Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a

— Ela quer me deixar envergonhado — brincou Hassan, então ofereceu a mão para seu sogro, depois para Alfonso. — Estou feliz que tenham vindo — disse ele. — Estamos honrados em recebê-los em nossa casa.

— A honra é toda minha — respondeu Alfonso com um sorriso que tinha um toque de ironia que implicava que havia mais naquele convite do que seus olhos viam.

Hassan sorriu de volta, então olhou para Leona que estava muito excitada para notar as influências ocultas a sua volta.

Ela não sabia de nada, Alfonso se deu conta. Não tinha idéia de que ele estava lá para salvar-lhe a reputação. A estima dele pelo sheik Hassan aumentou um pouco, em reconhecimento ao esforço que o homem estava disposto a fazer para lutar por seu amor por Leona.

Algum dia eu poderia tê-la amado dessa maneira?, perguntou-se Alfonso. Olhou-a e se perguntou se algum dia chegara a amá-la. Então pensou em Anahí. A ela sim, amava sem limites e sabia disso. E sentia que ela também o amava.

Amava-o? Ele sentiu as pernas fraquejaram e um aperto no coração. O amor de Anahí sempre estivera lá, claro para que ele visse! Estava lá. Ele estivera cego!

— Alfonso, você está se sentindo bem?

Ele piscou e olhou para o rosto ansioso de Leona.

— Estou bem. — Ele sorriu. — Fico contente em vê-la tão feliz.

Completamente, totalmente cego!

— Estou mesmo. — Ela sorriu. — Incrivelmente feliz. Preciso sair daqui.

— Que bom — disse ele. — Desta vez certifique-se de manter esse sentimento.

Em resposta solene, ela entrelaçou o braço com Hassan.

— Manterei — prometeu ela delicadamente.

Ele deveria rir, então riu. Metade da sala virou-se para olhar os dois, e porque Hassan estava bem consciente de tudo, também riu. Assim como Victor.

Passado aquele breve momento de perigo, uma outra diversão, de repente, prendeu a atenção de todo mundo. As pessoas pararam de falar. O silêncio reinou em todo o ambiente quando o meio-irmão de Hassan, Rafiq, apareceu empurrando uma cadeira de rodas que conduzia o sheik Khalifa Ben Jusef Al-Qadim.

Alfonso só encontrara o velho senhor uma vez antes, cinco anos atrás no casamento do filho dele, só que nem de longe, tão debilitado. Mas ainda havia um brilho nos olhos e um sorriso festivo no rosto.

— Bem-vindos, bem-vindos todos — cumprimentou ele. — Por favor, não continuem a me olhar como se estivessem no meu funeral, pois lhes asseguro que vim aqui para me divertir.

Depois disso todos relaxaram novamente.

— Victor, roubei sua filha. Agora ela é minha filha mais preciosa. Peço desculpas, mas não sinto muito, você entende?

— Acho que podemos compartilhá-la. — Victor Frayne respondeu, sorrindo.

— E... — O velho sheik então se voltou para Alfonso: — Sr. Herrera, é um grande prazer conhecer um bom amigo de Leona.

Como deveria ser, ninguém deixou de perceber a mensagem sendo lançada.

— Victor, sr. Herrera, venham me ver amanhã. Tenho um projeto que acredito irá lhes interessar muito. Ah, Rafiq, leve-me para ver o sheik Raschid.

E era isso, pensou Alfonso. Em uma simples troca de gentilezas, os rumores haviam sido desfeitos e esquecidos, porque não havia uma pessoa que continuaria a questionar a fidelidade de Leona depois que o sheik Khalifa, em pessoa, deixara suas próprias opiniões muito claras.

Nas horas seguintes, Hassan levou Alfonso e Victor com ele pela sala e apresentou-os a pessoas influentes.

Vou enlouquecer, decidiu Alfonso. Porque aqui estou eu, sorrindo e falando com muitas pessoas com as quais nem me importo, quando podia estar em outro lugar com alguém que amo realmente.

E onde estava Anahí? Estaria ainda no palacete em San Estebán, ou mantivera a palavra e voltara para Atenas? Ele queria saber, precisava saber.

Saindo para o jardim, digitou o número do palacete de San Estebán no celular. Então ficou parado, ouvindo o toque do outro lado da linha, enquanto tentava decidir como deveria agir. Quando a secretária eletrônica atendeu, a frustração invadiu-lhe o peito.

Naquele momento, Hassan aproximou-se, parecendo menos arrogante do que nunca.

— Obrigado — disse Hassan. — Devo-lhe imensa gratidão por ter vindo aqui.

Alfonso não podia ficar ali nem mais um segundo, sentia-se angustiado.

— Esta gratidão pode fazer-me sair daqui agora? — perguntou ele sem rodeios.

Hassan franziu o cenho.

— Você desgosta de nossa hospitalidade?

— Não. — Ele riu, uma risada nervosa, pois estava em pânico. — Apenas tenho outro compromisso.

Anahí o estava chamando. Como fada, devia estar em algum canto, fazendo-lhe um pedido aos deuses. Podia senti-la, puxando-o de volta para si com seu espírito de liderança. E ele queria voltar. Nem mesmo se importava em ser dominado por ela. Queria aquela mulher. Precisava dela.

Talvez sheik Hassan Al-Qadim não fosse tão arrogante assim, porque o olhou e pareceu entender algo em sua expressão. Com um estalar de dedos, um criado estava ao lado deles.

— Mande aprontar meu avião para uma decolagem imediata — instruiu ele ao homem. — Sr. Herrera, desejo-lhe toda sorte do mundo