Fanfic: Voltar a Viver
Capítulo III – NOVOS ARES
No dia 18 de fevereiro de
2010, os Cullens comemoravam o quinto aniversário do pequeno Brian. A festa
organizada por Alice também seria a despedida da família da cidade de Nova
Iorque. Após terminar seu pós-doutorado em pediatria, Edward decidiu mudar-se
com o filho para uma cidade menor. Queria proporcionar ao menino uma infância
mais saudável, distante da poluição e da violência das cidades grandes.
Carlisle já havia
providenciado a mudança da família para Edmonds, uma pequena cidade do estado
de Washington fundada em 1890. A enorme casa que abrigaria todos os Cullens já
havia sido devidamente reformada e decorada sob os olhos atentos de Esme. Brian
não mais dormiria com o pai como vinha acontecendo desde o seu trágico nascimento.
Já estava se tornando um homenzinho e seu quarto, ao lado do quarto de Edward,
havia sido preparado de acordo com seu próprio gosto. Sim, o menino tinha a
personalidade forte da mãe e sabia impor sua vontade quando preciso.
Antes de partir, Edward
foi mais uma vez ao cemitério despedir-se de Isa. Embora tivesse mantido a
promessa e voltado todos os dias com uma rosa vermelha durante aqueles cinco
anos para contar-lhe orgulhoso as travessuras do filho, ele sabia que demoraria
a voltar em Nova Iorque e precisava que ela compreendesse.
_ Oi amor! Amanhã
partimos para Edmonds. Eu sei que você entende que é para o bem do nosso filho.
Ele está mais parecido com você a cada dia. É corajoso, forte e tem a sua
personalidade. Amor, eu não sei quando vou poder vir te ver novamente, mas eu
quero que você saiba que vou te levar comigo no meu coração e nos meus
pensamentos.
Edward depositou mais uma
rosa vermelha sobre a sepultura de Isa antes de sair. Não estava muito seguro
se partir com toda a família para uma nova cidade era a coisa certa a fazer.
Sabia que eles estariam abrindo mão da vida que já haviam construído em Nova
Iorque para embarcar em uma aventura que talvez não desse certo, mas Alice e
Emmett, padrinhos de Brian, não passariam um dia sequer longe do menino. Esme e
Carlisle também não.
O Hospital Regional
Stevens era a mais nova aquisição de Carlisle. Logo que soube da decisão do
filho de se mudar para Edmonds, tratou de procurar um lugar para montar uma
clínica. Ficou sabendo, por intermédio de amigos, que o hospital da cidade
passava por dificuldades financeiras e corria o risco de ser fechado. Não
pensou duas vezes. Fez uma breve viagem à cidade, conversou com os
proprietários e já retornou a Nova Iorque como o novo dono do hospital. Edward
continuaria fazendo aquilo que mais gostava: pediatria. Alice, agora formada em
psicologia, cuidaria dos recursos humanos e poderia clinicar se quisesse.
Carlisle poderia voltar a cuidar dos corações dos pacientes. Havia se afastado
temporariamente da cardiologia para cuidar da administração do hospital em Nova
Iorque, mas agora que Emmett havia concluído seu MBA em Administração, tomaria
conta das finanças e da administração do hospital em Edmonds.
A família chegou à cidade
na sexta-feira. Brian já havia sido matriculado na Escola Primária Edmonds e
teria sua primeira aula na segunda, quando a família começaria a trabalhar no
hospital. Aproveitaram o final de semana para conhecer a cidade e suas
redondezas. Alice adorou o Aurora Marketplace, um pequeno shopping center na
Major Highway. Esme ficou encantada com a decoração do Arnies Restaurant e logo
fez amizade com o proprietário que, assim como ela, era apaixonado por
decoração de interiores.
Edward, Brian e Emmett
passaram todo o domingo fora de casa. O menino adorou o Parque Yost e a praia
de Marina Beach. Era a primeira vez que via o mar e ficou maravilhado com a cor
azul que, segundo ele, era igual a dos olhos do pai. Emmett também adorou a
praia, mas por motivos diferentes dos de Brian. Nunca havia visto tanta mulher
linda de uma só vez. Encantou-se especialmente por uma deusa loura, alta, com
um corpo de parar o trânsito. Ficou mortificado ao ver que ela estava
acompanhada de um rapaz também louro e alto. “É claro que ela tinha que ter um namorado. Uma gata daquelas jamais
ficaria sozinha”, pensou Emmett.
