Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a

Desculpe-me — foi tudo que conseguiu dizer. — Não sei o que aconteceu comigo. — Ele suspirou, consciente de que cavara sua própria sepultura. — Quem fez não importa mais. — Em outras palavras, o nome realmente não importa, o que conta é o que aconteceu. — O que você quer? Repassar os candidatos? Eddy, Derrick, Eddy, Tony Dalton... quem mais? Você não entende que no meio disso tudo há meu avô, que, se descobrir o que houve, irá pedir muito alto pela cabeça do homem que tentou atacar sua neta inocente enquanto ela estava sob influência da bebida. Guerra será declarada entre as duas famílias envolvidas. Mas quem você acha que vai ter a reputação destruída? Eu! — exclamou ela. — Anahí, a sedutora. Anahí, a rica menina mimada que gosta de provocar os homens por pura diversão e finalmente teve o que merecia. Ela estava à beira das lágrimas e não queria que ele notasse, então se virou de costas. Estava cansada por falta de sono, exausta pelo choque e por tudo que estava passando. Também estava magoada porque não entendia a atitude de Eddy. Talvez merecesse o que acontecera. Aquela era a pílula mais difícil de engolir. Aquele era um sentimento de autodesprezo, percebeu ela em meio àquele silêncio sepulcral. O que ele estaria pensando?, perguntou-se dolorosamente. O que realmente havia na mente cínica de Alfonso Herrera? Alfonso observava aquela mulher incrível. Parada ali, com a iluminação da janela vindo por trás, Anahí parecia brilhar como uma deusa, enviada pêlos céus para alvoroçar a vida dele. Não era de se admirar que o avô a adorava tanto. Ele estava perplexo pelo que ela predissera que aconteceria, e queria refutar, mas sabia que não devia. O mundo era assim. Desde o começo dos tempos, mulheres eram castas e homens meramente escravos dos truques sedutores delas. Alfonso se sentia culpado porque a comparara com a serpente do paraíso quando, na verdade, fora seu próprio desejo sentir o feitiço especial de Anahí Portillo. Não era uma coisa boa de admitir para si mesmo. — Então — ele disse com um suspiro, pois sabia que se rendia a Anahí —, conte-me o que quer fazer. Ela virou-se para encará-lo com os olhos ainda mareados. — Você está falando sério? — indagou ela com uma voz vacilante. Peça-me para morder a maçã, Anahí, e eu o farei, pensou Alfonso, consciente de que a mais velha fraqueza dos homens ainda estava muito viva dentro dele, depois de tudo que admitira a si mesmo. — Sim, estou falando sério. As mãos dela relaxaram, e Alfonso observou os braços abaixarem ao lado do corpo. — Continue com a farsa, só por algumas semanas — implorou ela. — Dê-me tempo para decepcionar vovô e fazê-lo esquecer a idéia do casamento, sem ter que admitir a verdade a ele. Bem, ele pedira por isso. Agora faria o jogo amoroso de Anahí até que ela decidisse que não era mais necessário. Por que não?, perguntou-se. Naquele momento estava preparado até mesmo para se deitar no chão e deixar que ela andasse sobre ele. Era hora de agir, ela estava esperando uma resposta. Alfonso consultou o relógio. Meio-dia. — Você tem aproximadamente duas horas para fazer as malas e se despedir de seu avô — anunciou ele com uma delicadeza que ocultava a perturbação de seus sentimentos. — Por quê? Para onde eu vou? — Bem, como futura esposa, seria um egoísmo muito grande de sua parte abandonar-me, ficando no Caribe enquanto eu vou para a Espanha resolver problemas, não acha? Portanto, você terá que ir para a Espanha comigo.