2010.


 


-Annie? –Gabriela (https://picasaweb.google.com/lh/photo/71L0sstSTrex8R0y0gAAtdMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) chamou franzindo a testa. –Annie? Anahí! –aumentou o tom de voz.


Pulando de susto, Anahí (https://picasaweb.google.com/lh/photo/jURsuVH1VqNKrKrXoJrRv9MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) deixou cair a caneta olhando com os olhos arregalados a amiga sentada a sua frente.


 -O que foi? –ofegando levou uma mão até o peito.


-Estou te chamando! Mas parece que você está com a cabeça no mundo da lua! –riu da careta que a outra fez.


-Me desculpe, eu estava... –balançou a cabeça respirando fundo. –Eu estava pensando em outras coisas. Desculpe.


Gabriela abriu a boca para falar, mas voltou a fechá-la quando o celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/OpdbsHahDgLsY-c7vQqqGdMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) de sua sócia vibrou sobre a mesa anunciando uma nova mensagem. Anahí leu em silêncio, um sorriso inconsciente surgindo em seus lábios.


-Pelo sorriso e o brilho nos seus olhos, presumo que seja do Poncho. –Gabriela sorriu de canto erguendo uma sobrancelha.


Respirando fundo, ela assentiu.


-Ele está me chamando para jantar hoje.


 -Interessante. Vai aceitar?


-Não sei. –riu de nervoso. –Acho que devo? –franziu a testa incerta.


-Claro que sim sua boba! Annie você é louca por esse homem e apesar de mal conhecê-lo, vi que ele também é louco por você. No casamento da Dulce, ele não tirou os olhos de você!


Mordendo o lábio inferior por um momento, Anahí voltou a pegar o celular.


-Estou te esperando às oito. –escreveu enviando em seguida. Ergueu os olhos para Gabriela. –Está bom assim? –riu.


-Vai melhorar quando você dormir com ele. –brincou gargalhando enquanto desviava de uma caneta que Anahí atirou em sua direção.


 


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-Oh Luke ela é tão linda! –Mônica (https://picasaweb.google.com/lh/photo/ruT5V5J49g5xfYi9W9BdeNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) sorriu derretendo-se diante da foto de Ângela (https://picasaweb.google.com/lh/photo/TpXNGKt-IUr5fLeBZ2zuttMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink).


-Uma princesa não? –ele sorria orgulhoso pegando seu celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/hpw9ahgSqBQVd7MBwvpkiNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) de volta.Estavam sentados frente a frente na parte externa de um café.


-Definitivamente! Já sabe quando ela vai ter alta?


-Semana que vem.


-Jura? Que maravilhoso! Tem bebês que ficam meses internados e ela só vai ficar três semanas, isso é realmente muito bom.


-Vou te dizer, não vejo a hora de ela ir para casa.


-Posso imaginar. E as coisinhas dela como o enxoval, o quartinho?


-O enxoval está todo pronto, o Poncho me enviou tudo o que a Alice comprou, mas o quarto... Ainda não está pronto. –fez uma careta.


-Lucas! A Ângela vai ter alta em uma semana! –brigou.


-Eu sei, eu sei! Mas é que... Estava esperando você voltar de viagem.


-Eu? –estranhou franzindo a testa.


-Lógico! Mônica você é a melhor que eu conheço e é do quarto da minha filha que estamos falando. Não quero que qualquer um faça isso entende? A Alice deveria preparar o quartinho da nossa filha, mas como nem eu nem o Poncho conseguimos encontrar o projeto, vou ter que me virar. –deu com os ombros. –E você é única profissional em que confio para fazer isso.


Mônica ergueu uma sobrancelha desconfiada.


-Está tentando me adular Lucas Scott?


 Ele riu.


-Estou conseguindo?


Ela deu com os ombros voltando a sorrir.


-Talvez, mas... –ergueu o dedo indicador em riste. –Vai ser um presente.


-Mônica. –advertiu fazendo cara feia.


-Sem essa Luke! Nós somos amigos e jamais permitiria que você me pagasse para montar o quartinho da sua filha. E mais –apressou-se em acrescentar não dando oportunidade para ele reclamar. –vou fazer isso pela Angie. O primeiro presente da titia Mônica.


Ele riu dando-se por vencido.


-Sei que não adianta discutir com você, então tudo bem. –pegou a mão dela por cima da mesa. –Obrigado.


-Me deixa seqüestrar a neném de vez em quando e estamos quites. –brincou.


 


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-Filha? –Letícia bateu na porta do quarto de Maite.


Espero por um momento, mas como não obteve  resposta abriu a porta encontrando o quarto vazio.


-Filha? –voltou a chamar, mas continuou sem resposta. Aproximando-se da porta fechada do banheiro, bateu. –Mai você está aí?


-Estou aqui mãe! –a voz dela soou abafada e estranha. –Precisa de alguma coisa?


-Só... –hesitou franzindo a testa. –Seu pai e eu vamos sair, quer vir conosco?


-Obrigada mãe, mas vou ficar em casa. –houve um breve momento de silêncio. –Não estou com pique para passear, aproveitem por mim sim?


-Está bem. –assentiu embora estivesse com uma sensação estranha no peito. –Você está bem filha?


-Claro que sim. Estou tomando banho de banheira, por isso estou meio grogue.


-Tudo bem então. –soltou o ar com força. –Voltamos mais tarde ok? Qualquer coisa é só ligar.


-Pode deixar.


Hesitante, Letícia se afastou saindo do quarto após mais uma última olhada em direção a porta trancada do banheiro.


 


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Trêmula e muito pálida Maite (https://picasaweb.google.com/lh/photo/m74fLYwlrotmD58o4Jf1jNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) ouviu o barulho da porta sendo fechada.


-Oh. –ofegou quando uma nova ânsia a fez curvar-se sobre o vaso e vomitar.


