Fanfic: Meu Sheik do Deserto DyC-Adaptação [TERMINADA]
- Eu acho que
estamos chegando a algum lugar - Dulce disse a Anahí duas semanas depois. Elas
estavam vasculhando em uma loja de material artístico em Zulheina. - Ele está
falando comigo.
- Falando sobre o
quê?
- Negócios,
principalmente - ela foi atraída pelo cavalete de pintura no canto.
- Hum, isto é bom,
mas e quanto ao relacionamento de vocês?
Dulce correu seus
dedos sobre a madeira polida do cavalete. Perfeito. Pegou várias telas
preparadas e as prendeu ao cavalete. Christopher sempre gostara de prepará-las
ele mesmo, mas aquelas serviriam.
- Eu não quero
estragá-lo forçando a barra - ela caminhou até as tintas a óleo e começou a
escolher os tubos. Azul coral, castanho escuro, matiz negro...
- Você está
aguardando por algo? - Anahí perguntou ao acrescentar branco titânico para a
coleção de Dulce.
- Eu quero um sinal
de... Não sei explicar - desde que retornara de Paris, Christopher a havia
tratado como se pisasse em ovos, mantendo uma barreira emocional entre eles.
Ele não a machucava mais com sua fúria, bem pelo contrário, e ela não conseguia
destruir os seus escudos para que ele pudesse confiar nela mais uma vez.
- Não se preocupe em
tentar explicar. Faça simplesmente o que tiver de ser feito - Anahí apertou a
mão dela.
- Bom conselho, eu
imagino - mas Dulce pensou, o que ela poderia fazer para destruir o muro que
seu enigmático marido havia erguido?
- Você está ocupado?
- ela espiou dentro do escritório de Christopher.
- Você é sempre
bem-vinda, Dulce.
Dulce pegou as
compras que havia feito e as colocou sobre a mesa. O cavalete ela deixou do
lado de fora, sem querer estragar a surpresa.
- O que é isto? -
ele puxou o cordão que amarrava o presente.
- Um presente. Abra!
- ela andou até ficar ao lado dele e sentou no braço da cadeira.
Ele franziu o cenho
e imediatamente envolveu um braço ao redor de sua cintura.
- Assim você vai
cair.
Ela se sacudiu e
caiu no colo dele.
- Agora o abra.
Ele pareceu perplexo
pela inesperada proximidade dela. Ele pegou o abridor de cartas e cortou os
cordões. O corpo dele congelou quando ele viu as telas, tintas e pincéis.
- Eu sei que você
está ocupado - Dulce começou a falar, antes que ele tivesse uma chance de
recusar. - Mas é claro que você pode tirar uma horinha por dia, não? Pense
nisto como um favor para seu reino.
Ele ergueu uma
sobrancelha expressiva perante aquilo.
Ela sorriu.
- Um sheik viciado
em trabalho, ficará sufocado e estressado e assim não terá nenhuma utilidade
para seu povo - ela ignorou a bufada que ele soltou em descrença. - Você
costumava pintar como uma forma de aliviar o seu estresse diário. Por que não
tentar mais uma vez?
- Minhas
responsabilidades...
Ela o interrompeu
colocando a mão em sua boca e dizendo.
- Uma hora, não é
pedir demais, e, além disto, eu vou ajudar você.
- Como?
- Tenho certeza que
posso fazer alguma coisa para facilitar seu trabalho. Preencher formulários?
Fazer resumo de relatórios? Eu sou inteligente, você sabia?
Ele deu uma
risadinha diante da seriedade das palavras dela e os seus ombros de repente se
relaxaram.
- Eu sei que você é
inteligente, Dul. Eu sempre soube disto. Tudo bem, você pode me auxiliar e
também poderá posar para mim.
- Você vai me
pintar? Nua?
- Tal pintura jamais
seria vista pelo mundo e seria incinerada quando eu morresse.
- Há um cavalete
também - ela juntou os materiais. - Eu irei colocar isto no canto do meu ateliê
e voltar para lhe ajudar.
