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Capítulo: 2? Capítulo

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Capítulo II


 


Dulce baixou os olhos para suas próprias mãos e constatou que elas estavam trêmulas e úmidas. Quando Chris lhe pedira para ligar para a clínica ela quase tivera um ataque do coração, pois era exatamente o mesmo local onde se submetera à inseminação artificial cinco meses atrás. Por que agora ele teria algum interesse em entrar em contato com o laboratório?


Fosse o que fosse, teria de esperar até segunda-feira. Fizera a ligação, mas só ouvira o recado na secretária eletrônica informando que a clínica não funcionava às sextas-feiras.


Ao passar a informação, Chris, impaciente e nervoso, resmungara algo, mas nada revelara sobre o que queria tratar com o laboratório.


Dulce respirou fundo, tentando normalizar as batidas do seu coração. Sabia que era chegada a hora de contar ao patrão sobre a sua gravidez. Tinha de encontrar as palavras certas para fazê-lo, e não podia protelar por mais tempo. Não podia mais continuar com aquela situação angustiante.


De repente, ouviu um ruído atrás de si e teve um sobressalto.


Deu meia-volta e viu-se diante de Sissi, que entrara em sua sala para entregar a correspondência diária da empresa.


- Olá, Sissi - cumprimentou, sorrindo para a mulher baixinha que separava os envelopes a serem deixados ali. - O que há de novo no mundo da Chris Uckermann e Associados?


- Bem, vejamos... - Sissi murmurou, atenta a seu trabalho. - Jolene Brown, do terceiro andar, disse que, já que estamos implantando uma creche, teremos de implantar um centro de cuidados para animais de estimação também.


- Animais de estimação?!


- Exatamente. Parece que está com problemas com um cachorrinho que herdou de alguém... O bicho está comendo toda sua mobília enquanto está fora de casa - explicou com uma risadinha marota. Em seguida acrescentou: - E ela preferia tê-lo por perto enquanto trabalha.


- Não seria melhor chamar um psicólogo para cães? - Dulce sugeriu, rindo.


- É verdade - Sissi concordou. - Acho que vou transmitir sua sugestão a ela. Nesse meio-tempo, tem alguma novidade quente que gostaria que eu espalhasse?


- Novidade? - Dulce estranhou. - Não... Por que pergunta?


- Por nada... Nada mesmo. É o hábito, pois a cada sala que entro fico sabendo de algum fato novo.


- Então, querida, sinto frustrá-la, pois tudo por aqui está na mesmice de sempre - respondeu bruscamente. Sissi estranhou aquela reação e despediu-se rapidamente.


Quando a mulher se foi, Dulce mordeu o lábio inferior, culpando-se por sua reação um tanto brusca.


Naquele momento, o telefone tocou, assustando-a.


- Alô! - atendeu, um pouco alarmada, mesmo sem saber ao certo por quê.


- Dulce? - respondeu sua amiga Annie. - Você está bem?


- Claro que sim... É que... Bem, eu estava totalmente concentrada, arrumando as coisas por aqui, quando o telefone tocou, por isso acabei tendo um sobressalto.


- Desculpe-me por interrompê-la, mas estou indo para Copper Penny com um grupo de amigos, para almoçar, e imaginei que você gostaria de vir junto. Afinal, esse restaurante é o seu preferido...


Dulce sorriu. Como assistente pessoal do dono da firma, não era incluída em reuniões informais do pessoal com muita freqüência. Embora quisesse muito ir, sabia que devia recusar o convite.


- Eu adoraria, Annie, mas tenho muito trabalho a fazer. Quero ver se uso a hora de almoço para adiantá-lo, assim não precisarei ficar aqui até muito tarde - desculpou-se.


Na verdade, trabalho não era, de fato, o problema, mas, sim, dinheiro. Precisava economizar cada centavo por causa do bebê que esperava. - Vou ficar no escritório e comer um lanche.


- Quer que eu traga um de lá para você?


- Não, obrigada. Eu trouxe um sanduíche de casa.