Quando conseguiu controlar a náusea, voltou a cair sentada no piso gelado. Após vários minutos assim, ergueu-se com dificuldade gemendo ao sentir um incômodo do lado esquerdo do abdômen. Tirou a roupa com cuidado e nua entrou no box ligando o chuveiro em seguida. Voltou a gemer quando os jatos de água atingiram sua pele sensível pela febre. Sentindo-se tonta, ela apoiou-se na parede com uma das mãos baixando a cabeça para que a água caísse sobre sua nuca, ficou por vários minutos assim e quando abriu os olhos estranhou ao ver a água avermelhada escorrendo por seu corpo, tocando seu rosto viu que seu nariz sangrava.


-Não pode ser. –sussurrou sentindo os olhos arderem. Encostou-se contra o vidro embaçado do box e escorregou lentamente até o chão, abraçando suas pernas encostou a testa contra seus joelhos.


 


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-Annie? –Alexandre empurrou de leve a porta do quarto da irmã.


-Aqui no banheiro!


Seguindo até lá, ele parou na porta boquiaberto.


-Uau!


Ela (https://picasaweb.google.com/lh/photo/5kJ2njjeXyqzIPqjaBszjNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) virou-se para ele com um sorriso tímido.


-Exagerei?


-Não, não. Você está... incrível. É bom te ver assim. –acrescentou sorrindo-lhe.


-Obrigada. –sorriu-lhe de volta fechando o estojo de maquiagem e arrumando seus cremes sobre a pia do banheiro.


Observando-a atentamente, Alexandre recostou-se no batente da porta.


-Posso  saber pra quem é essa arrumação toda?


Anahí apertou os lábios por um momento, sentindo seu rosto esquentar.


-Por que pensa que me arrumei para alguém? –não o olhou.


Ele sorriu cruzando os braços.


-Você acabou de confirmar.


Ela o olhou sem entender.


-Você está vermelhinha. –provocou rindo em seguida.


Anahí fez careta.


-Sem graça. –resmungou saindo do banheiro para calçar os sapatos de salto alto junto à cama.


Alexandre a seguiu.


-É sério Annie, com quem vai sair?


Ela hesitou pegando a bolsa (https://picasaweb.google.com/lh/photo/F1oiXbWl5KVErZE6VrhRU9MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink  pequena sobre o colchão.


-Vou jantar com o Poncho. –murmurou por fim erguendo os olhos para o irmão.


-Sério? –ergueu as sobrancelhas em surpresa.


-Uhum. –assentiu.


Vendo a irmã morder o lábio parecendo pronta para receber uma bronca, Alexandre se aproximou puxando-a para seus braços.


-Essa é uma ótima noticia. –murmurou-lhe junto ao ouvido. Beijou-a na testa antes de se afastar.


-Acha mesmo? –olhou-o desconfiado.


-Claro que sim! –sorria.


Naquele momento o celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/OpdbsHahDgLsY-c7vQqqGdMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) de Anahí tocou avisando uma nova mensagem, ela leu em silêncio.


-È ele?


Assentindo, ela guardou o aparelho após uma breve resposta.


-Pedi para que me esperasse na portaria.


-Por quê? –franziu a testa.


Ela deu com os ombros.


-Não quero criar muitas expectativas Alex.


 


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-Tchau meu amor. –Dulce (https://picasaweb.google.com/lh/photo/KkKozR8MBLXLWLwr7SWzxNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) abraçou a filha com força. –Obedeça a Ale está bem? –beijou-a  na testa abraçando-a mais uma vez.


Sorrindo, Liz assentiu.


-Vou obedecer diretinho a vovó. –prometeu.


-Te amo. –apertou a filha contra si mais uma vez.


-Amor nós vamos ficar só uma semana fora. –Christopher passou o braço em volta dos ombros da esposa. –A nossa garota vai se comportar não é? –piscou sorrindo.


Piscando de volta, Liz o abraçou pela cintura.


-Pai traz presentes para mim? –abriu um enorme sorriso.


-Claro meu anjo. –a ergueu em seus braços. –Alguma coisa em especial?


-Qualquer coisa de Atenas. Pra minha coleção. –explicou.


Ele beijou-a no rosto.


-Pode deixar.


Naquele momento, o vôo do casal foi anunciado.


 -Tchau mãe, tchau pai. –beijou os dois. Soltou um gritinho de surpresa quando Victor a pegou fazendo-lhe cócegas.


-Agora essa princesinha fica comigo. –sorrindo Victor carregou a neta adotiva.


-Ale, por favor, me liga se acontecer alguma coisa. –com a expressão preocupada, Dulce abraçou a sogra. –Ela ainda está tendo um pouco de febre, então deixei o remédio numa bolsinha dentro da mala, a bombinha e o remédio pra bronquite também sim? E... nada de gelado, friagem e muito menos poeira, quero evitar uma nova crise.


-Pode deixar. –Alexandra assentiu.


-Amor, estamos atrasados. –Christopher voltou a passar o braço em volta dos ombros da esposa. –Você deixou todas as instruções anotadas lembra?


Dulce respirou fundo.


-Tem razão. –sorriu de canto. –Obrigada por ficar com ela Ale. –abraçaram-se mais uma vez.


-Imagina querida. Aproveitem a viagem sim?


-Pode deixar. –Christopher respondeu pela esposa beijando o rosto da mãe.


Os dois se despediram dos três mais uma vez e após a segunda chamada do vôo, partiram em direção ao portão de embarque.


 


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-Espero que possa esperar um pouco pelo jantar. –Poncho sorriu a Anahí ajudando-a a entrar no carro (https://picasaweb.google.com/lh/photo/7FWrkOs7j7nLDVcBrt5hUNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink).


-Como assim?  –franziu a testa colocando o cinto de segurança.


Ele deu a volta no automóvel entrando do lado do motorista.


