Fanfics Brasil - 27°capitulos Meu Sheik do Deserto DyC-Adaptação [TERMINADA]

Fanfic: Meu Sheik do Deserto DyC-Adaptação [TERMINADA]


Capítulo: 27°capitulos

870 visualizações Denunciar



Dulce ai eha
sheik


Com os olhos secos
por sua dor ser forte demais até para que pudesse chorar, ela dobrou a carta e
a colocou dentro de um envelope lacrado. Quando ela havia começado, tinha
pensado em escrever algo furioso, mas ela não conseguiu. Pegando sua bolsa e a
carta, ela foi até o escritório dele, o único local em que ninguém pisaria até
que retornasse. Ela colocou a carta no centro de sua mesa, onde ele a veria
imediatamente. Suas mãos acariciaram o suave mármore em um último e
doloroso adeus. Naquele quarto eles haviam aprendido tanto um
sobre o outro e ali também ela havia começado a ajudá-lo em suas tarefas.


- Mas não foi o
bastante - rangendo os dentes, ela quase saiu correndo do quarto, incapaz de
suportar a tempestade de lembranças. Já do lado de fora, ela colocou os óculos
escuros e aguardou o motorista trazer o carro. Dois minutos depois ela estava a
caminho.


Os belos Minaretes e
os coloridos mercados que passavam do lado de fora lhe trouxeram lágrimas. A
sensação de perda era avassaladora. Aquele lugar tinha se tornado seu lar. Os
odores exóticos, o calor opressivo, as pessoas sorridentes de olhos brilhantes
- eram todos agora parte dela e para sempre o seriam.


Assim como
Christopher.


As docas estavam
movimentadas. O motorista parou em frente ao popular café à beira-mar que ela
havia indicado.


- Eu vim me
encontrar com uma pessoa para almoçar, portanto, pode partir se desejar.


- Eu aguardarei
aqui.


Ela não esperava que
fosse diferente. Christopher havia deixado ordens para mantê-la prisioneira.


No momento em que
ela saiu do carro, as pessoas acenaram e chamaram por ela. Aqueles generosos
habitantes do deserto a haviam aceitado sem questionar. Mesmo assim, nem mesmo
com eles ela suportaria compartilhar Christopher. Após cumprimentar seu povo
com sorrisos forçados, ela entrou no restaurante e procurou pela recepcionista.


- Dulce ai eha
sheik
, você quer escolher uma mesa? - ela estava radiosa.


- Obrigada, mas eu
estava pensando se você poderia me ajudar? - sua voz era suave, mas não soou
tão trêmula como imaginara.


- Mas é claro!


- Uma equipe de
notícias estrangeira de alguma maneira conseguiu entrar em Zulheil e estão me
seguindo. Se você puder me levar até sua porta dos fundos, meu motorista já
avisou a um outro para me buscar. É muito incômodo ser caçada desta maneira.


A porta dos fundos
dava para um beco estreito. Apesar da passagem ser limpa, tinha também um ar
abandonado e silencioso. A recepcionista olhou em volta, franzindo a testa.


- Não tem nenhum
motorista aqui.


- Ah, ele está
esperando logo ali à frente. Obrigada - antes que a mulher dissesse qualquer
coisa, Dulce começou a caminhar confiante pela pequena passagem de pedras.
Assim que não podia mais ser vista, seguiu em direção à beira-mar.


Parecia que a sua
sorte estava mudando. Um navio de cruzeiro estava ancorado apenas por três
horas para se reabastecer. Em meio ao grupo de turistas europeus, Dulce não
mais se destacava. As autoridades estavam à espreita de qualquer pessoa com
intenção de partir, mas ninguém notou uma pequena mulher se misturando à
colorida massa humana.


Dulce descobriu que
a companhia do cruzeiro estava mais do que feliz em receber mais um passageiro
pagante, havendo perdido alguns na última parada devido a doenças. Com uma
quase instintiva precaução, ela usou seu passaporte da Nova Zelândia.


