Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a

Da janela da casa principal, Theron Portillo observou a movimentação dos dois com olhos satisfeitos. Não tinha muita certeza, mas achava que Alfonso Herrera fora verdadeiramente pego de surpresa por sua neta empreendedora e estava agora completamente enfurecido.

Bem feito por ele tê-la seduzido, pensou Theron friamente. Mas se sua linda Anahí achava que ele iria deixá-la se envolver com um homem como Alfonso Herrera, estava enganada. Pouco importava se o homem era um arquiteto incrivelmente talentoso, se era um sujeito que tivera todo o seu respeito até então? No dia seguinte, Alfonso Herrera sairia de cena, prometeu Theron a si mesmo, e Anahí aprenderia rapidamente a se recuperar de seu pequeno romance de férias.

Com tais pensamentos em mente, Theron virou-se da janela para atender ao telefone.

— Como vai, Leandros? — cumprimentou ele com prazer e iniciou uma conversa despreocupada enquanto, ao olhar de volta pela janela, percebia o modo como Anahí fora deixada no gramado, parecendo mais uma camponesa chorosa do que a deusa orgulhosa que ele acreditava ser.

Alfonso Herrera pagaria por brincar com o coração de um doce anjo quando todos sabiam que estava apaixonado por Leona Al-Qadim.

— Preciso de um favor, Leandros — disse ele, explicando ao sobrinho o que queria. — E faça isso rápido, por favor.

Parada sob o sol, sentindo-se como se tivesse sido reduzida pó, Anahí repassou tudo que Alfonso lhe dissera.

Derrick... Oh, meu Deus, sussurrou ela. As coisas estavam ficando cada vez mais complicadas. Alfonso acreditava que tinha sido Derrick, e não Eddy, que estivera com ela no quarto na noite anterior.

O telefone estava tocando quando Alfonso entrou em casa. Ele ficou parado, tentando ignorar o som. Não queria falar com ninguém. Queria apenas pensar em seus próprios problemas.

Porém, cedeu ao toque insistente e resolveu atender. Era Victor Frayne, seu sócio nos negócios, o que não melhorou em nada seu humor.

— O que você quer, Victor?

— Posso perceber que ainda está muito bravo comigo — disse Victor com sarcasmo.

Bravo com o mundo inteiro, acrescentou Alfonso em pensamento.

— O que quer? — repetiu ele.

Victor contou-lhe que eles tinham uma emergência em San Estebán e que Leandros Petronades queria que Alfonso voltasse para ajudar a resolver.

— Você não pode resolver isso sozinho? — perguntou Alfonso impaciente.

— Há um problema com as autoridades espanholas — explicou Victor. — Aparentemente violamos alguma lei, e, agora, querem que coloquemos abaixo o novo clube náutico.

— Só por cima do meu cadáver — protestou Alfonso sobre um projeto que era um de seus maiores orgulhos. — Não violamos lei alguma, porque verifiquei todas pessoalmente.

— O que faz de você o homem certo para discutir com eles, Alfonso — comentou Victor com cinismo. — E ainda nos ameaçaram, dizendo que se não o fizermos, eles mesmo o destruirão.

— Irei no próximo avião — anunciou Alfonso e ficou surpreso ao descobrir o alívio que sentiu com tal decisão. Agora podia sair do paraíso e deixar a serpente livre para procurar uma nova vítima para hipnotizar.

— Você soube alguma coisa sobre Leona? — ele se ouviu perguntando e arrependeu-se imediatamente por ser tão óbvio.

— Ela está bem — o pai de Leona lhe assegurou — Está em um divertido cruzeiro pelo Mediterrâneo.

Ambos se despediram.

Praguejando contra todas as mulheres, Alfonso pegou o telefone novamente para reservar um assento no vôo das três horas para Nassau, onde poderia conseguir uma conexão para Londres, e então para a Espanha. Só que não chegou nem mesmo a discar, porque um movimento na porta chamou-lhe a atenção.