Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a
Desculpe-me — murmurou Anahí. — Adormeci.
— Tudo bem — replicou Alfonso, sentindo toda a inquietude de momentos antes abandoná-lo, para dar lugar ao... desejo. Pensamentos sobre sexo, pelo menos. — Eu estava trabalhando. Nem notei o tempo passar — mentiu.
— É uma vista linda — observou ela, voltando a atenção para a baía. — Nada parece novo ou fora de lugar, tudo simplesmente se mistura como se estivesse assim por séculos.
— Essa era a idéia. — Após uma pequena hesitação, ele caminhou até ela e começou a apontar os diferentes aspectos que a reserva tinha a oferecer.
Ela cheirava a banho, o que fez a pele dele arrepiar-se.
— Nós ainda nem começamos a desenvolver aquela área — disse ele, apontando para o sul da baía e descrevendo que tipo de projeto se ergueria ali, dentro de um ou dois anos.
A voz dele a perturbava e fazia o sangue correr com velocidade nas veias. Anahí não encontrava comentários para replicar e rezou para que se lembrasse depois de uma única palavra sobre o projeto que ele estava lhe contando.
Mas com certeza, não poderia. Alfonso, ali a seu lado, deixava-a fascinada e excitada, sem condições de raciocinar.
— Quase uma utopia — ela murmurou. — E é tudo seu?
— Não. — Ele meneou a cabeça. — Adoraria dizer que sim, mas um austero espanhol chamado Don Felipe de Vazquez possuí toda a terra. Victor e eu somos apenas os homens que transformaram as idéias dele em realidade.
— Uma obra como esta não reflete um temperamento austero — comentou Anahí. — Vejo alguns traços de alguém que é romântico por natureza, que sabe apreciar o que é belo.
— Talvez, veladamente, ele seja um romântico. — Mas pelo tom Alfonso parecia não crer naquilo. — É mais provável que ele tenha um bom instinto para o retorno lucrativo que isso dará à terra dele.
— Você não gosta dele — concluiu Anahí.
— Não cabe a mim gostar ou desgostar dele. — Alfonso preferiu um comentário diplomático.
Virando-se de costas para o parapeito, Anahí cruzou os braços sobre os seios e o encarou.
— Mas você não gosta dele — repetiu com teimosia.
Alfonso riu e a fitou. Foi um erro. Sentimentos que se determinara a não deixar aflorar em seu interior, ganharam vida. Don Felipe foi jogado ao esquecimento, San Estebán, com toda
sua beleza, também parecia não estar mais lá. Anahí, a feiticeira, a linda sereia, era tudo que ele via. Ela relaxara finalmente e estava até sorrindo.
Não estrague tudo, disse a si mesmo. Nem mesmo respire para não arruinar o clima.
Anahí estava pensando quanto era-lhe difícil manter aquela postura de amizade quando o que realmente queria era beijá-lo ardentemente. Adormecera e acordara pensando nele e não ousava tentar se lembrar do que sonhara. Sonhos eram cruéis narradores da verdade. Desejou que Alfonso desse continuidade ao assunto de Don Felipe ou ela poderia ceder a seus instintos e fazer papel de tola.
Alfonso piscou, e o movimento dos longos cílios escuros fez os lábios dela secarem. Ele respirou fundo e abriu a boca para falar, enquanto Anahí se sentia totalmente prisioneira da beleza daquele homem.
— É preciso conhecer um homem antes de formar uma opinião sobre ele. — Alfonso desviou o olhar para fugir daquela magia. — Don Felipe é um homem estranho, muito primitivo, frio e remoto. Há rumores de que foi deserdado pelo pai em favor do meio-irmão, e não aceitou bem a decisão. Desde então tenta provar sua capacidade administrativa com seus investimentos e todos os outros negócios que fez nos últimos anos, que lhe deu uma fortuna grande o bastante para intimidar a família. Ainda acha que ele é um romântico?
— Então você deve ser o romântico nesta obra — anunciou Anahí.
— Eu, romântico? — Olhando a baía de San Estebán, ele meneou a cabeça. — Sou apenas um arquiteto que gosta de seu trabalho e procura preservar as características originais do lugar onde realiza seus projetos.
Um outro silêncio se seguiu. Era natural, já que nenhum dos dois estava pensando no assunto em questão.
— Quer beber alguma coisa? — perguntou Alfonso.
