Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a

reunião demorara mais do que o esperado, mas ao final Alfonso ficou satisfeito em saber que o novo clube náutico não estava mais sob ameaça. Despediu-se rapidamente dos oficiais de planejamento local, ansioso por ir embora.

Continuava pensando em Anahí e em como estava quando a deixara em casa, usando nada além de sua camisa larga.

Assim que os oficiais partiram, um de seus gerentes se aproximou para informar:

— Victor estava tentando localizá-lo. Alguma coisa sobre Theron Portillo e o projeto da Grécia.

Theron. Alfonso franziu o cenho. Esquecera tudo sobre o avô de Anahí e suas ameaças.

— Tudo bem, obrigado. — Ele consultou o relógio. Mais de duas horas longe de Anahí. Desejou saber em que momento se tornara tão obcecado por ela que a moça não lhe saía da cabeça um só instante.

— Poderíamos fazer uma breve reunião agora, Alfonso? — perguntou um dos três gerentes locais.

— Desculpem-me, mas tenho um compromisso.

Os olhos dele instantaneamente brilharam de modo masculino.

— Soubemos sobre o souvenir que trouxe do Caribe — provocou um deles.

Esse tipo de comentário machista era esperado em locais de construção. Ou se embarcava na brincadeira ou afundava. Alfonso geralmente embarcava.

— O souvenir chama-se Anahí Portillo — informou ele secamente. — E se valorizam seus trabalhos aqui, sugiro que evitem tais brincadeiras, porque ela é minha futura esposa.

Um silêncio perplexo reinou. Alfonso olhou para os três homens e viu-lhes a expressão de surpresa, mas o choque deles não era nem de perto tão grande quanto o de Alfonso. Ele parecia ter sido atingido na cabeça.

Dissera aquilo mesmo? Sim, e dissera com convicção, foi forçado a admitir.

Os gerentes o olhavam agora como se esperassem que ele risse e retirasse as palavras. Afinal, aquele era um lugar de muitas brincadeiras.

— Nada a dizer? — zombou ele com os homens.

— Meus parabéns — respondeu um deles.

Os outros imitaram o colega.

— Obrigado — disse Alfonso, pensando em quanto Anahí teria adorado testemunhar aquilo. Fazia a cena que ela representara para o avô no dia anterior parecer brincadeira de criança. — Certifiquem-se de me dar um bom presente quando o casamento acontecer.

Eles deveriam ter rido, dito a ele que tolo fora de ser capturado após ter conseguido ficar solteiro tantos anos. Mas a expressão deles mudara para alguma coisa bem diferente.

O que exatamente estariam pensando enquanto o olhavam daquela maneira?

Então ele entendeu. Leona. A raiva o invadiu. Todos em San Estebán suspeitavam que seu relacionamento com Leona fora além do que fora?

Sentiu-se aliviado que Anahí não estivesse lá para testemunhar aquela cena ou, cada pequena suspeita que tivera sobre ele e Leona, estaria zunindo em sua mente possessiva.

Oh, mas ele gostava de Anahí possessiva, gostava de seu temperamento choroso e vulnerável... gostara de senti-la cravar as unhas nele na noite anterior.

Onde achava que ia chegar com esses pensamentos malucos? As últimas vinte e quatro horas haviam sido de pura insanidade. Mas naquelas horas, dera-se conta de que se preocupava muito com o que Anahí pensava dele.

— Então, cuidado com as observações depreciativas na frente dela — Alfonso os avisou mais sério. — Ela é especial, e espero que seja tratada como tal. Certifiquem-se de transmitir o aviso aos outros.

— Certo, chefe — disseram em uníssono.

Quando afastou-se de seus gerentes, perguntou-se quanto tempo levaria para que toda San Estebán soubesse da novidade.