Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a

Anahí estava em pé na sala de estar ensolarada, segurando um porta-retrato entre os dedos trêmulos quando ouviu Alfonso retornar. Estava decidindo se devia ficar magoada, insultada ou apenas furiosa. Certamente ficara magoada quando pegara o porta-retrato e vira aquela linda mulher posando com... não um, mas quatro homens de aparência simplesmente espetacular. Um deles era Alfonso. Todos pareciam venerá-la. E por que não?, reconheceu Anahí. A moça era realmente muito bonita, com cabelos vermelhos esvoaçantes, rosto perfeito e um sorriso enigmático. — Esta foto foi tirada no casamento civil de Leona na Inglaterra — a voz de Alfonso informou-a calmamente. Ela virou-se para ele. Tirara o paletó do terno, mas a gravata ainda estava alinhada na frente da camisa. Mesmo com a expressão reservada que tinha no rosto, parecia um deus grego. Ela desviou os olhos e voltou-os para a fotografia. — Ela é linda — murmurou com voz rouca. Alfonso aproximou-se da foto. — Victor Frayne — indicou com um dedo longo. — Leona, é claro, e sheik Hassan Al-Qadim. O gigante é o irmão de Hassan, sheik Rafiq Al-Qadim, embora ele se recuse a reconhecer o título — acrescentou ele, sorrindo. — Por quê? — Uma longa história. Lembre-me de contar-lhe outra hora, de preferência antes que o conheça. — Disse isso com humor, mas não havia nada engraçado no modo como ele tirou o porta-retrato da mão dela e colocou-o de volta no lugar. — Existe alguma chance de eu vir a conhecê-lo? — Anahí já estava pronta para a bomba que achava que ia enfrentar. Se a família Al-Qadim estava em San Estebán... Se iam ficar naquela mesma casa, então ela ia... — Na verdade não — murmurou Alfonso. — Ele não vai a lugar algum sem o irmão, e o sheik Hassan está em um cruzeiro pelo Mediterrâneo neste momento. — Este palacete é deles, não é? — afirmou ela. Alfonso percebera o tom de acusação na voz dela? Se ouvira, a expressão não demonstrava quando se virou relutante para encará-la. — Este palacete é da nossa empresa — corrigiu ele. — Victor o projetou, Leona o decorou. Nós todos o usamos quando estamos na Espanha. A mente de Anahí projetou imagens de Alfonso e Leona ali, em um ninho de amor, com a assistência do pai dela. — E onde está Leona agora? — ela quis saber. — Com o marido, no iate deles. Victor voltou ontem para Londres, uma vez que vim para a reunião com o governo. — Então você pensou, "por que não trazer Anahí aqui e colocá-la onde Leona deveria estar?" Alfonso estreitou os olhos. — O que isso significa? — Significa que não gosto de ser substituta para ninguém! — exclamou ela. — As roupas de Leona estão penduradas no guarda-roupa do quarto ao lado do seu — disse ela. — Isso a incomoda? Ela assentiu. — Incomoda, sim. Incomoda mais ainda saber que você ousou me trazer aqui no seu sórdido ninho de amor e fazer amor comigo na mesma cama que provavelmente fazia com ela. Os olhos castanhos se estreitaram ainda mais, e Anahí começou a tremer. Ela estava tremendo, Alfonso notou, e ele estava zangado! — Um pequeno conselho — ofereceu ele. — Qualquer comentário é perigoso quando a família Al-Qadim está envolvida. Então controle sua língua tola e ouça. Leona e eu não somos, e nunca fomos, amantes — afirmou ele friamente. — Entenda isso de uma vez, Anahí, porque não vou repetir novamente. Ele diria isso para proteger seu verdadeiro amor, não diria? Anahí nunca se sentira tão usada em toda sua vida. — Vou embora — decidiu. Alfonso não falou nada, apenas ficou ali parado, olhando-a. O coração dela estava disparado porque não queria realmente ir. Mas virou-se mesmo assim e começou a andar em direção ao quarto a fim de pegar a mala. — Vai voltar para Derrick James? — Ele a seguiu. — Voltar para os homens jovens que você pode controlar melhor do que consegue lidar comigo? Ela parou. — Pelo menos Derrick se importa com meus sentimentos. — Alterando sua bebida para que possa desfrutar do seu corpo sem precisar fazer muito esforço? Ela virou-se.