-Vamos jantar em Puerto Vallarta. –colocou o cinto de segurança.


-O quê? –arregalou os olhos.


Ele riu dando partida.  


-Confia em mim. –piscou-lhe.


Ela balançou a cabeça, sorrindo sem querer.


-Você é louco.


Ele voltou a rir pegando a mão dela na sua.


 


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Mancando de dor e fraqueza, Maite (https://picasaweb.google.com/lh/photo/ml9-luZC3ppHjqJli1-cBtMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) sentou-se com cuidado gemendo ao sentir novas dores no lado esquerdo do abdômen. Pegando o celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/lPjraYeSGtXb8dxDILbM7NMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) na mesa de cabeceira ligou para um dos números da discagem rápida.


-Dr. Claudio Quintanilla.                                                                                                                                                  


-Claudio, sou eu Maite. Como vai? –apesar de seu esforço sua voz não passava de um murmúrio rouco.


-Estou bem, mas pela voz sua voz, você parece péssima. –sua voz se tornou séria. –O que há de errado?


Ela respirou fundo.


-Estou péssima. Com muita fraqueza, vômitos, sangramentos... Também estou sentindo dores do lado esquerdo do abdômen, acho que é o baço.


-Ok. Está sozinha em casa?


-Estou só com alguns empregados.


-Vou mandar uma ambulância buscar você. Avise seus pais Mai.


Maite voltou a engolir em seco, sentindo seus olhos úmidos.


-A situação está pior do que pensávamos não é? –sua voz soou trêmula.


-Não tire conclusões precipitadas está bem? Quando chegar aqui, faremos novos exames e então conversaremos. Tente não ficar nervosa, pode não fazer bem.


-Está bem. –concordou cobrindo os olhos com a mão trêmula. Desligou ligando em seguida para seu pai. –Pai? –esforçou-se para manter a voz normal.


-Oi meu amor. Esta tudo bem?


Soluçando, ela sentiu lágrimas molharem seu rosto.


-Sei que você e a mamãe estão num jantar romântico e eu me odeio por estar interrompendo, mas... Tente não se preocupar muito sim?


-O que está havendo Mai?


Ela puxou o ar com força.


-Uma ambulância está... vindo me buscar porque... Eu piorei. –apertou os olhos com força. –O Claudio acha que é melhor eu ir até o hospital fazer alguns exames. –sua voz tremeu.


-Que tipo de exames? –ele quis saber.


-Ainda não sei ao certo. -sussurrou.


-Estamos indo embora agora, te encontraremos no hospital está bem meu anjo?


Chorando, Maite voltou a cobrir os olhos com a mão trêmula.


-Pai. –soluçou. –Pede pra mamãe não se preocupar. Vai dar tudo certo, eu prometo pra vocês.


-Você sempre foi uma vencedora minha princesa. –Junior murmurou emocionado. –Lembre-se sempre disso filha.


-Eu vou lembrar. –murmurou em meio aos soluços.


  


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Já em Puerto Vallarta, Poncho e Anahí foram guiados de carro até o porto onde alguns barcos estavam ancorados.


 -Mais um acréscimo para a nossa noite. –ele sorriu-lhe.


Ela retribuiu-lhe o sorriso enquanto ele a ajudava a descer do carro.


-Dessa vez, você realmente se superou. –ela ofegou diante do iate iluminado que os esperava.


-Vou encarar isso como um elogio.


-Senhor, Senhora. –o capitão apareceu para recebê-los. –Sejam muito bem-vindos.


-Obrigada. –sorrindo ela aceitou a ajuda do capitão para subir a bordo.


Poncho a seguiu.


 


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Parado junto à janela, William contemplou a cidade que um dia deixara para trás. Nove anos e sete meses atrás partira daquele país disposto a nunca mais voltar, mas ali estava ele... Disposto a reencontrar seu passado.


-Seu grande idiota, ela está casada! –repreendeu-se com raiva saindo de perto da janela e começando a andar pelo quarto.


Mas o fato de Dulce ter uma filha não o deixava em paz, descobrira que a menina completaria nove anos em Novembro. Se suas contas estivessem certas, Dulce engravidara em Janeiro de 2001, quando eles ainda namoravam. Não acreditava que Dulce pudesse ter-lhe mentido ou escondido a existência de um bebê, mas aquilo não o deixava em paz! Precisava encontrá-la e tirar a dúvida, decidiu naquele momento.


 


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Christian chegou em casa e encontrou o apartamento escuro, presumindo que Isabella estivesse dormindo não fez barulho enquanto seguia em direção ao quarto, mas hesitou no corredor ao encontrar a porta do quarto entreaberta e ouvir a voz chorosa da noiva. Esgueirou-se para ouvir melhor.


-Sì, lo so. –ela soluçou. –Il medico ha detto che non posso avere figli.


-Sim, eu sei. –ela soluçou. –O médico disse que eu não posso ter filhos.


Preocupado com a angústia na voz dela, ele se aproximou mais espiando pela fresta da porta. Encolhida na cama, Isabella (https://picasaweb.google.com/lh/photo/8gj9ATMKulV-JCxn5E1dS9MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) falava ao telefone.


-Non so come dirglielo. –ela choramingou. –Sono una persona terribile. –murmurou após um momento voltando a soluçar.


-Eu não sei como dizer. –ela choramingou. –Eu sou uma pessoa terrível. –murmurou após um momento voltando a soluçar.


Sem perceber, Christian bufou de raiva. Isabella sentou-se na cama no mesmo instante.


-Penso di aver sentito alcuni barulho. Preciso andare adesso, dopo che abbiamo parlato. –desligou o telefone com a testa franzida. –Christian?


 -Eu acho que ouvi algum barulho .Preciso ir agora, depois falamos.


Na ponta dos pés e contendo a respiração, ele correu até a sala.


-Bella? –chamou em voz alta fazendo barulho com as chaves na mesa do corredor.