Os três voltaram para
casa no final da tarde. Brian dormia no banco de trás quando Edward estacionou
o carro na garagem. Mal acordou para o banho e para tomar a mamadeira antes de
desmontar de vez na cama. Edward estava satisfeito com a animação do filho em
relação à mudança. Temia que o menino se sentisse deslocado por não conhecer
nenhuma criança na cidade nova. No entanto, ele havia feito diversas amizades
na praia e brincado até a exaustão.
Na segunda-feira, Edward
fez questão de acompanhar Brian e Esme até a escola. Queria conhecer a
professora do filho e sentiu um enorme orgulho ao ver o menino entrar para a
sala de aula sem chorar, de mãos dadas com a tia Ângela. Após deixar Esme
novamente em casa, Edward dirigiu até o hospital. Logo pela manhã haveria uma
reunião de apresentação com todos os médicos e funcionários.
A sala de reuniões já
estava cheia quando Edward entrou. Todos estavam curiosos para conhecer os
novos proprietários e, principalmente, para saber se eram verdadeiros os boatos
de que haveria demissões. Não era segredo que o hospital, antes de ser vendido,
passava por dificuldades financeiras e ninguém tinha certeza de que o novo
proprietário pretendesse manter o mesmo quadro de funcionários.
A reunião estava prestes
a começar. Como proprietário do hospital, Carlisle começaria as apresentações e
depois daria a palavra a Emmett para que ele pudesse explicar as medidas
administrativas que seriam tomadas dali em diante. Emmett sentiu seu coração
bater descompassado ao reconhecer a deusa loura que entrava vestida de branco
na sala de reuniões. Deus deveria gostar mesmo dele para lhe dar numa nova
oportunidade de conhecê-la. O enorme sorriso que estampava na face desmoronou
ao ver o namorado louro que entrava logo atrás da moça.
_ Dr. Cullen, estes são a
Dra. Rosalie Hale e o Dr. Jasper Hale. – disse Jessica Stanley, a secretária da
diretoria.
Emmett fechou a cara. “Droga! São casados!” – pensou. ”Agora é que
eu não tenho chances mesmo”.
Carlisle os cumprimentou com um aceno
de cabeça dirigindo-se a Jessica.
_ Falta chegar mais
alguém?
_ Ainda faltam chegar o
Dr. Black e a Dra. MacCalister. Eu já os bipei e devem estar a caminho.
Mais dez minutos se
passaram e a porta da sala foi aberta. Por ela passou um rapaz moreno, de olhos
negros penetrantes, cabelos pretos arrepiados e um porte atlético de dar
inveja.
_ Bom dia! Dr. Cullen, eu
sou Jacob Black, ortopedista aqui no hospital. Desculpe-me pelo atraso, eu
estava acabando de atender uma paciente. A Dra. MacCalister me pediu para
avisá-los que não poderá comparecer à reunião. Acabou de subir para a pediatria
para uma cirurgia de emergência. Pediu que a desculpassem.
_ Não há problemas, Dr.
Black. Teremos outra oportunidade de conhecer a Dra. MacCalister. – respondeu
Carlisle com um sorriso no rosto.
Após apresentar a família
para os funcionários do hospital, Carlisle passou a palavra para Emmett que
explicou as novas regras que seriam implantadas e garantiu que não haveria
demissões. A reunião durou uma hora e os enfermeiros e funcionários voltaram ao
trabalho sentindo-se mais aliviados. As enfermeiras cochichavam pelos
corredores a respeito da beleza dos dois filhos homens do Dr. Cullen. Não
conseguiam entrar em um consenso sobre qual deles era o mais bonito. As
opiniões estavam divididas. Algumas suspiravam pelos olhos azuis de Edward e
outras se arrepiavam só de pensar em se perderem nos braços de Emmett.