— Sim — concordou ela. Aliviada por ter uma desculpa para se mover, endireitou o corpo no mesmo momento que ele se virou e cometeu o erro fatal de olhar para ela.
O simples olhar foi o bastante para levá-los ao lugar de onde estavam tentando fugir. Anahí o viu prender a respiração. O sorriso dela esmoreceu, porque agora tinha certeza dos pensamentos eróticos que povoavam a cabeça de Alfonso.
— E comer? — acrescentou ele, confuso. — Podemos comer aqui mesmo ou ir a algum restaurante, se você preferir.
Anahí tentou pensar com ao menos um pouco de racionalidade. Um movimento em falso, e o desejo irromperia em chamas.
— Aqui — escolheu ela. — Chega de lugares movimentados por hoje. — Mesmo nervosa, ela até conseguiu sorrir ao responder. Mas o sorriso atraiu o olhar dele para a boca de Anahí, e então Alfonso a puxou para si em um rompante. A entrega de ambos foi imediata e lá estavam eles rendidos pela atração.
Ardente, o beijo convidava a algo muito mais profundo. Com mãos experientes e calorosas, Alfonso começou a explorar o corpo feminino. Ele não era um homem escravo dos desejos como fora Eddy na noite anterior, mas, abruptamente parou.
— Mas o que estou fazendo? — perguntou quase para si mesmo.
— Foi você que começou — defendeu-se Anahí como se ele a estivesse culpando.
Aquilo o irritou.
— E acha que não sei disso? Depois da experiência horrível que você passou ontem, se me aproveitasse de você, eu não seria melhor do que aquele bastardo que tentou estuprá-la. Sinto muito — desculpou-se ele.
Sinto muito, pensou Anahí com tristeza. Com uma sentença, Alfonso a levara de volta àquela situação feia que agora fazia parte de sua vida.
— A culpa é toda minha — desculpou-se ela. — Se dois homens agem da mesma maneira é porque entendem que estou disposta a este tipo de relacionamento. Deve ser meu jeito de ser...
— Você está enganada — disse Alfonso, fitando os olhos mareados de Anahí. — Você me queria. E a ele, não.
Era verdade. Com Eddy ela sentira repulsa, apenas repulsa. Mas isso não significava que não o provocara pelo que ele tentara fazer. Mas fazia alguma diferença o fato de que não sabia o que estava fazendo? Não, absolutamente. Uma provocação era uma provocação. Ela olhou para Alfonso e viu um semblante de desilusão.
— Não — disse ele, sabendo o que se passava pela mente dela. — Não — repetiu e aproximou-se de novo para segurar-lhe os ombros com firmeza. — Com ele você gritou, Anahí. Mesmo sob o efeito da droga, você gritou alto o bastante para me acordar.
Mas isso não significa que a culpa não tenha sido minha, pensou ela dolorosamente.
— Você é maravilhosa e irresistível — continuou ele. — Porém, noventa e nove por cento dos homens não vai forçá-la a nada. Eles resistirão a você a menos que você os encoraje.
Eu não queria que você resistisse a mim.
— Mas você resistiu mesmo assim — sussurrou ela com voz trêmula.
— Porque estava errado. Porque não foi para isso que viemos aqui.
— Eu o odeio! — exclamou ela, correndo em direção ao quarto.
Mas ele gritou, quando ela ainda estava no meio do caminho:
— O que realmente quer de mim, srta. Portillo? — perguntou furioso, seguindo-a. — Achei que quisesse minha ajuda para a teia de mentiras que teceu, então lhe dei. — Ele pegou-a pelos ombros e a virou para si. — Agora você está aqui. Eu estou aqui, vivendo uma mentira que nunca deveria ter me permitido participar. — Os olhos frios brilhavam como lâminas de aço afiadas. — Agora nem mesmo posso honrar esse acordo sem me tornar um rato!
— Eu não pretendia...
— Sim, pretendia — interrompeu ele.
— Pare de gritar comigo. — Ela também gritou. — Pensei que você quisesse o mesmo que eu. Enganei-me, peço desculpas. Agora deixe-me ir.
As lembranças voltaram-lhe à mente.