-Já vai! –a ouviu gritar.


Tentando conter sua curiosidade, ele foi até a cozinha onde serviu-se de um copo de suco gelado. Lavava o copo quando ela apareceu sorridente, mas com os olhos um pouco avermelhados.


-Tudo bem? –se aproximou para beijá-lo.


Assentiu passando o braço ao redor da cintura delgada.


-Sim, e você? –franziu a testa. –Seus olhos estão vermelhos. –não conseguiu evitar o comentário.


O sorriso de Isabella tremeu, seus olhos arderam.


-É só sono. Sua mãe ligou e pediu pra você retornar. –mudou de assunto saindo dos braços dele em direção a geladeira. –Ela nos chamou para passar o domingo lá, o que acha? –falou sem olhá-lo servindo-se de suco.


-Por mim tudo bem. –assentiu cruzando os braços. –Bella?


-Sim? –ela virou-se contendo um suspiro.


-O que há de errado?


-Nada amor. –voltou a se aproximar abraçando-o pela cintura. –Está tudo bem.


-Você me diria se algo estivesse errado? –pressionou ainda sem se convencer.


-Claro que sim. –subiu suas mãos pelo peito dele até seu pescoço, abraçando-o. –Agora para de se preocupar e me dá um beijo decente porque senti sua falta hoje.


Christian atendeu ao pedido dela embora não estivesse gostando nenhum pouco daquela situação. Algo estava errado e lhe incomodava Isabella não querer dividir o problema com ele.


 


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-Claudio! –Alexandre chamou o colega, apressando-se em sua direção.


-Oi Alex. –cumprimentou-o com um aperto de mão.


-Me disseram que a Mai está aqui, o que houve? –estava tenso de preocupação. –O que há de errado com ela?


-Ela está muito debilitada. –respirou fundo. –As drogas não têm surtido o efeito que deveriam, os efeitos colaterais estão acabando com ela.


-Vai tentar um novo tratamento? –cruzou os braços com a testa franzida.


-Sim, mas acredito que vamos ter que interná-la. O sistema imunológico dela está muito baixo e o baço aumentou consideravelmente.


 -Merda. –bufou passando uma mão pelo rosto. –Onde ela está agora?


-Fazendo uma série de exames. Não quero perder tempo. –acrescentou.


-Claro. –concordou. –Sei que é apressado, mas preciso perguntar: acha que ela vai conseguir?


Claudio demorou alguns minutos para responder.


-Não podemos perder as esperanças. –tocou-o no ombro num gesto de apoio.


 


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 Poncho e Anahí jantavam na cabine onde um salão espaçoso e bem decorado ocupava parte do ambiente. O cômodo estava na penumbra o que lhes dava uma sensação de maior intimidade.


-A comida está boa? –ele perguntou dando um gole no vinho.


Anahí assentiu limpando os cantos dos lábios com o guardanapo.


-Maravilhosa, parabenize o chefe por mim. –sorriu de canto bebendo um gole de suco.


-É bom saber que gostou, tive receio que enjoasse com a comida.


Ela balançou a cabeça.


-Enjoei muito nos três primeiros meses, cheguei a perder dois quilos, mas nunca perdi o apetite. Depois que engravidei descobri o verdadeiro prazer da comida. –acrescentou com uma risada.


Ele riu também.


-Você está ótima.


-Agradeço o elogio, mas saiba que engordei cinco quilos e meio.


-Nem parece, acredite em mim. –sorriu-lhe galante.


-Sempre galã. –murmurou sentindo suas bochechas esquentarem. Deu um novo gole no suco, engasgando de repente.


 -Annie? –preocupado, ele ergueu-se. Apressado serviu um copo de água derrubando um pouco na toalha imaculada. –Aqui. –ajudou-a a beber.


Ela bebeu quase toda a água.


-Obrigada. –murmurou rouca cobrindo os lábios com o guardanapo quando voltou a tossir. Após um novo gole de água, sentiu-se melhor.


-Está melhor? –abaixado ao lado dela, ele tinha a testa franzida.


Com o rosto afogueado e a respiração um pouco ofegante, ela assentiu.


-Isso é culpa do seu filho. –murmurou olhando-o de lado.


 Por um momento, Poncho ficou parado de surpresa. Era a primeira vez que ela se referia ao bebê como sendo dele.


-O que ele fez? –voltou a sorrir.


-Está com soluços. –com um sorriso radiante nos lábios, pegou a mão dele levando-a até seu ventre.


Ele ficou parado por um momento apenas sentindo, riu surpreso.


-Isso é impressionante. Mas é normal? –franziu a testa.


-Também me assustei na primeira vez, mas minha mãe disse que é normal. Acontece com muitos bebês. –o tranqüilizou.


Ele assentiu, mas não se afastou continuou com a mão no ventre dilatado, sentindo-se maravilhado.


-Isso foi um chute? –ergueu os olhos para ela.


Sentindo-se emocionada, ela assentiu.


-Ele... vem fazendo muito isso ultimamente. –sua voz soou tremula.


Inclinando-se, ele beijou-lhe o ventre. Quando se afastou a olhou.


Sem pensar, ela se inclinou tomando os lábios dele nos seus. Não num beijo sensual ou exigente, mas sim um  beijo calmo, uma caricia suave e amorosa. Beijaram-se por um tempo indeterminado, selando seus lábios apenas quando o ar se tornou escasso.


-Não... Não fala nada. –ele pediu ao vê-la abrir os lábios para falar.


Tomou o rosto dela entre suas mãos, fazendo que ela o olhasse.


-Vamos deixar as coisas fluírem. Não vamos discutir ou questionar nada. –continuou.


Com os lábios apertados, ela cobriu as mãos dele com as suas.


-Podemos fazer isso? –sussurrou.


-Sempre podemos tentar. –sussurrou de volta sorrindo de canto.


Após um momento, ela retribuiu o sorriso dele.