Apenas os médicos
permaneceram por mais alguns minutos na sala de reuniões com os Cullens. Alice
havia planejado para o domingo seguinte um almoço de confraternização em sua
casa para que eles e a equipe médica pudessem se conhecer melhor. Combinaram
que, entre eles, as formalidades seriam deixadas de lado, a começar pela forma
de tratamento. “Com tantos Cullen no
hospital ficaria difícil saber de qual Dr. Cullen estaríamos falando”,
havia brincado Emmett.
Ao final de quase seis
horas de uma cansativa cirurgia, a Dra. MacCalister dirigiu-se à diretoria do
hospital. Queria se apresentar ao novo diretor e renovar seu pedido de
desculpas pela ausência durante a reunião daquela manhã. Após uma leve batida,
Jessica abriu a porta da sala de Emmett para anunciar a chegada da Dra.
MacCalister. Emmett, que lavava as mãos no banheiro privativo de sua sala,
pediu a Jessica que a deixasse entrar.
_ Por favor, fique à
vontade Dra. MacCalister. Eu já irei falar com a senhora. – disse Emmett ainda
no banheiro.
_ Não se apresse, Sr.
Cullen. – Respondeu a médica.
Emmett terminou de
enxugar as mãos e sentiu-se congelar ao retornar para sua sala. Não podia
acreditar na visão que estava tendo. Diante de sua mesa estava sentada uma moça
de pele clara, cabelos longos castanho-avermelhados, lábios rosados e levemente
carnudos. O coração do rapaz batia com força dentro do peito e sua respiração
tornou-se acelerada. Emmett a fitava com os olhos arregalados sem nada dizer. A
moça, percebendo que ele não estava muito bem, levantou-se da cadeira em que
estivera sentada, caminhando em sua direção.
_ Sr. Cullen, o senhor
está se sentindo mal?
_ ...
_Sr. Cullen? – insistiu a
moça.
_ Emmett. – ele conseguiu
dizer.
_ Desculpe-me. Como?
_ Me... chame de ...
Emmett. – arfou o rapaz.
_ Certo. Emmett, o que
você está sentindo? Você está pálido.
Emmett respirou
profundamente, sentando-se em sua cadeira sob o olhar atento e preocupado da
moça. Em alguns minutos sentiu-se capaz de falar sem gaguejar.
_ Me perdoe, Dra.
MacCalister. Devo tê-la assustado. Não era essa a minha intenção. Mas entenda,
foi um choque vê-la sentada aqui diante da minha mesa.
A moça franziu o cenho,
confusa. Será que ele achava que ela não se apresentaria? Percebendo sua
confusão Emmett tratou de se explicar:
_ Acho que lhe devo mais
desculpas, Dra. MacCalister!
_ Isabella. – disse a
moça – Meu nome é Isabella, mas todos me chamam de Bella.
_ Certo, Bella. Deixe-me
explicar o que aconteceu comigo. Eu disse que fiquei chocado ao te ver porque
você se parece muito com uma moça que eu conheci. Essa moça faleceu há cinco
anos e quando eu te vi aqui sentada, parecia que ela tinha voltado. Vocês são
idênticas. Pra falar a verdade, a única diferença é a cor dos olhos. Meu Deus!
Se vocês fossem gêmeas não seriam tão parecidas.
Bella baixou os olhos
lembrando-se da irmã com quem não falava havia sete anos. A última vez em que se falaram, tiveram uma
discussão que culminou no rompimento das duas.
Bella e a irmã estavam sentadas na sala de estar da casa dos
pais. Haviam acabado de voltar do cemitério onde haviam acompanhado o
sepultamento de ambos. Estavam caladas, cada uma tentando suportar a própria
dor. Bella olhava para o rosto da irmã
esperando que ela dissesse algo. Não lhe havia dirigido a palavra desde que
soubera do acidente que vitimara os pais. Bella dirigia o carro no momento do
acidente e sabia que a irmã a estava culpando por tudo. Só estava esperando que
ela pusesse tudo para fora.
_ Diz alguma coisa, por favor! – implorou Bella.
_ ...
_ Dorinha, fala comigo! – pediu mais uma vez com lágrimas nos
olhos.
A ira, que até então havia permanecido sufocada, explodiu.