Ela acabou passando
o resto do dia com ele, revisando relatórios. Havia, ela descobriu, uma espécie
de satisfação em ajudar seu marido a carregar o ônus que ele levava nos ombros.
- Chega, Dul - ele
se levantou e se espreguiçou.
Ela levantou e
também se alongou, afrouxando seus músculos retraídos.
- Você pode se
arrepender de sua oferta. Achei os seus resumos excelentes, irei recrutá-la com
freqüência.
Lisonjeada, ela sorriu.
- Que bom. Agora
vamos, antes que você seja requisitado por alguém.
Naquele dia, pela
primeira vez, ela viu a quantidade de gente que acreditava que Christopher
fosse a única pessoa capaz de trazer uma resposta para seus problemas.
- Acho que você precisa
de alguém para ajudar. Anahí e Alfonso têm problemas com isto por não serem
vistos como parte da realeza - ela fazia observações com seriedade. - Mas eu
sou. Eu poderia lidar com a maior parte dos problemas que eles vieram lhe
trazer.
Christopher a olhava
fixamente, com uma expressão pensativa.
- Eu sei que sou uma
estrangeira...
Christopher fez com
que ela parasse de falar ao colocar um dedo em seus lábios.
- Você é minha
esposa. Eu já lhe disse que o meu povo a aceitou como tal. Mas e quanto ao seu
trabalho com moda?
- Eu queria falar
com você a respeito disto - ela disse. - O fato de eu ter interesses comerciais
estragaria a imagem real?
- Não. Eu mesmo
tenho vários interesses assim. Você quer continuar suas criações?
- Eu estava pensando
em algo pequeno. Com o intuito de vender para revendedores, mas sem a criação
de lojas próprias.
- Você se sairá bem.
- Mas, por mais que
seja difícil para mim não dedicar todo o meu tempo à criação de moda, acho que
terei de colocá-la em um segundo plano.
- Segundo plano?
- Como sua esposa,
meu lugar é aqui com você. Minha criação de moda terá de ser como a sua
pintura. Algo que farei para mim mesma após trabalhar para o nosso povo.
A aprovação brilhou
nos olhos de Christopher.
- Se você quer
fazê-lo, então eu aceito.
Dulce sorriu. Quando
chegaram ao seu ateliê, ele já estava relaxado novamente.
- Eu vou trabalhar
aqui - Christopher anunciou.
Christopher apontava
para o semicírculo de janelas na extremidade sudeste do quarto. A luz era
brilhante naquele canto. Ela anuiu e o ajudou a se instalar.
- Agora você irá se
recostar aqui.
Dulce alongou-se
diligentemente na poltrona de um vermelho vibrante que ele havia carregado até
que estivesse de frente ao seu cavalete. Antes de começar a pintar, ele pôs uma
almofada sob o braço dela para amparar sua postura. Ela sabia que ele não fazia
rascunhos, dando preferência a fazer uma leve linha de aquarela na própria
tela.
Ele era, ela pensou
orgulhosa, talentoso demais.
- Você vai seguir
minhas ordens. Você não irá até Zulheina hoje - Christopher bateu sua mão
espalmada sobre a mesa, o som tão alto quanto um tiro de revólver pelo
escritório.
Dulce colocou as
mãos na cintura e franziu a testa.
- Por que não? Eu
pude fazê-lo antes.
- Eu lhe dei uma
ordem e espero que seja obedecida.
Ela soltou um
suspiro através de lábios franzidos.
- Eu não sou sua
criada para ser comandada! - ela perdeu a paciência pela primeira vez. Após a
intensa intimidade dos últimos dias, ele poderia agir com um pouquinho mais de
consideração. - Dê-me uma explicação que faça sentido e eu ficarei.
Christopher avançou
por detrás da mesa e pôs as mãos na cintura dela. Então ele a puxou até que
estivessem olhos nos olhos. Os pés dela balançaram no ar. Dulce colocou as mãos
no ombro dele e se recusou a ser intimidada.