-Sempre podemos tentar. –concordou repetindo as palavras dele.


-Sim. –assentiu seu sorriso aumentando.


Ela retribui-lhe o sorriso.


 


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Sentado em seu escritório, Lucas tinha os olhos fixos na foto de Alice (https://picasaweb.google.com/lh/photo/6Wpf3FYraKen4lLvzoeTCNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) sobre sua mesa. Respirou fundo dando um gole em seu vinho, mas um barulho vindo da porta atraiu sua atenção.


-Não vem para a cama? –María (https://picasaweb.google.com/lh/photo/pTKK1e_ccuhjkwXrD5Cu2dMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) murmurou sedutora encostando-se ao batente da porta.


Lucas sorriu-lhe, cobrindo disfarçadamente a foto de Alice com alguns relatórios.


-Ainda não terminei, mas acho que vale a pena deixar um pouco de trabalho para amanhã.


Sorrindo, ela se aproximou sentando-se em seu colo.


-Está cansado. –franziu a testa tocando os círculos escuros em volta dos olhos dele.


-É falta de carinho. –murmurou manhoso beijando a palma da mão dela.


-Acho que posso cuidar disso. –roçou seus lábios nos dele tentando-o.


 Embora estivesse empolgado pelos carinhos de María, Lucas não queria correr o risco de a namorada encontrar a foto de Alice.


-Sabe que eu concordo? –deu-lhe um selinho demorado. –Mas acho que conheço um lugar perfeito para você cuidar do meu cansaço. –enquanto falava ergueu-se com María em seus braços, saindo em direção ao quarto.


-Jura? –abraçou-o pelo pescoço entrando na brincadeira.


-Juro. –piscou-lhe.


María riu beijando-o no pescoço.


 


x______x


 


{Música de Fundo: http://youtu.be/uf6VLZo9uC0}


Parados na proa do iate, Poncho e Anahí apreciavam em silêncio a noite tranqüila e estrelada.


-Vou pegar meu paletó para você. –ele falou ao vê-la arrepiada de frio.


Já se afastava quando ela o segurou pelo braço.


-Não... não precisa. –sua voz era suave. –Gosto da brisa, mas você –engoliu em seco. –Você pode me abraçar. –murmurou um pouco sem jeito, sentindo seu rosto esquentar.


Contendo um sorriso, ele se aproximou abraçando-a por trás. Beijando a nuca de Anahí, deslizou as mãos pelo ventre dela não contendo o sorriso ao sentir os chutes do filho. Respirando fundo, ela cobriu as mãos dele com as suas recostando-se ao corpo masculino.  


-Continua com frio? –sussurrou-lhe junto ao ouvido após um momento.


Anahí conteve uma risada sentindo seu rosto esquentar ainda mais.


-Sabe que não.


-Então por que está arrepiada? –continuou a provocá-la.


Sorrindo ela inclinou o rosto para o lado, olhando-o de lado.


-Quer mesmo que eu responda? –sussurrou provocando-o de volta.


Ele riu de leve beijando-a no ombro. Anahí fechou os olhos por um momento sentindo o carinho. De olhos também fechados, ele subiu os beijos pelo pescoço, orelha, rosto até chegar-lhe aos lábios. Ela correspondeu ao carinho, virando-se de frente para abraçá-lo. Poncho encostou-se a grade trazendo-a consigo, apertando-se mais a ele Anahí sorriu ao senti-lo soltar seu cabelo.


-Assim está bem melhor. –ele murmurou junto aos seus lábios deslizando os dedos pelos fios cacheados.


Ela continuou a sorrir, mas nada disse deslizando as mãos entre seus corpos e desabotoando sua camisa. Poncho gemeu baixinho ao senti-la deslizar as pontas das unhas por sua pele.


-Vamos sair daqui. –murmurou com urgência erguendo-a em seus braços de uma vez.


Anahí soltou um gritinho, gargalhando em seguida.


-Apressado. –provocou abraçando-o pelo pescoço e beijando a pele desnuda.


-Feiticeira.  –rebateu entrando na suíte com ela em seus braços.


Cuidadoso, deixou-a no chão.


-Quero que faça amor comigo. –ela beijou-o terminando de lhe tirar a camisa.


Ele se afastou um pouco para olhá-la.


-Tem certeza? Não quero que seja como dá ultima vez.


Anahí respirou fundo, olhando-o nos olhos.


-Desde a nossa ultima noite, a minha vida virou de cabeça para baixo e passei a não ter certeza de mais nada. Mas... –sorriu-lhe de canto. –Só duas coisas permaneceram claras para mim. –ergueu dois dedos.


-O que são?


-Nosso filho foi à melhor coisa que me aconteceu e... –hesitou um pouco sem jeito.


-E? –insistiu quando ela não continuou.


-Eu preciso de você, sempre. –sussurrou.


-Sempre? –com um enorme sorriso se formando em seus lábios tomou o rosto entre suas mãos.


-Sim. –sorriu-lhe de canto tocando-o no peito. -Nós dois precisamos de você. –acrescentou num murmúrio referindo-se ao filho.


Sentindo o coração encher-se de felicidade, ele a beijou na testa abraçando-a em seguida. Ela correspondeu ao abraço apertando os olhos com força. Vai dar tudo certo. Nós vamos fazer dar certo, prometeu a si mesma.


 


x______x


 


Sábado, 04 de Setembro de 2010.


 


Grogue e com uma agradável sensação de torpor, Maite despertou com o barulho da chuva. Escondendo o bocejo, ela fez uma careta ao sentir a agulha incomodar sua mão. Virando-se de barriga para cima, olhou em direção a janela sentindo-se ainda mais deprimida ao ver a manhã nublada e chuvosa através da janela. Pouco tempo depois, ouviu a porta sendo aberta.


-Oi. –sorriu de canto ao ver Alexandre.