-Está certo, dessa vez vou deixar passar, mas saiba que vamos sentir sua falta. Afinal, é você quem torna nossas reuniões animadas.


Dulce conversou com a amiga ainda por alguns momentos, depois desligou sentindo uma ponta de inveja. Annie também estava grávida, mas não precisava esconder o fato. Além do mais, tinha muitos amigos que a apoiavam, isso para não mencionar o pai da criança.


De repente, um intenso sentimento de solidão a tomou. Colocou a mão sobre o ventre, pensando no bebê. Teria feito a coisa certa?, indagava-se. Conseguiria ir até o fim sozinha? E seria justo para com a criança? Poderia ter esperado um pouco mais para tomar tal decisão. Mas não tivera ninguém em quem confiar, alguém para discutir sua idéia... e agora seu patrão iria se tornar seu único confidente...


Com um leve menear de cabeça decidiu pensar apenas no trabalho durante a próxima hora e, apressada, dirigiu-se ao Departamento Financeiro, para discutir uma proposta de orçamento que lhe tinha sido enviada naquela manhã.


Ao voltar, imaginou que seu chefe tivesse saído para almoçar. Hannah e Kate, as duas secretárias do escritório ao lado, também não estavam mais no prédio. Havia um pesado silêncio ali.


Retirou a sacola de papel que estava na gaveta de baixo de sua mesa e espalhou o conteúdo sobre sua mesa. Um simples sanduíche de manteiga e geléia de morango, uma caixinha de batata frita e uma maçã. Comia a mesma coisa no almoço havia um mês e não sentia mais nenhum entusiasmo em repetir a dose.


- Vai comer aqui novamente? - perguntou Chris, saindo de seu escritório e fazendo-a ter um sobressalto com sua presença inesperada.


Dulce tornou a embrulhar o lanche, em uma atitude quase defensiva, e encarou-o, achando-o, mais uma vez, muito atraente. E era estranho como isso vinha acontecendo com maior freqüência ultimamente.


- Bem, tenho certeza de que sua comida deve ser... nutritiva, mas não creio que seja tão deliciosa assim... - Chris comentou, esboçando um meio-sorriso.


- Ora, sr. Uckermann, acontece que no momento não estou em condições de pagar por outro tipo de comida... - Dulce se interrompeu, e sentiu que enrubescia, quando percebeu que havia falado demais. Desejava que ele se afastasse, que seguisse para o elevador e a deixasse sozinha.


No entanto, ele não parecia estar com pressa. Ao contrário. Aproximou-se, sentando-se em um dos cantos da escrivaninha, uma perna solta no ar, como se estivesse disposto a permanecer e observar enquanto ela se alimentava.


- Está precisando de um aumento? - brincou.


- Não, senhor, eu...


Chris riu.


- Não se preocupe. Queria mesmo lhe contar que fiz uma reavaliação de seu trabalho, há duas semanas, e tenho certeza de que haverá novidades em seu pagamento deste mês.


- Oh, esta é uma noticia muito boa... - Dulce queria agradecer, mas não queria parecer desesperada. Mesmo estando assim. - Eu... Obrigada, sr. Uckermann.


- Não agradeça. Você é muito boa em tudo o que faz e deve saber disso... Prefiro perder um braço a perder você.


Dulce engoliu em seco, sentindo-se culpada. Como poderia contar a ele?! Afinal, Chris sempre fora muito bom e ela o traíra com aquela gravidez... Mesmo trabalhando arduamente, teria de deixá-lo dentro de alguns meses...


Lembrou-se da creche que estava sendo construída bem ali, no prédio, e da qual ele fazia questão de saber a cada semana. Seu bebê poderia ficar ali logo que fosse possível. Mas isso ainda levaria muito tempo.


- Não vai almoçar, sr. Uckermann? - perguntou, esperando convencê-lo a sair.


Chris respirou fundo e Dulce percebeu que aquela expressão preocupada estava em seu rosto novamente. - Não, acho que vou ficar por aqui. Tenho certeza de que, mesmo se tentasse, não conseguiria comer nada.


