Fanfic: x Beyond Love {terminada} (Aya)

Alfonso: escuta, Annie, você já acordou há algumas horas – ela o olhou, confusa. – Só que devido à operação, seu cérebro não está respondendo muito bem quando se trata de assimilar informações.

Anahí: como... como assim, Poncho? – pausou. – A cirurgia não deu certo?

Alfonso: não, não – suspirou, tentando não assustá-la com aquelas palavras cruas. – Na verdade, ainda não sabemos bem o que está acontecendo. Por isso, vamos treinar sua memória, certo?

Anny o encarou, ressabiada.

Alfonso: qual é o seu nome todo?

Anahí: Anahí Giovanna Puente Portilla – suspirou. – Ou devo incluir o Herrera por causa do casamento?

Alfonso: certo, você lembra do casamento. Isso é bom...

Anahí: Poncho, isso não faz nenhum sentid...

Alfonso: há quanto tempo estamos juntos?

Anahí: um ano, dez meses e doze dias. Quer dizer, o que aconteceu antes de assumirmos o namoro não conta, não é?

Poncho sorriu e Dulce saiu de fininho, deixando-os ali, sozinhos.

Alfonso: qual sua cor favorita?

Anahí: lilás.

Alfonso: e o número do seu CRM?

Anahí: 22.164.33 -... – se interrompeu. – Amor, você tá aqui! *-* - Poncho apertou os olhos, angustiado. – Como foi a cirurgia?

Maite: ele fez tudo isso?

Do lado de fora do quarto, Maite olhava pela ampla divisória de vidro que separava os dois ambientes.

Christian: uhum – desviou o olhar do verdadeiro caus que estava o quarto de Anny, cheio de folhas de papel penduradas num estilo de varal improvisado com barbantes. Nas folhas, uma série de informações escritas em letras bem visíveis sobre os acontecimentos daquele longo dia. – Ele está lá dentro há horas, não saiu pra nada e não a deixa descansar de jeito nenhum. Deve estar esgotado... Assim como ela...

Maite suspirou e passou a mão num gesto de despedida no braço de Christian, entrando em seguida no quarto bagunçado a tempo de ver Anny ‘acordando’ novamente.

Antes que ela pudesse perguntar alguma coisa sobre a cirurgia, Poncho, recostado na ponta do criado-mudo, apontou para um papel onde se lia ‘A operação foi um sucesso, não teve nenhuma complicação’. Ela o olhou confusa, e ele gesticulou até outro informe, ao lado do primeiro. Ela leu.

Anahí: ‘Só que sua memória ainda está fraca, estamos treinando-a.’ – virou para ele. – Como assim, fraca?

E outro papel fora apontado:

- ‘Você não lembra de coisas recentes.’

Enquanto ela ia lendo, Maite sussurrava para um Poncho totalmente abatido, do outro lado do quarto.

Maite: você não acha que está exagerando?

Poncho: ela precisa de treinamento, Mai – prendeu o olhar no rosto confuso de Anny enquanto, esta, numa repetição de gestos, ia lendo cada um dos papeis pendurados à sua volta, desde um simples ‘Dulce veio te ver hoje’ até a um ‘Eu te amo’, rabiscado. Ninguém podia dizer que ele não estava tentando. – Ela precisa se lembrar! Eu preciso conseguir tirá-la dessa situação.

Maite: você sabe que não depende só de você...

Poncho não respondeu. Com um suspiro abafado, se aproximou da cama. Ele não ia desistir de tentar mudar aquela situação. Não mesmo!