Fanfic: *+*Um jeito sedutor…*+* a y a

Anahí tentou se divertir na festa. Na verdade, empenhou-se de corpo e alma com um entusiasmo que deixou todas as outras pessoas entretidas.

Mas o encontro com Alfonso Herrera provocara-lhe um enorme desejo, impedindo-a de aproveitar inteiramente qualquer outra coisa aquela noite, e também estava preocupada com Derrick. Ele bebera muitas doses de rum desde que chegara ao bar da praia no final da tarde, e o seu humor já estava alterado.

No momento, ele estava preparando um novo drinque, e, enquanto todo o pessoal ria, Anahí tinha vontade de chorar.

Por Derrick? Por si mesma? Não tinha certeza de nada. Pensando na profunda tristeza que a acometera em cada momento daquela noite, Anahí saiu do bar para andar pelo píer. Caminhou sob a escuridão e calor da noite em direção ao parapeito de onde se podia avistar o mar. Mas então, surpresa, descobriu que estava levemente zonza. Na verdade, tão tonta que foi forçada a se sentar na primeira espreguiçadeira que apareceu no seu caminho com medo que pudesse cair.

Bem, por que não?, pensou, dando de ombros. Tirando os sapatos, colocou os pés na almofada fria e reclinou-se na cadeira com um longo suspiro. O ar estava suave e sedutoramente calmo. Relaxada ali, ouviu o som das ondas e perguntou-se de quanto tempo mais precisava antes de poder escapar para seu próprio terraço sem um comentário convidativo.

Pelo menos Derrick já estava fora de combate e não iria incomodá-la. Com um pouco de sorte, ele logo iria sucumbir aos efeitos da bebida, e ela pediria para que alguns dos rapazes o colocassem na cama. Depois disso pretendia se desligar dos problemas de Derrick e se concentrar nos seus próprios.

Alfonso Herrera e sua horrorosa atitude em relação a ela era um grande problema. O avô, em seu papel doce, porém inteiramente intimidador, era outro. Quanto mais velho ficava, mais irascível se tornava, e mais determinado a dirigir a vida por ela. Anahí sorriu quando pensou no avô e permitiu que voltasse à mente a última conversa que tivera com ele ao telefone, antes de voar para o Caribe de seu apartamento de Londres.

— Vovô, esqueça de tentar me casar com cada homem elegível que conhece — pedira ela. — Só tenho vinte e três anos, pelo amor de Deus!

— Aos vinte e três anos, você deveria estar amamentando meu primeiro bisneto enquanto outro estaria crescendo em sua barriga — reclamou ele.

— Descalça, presumo, e preparando o jantar para meu marido gordo.

— Spiridon não é gordo.

— Mas tem o dobro da minha idade.

— Ele tem trinta e nove anos — corrigira o homem mais velho. — É muito bonito e está em forma. As moças o adoram.

— Você deveria se envergonhar por tentar me empurrar para os mais notórios homens da Grécia — dissera ela. — Pensei que você me amasse e me quisesse ao seu lado.

— Você é a menina dos meus olhos — Theron Portillo anunciara com intensa paixão.

— Apenas quero vê-la seguramente casada antes de eu morrer.

— Morrer? — repetira Anahí. Aquilo era chantagem emocional! — Agora me ouça, seu velho rabugento — brincara. — Eu o amo demais, você é o amor da minha vida. Mas se tentar achar mais um marido para mim, apenas um, nunca mais falarei com você, entendeu