Dulce observou-o, atenta. Chris parecia cansado. E ela surpreendeu-se pensando que gostaria muito de saber qual era o problema que o incomodava para poder ajudá-lo...


- Não tem filhos, tem, Dulce? - A pergunta veio de repente, desconcertando-a.


- Não... - Ela não sabia como responder ao certo. Chris, porém, envolvido com seus pensamentos, não parecia perceber o embaraço de sua assistente.


- Fico imaginando como seria ter um filho - prosseguiu, com expressão alheia. E, distraído, pegou metade do sanduíche que ela trouxera, dando-lhe uma mordida. - Alguma vez já imaginou? - perguntou, olhando-a bem dentro dos olhos, como se pudesse encontrar a resposta ali.


Dulce sentiu a garganta se apertar. Os olhos que a fitavam estavam tão próximos, e eram tão negros... - Sim, sim... claro – tartamudeou.


- Há algo de especial nos bebês, não acha? - Chris perguntou, enquanto esboçava um sorriso.


Dulce não conseguia desviar o olhar do rosto dele e, aos poucos, sentiu como se a sala ao redor desaparecesse. Os olhos de Chris pareciam-lhe maravilhosos. E lembrava-se de ter ouvido dizer que os olhos eram as janelas para o coração... Por um momento perguntou-se se Chris teria uma alma maravilhosa também.


Estava inclinando-se muito devagar para a frente, em direção a ele, absolutamente magnetizada.


- Pode me passar esse guardanapo? - ele pediu, despertando-a daquele devaneio.


Dulce notou que havia um pouco de manteiga no canto de seu lábio inferior.


- Meu Deus! Comi todo seu sanduíche! - Chris exclamou, ao se dar conta do que tinha feito. Dulce baixou os olhos para a mesa, como se só naquele momento retornasse à realidade. Não entendia o que estava acontecendo consigo.


Aquela atração extrema que sentia por seu chefe quase a levava a fazer papel de tola... A gravidez teria alguma influência em sua atitude?, indagou-se. E ele teria notado?


- Por que me deixou comê-lo todo? - Chris insistia.


- Bem... Como eu poderia impedi-lo, sr. Uckermann? Parecia tão faminto que...


- É, tem razão. Mas seu lanche não foi suficiente, sabia? Agora estou com fome de verdade. Sinto muito pelo que fiz. Mas... tenho uma idéia para consertar minha má ação: vou levá-la para almoçar.


Dulce prendeu a respiração. Aquele era o único convite que, apesar de querer muito, não podia aceitar. Precisava pensar depressa em uma desculpa para recusar o convite.


– São quase treze horas - murmurou. - Meu horário de volta é às treze...


- Eu sei. Mas, como a sorte está a seu favor, quem dita as regras por aqui sou eu. Portanto...


Calada, Dulce avaliava a situação. Não queria ficar a sós com ele por mais tempo. A atração que sentira parecia-lhe perigosa. Além do mais, precisava de tempo para encontrar uma maneira de dizer ao chefe que estava grávida. Porque a situação já estava ficando insustentável e queria resolver tudo naquele mesmo dia.


- Vamos! Não vou aceitar uma recusa... - Chris já se levantara e a olhava, sorrindo.


- É que tenho muito trabalho a fazer e...


- Deixe isso para lá. Vamos almoçar. E isso é uma ordem.


- Sr. Uckermann...


- Eu lhe devo isso! Além do mais, assistentes pessoais merecem tratamentos especiais.


Não havia mais como recusar-se. E, quase sem notar, Dulce seguiu-o até o elevador, sentindo que deixava seu porto seguro.


 


 


Chris já havia desenvolvido um plano. Só precisava encontrar a maneira certa de expô-lo.


Iria fazer com que sua assistente o ajudasse a descobrir seu filho. Tinha certeza de que ela daria ao caso toda sua atenção e que agiria com sua habitual eficiência, o que era excelente naquelas circunstâncias.