— Ele estava lá e me machucou. Você era a última pessoa do mundo que eu esperava que me entendesse. Gostei de sua gentileza, seu carinho, a força com a qual me apoiou. Gostei do modo como você soube ser severo comigo, mas capaz de fazer amor com os olhos ao mesmo tempo. Você está fazendo isso agora! — exclamou ela. — Está zangado, mas me deseja. Não estou entendendo mal as mensagens. Como ousa dizer que estou enganada?
Era uma acusação e tanto. E o pior, ela tinha razão em cada palavra. Parado ali, observando aquela linda mulher tremendo de raiva e machucada pelo turbilhão de emoções que acompanhava os fatos, Alfonso perguntou-se o que devia fazer.
Então a resposta surgiu tão claramente em sua mente que ele até riu. Iria jogar longe sua postura sobre moral e render-se à Anahí.
— Não ria de mim — protestou ela, lágrimas de dor tornando o verde dos olhos ainda mais brilhantes.
— Não estou rindo de você. Estou rindo de mim mesmo.
— Por quê?
Alfonso beijou os olhos mareados, deslizou os lábios pelo lindo nariz e tocou o canto da boca tremula.
— Por causa disso — murmurou ele com voz rouca, rendendo-se, sem se permitir qualquer pensamento racional.
Ele moveu os lábios nos dela até que Anahí os entreabrisse, aceitando a carícia úmida da boca de Alfonso.
Anahí percebeu que algo havia mudado. Não apenas o beijo, mas o modo como ele a abraçava, sem raiva ou com aquela compulsão que havia unido a boca deles pouco antes. Alfonso estava aceitando de corpo e alma o que ela lhe oferecera. Por um milésimo de segundo, Anahí perguntou-se se cometera um erro, entregando-se tão facilmente para ele. Mas Alfonso afastou-se e sorriu, tranqüilizando-a.
— Linda Anahí — sussurrou, pegou-a no colo e carregou-a para o quarto.
Quando ele a colocou sobre a cama, Anahí sentiu-se tímida de repente, o que era uma bobagem depois de tudo que já acontecera. Ele pegou-lhe o rosto entre as mãos, roçou os polegares nos lábios dela e a fez entregar-se em um beijo tão ardente que a fez se esquecer de qualquer pensamento sobre pudor e timidez.
Aquilo não era apenas um beijo, mas um prelúdio do que estava prestes a acontecer. E foi a demorada seqüência de carinhos que deixou Anahí prisioneira e complacente, querendo ir apenas para onde ele a levasse.
Ele notou, é claro.
Autor(a): iloveaya
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Uma Anahí passiva? — brincou delicadamente. — Sim — sussurrou ela. — Você se importa? — Não. Contanto que isso não signifique que você mudou de idéia e não sabe como me dizer. Para provar que não mudara de idéia, ela o envolveu em seus braços e o puxou para sua boca, beijando-o ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 13
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raissar Postado em 27/06/2008 - 23:22:25
nossa foi tudoooo de bom
parabens iloveaya!
bjos -
beatriz Postado em 19/06/2008 - 22:03:35
faz uma segunda temporada ou algo assim,vai ficar lindo!
eu amei o final.
beijus! -
hemanuele Postado em 19/06/2008 - 13:43:45
olá, comecei a ler sua web, e está muito boa, ótima, não para de postar não. abraços
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gabyzitah Postado em 18/06/2008 - 20:10:42
ai amei a webbbbbbbb!!
muy lindaaaaaaaaaaaaa
postah otra???!! =D
amo as suas web´s..todas!!
postah mais nas suas otras web´s tah..
bjzz -
iloveaya Postado em 17/06/2008 - 21:51:58
ta pode deixa beatriz eu vou posta mais
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beatriz Postado em 17/06/2008 - 21:41:13
oi posta mais é maravilhosa essa novela!
bjus -
iloveaya Postado em 17/06/2008 - 21:08:35
pow ela foi mais no final tudo da certo
pow oq q vc axa de eu fazer outra web?
pow continua postando vc tbm -
gabyzitah Postado em 17/06/2008 - 20:48:15
ah q trsite..to com doh da annie..
ela foi estrupada mesmo??
tadinhaaaaa
postah mesmo viu =D
bjinhozz -
iloveaya Postado em 17/06/2008 - 20:38:48
pode deixa amore eu vou continuar postando
beijinhos -
gabyzitah Postado em 17/06/2008 - 20:12:38
amigah
sua web tah linda!
continua postando viu pq eu to amando!!!
bJooz