Fanfic: Luz dαs Estrelαs AyA`

Capítulo
I.

Os poucos raios de luz não facilitavam a visão, assim o
tornava meio que preto e branco,
o quarto apenas escuro, nada mais além de escuro e sem som algum.

Ele estava tão lindo – mais do que o normal. Aquele olhar
penetrante que fazia qualquer garota do Tree Hill delirar, me deixou abalada,
sem fôlego e balançada demais para poder sorrir envergonhada.

Não podia acreditar que logo ele está aqui. Só podia ser uma alucinação minha, não será que não?

Será que ele está me vendo? Será que quer me dizer algo mas
está com medo, ou vergonha?

Céus! Será que me aproximo? Apenas para dizer um simples e
mero: Oi?

Não mesmo, Anahí! Fique aonde está e espere-o pelo menos se
movimentar.

A respiração estava mais acelerada, assim como o coração e a
sensação de borboletas no estomago.

Detesto ficar assim perto dele! Me sinto uma completa idiota
ao suar as mãos quando passo perto dele ou quando sem querer nos relamos, tudo comparado à ele me deixa assim,
descontrolada demais!

Será que ele está esperando que eu diga oi primeiro? Mas que babaca, porque não quebra o gelo de uma vez e
diz ele mesmo oi?

Argh! Chega disso Anahí, você está sendo estúpida e maluca.
Que idéia, jamais ele falou com você, e não será HOJE que irá falar, não é
mesmo?

A ironia dos meus pensamentos me fez balançar a cabeça várias
e várias vezes, tentando afastar aquelas vozes irritantes do pensamento.

Sim, chegou à hora de dizer oi. Me aproximei devagar, dando nada mais – nada menos que dois
passos.

Mas.. o que digo? Oi,
Alfonso. Olá, Alfonso. Ou será que é melhor chamá-lo por seu apelido mais
conhecido? Oi, Poncho. Olá, Poncho.

– Oi, Alfonso. – Isso! Perfeito oi e ainda sem gaguejar.

Esperei educadamente ele responder, ou tomar a iniciativa de
responder. Mas nada aconteceu. Opa! Já começou ruim.

Droga!

Suspirei. Já deveria saber que ele nunca falaria comigo. Como
sempre foi assim.. fazer o que, não é!?

– Alfonso? Está tudo bem? – Ah, claro. Perguntar se está tudo
bem para quebrar o gelo foi ótimo. Parabéns, Anahí Giovanna, você já pode
ganhar um premio de Estúpida de Galocha.

Mais uma vez, nenhuma palavra foi dita. Me deixando irritada.

Tudo bem, não quer falar nada, não fale. Não ligo a mínima pra
isso.

E assim decidi ir até ele, e pelo menos dar um empurrão nele.
Mas quando me aproximo, ele se afasta, sumindo do nada da minha frente. Me
assusto, indo para trás e apenas vendo o que acontecia, ele sumiu, como sempre
fez, sumir sem deixar eu tocá-lo.

“Bom dia calouros do Carolina do Norte, agora é exatamente
5:10 da manhã e pelo o que dá para perceber, eu o melhor radialista de todo o
CDN estou mais um dia vivo. Hehe. Enfim, hoje começamos com a lista das 10
melhores músicas da semana..” – Acordei assustada, não acredito que aquilo tudo
foi um sonho, um péssimo sonho por sinal. Suspirei, desligando o
rádio-despertador, sai da cama e calcei minhas pantufas, ainda não havia me
recuperado do sonho terrível com Alfonso Herrera.

Abri a porta do banheiro, iria tomar meu banho e me arrumar
para ir a escola. Enquanto tomava banho, ouvia a canção que tocava no rádio que
havia no banheiro, por incrível que pareça.

Roxette – It Must Have Been Love.

Deve ter sido
amor...mas agora acabou

Deixe um suspiro no
meu travesseiro,

Deixe o inverno
para trás.

Acordei sozinha,
tudo estava quieto

Em meu quarto, e em
toda a parte.

Toque-me agora, eu
fecho meus olhos

e fico sonhando...

Deve ter sido amor,
mas agora acabou,

Deve ter sido bom,
mas de alguma forma eu o perdi.

Deve ter sido amor,
mas agora acabou,

Desde o momento que
nos tocamos até nos separarmos.

Faça-me acreditar
que estamos juntos,

Que estou amparada
em seu coração

Mas por dentro e
por fora, eu me tornei em água,

Como uma lágrima na
sua palma da mão.

E é um difícil dia
de inverno,

eu fico sonhando...

Deve ter sido amor,
mas agora acabou,

Era tudo que eu
queria, agora estou vivendo sem você.

Deve ter sido amor,
mas agora acabou,

É onde a água flui,

é onde o vento
sopra.

Deve ter sido amor,
mas agora acabou,

Deve ter sido bom,
mas de alguma forma eu o perdi.

Deve ter sido amor,
mas agora acabou,

Desde o momento que
nos tocamos até nos separarmos.

Deve ter sido amor,
mas agora acabou,

Era tudo que eu
queria, agora estou vivendo sem você.

Deve ter sido amor,
mas agora acabou,

É onde a água flui,

é onde o vento
sopra.

Anahí se concentrava ao
máximo na letra da música, cantava algumas partes também, mas escutava e sentia
no fundo a música.

Fechou os olhos, levantando a
cabeça e deixando a água cair por sua face.

Depois de um tempo a música
terminou, assim como o banho de Anahí. Ela se secou, se arrumou e penteou seus
cabelos.

Saiu do quarto e foi para a cozinha, onde seu café da manhã
com seus pais e seus irmãos já estava pronto.

– Bom dia pessoal. – Anahí se sentou ao lado da irmã, Alice.

– Bom dia! – Responderam.

– Filha, semana que vem começa o concurso de arte de Miami.
Vamos acompanhar tudo de perto. – Comentou Rupert Puente.

– Jura pai? Meu sonho é um dia chegar a participar desse
concurso, está perto, mais um ano e eu terei 17. – Anahí sorriu esperançosa.

– E você irá participar filha, assim que chegarmos em Miami
vou conversar com o Tomás Hudson, um dos sócios mais importantes dos projetos
de lá.

– Já estou começando a ficar ansiosa. – Anahí sorriu,
terminando seu café.

– Como sempre; antes do tempo. – Marichello, mãe de Anahí
sorriu para a filha.

– Pois é.