Não sabia ao certo como envolvê-la no assunto, ainda, pois temia que ela opusesse alguma resistência. Afinal, conhecendo Dulce como conhecia, sabia que ela diria que se tratava de um assunto muito pessoal e que não lhe dizia respeito... No que não deixaria de ter razão. Chris teria de encontrar um meio de convencê-la.


Ele decidiu que usaria aquele almoço para criar uma atmosfera de companheirismo entre ambos. Precisava fazer com que Dulce se sentisse uma amiga, para que o ajudasse...


Sabia que não era algo muito bonito o que estava fazendo, mas não via outra alternativa.


Era isso mesmo! Iria deixar de lado todo e qualquer escrúpulo se queria, de fato, encontrar a mulher que esperava um filho seu.


Quando chegaram ao seu restaurante favorito, passou os olhos ao redor, como sempre fazia e, nesse gesto, viu, pela abertura da camisa que ela usava, uma parte de sua lingerie.


Dulce tinha um excelente gosto, avaliou, rapidamente. Sentiu certo prazer com a constatação e nem se sentiu culpado por isso. Afinal, nada significava. Dulce era casada, estava fora de seu alcance.


Tocou-a de leve nas costas, para indicar-lhe o caminho e, mais uma vez, gostou da sensação que tomou conta de si. Mas, como no momento estava preocupado com outra coisa, não deu muita importância para aquela descoberta.


O Shoreline Grill combinava muito bem uma comida exótica e deliciosa com a privacidade de cabines separadas para seus freqüentadores. Era, realmente, um restaurante de primeira classe.


O gerente aproximou-se e encaminhou-os pessoalmente a um dos locais que considerava ser dos melhores.


- É sempre um prazer revê-lo, sr. Uckermann - cumprimentou, passando-lhe o cardápio, assim que Chris e Dulce se acomodaram. – Faz já algum tempo que não aparece...


- É, não tenho saído muito ultimamente.


- Mas agora, com certeza, vamos vê-lo com mais freqüência - sugeriu o homem, cheio de maneirismos, lançando um olhar significativo a Dulce. Em seguida, afastou-se sem dar tempo a Chris de rebater a insinuação pouco educada.


Dulce olhou-o em silêncio, parecendo estar pouco à vontade.


Durante alguns instantes o silêncio envolveu-os. Nenhum dos dois conseguia iniciar uma conversa.


Decididamente, as coisas não estavam caminhando como ele planejara. Isso era muito ruim, ele concluiu.


Chris sentia-se tenso, e de uma forma que quase nunca lhe ocorria. Devia ser por causa do plano que criara, avaliou. Afinal, ele era manipulador, embora fosse necessário sê-lo na presente situação.


- Dulce... - começou, tentando parecer firme. - Nós já trabalhamos juntos há algum tempo e acredito que esteja na hora de trazermos nosso relacionamento para um plano mais... pessoal.


- Não, sr. Uckermann... - ela recusou, empalidecendo. - Não acho que isso seja certo.


Chris não reconheceu a assistente bem-humorada com quem convivia no escritório há tanto tempo. Estranhou aquela reação.


Com desenvoltura, Chris pegou a mão, pequena e macia, que estava sobre a mesa e segurou-a, tentando deixá-la mais à vontade.


- Só estou me referindo à maneira como você me trata, Dulce. Acho muito formal para o tipo de relacionamento que temos - explicou. - Quero que me chame de Chris de hoje em diante... A não ser, claro, quando estivermos nas reuniões da diretoria.


- Não creio que esta seja uma boa idéia... Também não acredito que conseguiria chamá-lo pelo seu primeiro nome.


Chris encarou-a por segundos, percebendo, pela primeira vez, o tom intenso de azul dos olhos de sua assistente.


Ela ficaria linda usando apenas jóias e... lingerie rendada, foi o pensamento que lhe ocorreu.


Em seguida, repreendeu-se por aquele pensamento. Afinal, Dulce, embora encantadora, era uma mulher casada. Não devia tampouco deixar-se levar pelo perfume suave que ela usava e que, agora percebia, era muito agradável.