-A bela adormecida resolveu acordar. –se aproximou beijando-a a na testa. –Como está se sentindo?


-Os remédios estão fazendo seu trabalho. E meus pais?


-Estiveram aqui ontem à noite. –sentou-se na poltrona junto à cama dela. –Mas eu e o Claudio os convencemos a irem para casa descansar.


-Obrigada. –sussurrou sentindo seu peito apertar ao pensar nos pais.


-Não por isso. –pegou a mão livre dela beijando-a na palma.


-E a Annie?


-Está em Puerto Vallarta com o Poncho. Parece que ele preparou um jantar surpresa num iate e eles passaram a noite lá.


-Isso é bom. –suspirou fechando os olhos. –Muito bom.


Alexandre não respondeu, tinha os olhos presos ao rosto pálido da amiga.


-O que foi? –Maite o olhou franzindo a testa.


-Nada. –balançou a cabeça voltando a beijar a mão dela. –Só estou cansado.


Antes que Maite pudesse falar, Claudio empurrou devagar a porta entreaberta.


-Interrompo?


-De maneira alguma. –Maite o olhou.


Ele entrou se aproximando.


-Como está se sentindo? –perguntou enquanto verificava o soro e os sinais vitais dela.


-Com ma horrível sensação de fraqueza, mas fora isso estou bem. –respirou fundo apertando sem perceber, os dedos de Alexandre entre os seus. –Por favor, diga que tem boas notícias para mim.


Claudio respirou fundo enfiando suas mãos nos bolsos do jaleco. Antes que ele pudesse falar, Alexandre ergueu-se.


-Acho... Acho deixar vocês conversarem a sós.


-Alex você não precisa sair. –protestou franzindo a testa.


-Preciso sim. –curvou-se a beijando na testa mais uma vez. –Vocês têm muito a conversar e eu tenho que ver alguns pacientes, ainda estou de plantão. Depois nos vemos sim?


-Está bem. –assentiu vendo-o sair do quarto. Voltou o olhar para Claudio. –O que é tão ruim assim? –sussurrou após um momento.


Claudio ocupou o lugar deixado por Alexandre.


-Precisamos, realmente, ter uma conversa muito séria.


                                                


x______x


 


Alexandre saiu caminhando pelos corredores do hospital, estava sério e não cumprimentou seus colegas ou pacientes como de costume. Entrou em seu consultório fechando a porta com força, ofegante e tremulo foi até a janela apoiando as mãos contra o vidro gelado. Apertou os olhos com força.


 


Alexandre entrou na lanchonete procurando com os olhos por Claudio, encontrando-o sentado sozinho numa mesa no canto.


-Me disseram que você já tem os resultados dos exames. –sentou-se de frente a ele embora estivesse sério, a ansiedade brilhava em seus olhos.


O outro assentiu terminando de mastigar seu sanduiche, bebeu um gole de suco.


-Está bem informado. –empurrou vários papeis na direção dele.


Alexandre olhou todos os exames enquanto Claudio seguiu comendo.


-Aqui diz que... –ergueu os olhos preocupados.


O outro assentiu limpando a boca num guardanapo de papel.  


-Isso mesmo, ela precisa de um transplante. –embora sua expressão fosse tranqüila, a preocupação estava presente em seus olhos.


-Mas ela não tem um doador compatível! –protestou.
-Eu sei e isso é o que mais me preocupa.


-O que vai fazer? –quis saber.
-Passei as ultimas horas discutindo a situação dela com um colega que trabalho no Brasil e ele me aconselhou um novo tratamento. Ainda está em fase de experiência, mas tem obtido bons resultados em 70% dos pacientes.


-E os outros 30%?


-As opções não são muitas, Alexandre. O câncer da Maite está avançando com velocidade e eu realmente não acredito que a quimioterapia vá adiantar. Ela precisa de um transplante de medula e como você mesmo disse, ela não tem um doador compatível. Com o sistema imunológico que ela está não posso correr o risco de uma rejeição.


 


x______x


 


-É tão bom ter você em casa! –sorridente, Karen serviu uma xícara de café ao filho afastando-se me seguida.


-Se prepara que lá vem bomba. –Anna (https://picasaweb.google.com/lh/photo/lEo_C58VUL71mQEXEbk_7NMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) murmurou sentando-se ao lado dele.


Lucas franziu a testa olhando a irmã. Mas antes que pudesse perguntar, Karen voltou a se aproximar.


-Quando seu pai me avisou que você viria, pedi pra Janaina preparar o bolo de laranja que você adora. –colocou o bolo no meio da mesa logo a frente dele.


Lucas ergueu uma sobrancelha.


-Eu disse. –Anna murmurou dando uma mordida em sua torrada.


-Bom dia crianças! –John entrou na sala de jantar, parando para cumprimentar a esposa com um rápido beijo. –Estou morrendo de fome. –comentou sentando-se.


-Então somos dois. –Anna riu.


-Anna espere até que todos estejam à mesa. –Karen repreendeu a filha sentando-se ao lado do marido.


-Mas eu estou com fome! –ela protestou servindo-se de um pedaço de bolo.


John e Lucas riram.


-Sim e depois fica me atormentando dizendo que está gorda. –resmungou servindo-se de suco.


Com a boca cheia, Anna negou com a mão.


-A Lily que é assim. –falou após engolir.


Mastigando, John concordou com a filha caçula.


-E você pirralha, não tem casa mais não? –Lucas mudou de assunto olhando divertido para Anna.


Ela mostrou-lhe a língua.


-Claro que tenho! Mas meu apartamento está em obras já que meu encanamento estourou. Metade dos meus móveis foi pro lixo.


-Puxa! E por que eu não fiquei sabendo disso?
-Você tinha coisas mais importantes para lidar e isso é quase sem importância. Além disso, o papai me ajudou com tudo.


-Dessa vez vou deixar passar, mas se algo voltar a acontecer me liga sim?