Dorinha cuspiu na cara de Bella que ela tinha matado os pais e que jamais a
perdoaria por isso. Bella chorava e tentava explicar que um carro que vinha na
contramão a havia obrigado a dar uma guinada forte no volante e que ela não
conseguiu manter o controle da direção quando o pneu dianteiro estourou
causando o acidente. Mas a irmã não a ouvia mais. Descontrolada, partia para
cima de Bella lhe dando uma bofetada no rosto e a chamando de assassina. A
relação das irmãs havia atingido um ponto sem volta. As gêmeas, antes amigas
tão inseparáveis, se separariam ali. Naquele ano, Bella havia concluído a
faculdade de medicina e, magoada e sozinha, retornou para Edmonds, sua cidade
natal. Desde então perdera completamente o contato com a irmã. Não a
procuraria. Embora não guardasse magoa, sabia que ela não a receberia bem.
Bella foi trazida de
volta ao presente pela voz grave de Emmett.
_ Bella? Você está bem?
A moça o olhou
constrangida.
_ Desculpe-me, Emmett.
Estou bem sim. Só estou muito cansada por causa de uma cirurgia longa e
complicada, mas assim que chegar em casa e tomar um banho, vou me jogar na cama
e só saio de lá amanhã. – disse sorrindo tristemente.
_ Seu turno já está quase
no final. Vá para casa, Bella. Descanse. Meu irmão também é pediatra e ele pode
cobrir o resto do seu turno.
Bella agradeceu e saiu. Correu
até o estacionamento, ligando o carro e voando para casa. E, assim como havia
dito a Emmett, depois de tomar um banho prolongado e relaxante, desabou em sua
cama em um sono profundo.
Muito tempo depois da
partida de Bella, Emmett permanecia em choque sentado em seu escritório
pensando em como iria dar a noticia a Edward. Tinha certeza de que seu irmão
iria surtar. Interfonou para Jessica pedindo-lhe que chamasse Alice, mas ela já
havia ido para casa. Edward ficaria de plantão naquela madrugada e Emmett
aproveitaria para conversar com Alice em casa. Não queria que o irmão os
surpreendesse. Precisava bolar um plano para prepará-lo para o choque.
Mais tarde naquele dia,
Emmett foi ao quarto de Alice. Esperava sentado na poltrona que ficava perto da
enorme janela do quarto quando a irmã saiu do banho. Fitava o vazio do lado de
fora quando ela lhe tocou o ombro preocupada. Já sabia que algo de errado
estava acontecendo, mas não imaginava a proporção do problema.
_ O que foi, Emmett?
_ Alice, precisamos
conversar.
_ É tão grave assim? A
última vez que você falou comigo nesse tom de seriedade foi quando Isa morreu!
Emmett baixou os olhos e
mordeu o lábio inferior.
_ Por Deus, Emmett! Fale
logo! O que está acontecendo? É alguma coisa com o Brian?
_ Não. Brian está bem.
Não se preocupe com ele. O problema é com Edward.
_ Como assim? Não estou
entendendo. Estive com ele hoje o dia todo e não vi nada de errado.
_ É que ele ainda não
sabe. Quero dizer, ele ainda não viu...
_ Não sabe e não viu o
que, Emmett? Você esta me confundindo!
_ A Bella.
_ Quem?
_ A Dra. Isabella
MacCalister. A pediatra que não estava na reunião hoje pela manhã por causa de
uma cirurgia de emergência, lembra?
_ Sim. O que tem ela?
_ Ela é idêntica à Isa, Alice.
Edward vai pirar quando a vir.
_ Emmett, por mais que
essa moça seja parecida com a Isa, eu não acho que nosso irmão vá surtar por
causa dela. Ele está mais forte agora.
_ Alice, você não está me
entendendo. Bella não é somente parecida com Isa. Elas são idênticas. A única
diferença está na cor dos olhos. Os de Isa eram verdes e os de Bella são
castanhos como chocolate derretido.
_ Qual é, Emmett? – disse
Alice incrédula.
_ Alice, eu vou te
explicar melhor. Lembra da Isa? Pele clara, cabelos castanhos avermelhados,
lábios rosados e levemente carnudos e olhos incrivelmente verdes?
_ Claro que me lembro,
Emmett! Ela era linda.
_ Pois então? Pega a Isa
e pinta os olhos dela de castanho da cor de chocolate. É a Bella, Alice.