- Alguma organização
terrorista infiltrou-se em Zulheina? - ela tentou adivinhar a esmo. - Não, eu
já sei. Hoje é o dia anual do festival pelo assassinato do homem vermelho. Não,
espere aí, será o dia em
que Christopher age como um ditador? Acertei? Vamos, estou
chegando perto? - ela empurrou os ombros dele, furiosa com a maneira como ele
demonstrava ser mais forte.
Os ombros dele
começaram a tremer. Ela espremeu os olhos ao olhar para ele.
- Aii! Deixe-me ir,
seu... Não, eu não posso chamá-lo de animal porque isto seria um insulto aos
animais.
Christopher riu
ainda mais alto, com os olhos brilhando.
- Pare com isto,
seu... seu marido!
- Dul - o sorriso
dele quase a ofuscava, - Dul, você é maravilhosa.
Isto a fez parar.
Tinha soado como um elogio. Ela olhou para ele suspeita.
- O que você quer me
dizer?
- Parece que eu fui
insultado ao me submeter.
- Ah, seu
esconderijo é tão discreto quanto o de um rinoceronte. Tudo o que eu digo
parece não ter valor algum - ela resmungou. - Coloque-me no chão - ele apertou
seus braços ainda mais ao redor dela e saiu com ela pela porta até o corredor.
- Christopher, o que você está fazendo? - ela olhou ao redor, na esperança de
que ninguém estivesse por perto. O escritório oficial dele ficava na ala
principal do palácio. - Meus pés estão nus. Minhas sandálias caíram quando você
me levantou.
- Então melhor ainda
que a esteja carregando - esta resposta dele era insuportavelmente masculina.
Ela desistiu.
Envolvendo seus braços com mais firmeza ao redor do pescoço dele, deixou-se
levar. Só então percebeu que a estava trazendo de volta a seus aposentos.
- Você está
pretendendo me prender em sua suíte?
Ele parou e depois
continuou a sua caminhada.
- Eu não havia
pensado nisto. É uma excelente idéia.
Dulce meneou a
cabeça e a inclinou para trás, mas não conseguia ver os olhos dele.
- Má idéia, péssima
idéia - quando ele não respondeu, ela contraiu os olhos e tentou balançar os
ombros dele. - Você não o faria... faria?
- Devo descobrir uma
maneira de lidar com a malcriada gatinha com quem me casei - ele abriu a porta
de sua suíte e seguiu até o seu quarto.
- Malcriada! - Ela
fechou o rosto e disse. - Eu? Eu acho que você está trocando as bolas.
- Pelo menos não são
meus olhos.
- Olhos? O que... eu
não posso acreditar. Você fez uma piada? - ela tomou fôlego com exagero e
depois soltou um grito de surpresa quando ele a jogou sobre a cama.
- Fique caladinha,
meu coração.
Um prazer tátil
tomou conta dela quando Christopher deitou seu corpo sobre o dela. Ele começou
a acariciá-la com suas mãos talentosas.
- Isto é para ser
uma distração? - ela perguntou.
- Estaria
funcionando se o fosse?
-Ah, sim - ela
suspirou. -Mas me conte a verdade, por favor.
- Criaturinha
persistente - ele reclamou, mas com um tom afetuoso. Os olhos dele estavam
carregados de uma promessa sensual quando ele a olhou. - Hoje é o festival...
As risadinhas de
Dulce o pegaram de surpresa. Christopher tentou arquear a sobrancelha num gesto
de autoridade. Quando aquilo não funcionou, ele a beijou até que derretesse.
- Como eu estava
dizendo, trata-se do festival das virgens - ele completou e a beijou no
pescoço. - Se você tivesse chegado algumas semanas antes, poderia ter
participado. Não, brincadeira. Você não teria permanecido virgem por tanto
tempo. No carro mesmo, quando havia acabado de chegar, eu já quase a possuí.