- Basta tentar - ele insistiu, usando seu tom de voz mais persuasivo. - Sei que não encontrará dificuldade em me chamar de Chris.


- Acho que a responsabilidade vem sempre em primeiro lugar - Dulce continuou argumentando, teimosa. - Gosto de tudo em ordem, no seu devido lugar, e, definitivamente, sei qual é o meu lugar.


Chris ainda a olhava, sem entender muito bem qual era o motivo de tamanha resistência. Percebia, também, que sua assistente estava muito tensa.


Ocorreu-lhe que talvez Dulce sentisse medo dele... Não, não devia ser isso, porque ela era sempre tão firme quando estavam trabalhando... Costumava argumentar de forma extenuante quando tinha certeza de que estava certa sobre alguma coisa. Enfrentava qualquer dificuldade que aparecesse no trabalho com tanta garra que mesmo ele, às vezes, invejava a maneira de ser da assistente.


Era estranho, porém, porque sentia-a muito frágil e tinha vontade de protegê-la.


Pediram o almoço e, enquanto esperavam, Chris procurou encontrar um assunto qualquer, que afastasse os pensamentos que porventura a estivessem perturbando. Havia muitas pessoas no restaurante e era sempre interessante fazer comentários sobre os outros.


- Está vendo aquela mulher alta - começou -, com vestido vermelho... Sabe a quem me refiro?


- Sim - Dulce respondeu, sem atinar com o que ele queria dizer.


- Eu poderia jurar que ela está grávida...


Dulce parou de mastigar e olhou-o, com expressão indagativa. Como se não estivesse entendendo o que Chris queria dizer... Ou com medo do que ele poderia dizer em seguida.


- Tenho certeza! - Chris insistiu. - Eu diria... de uns cinco meses. O que acha?


- Não sei... Cada gestação é diferente... O organismo de cada mulher reage diferente... - Ela estremeceu e sentiu a voz fraquejar. Pegou, lentamente, o copo e bebeu um grande gole de água.


- Sabe, acho que estou ficando bom nisso de avaliar o período de gravidez das mulheres. Estou me interessando cada vez mais pelo assunto, sabe?


Dulce tentou sorrir.


- Verdade? Por quê? - perguntou, tentando não se sentir apreensiva.


Chris se inclinou para a frente, baixou a voz e indagou:


- Já notou como, ultimamente, parece haver mulheres grávidas por toda parte? Parece uma epidemia!


Dulce arregalou os olhos e esboçou um sorriso antes de concordar:


- É, devo admitir que tenho notado isso também...


- Está vendo? Não sou só eu que acho. Então, posso ter certeza de que não estou ficando louco.


Mas ela, talvez, estivesse. Meneou a cabeça, como para clarear os pensamentos, sentindo que havia coisas demais acontecendo, e em um espaço de tempo muito curto, em sua vida.


Dulce tentava raciocinar para onde aquela conversa os conduziria... Lembrava-se do jeito alheio de seu chefe, do pedido que ele lhe fizera para ligar para a clínica, depois daquele convite inusitado para almoçar, coisa que nunca fizera, e agora estava falando insistentemente sobre crianças e mulheres grávidas.


- Sr. Uckermann, o senhor está... apaixonado, ou algo parecido? - acabou por perguntar.


- Apaixonado? - Chris parecia estar em choque. - De onde tirou essa idéia maluca?


- Bem, é que... fica falando sobre bebês e...


- Bebês? - Chris passou os olhos ao redor. - Quem falou em bebês?


- O senhor. E acho melhor dizer-lhe que...


- Espere um pouco, Dulce. Eu não estava falando sobre bebês. Estava apenas tentando conversar sobre alguma coisa. E, uma vez que tocou no assunto... Não, não estou apaixonado de forma alguma!


Ela recostou-se à cadeira, apertando os lábios um contra o outro.


- Por que eu estaria falando sobre bebês? - ouviu-o perguntar, parecendo desconfiado.