-Sim, senhor general. –ela brincou voltando a comer.


Ele balançou a cabeça comendo também.


-E o trabalho filho? –Karen começou de forma despreocupada sem olhá-lo.


-Tranqüilo. O Samuel vai me substituir nesses dois meses de licença, só temos mais uma reunião segunda feira e então estou oficialmente de licença paternidade.


-Você sabe que pode tirar três meses. –John lembrou.


-Isso é muito bom. –Anna opinou.


Karen pigarreou.


-Filho eu não... Não quero ser chata nem intrometida, mas você não acha que deve deixar a Ângela aos cuidados da Marichelo e do Enrique?


John arregalou os olhos enquanto Anna fulminou a mãe com os olhos. Já Lucas deixou seus talheres de lado cruzando os braços sobre a mesa e franzindo a testa.


-Por que diz isso?


-Cuidar de uma criança não é fácil Luke, ainda mais de um recém nascido! Uma criança precisa de estrutura, um lar e no momento você não pode oferecer isso a ela.


Puxando o ar com força, Lucas cerrou os punhos os nós de seus dedos ficando brancos pela força reprimida.


-E posso saber por que sou tão desclassificado como pai?


-Não estou dizendo que você seria um péssimo pai, muito pelo contrário, mas... Qualquer criança precisa de uma mãe e isso você não pode oferecer a ela no momento. A María é uma ótima menina, mas ela já deixou bem claro que não quer filhos. O Enrique e a Marichelo são ótimas pessoas e criaram a Anahí, o Alexandre e a Alice muito bem. Eu acredito que... que eles seriam bons pais para a Ângela e... –calou-se ao ver o filho erguer-se num rompante derrubando a cadeira.


-Chega! Não quero ouvir mais nenhuma palavra! –esbravejou furioso.


-Filho, calma. –John ergueu-se também.


-Como você pode ser tão frívola? –ignorou o pai encarando a mãe, indignado. –A minha filha perdeu a mãe, eu sou o único que restou pra ela e você quer que eu a entregue para outro? Que tipo de pessoa é você?


-Querido eu apenas pensei...


Ele a interrompeu.


-Pensou o que? Que eu fugiria das minhas responsabilidades e viraria as costas para a minha filha? –balançou a cabeça sem acreditar. –Se realmente pensou isso, você não me conhece mãe.


Dando-lhe as costas, se inclinou para beijar a irmã.


-Tchau Ann. Tchau pai.


-Lucas. –Karen chamou se erguendo.


Mas ele não lhe deu ouvidos e saiu da sala sem olhar para trás, pouco depois ouviram a porta bater.


-Não acredito que teve coragem de dizer isso para ele. –Anna balançou a cabeça se erguendo e saindo da sala.


Karen soltou o ar com força, cobrindo o rosto com as mãos.


-Ótimo, agora os dois estão com raiva de mim. –lamentou afastando as mãos e caindo sentada numa cadeira.


-Você realmente exagerou. –John opinou.


-John, por favor, você também não!


-Mas é a verdade Karen! Dizer que ele deve entregar a nossa neta para a Marichelo e o Enrique criar? Isso é absurdo. –levantou-se.


-Eu não disse por mal! Mas nosso filho é muito novo ainda, ele não está pronto para assumir uma responsabilidade tão grande! –tentou se justificar.


-O Luke já tem vinte e sete anos. Por sete anos ele viveu com a Dulce e cuidou da Liz, o filho deles morreu antes que eles pudessem conhecê-lo... E você realmente acha que deixar a Ângela vai fazer bem a ele?


Parou esperando pelas palavras da esposa que não vieram.


-Foi o que pensei. –deu-lhe as costas saindo também.


 


x______x


 



-Essa é a única opção. –Claudio se comoveu pela forma como sua paciente e colega de profissão esforçava-se para conter as lágrimas e o desespero que ameaçavam dominá-la naquele momento. Tomou-lhe a mão na sua. –Tudo bem se chorar. –murmurou.


Passando a mão livre pelos cantos dos olhos, Maite balançou a cabeça com veemência.


-Mai. –ele chamou e esperou que ela o olhasse. –Você não vai morrer está bem? Nós vamos iniciar o novo tratamento e tudo vai dar certo.


-E se não der certo? –murmurou rouca franzindo a testa. –Nós sabemos que existe essa possibilidade Claudio. –acrescentou antes que ele pudesse falar.


-Não pode pensar negativo, acredite que vai dar certo!


Com lágrimas escorrendo pelo canto de seus olhos, Maite desviou os olhos.


-Pode me deixar sozinha, por favor? –sussurrou mais uma vez enxugando os olhos.


Preocupado, Claudio concordou a contra gosto.


-Claro. Mais tarde volto para te ver sim?


Assentindo num gesto quase imperceptível, Maite deitou de lado ficando de costas para ele. Apertando os lábios com força, esperou até que a porta ser fechada só então deixando sair o choro desesperado que reprimia com tanta dor.


 


x______x


 


Com um sorriso apaixonado nos lábios, Poncho observava Anahí dormir. Deitada de lado e coberta apenas por um lençol, ela dormia tranqüila virada na direção dele.


-Para de ficar me olhando. –ela resmungou entre o sono, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios.


Ele riu.


-Pensei que estivesse dormindo. –comentou vendo-a se espreguiçar.


-E estava, mas seu filho gosta de se alongar pela manhã. –com seu sorriso aumentando, ela afastou a franja dos olhos.


Inclinando-se sobre ela, Poncho beijou-a demoradamente.


-Sabe que gosto disso? –murmurou ao se afastar olhando-a nos olhos.


-Gosta? –sussurrou de volta tocando-o  no cabelo despenteado.