- Pare com isto -
ela ordenou.
- Parar com o quê?
- De me tirar do
sério.
- Eu gosto de lhe
tirar do sério - a satisfação ardeu naquelas profundezas verdes quando ela
estremeceu a carícia dele. Os lábios dela se abriram de contentamento. Dulce
não sabia como agir com ele quando estava daquele jeito.
- Então me diga -
ela passou a ponta do dedo no peito dele, sentindo prazer em tocá-lo coberto
pelo fino tecido de linho.
- É um dia em que
mulheres virgens de uma certa idade fazem uma peregrinação até um local
secreto.
- Onde é que fica
este local?
Ele olhou
contrariado pela pergunta dela.
- Nenhum homem sabe.
Ela ficou com o
interesse aguçado.
- É mesmo? Há
quantos anos ocorre este festival?
- Desde que Zulheil
existe.
- E por que eu não
posso sair daqui?
Christopher
pressionou sua testa à dela e lhe respondeu boca à boca.
- Se você me deixar
terminar, Dul, eu lhe contarei.
Ele continuou a
falar com sua boca colada à dela, lábio a lábio.
- Eu não sei o que
elas fazem e provavelmente é melhor assim. A nenhum homem é permitido estar nas
ruas há esta hora.
Dulce franziu a
testa, a questão ficou presa em sua garganta. Christopher havia lido sua mente.
- Paciência, minha
gatinha infernal. Não há perigo algum porque as mulheres casadas às acompanham,
incluindo as policiais femininas.
- Policiais
femininas?
- Eu disse a você
que nossas mulheres são adoradas. Nós as protegemos, mas não as aprisionamos -
ele correu sua língua pela linha dos lábios dela em uma carícia provocante. O
impulso por se render quase a venceu.
- Por que então não
posso ir?
- Porque, além das
virgens, apenas mulheres casadas que tenham filhos ou que sejam casadas há
cinco anos podem participar. Quando você tiver um filho meu, então poderá ir.
Dulce tomou ar. A
idéia de carregar o filho de Christopher era um sonho que ela não tinha ousado
considerar. E ainda não ousaria, pelo menos até que contasse a verdade sobre
seu próprio nascimento. Ela tinha de contar a ele. Mas não agora, não quando ele
soava como se importasse com ela.
- Como é que vocês
impedem estrangeiros de perturbar a peregrinação?
- Zulheil fecha
anualmente as fronteiras na semana anterior ao festival. Os que já estão dentro
têm os vistos expirados nesta mesma semana. Visitantes recalcitrantes são
repatriados.
- Você fechou suas
fronteiras depois que seus pais faleceram, não foi? - ela havia falado sem
pensar, mas assim que as palavras saíram, ela se interrompeu. Christopher havia
permanecido firme em sua recusa de falar sobre sua perda.
Ele a beijou. Foi um
beijo suave e caloroso, mas sem intenção sexual subjacente. Dulce retribuiu,
apesar de não estar compreendendo o que acontecia.
- Sim - ele
sussurrou sobre sua boca. - Por dois meses, Zulheil esteve fechado aos
estrangeiros. Nosso povo precisava fazer seu luto e eu precisava de tempo para
curar as feridas.
- Dois meses? Você
não quis dizer apenas um? Eu cheguei um mês depois, você se lembra?
meninas comentem pliz
Autor(a): anjovondy
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Os lábios de Christopher se abriram em um sorriso. - Para você, um visto muito especial foi concedido. Ela parou de respirar por um momento. - Você sabia. Você sabia o tempo todo que eu viria. Ele deu de ombros e disse. - Eu sou o sheik de Zulheil. Claro que eu sabia. Por que afinal você veio? Era a questão que ele n&at ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1453
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stellabarcelos Postado em 09/09/2015 - 02:39:03
Que fanfic linda!!! Amei muito mesmo! Parabéns
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:53
liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52
liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52
liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52
liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:51
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:51
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anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:51
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