- Apenas uma observação comum. Afinal, bebês despertam a ternura dos adultos, não?! Por que isso a faria pensar que estou... apaixonado?


Dulce encolheu os ombros, pensando no que dizer:


- Normalmente, um homem que fala em bebês está pensando em se casar...


- Ah, é isso! Bem, para mim, o casamento é onde sempre tudo dá errado!


Dulce franziu as sobrancelhas, sem entender. Seu casamento não dera certo, mas nem por isso deixara de ser a favor de tal instituição.


- O que tem contra o casamento? - Não pôde deixar de perguntar.


O garçom se aproximou, trazendo o segundo prato da refeição, e a conversa ficou suspensa por instantes. Quando o homem se afastou, Chris respondeu:


-Já vi muitos casamentos e sei alguma coisa sobre dois ou três deles. Meu tio Joe, por exemplo, já se casou sete vezes e não tem intenção de parar. E, em todas as vezes, diz ter certeza de que a mulher é o amor de sua vida. A lua-de-mel é fantástica, mas, antes de completar um ano, ele já está pedindo o divórcio novamente.


Chris passou a comer, prestando atenção excessiva à comida. Dulce aproveitou a concentração de Chris para observá-lo.


- Já parou para pensar que o problema pode estar em seu tio e não no casamento em si? - comentou, apenas para dizer alguma coisa. Era o seu espírito combativo que a fazia retrucar sempre.


- É claro que sim. Não sou ingênuo. Mas é apenas minha opinião, sabe? Sei que você é casada e imagino que deva ser feliz. Aliás, acho que deve se sentir muito bem porque parece-me que está... desabrochando.


Dulce pestanejou várias vezes, sem acreditar no que ouvia. Afinal, estava viúva há dois anos e seu chefe nem sequer sabia.


Chris continuava falando, mas ela já não o escutava. A última frase dita por Chris deixara-a trêmula, insegura.


A comida estava deliciosa, mas Dulce não conseguia comer mais. Passou o resto do almoço brincando com ela pelo prato, esperando que seu patrão não notasse o pouco que comera.


À medida que o tempo passava ia sentindo-se cada vez mais agitada e nervosa, e sabia que isso não fazia bem ao seu bebê.


Precisava falar a Chris sobre sua gravidez. Já havia tentado uma vez, mas ele não a deixara terminar a frase. Precisava fazê-lo, e tinha de ser naquele momento... Não podia deixar passar aquela oportunidade.


- Sr. Uckermann, há... há algo que tenho de lhe dizer. Chris consultou o relógio, como se estivesse com muita pressa.


- Diga logo, então, porque temos de voltar ao escritório para acertarmos aquele contrato, lembra-se?


Dulce chegou a entreabrir os lábios, mas ele já estava se levantando e ajudando-a a fazer o mesmo. Parecia que a oportunidade se fora. Talvez fosse melhor, de fato, voltar ao trabalho por enquanto. Durante a tarde, com certeza, apareceria outra oportunidade para contar a Chris que estava esperando um bebê. 


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Autor(a): linyduds

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Capítulo III   A volta ao escritório, porém, não se revelou a melhor opção. Havia serviço acumulado e muitas coisas a fazer ao mesmo tempo. Dividida entre tantos afazeres - o telefone que to­cava o tempo todo, o contrato a ser assinado e mil outros papéis que mereciam particular atenção -, Dulc ...


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Comentários da Fanfic 51



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  • apcs Postado em 18/09/2010 - 16:30:57

    Aí Aí, qual sera a reação de Dul???

    Amandoooooo

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  • apcs Postado em 18/09/2010 - 16:30:57

    Aí Aí, qual sera a reação de Dul???

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  • apcs Postado em 18/09/2010 - 16:30:56

    Aí Aí, qual sera a reação de Dul???

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  • apcs Postado em 18/09/2010 - 16:30:56

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  • apcs Postado em 18/09/2010 - 16:30:55

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  • apcs Postado em 18/09/2010 - 16:30:54

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