Fanfic: Meu Sheik do Deserto DyC-Adaptação [TERMINADA]

Eles aterrissaram
em Zulheil no meio da manhã. Dulce não pôde evitar lembrar-se de sua primeira
viagem pelos corredores brilhando de tão brancos. Naquela ocasião, ela
acreditava que se o amasse o bastante, aquele homem a seu lado aprenderia a
amá-la também.

Agora, ela sabia
que, se ele era capaz de condená-la com uma prova tão frágil, ele nunca
confiaria na lealdade dela. Ela havia falhado em fazê-lo enxergar que ela era
merecedora de amor, e se Christopher não podia ver isto, então as falhas dela
eram fatais. Dulce teve suas defesas emocionais destruídas pela tempestade que
enfrentara, e já não conseguia mais lutar contra seus antigos demônios.

Quando chegaram
ao palácio, ela deixou que Christopher a arrastasse pelos corredores - por mais
humilhante que aquilo fosse.

Ciente de que, se
lutasse, ele poderia agir de uma forma que ela nunca esqueceria. Ela o impediu
quando ele foi se virar para sair, após tê-la empurrado para dentro do quarto.
Ela não era alguém que ele pudesse trancar em algum canto e esquecer.

- Onde é que você
vai?

Christopher nem
mesmo a olhou ao responder.

- Abraz.

Fale comigo, ela
quis gritar. Dê-me algo em que possa me fiar. Mesmo depois das acusações e
descrenças da parte dele, o coração dela se recusava a desistir. Ela o amava e
precisava dele. E desta vez lutaria por ele até esgotarem suas esperanças.

- Por quê? - ela
perguntou.

Ele olhou para
ela, com seus olhos verdes escurecidos de tanta fúria.

- Eu vou me casar
com minha segunda esposa. Você não me diverte mais. Talvez ela ofereça mais
lealdade do que você tem oferecido.

O coração de
Dulce congelou.

- Você vai se
casar com outra mulher?

- Nós iremos nos
casar em Abraz. Seria
bom que você se acostumasse a um papel submisso.

- Como é que você
é capaz de fazer isto comigo? - ela rezava por ele estar apenas se vingando,
por estar furioso com sua suposta traição. Então ela se lembrou da bela Futz.
Futz, que queria casar com Christopher... E que vivia em Abraz. Futz, a
princesinha glamorosa que Belinda havia previsto em seu caminho, há muito tempo
atrás. O pior pesadelo de Dulce acabava de se tornar realidade.

A bela face de
Christopher era cruel em seu desgosto, enquanto seus olhos impiedosos
perscrutavam seu corpo trêmulo.

- Da mesma
maneira que você planejou me trair.

- Não! Eu não planejei
nada. Por que você não acredita em mim? - ela estendeu o braço para agarrar a
barra de sua jaqueta, mas ele arrancou as mãos dela de si.

- Eu não quero me
atrasar - ele disse ao sair.

Dulce não foi até
a varanda desta vez. Naquele momento, algo dentro dela se quebrara. Mas ela não
se permitiria sentir dor, porque, se o fizesse, morreria. Em vez disto, ela
começou a planejar sua fuga. Ela estava preparada a lidar com a raiva de
Christopher, com sua desconfiança e até mesmo sua rejeição, mas aquilo...

- Eu jamais o
dividirei com outra. Jamais.

A voz derrisória
de Belinda parecia assombrá-la, lhe dizendo que ela não tinha sido mulher o
bastante para segurar seu marido.

- Não! - Belinda
provavelmente só tinha tido o intuito de comprar uma briga com ela, mas a
desconfiança arraigada de Christopher em relação à sua esposa deu a ela a maior
das vinganças. Dulce se recusou a dar mais poder à sua vingativa irmã.

Ela se virou,
caminhou em direção a seu quarto e trancou a porta ao entrar. Precisava
raciocinar. Não havia como pegar um avião para fora de Zulheil. Christopher já
deveria ter alertado seus homens a vigiarem qualquer tentativa da parte dela.
Ele queria que ela sofresse, queria puni-la. Antes, ela o permitiria, com a
certeza de que seu amor prevaleceria.

- Mas agora
acabou - ele havia ido longe demais.

Ela não podia
seguir pelas estradas, os guardas das fronteiras eram bem treinados e
escrupulosos. Além disto, o seu cabelo vermelho era um sinal muito forte entre
as pessoas do deserto.

- Água - ela
parou, com o coração batendo. Zulheil tinha uma costa estreita e um porto de
movimento intenso. Seria relativamente fácil escapar a bordo de um navio
estrangeiro quando ele parasse para abastecer. Marinheiros eram uma tripulação
independente e as autoridades portuárias estariam mais preocupadas em impedir a
entrada de pessoas em Zulheil do que em policiar os que estivessem deixando o
país.

Ela sabia que
deveria deixar tudo para trás, para que ninguém pudesse adivinhar seu plano.
Aquilo parecia definir o seu destino. Ela estava deixando tudo, seu coração,
seus sonhos, sua esperança.

Respirando fundo
e com calma, ela foi até o pequeno cofre no quarto deles. Depois do casamento,
Christopher a havia mostrado o cofre e disse-lhe que sempre teria dinheiro para
que ela pudesse usar. Apesar de ela não querer pegar o dinheiro dele, acessar
sua poupança bancária da Nova Zelândia entregaria imediatamente seus planos.
Livrando-se de seu orgulho, ela fez a combinação necessária para abrir o cofre.
Havia dinheiro o bastante para ela comprar a passagem e ainda se manter pelas
próximas semanas.

Quando ela virou
seus olhos do cofre, um brilho prateado sobre uma cadeira no canto lhe chamou a
atenção. Ela havia terminado a bela blusa de contas logo antes de partirem para
a Austrália. Agora ela quase não podia olhar para ela. Dobrou-a então e a
colocou sobre a cama, junto com uma nota para Anahí. Sua amiga poderia odiá-la
por haver fugido, mas era para ela que Dulce daria a blusa.

Assim que ficou
pronta, ela foi até a mesa e pegou uma caneta. Seus dedos ameaçavam tremer sob
o calor das emoções, mas ela os controlou com uma disciplina que veio de algum
lugar dentro de si que ela nem sabia existir.

Christopher,

Desde que
cheguei a Zulheil, você ficou esperando que eu o traísse e partisse. Hoje, eu
estarei à altura de sua confiança em mim, mas não partirei em silêncio como uma
ladra.

Eu amo tanto
você que toda vez que respiro, penso em você. Desde o momento em que nos reencontramos
não tinha nenhuma intenção de deixá-lo. Você foi meu primeiro amor, meu único
amor. Eu pensei que seria capaz de fazer tudo por você, até mesmo suportar seu
castigo em relação à escolha que eu fiz há quatro anos, mas hoje eu descobri
meus limites. Você é meu e somente meu. Como pode pedir que eu compartilhe você
com outra?

Seu orgulho
irá incitá-lo a me procurar, mas eu lhe imploro, se alguma vez já sentiu algo
por mim, por favor, não o faça. Eu jamais poderia viver com um homem que eu
amo, mas que me odeia, morreria por causa disto. Eu não sei o que farei, só sei
que meu coração está partido e que preciso ir embora deste lugar. Mesmo que
nunca mais o veja outra vez, saiba que você sempre será o meu amado.

meninas c tive bastante cometario termino de posta amanha a web.......