Uma hora depois, ela
assistiu as brilhantes areias do deserto de Zulheil se esconderem atrás do
horizonte. Permaneceu no convés, com o vento acariciando seu rosto, incapaz de
mover seus olhos para outra direção. Uma parte de si acreditava que se ela não
perdesse a terra de vista, os últimos laços que a ligavam a Christopher não
iriam desaparecer também. Então a noite caiu, trazendo um fim para aquele sonho
impossível.


A lua brilhou sobre
os Minaretes de Zulheina, mas Christopher não conseguia encontrar um fim para a
dilacerante sensação de perda que parecia se espalhar por sua alma e devorar
completamente qualquer esperança de felicidade.


Ele já estava na
metade do caminho para Abraz, quando uma dor pungente o tomou. Ele entregara
seu coração a Dul e ela o havia feito em pedaços mais uma vez. Ele ainda não
sabia bem o que faria para sobreviver. Ninguém além de Dul poderia ser sua
esposa, mas como é que ele poderia permanecer com uma mulher que era capaz de
traí-lo com tamanha facilidade?


Sua mente continuava
a lhe repetir a imagem mais dolorosa - a da evidente agonia nos olhos de Dul
quando ele contou que desposaria outra mulher.


Alguma coisa
desesperada e primitiva dentro dele continuava a repetir que ele havia cometido
um erro e devia voltar para casa. Procurando por qualquer vestígio de
esperança, ele finalmente tinha parado de reagir e começado a escutar
novamente.


Olhando com a razão,
sem a cegueira ocasionada por seu coração partido, nada daquilo fazia sentido.
Se Dulce quisesse tê-lo deixado, ela poderia fazê-lo sem a ajuda de Belinda. O
pavor tomou Christopher quando ele se deu conta de tudo, mas foi a lembrança da
revelação de Jamar que quase o fez perder o fôlego. Por que razão um
guarda-costas lhe revelaria uma traição de uma maneira tão casual - no corredor
de um hotel, onde qualquer pessoa poderia ter escutado?


Christopher pediu ao
motorista do carro que retornasse o mais rápido possível a Zulheina. Ele pegou
o telefone do carro. O guarda-costas atendeu ao primeiro toque.


- Senhor?


- Eu estava pensando
em comprar um presente para minha esposa e me lembrei do que você me disse na
Austrália. Dulce ficou entusiasmada quando sua irmã lhe perguntou a respeito de
marcar as passagens para Nova Zelândia? - sua mão estava apertando com força o
aparelho.


- Eu escutei Dulce
ai eha sheik
dizer que ela iria perguntar a você se teria algum tempo
livre. Eu acredito que ela iria gostar de uma viagem como presente - ele pôde
perceber o sorriso por ter sido consultado, no tom de voz de Jamar. - Eu fui
chamado antes que perguntasse se poderia ser o guarda-costas dela, caso esta
viagem viesse a acontecer. Eu sei que pergunto demais, mas... Eu não gostei
nada do jeito da irmã dela.


- Eu concordo,
Jamar. Muito obrigado - Christopher quase não conseguiu responder. Com seu
sangue gelado pela compreensão de ter cometido um erro incalculável, ele
retornou a Zulheina.


Tarde demais.
Absolutamente tarde demais.


Christopher não
estava preparado para aceitar que a havia perdido para sempre. A mulher que sua
Dul se tornara, o havia mudado. Sua força, a habilidade dela em liderar a seu
lado, sua gloriosa sensualidade... Ela era insubstituível.


- Você me pertence,
Dul.


Dulce passou toda a
viagem trancada em sua cabine, evitando que os convites feitos pela equipe de
atividades sociais a distraíssem. Ela não chorou. Suas lágrimas estavam
congeladas em seu coração junto ao resto de suas emoções. Ela só queria
esquecer.


