Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a

 Oh, não seja ranzinza. — Ela se dirigiu às janelas, desceu as persianas e caminhou até ele, beijando-o deliciosamente.

Eu amo este homem, pensou, quando afastou-se novamente. Eu o amo tanto que não ouso pensar que estamos sendo esperados em Atenas em três dias.

Era assustador. Anahí segurou o rosto dele, fitou-o profundamente e perguntou-se quanto aquele olhar lhe transmitia era desejo sexual e quanto era fantasia. Sabia que estavam sendo muito felizes ali, na Espanha, sem discussões e sem menção de nada que pudesse causar uma guerra.

Exceto pelo seu avô, é claro, que fazia parte das conversas diárias, mas nunca de um jeito que pudesse lembrá-los de como tudo aquilo começara.

— Era isso? — indagou ele. — Você queria meu conselho em quão bem você beija?

Oh, seria a coisa mais fácil do mundo responder que sim, e deixar o resto para mais tarde, quando ele fosse para casa.

Mas manter Alfonso a seus pés era o objetivo da vida de Anahí. Então falou:

— Não, já sei que beijo maravilhosamente bem.

Afastando-se, ela o surpreendeu ao abrir o zíper da calça e expor um grande pedaço da pele macia abaixo do umbigo.

— O que acha? — perguntou de modo inocente.

Inocente não era bem a palavra que Alfonso usaria para descrever tal ato. Atrevida, extravagante e imprevisível. Ali, acima da linha da calcinha, em uma região que ele conhecia tão bem, havia um coração. Um pequeno coração vermelho.

— É uma tatuagem — anunciou Alfonso.

— O que acha?

— Acho que não é seguro deixá-la sozinha — respondeu ele. — No que estava pensando para marcar sua linda pele com uma coisa dessas?

— Pensei que você fosse gostar. — Ela fez um biquinho, notou ele, aquele que implorava para ser acalmado por um beijo.

Bem, não desta vez.

— Sua tola... Isso vai doer hoje à noite.

— Não vai — negou Anahí —, porque não é de verdade. Há uma loja na rua principal de San Estebán onde fazem tatuagens temporárias. Isso vai desaparecer em um mês. Eu adorei. — Ela olhou para baixo a fim de admirar seu último enfeite. — Talvez eu faça uma permanente da próxima vez.

— Só por cima de meu cadáver — prometeu ele, mas se aproximou e passou o polegar sobre o coração pintado. Quando fez isso, ouviu Anahí ofegar levemente, o que o excitou de imediato.

Ele conhecia aquele som. Fitando-a, viu o pecado nos olhos verdes, e o corpo reagiu na hora. Anahí notou e sorriu.

— Será interessante vê-lo mudar de idéia quanto à minha linda tatuagem — provocou ela.

Como sempre, Alfonso cedeu. Girando a cadeira, puxou-a para seu colo e a beijou longamente.

Quando o beijo acabou, os olhos dela estavam brilhando, assim como os dele.

— Vou mandá-la embora antes que eu seja obrigado a trancar a porta — disse ele com voz rouca. — E se essa tatuagem doer mais tarde, nós teremos uma discussão — avisou.

— Não vai doer — disse ela com confiança. O telefone começou a tocar. Talvez aquilo fosse bom, pois impediria que o clima de romantismo e sedução continuasse.

— Levante-se — ordenou ele, ajudando-a a se colocar em pé e conduzindo-a para a porta. — Agora vá e não volte. — Ele atendeu ao telefone. — Ah, e deixe meus trabalhadores em paz — acrescentou.

Ela virou-se da porta com um sorriso malicioso que ferveu o sangue de Alfonso.

— Fiz esse coração para você, sabia? Você vai adorá-lo, prometo.

— Alfonso Herrera — anunciou ele ao telefone e foi levantar as cortinas para ver Anahí caminhar em direção ao carro que alugara para ela. Como era linda! Charmosa, interessante...

Naquele momento, ele soube que não demoraria muito para deixar o escritório.

Estava certo sobre deixar o escritório, mas enganara-se sobre o motivo que o faria sair dali.

— Alfonso. — Era Victor. — Você não vai gostar disso, mas preciso lhe pedir um grande favor.