Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a

A água escorria dos cabelos escuros, evidenciando os contorno do corpo másculo que beirava à perfeição, e ela desejou poder...

— Pode passar, eu não mordo — murmurou ele, informando-a de que a vira parada ali.

Cerrando os punhos, Anahí praguejou mentalmente: eu o odeio. Odeio por ele me pegar fazendo isso, não só uma vez, mas duas!

— Na verdade, gosto de vê-lo quase nu — respondeu ela determinada a não se deixar embaraçar. — Você se despe muito bem para um homem inglês.

Mais músculos se flexionaram, e Anahí prendeu a respiração. Desejava entender a fascinação que sentia por aquele corpo, mas não conseguia. Nem mesmo podia dizer que o sujeito possuía o corpo mais lindo que já vira, sobretudo porque era o único que vira em sua totalidade. Isso, decidiu, tinha que ser a causa daquela louca energia que lhe percorria as veias e tirava a umidade de sua boca. O sentimento era atormentador. O homem era crítico e prepotente, e, ainda assim, ela se sentia uma adolescente toda vez que o via.

A ducha foi fechada. Alfonso lhe lançou um olhar indiferente, e Anahí concluiu que ele, como de costume, partiria dali como se ela não existisse. Então, subitamente, o provocou:

— Ainda tem areia — avisou ela.

Alfonso a fitou. Olhares como aquele podiam matar, refletiu Anahí quando, com uma expressão branda, apontou para as pernas dele onde a areia brilhava sobre lindos músculos pronunciados.

Sem dizer uma palavra, ele voltou ao chuveiro. Uma vontade de rir atiçou o bom humor de Anahí e decidiu se divertir um pouco à custa de Alfonso Herrera.

— Eddy acaba de me prevenir para não me apaixonar por você — anunciou ela. — Ele acha que você é perigoso.

— Eddy é um homem sábio. — Ela pensou ouvi-lo murmurar embaixo da água, mas não tinha certeza.

— Ri porque achei muito engraçado — continuou ela. — Quero dizer, nós dois sabemos que você é um exemplo de cavalheiro inglês para fazer alguma coisa rude.

Não era um elogio, e Alfonso o sabia muito bem.

— Você continua zombando do fato de eu ser inglês, mas você também tem sangue inglês — apontou ele.

— Eu sei. — Anahí suspirou em zombaria. — O risco de que eu possa me apaixonar por um inglês frio e arrogante preocupa o meu lado grego.

— É um destino pior que a morte, não?

— Sim.

O chuveiro foi fechado, e Alfonso virou-se para pegar a camiseta molhada. Quando viu Anahí observando-o, a excitação invadiu-lhe o corpo e avisou-o de que era melhor ir embora antes de se ver em uma situação embaraçosa novamente. Entretanto, não se moveu. Parecia, de alguma forma, incapaz daquele simples ato. Os sentidos estavam muito ocupados absorvendo a imagem dela de cabelos presos no alto da cabeça, com uma flor de hibisco para enfeitá-los. Gostava do corpo lindo, do formato das pernas delgadas e da boca de Anahí, pequena e naturalmente provocante. Gostava da pele macia, o narizinho bem-feito e aqueles olhos que conseguiam prendê-lo.