Só que Christopher
não permitia. A cada noite, ele vinha até ela em seus sonhos, forte, viril, relutando
em aceitar sua decisão. Ela se remexia, com o corpo coberto de suor, tentando
lutar contra ele, mas no final ele sempre ganhava.


- Você me pertence,
Dul - as mãos dele a acariciavam.


- Não.


- Sim! - aquela
arrogância masculina aparecia até em seus sonhos. Os ombros dele brilhavam ao
luar, como faziam nas noites que passaram no deserto.


- Christopher - ela
sussurrou, estendendo a mão para tocar aquela pele quente e tentadora. Não
encontrou nada além do frio vazio. - Christopher, não! - invariavelmente, ela
acordava com este nome em seus lábios, em um grito para que ele acreditasse
nela... Para que a amasse.


O cruzeiro aportou
em numerosas cidades do Oriente Médio, mas ela não descia, para não correr o
risco de ser reconhecida. Duas semanas de isolamento voluntário se passaram.
Foi quando o navio fez uma parada inesperada em uma pequena ilha grega,
realizada pela necessidade de desembarcar um passageiro em estado de urgência.
Exausta, Dulce desceu do navio e não retornou mais. Era um lugar como qualquer
outro, ela pensou sem entusiasmo. E por não ser uma parada programada, mesmo
que Christopher procurasse por ela, ele não a encontraria lá.


Ela conseguiu um
pequeno apartamento em um sótão. Na noite de sua chegada, ela se enrodilhou na
cama e não conseguiu mais se mover dali. Pensamentos sobre Christopher a
assombravam dia e noite. Sua mente repetia sem cessar aquela terrível
discussão. Ela tentava encontrar outro caminho, outro rumo. Não havia nenhum.


- Acabou, eu aceito
- ela dizia para si mesma todos os dias, e a cada dia ela acordava com o
coração carregado de desejo e o corpo dolorido.


Uma semana depois,
ela se arrastou para fora, lutando contra a depressão. Ela dizia a si mesma que
era forte, que sobreviveria. E daí se metade de sua alma estivesse faltando?
Ela a havia entregue por escolha própria. E não se arrependia. Por acaso, ela
viu uma placa na vitrine de uma loja que procurava por costureira. Respirando
fundo, ela abriu a porta e entrou.


Naquela noite, ao
pegar uma tesoura para fazer um conserto, seu entorpecimento de repente se
dissipou. Era como se seu corpo percebesse que ao fazer algo além de
simplesmente sobreviver, ela houvesse decidido viver outra vez. Com a mudança
súbita vieram também pensamentos, lembranças e dor no seu coração.


A primeira emoção
foi o medo - medo de que jamais pudesse esquecer Christopher. E então, de
repente, ela ficou aterrorizada por talvez esquecê-lo. Ele vivia dentro dela,
como parte integrante sua. Paradoxalmente, havia paz em saber que ela nunca
deixaria de amá-lo. Apesar deste conhecimento, ela evitava ler jornais e
revistas, ciente de que se ela visse Christopher com sua nova esposa, ela
perderia certamente o controle que havia retomado sobre suas emoções.


Comentem

so posta quando tive mais comentarios


+1000


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): anjovondy

Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

 Hj e o niver daa nossa diva Dulce Maria!    A melhor pessoa desse mundo, simples q ama ajudar as pessoas...Q qquando tem alguem triste esta sempre perto, alem de tudo tem um coraçao enorme ama cade fã...    A nossa eterna Roberta com seu cabelo colorido, genio forte q odiava o bonequinho... E assim a aprendemos a ama-la, verd ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1453



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • stellabarcelos Postado em 09/09/2015 - 02:39:03

    Que fanfic linda!!! Amei muito mesmo! Parabéns

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:53

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:52

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:51

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:51

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*

  • anevondy Postado em 02/01/2012 - 17:18:51

    liiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!! Amei a web!! *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais