Fanfic: .~Uma Chance para Recomeçar

4° Capítulo: Super Amigos.

-Senti falta de ficar assim. –Mauro comentou, apertando mais os braços ao redor dela. –Bem juntinho de você.

Anahí, que tinha o rosto apoiado no peito desnudo dele, ergueu o olhar. Um sorriso satisfeito nos lábios.

-Detesto quando você fica fora por muito tempo. –ela fez bico, manhosa.

-Minha gatinha manhosa. –ele a beijou, desfazendo o bico. –Sabe que meu trabalho exige muito.

-Eu sei. –deu um beijinho no peito dele. –Mas sinto saudades.

-Em vez de ficar resmungando por que não aproveitamos para…

Foi interrompido pelo toque do celular de Anahí.

-Já volto. –ela fez menção de se levantar.

-Annie. –ele fez uma careta. –Deixa tocar. –voltou a puxá-la para si, beijando-lhe os lábios.

-Só um minuto, é sério. As meninas sabem que você chega hoje, deve ser algo importante. –soltou-se dos braços dele e correu até a bolsa na poltrona. Franzindo a testa ao ver a foto de Maite no visor. –Oi Mai. –atendeu.

-Annie, mil desculpas por estar ligando, mas aconteceu uma coisa terrível. –a voz dela estava apreensiva.

E Anahí percebeu isso.

-O que aconteceu?

-Dul. Ela e o Lucas acabaram de terminar.

-Não acredito. –ela cobriu os lábios com a mão, boquiaberta. –Mas o que houve?

Mauro sentou-se na cama, franzindo a testa diante da preocupação que se instalara no rosto de Anahí.

-Lembra o teste de gravidez que ela ia fazer hoje?

-Claro. Ela estava uma pilha de nervos por casa disso.

-Pois então, quando fui ao ateliê à tarde, encontrei a Dul caída no chão, com cólicas fortes. Fomos até o hospital e você já sabe.

-Ela sofreu um aborto antes mesmo de ter certeza que estava grávida.

-Sim. Ela acabou de me ligar, parece que a situação com o Lucas saiu do controle. Ouvi ele gritando no telefone,acho que ela estava trancada em algum lugar.

-Você já está indo pra lá? –ela perguntou, apanhando o vestido (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/HVzemJqqZkfVaMMqK8sppg?feat=directlink) no chão enquanto falava.

-Acabei de entrar no carro. Chego lá em quinze minutos, no máximo.

-Estou indo também, mas pode ser que eu chegue antes. O meu prédio é mais perto do dela.

-Por uma dessas razões que te liguei. Nossa amiga não está bem Annie, não sei, tenho medo de que algo ruim aconteça. 

-Vira essa boca pra lá, pelo amor de Deus! Nos vemos no apartamento da Dul, então. –desligou.

-O que houve? –Mauro perguntou, alarmado.

-A Dul. Ela o Lucas terminaram… –se interrompeu, colocando o vestido. –Preciso ir até lá.

-Vou com você. –ele saltou da cama, pegando a calça e a camisa no chão.

-Obrigada. –ela abriu um pequeno sorriso, se aproximando e beijando-o rapidamente nos lábios.

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Maite estacionou em frente ao prédio e desceu do carro (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/_MU1R5szjVBFwZDJIhvM3w?feat=directlink), apressada. Naquele mesmo momento, o carro (http://picasaweb.google.com.br/lh/photo/7BhaginfV8VOVscxN-XBjQ?feat=directlink) de Anahí parou, e ela e Mauro desceram.

-E então? -apressada, ela cumprimentou a amiga com um beijo no rosto.

-Acabei de chegar também. Oi Mauro. -murmurou quando ele igualmente a cumprimentou com um beijo no rosto.

Falaram rapidamente com o porteiro e por terem, passe livre na entrada do prédio e logo pegaram o elevador, subindo para o oitavo andar.

-Trouxe a chave? -Anahí perguntou.

-Sim. Nenhum deles vai abrir a porta numa situação dessas.

O elevador parou e as portas se abriram. Mauro foi na frente, destrancando a porta.

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-Por que está fazendo isso comigo Dulce? -Lucas perguntou o rosto apoiado na porta.

-Por que está fazendo isso comigo? -repetiu quando ela não respondeu. Nervoso, deu um murro na porta.

Dulce chorava em silêncio, encolhida. Não ousava responder a pergunta de Lucas, não tinha forças para isso. Mas então, tudo ficou quieto. Já não havia barulhos no quarto, mas logo em seguida, ouviu palavrões e xingamentos. Reconheceu a voz de Anahí e Maite.

Suas amigas haviam vindo.

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-Lucas, se você tem nem que seja um pingo de consideração pela Dul, saí daqui. Deixa a gente conversar com ela. -Anahí não estava sorrindo e aquilo era algo muito difícil de acontecer.

-Ela não teve consideração por mim!

-Ouve o que você está falando, pelo amor de Deus Lucas! -Maite esbravejou. -Ela acabou de perder um bebê! Seu filho! -apontou na direção dele. -Em vez de ficar gritando, fazendo toda essa cena deveria manter a calma.

Lucas sentou-se no sofá, afundando o rosto entre as mãos. Derrotado.

-Perdi o controle. -assumiu.

Mauro trocou um olhar com as duas e mexendo apenas os lábios, disse para elas irem atrás de Dulce. Elas concordaram e partiram em direção ao quarto. Tudo estava em silêncio e a porta do banheiro seguia trancada.

-Dul. -Anahí bateu de leve na porta, chamando. -Somos nós amigas, abre a porta.

Esperaram alguns segundos e ouviram o barulho da chave na fechadura. Dulce surgiu, o rosto inchado e molhado pelas lágrimas, a pele pálida. Ela nada disse apenas se jogou nos braços das duas, recomeçando a chorar.

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Maite e Anahí saíram do quarto, encostando a porta devagar e foram até a sala, onde Mauro esperava por elas.

-E então? -ele se ergueu do sofá. -Como ela está?

-Dormindo. Mai deu um tranqüilizante para ela se desligar um pouco dessa maluquice.

-Ela vai ficar bem?

-Vai sim. -Maite suspirou. -Poncho volta na próxima semana, ela vai se tranqüilizar mais quando conversar com ele.

Ele assentiu em silêncio.

-Amiga nós já vamos, mas qualquer coisa me liga está bem?

-Pode deixar. -ela assentiu, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios. -Desculpa ter atrapalhado sua noite.

-Não precisa se preocupar. -elas se abraçaram. -Sua cuida. -murmurou.

-Você também. -elas se afastaram.

Maite os acompanhou até a porta.

-Mauro. -chamou quando o elevador parou no andar, abrindo suas portas. Ele a olhou. -Obrigada por tudo. -sorriu para ele.

Ele também sorriu para ela.

-Não precisa agradecer. Se alguma de você precisar de alguma, é só avisar.

Ela assentiu ainda sorrindo e após soprar um beijo na direção de Anahí, fechou a porta. Voltou para o quarto a fim de ver Dulce e surpreendeu-se ao encontrá-la, acordada.

-Pensei que estivesse dormindo. -comentou se aproximando da cama.

-Estava esperando você voltar. -piscou sonolenta. -Ligou pra Lali?

-Liguei e a Liz está bem. Aprontando todas, você deve saber. –sorriu de canto, tentando distrair um pouco a ruiva.

-E como sei. Lali a deixaela fazer tudo o que quer. -ela sorriu de leve, pensando na filha. Fechou os olhos, não conseguindo mantê-los abertos. -Odeio quando você me dá essas bombas pra dormir.

Maite nada disse apenas sorriu, tocando o cabelo de Dulce. Poucos segundos depois, Dulce caiu num sono profundo. 

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