-Muito. Você. –beijou-a mais uma vez. –Eu. –abaixou-se até o ventre dilatado. –E o nosso filho. –acrescentou por ultimo beijando o ventre com extremo carinho.  –Bom dia bebê. –falou com filho seu sorriso aumentando ao senti-lo chutar.


-Bom dia papai. –ela sussurrou sentindo os olhos arderem.


Ele ergueu os olhos e voltou a se aproximar.


-Bom dia mamãe. –sussurrou-lhe antes de beijá-la.


Rindo,  Anahí correspondeu deslizando as mãos pelo cabelo dele até envolvê-lo pelo pescoço trazendo-o para mais junto de si.


 


x______x


  


{Música de Fundo: http://youtu.be/oCvUNez-cv0}


 


Afastado, Alexandre observava de longe Claudio conversar com Junior e Letícia. Apertou os lábios com força ao ver Letícia com os olhos marejados, cobrir os lábios com as mãos e balançar a cabeça com veemência. Apesar de estar longe, pode entender a ultima frase dita por Claudio.


-Eu sinto muito. –ele murmurou aos pais de Maite.


Naquele momento, uma enfermeira se aproximou e pediu para falar com o médico, se despedindo do casal ele os deixou partindo em direção oposta.


Sentindo os olhos arderem, Alexandre viu Junior também emocionado abraçar a esposa.


 


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 Parada em frente ao berçário, María (https://picasaweb.google.com/lh/photo/2EKHDUXy-Mvc_oe0mQW-19MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) tinha os olhos fixos ao bebê adormecido onde no berço marcava o nome de “Ângela Cristina Rodriguez Scott”. Sua expressão não era de alegria e seus olhos não estavam úmidos e brilhando como os das outras as pessoas que também observavam os recém nascidos. Sua expressão era séria e seu olhar gélido diante daquele que surgira para atrapalhar seus planos.


 


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Com a Sophia chorando em seu colo pela cólica, Sarah (https://picasaweb.google.com/lh/photo/Q_fSaqYpp82NlfLKfUmPCNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) tentava em vão acalmar a pequena.  Após vários minutos andando com a filha de um lado para o outro conseguiu acalmá-la e quando olhos cansados da pequena começaram a se fechar, o celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/MaHudil3o4mOZy1cy16tq9MTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) começou a ecoar pela sala do apartamento recomeçando o choro de Sophia. Apressada, Sarah foi até o aparelho e após ver o nome de Mauro na tela, rejeitou a ligação.


 


x______x


 


Com a testa franzida, Mauro observou seu celular (https://picasaweb.google.com/lh/photo/a4Rsd7d0CowhtJQ3yusAPNMTjNZETYmyPJy0liipFm0?feat=directlink) furioso. Era a quarta ligação que Sarah rejeitava! Sentindo vontade de arremessar o aparelho longe ou então esmurrar alguma coisa, ele ouviu o vôo em direção ao México ser anunciado. Respirando fundo, ergueu-se.


 


x______x


 


 Pálida e com os olhos avermelhados, Maite colocou as pernas para fora da cama disposta a erguer-se. Levando consigo o soro, ela apoiou com cuidado os pés no piso gelado e vacilando foi até a janela. Por um momento, ficou apenas parada observando mais uma vez o céu acinzentado e quando suas pernas começaram tremer demais e fraquejar, ela caminhou até a uma poltrona, mas antes que pudesse alcançá-la uma forte tontura fazendo suas pernas fracas fraquejarem e sua visão escurecer. A ultima coisa que Maite sentiu antes de bater a cabeça contra o piso e perder a consciência, foi a dor da agulha sendo arrancada violentamente de sua mão.  


 


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Autor(a): daianycandy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 194



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  • amandabcruz Postado em 20/11/2012 - 22:25:24

    Cadê você Day, que está desaparecida de Abril em Uma Chance pra Recomeçar... Queremos posts. "Y Desaparecio, si fue sin avisar..."

  • analaninha Postado em 29/10/2012 - 23:36:15

    ONDE VOCÊ ESTA? ESTOU PREOCUPADA COM VOCÊ.. VOCÊ ABANDONOU A FIC?

  • amandabcruz Postado em 11/09/2012 - 21:06:21

    Eu juro que morro se a Day parar definitivamente... ela nunca ficou ausente por tanto tempo...

  • amandabcruz Postado em 11/08/2012 - 21:19:56

    Dê notícias Day, pelo amor de Deus!

  • analaninha Postado em 07/06/2012 - 17:13:16

    Já to ficando louca cade você? Não vejo a hora de ler mais..!

  • amandabcruz Postado em 13/05/2012 - 23:41:01

    Day, como te disse sempre que você vem, não decepciona... Mas vou tirar o chapéu pra cena da May, nossa, chorei muito aqui imaginando cada detalhe, e o desespero de saber que as opções são poucas... Tá linda sua web, mas não demora de postar, por favor? rsrsrs

  • amandabcruz Postado em 13/05/2012 - 23:40:46

    Day, como te disse sempre que você vem, não decepciona... Mas vou tirar o chapéu pra cena da May, nossa, chorei muito aqui imaginando cada detalhe, e o desespero de saber que as opções são poucas... Tá linda sua web, mas não demora de postar, por favor? rsrsrs

  • daianycandy Postado em 29/04/2012 - 20:51:13

    Acabei de postar a ultima parte do cap 37. É uma parte pequena, mas espero que gostem!!! Estou esperando por coments e opiniões.. *--* Beijinhos e até mais!

  • tatarbd Postado em 25/04/2012 - 09:34:34

    Meu casal preferido Vondy acho eles muito lindo continuarrrrrrrrrrrrr

  • daianycandy Postado em 24/04/2012 - 02:41:04

    Demorei, mas apareci! kkk Passei aqui rapidinho para postar o capitulo 37 para vocês! *---* Ele está quase completo, falta somente uma parte para fechar o capitulo, mas logo logo estarei postando esse trecho sim? Beijos a todas e espero comentários! =P


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