Entendeu? Até o corpão é igual, a mesma altura, tudo!
Alice começou a
compreender a preocupação do irmão. Se Bella fosse realmente tão parecida com
Isa como Emmett estava dizendo, Edward poderia não reagir muito bem. Os irmãos
combinaram que no dia seguinte contariam aos pais sobre a semelhança de Bella
com Isa e juntos fariam um plano para preparar Edward para conhecê-la. Emmett
também prometera a Alice que as apresentaria na primeira oportunidade no dia
seguinte.
O dia amanheceu sem que
Emmett ou Alice conseguissem pregar os olhos. Juntos, saíram mais cedo para o
hospital. Tinham que evitar que Bella e Edward se encontrassem antes da hora,
afinal os dois trabalhavam na pediatria e o encontro seria inevitável.
Assim que chegou ao
hospital, Bella foi avisada para comparecer à diretoria antes de seguir para a
pediatria. Cumprimentou Jéssica e pediu que ela a anunciasse para Emmett. Ele
veio recebê-la na porta da sala convidou-a para entrar dando ordens expressas a
Jéssica para que só permitisse a entrada de Alice e de mais ninguém. Bella achou
a atitude de Emmett um pouco estranha, mas não se manifestou. Mais estranho
ainda era o fato de ter sido chamada na sala do diretor que após quase vinte
minutos de conversa fiada ainda não tinha dito a razão de tê-la chamado ali.
Precisava visitar seus pacientes e ele a estava fazendo perder tempo.
_ Emmett, me perdoe, mas
eu tenho que visitar meus pacientes. Eu realmente preciso ir. Podemos nos falar
outra hora?
_ Bella, espere só mais
um tempinho. Eu preciso te apresentar a uma pessoa. É muito importante, por
favor.
_ Certo. Enquanto isso,
eu posso usar o seu banheiro?
Emmett assentiu e Bella
encaminhou-se para o banheiro de onde podia ouvir uma voz feminina que falava
com Emmett. A pessoa a quem ela seria apresentada finalmente havia chegado.
Bella acabou de enxugar as mãos e abriu a porta que dava acesso à sala do
diretor. Parou confusa quando uma moça que a olhava assustava soltou um grito
antes de desmaiar.
Emmett correu até Alice,
pegando-a no colo e deitando-a no enorme sofá de sua sala enquanto Bella pegava
um copo d’água.
_ Emmett, por favor, me
explique o que está acontecendo aqui. – pediu Bella assustada.
_ Bella, eu te disse
ontem. Você se parece muito com uma pessoa que nós conhecemos e a semelhança é
realmente assustadora. Por isso Alice desmaiou.
_ Quer dizer que eu ainda
vou causar esse tipo de reação no restante da sua família?
Bella havia tocado no
ponto. Emmett não sabia o que responder. Alice já voltava à consciência
enquanto Bella ainda esperava uma resposta para sua pergunta. Tremendo, pegou
das mãos de Bella o copo com água bebendo-a de uma só vez. Ainda sentia a
garganta seca e seu coração parecia querer saltar do peito pela força com que
batia. Ela encarava Bella sem acreditar no que seus olhos viam. Agora entendia
com exatidão a preocupação de Emmett em relação a Edward.
_ Alice, esta é a Dra.
Isabella MacCalister, mas ela prefere ser chamada de Bella. Bella, esta é a
minha irmã Alice.
_Olá, Alice. É um prazer
conhecê-la. Se sente melhor?
Alice nada disse. Apenas
assentiu com a cabeça ainda encarando Bella com os olhos arregalados. Depois de
alguns minutos, ela já conseguia balbuciar algumas palavras.
_ Meu Deus, Emmett! O que
nós vamos fazer? – perguntou Alice.
_ Não sei, Alice, mas nós
temos que fazer alguma coisa e rápido. Não vamos poder esconder a Bella por
muito tempo.
_ Esperem aí. Por que eu
teria que me esconder? – perguntou Bella confusa.
Foi Emmett quem começou a
explicar.
_ Bella, você se lembra
que eu te contei que você era muito parecida com uma moça que eu conhecia e que
essa moça tinha morrido?
Bella assentiu com a
cabeça.
_ Então... essa moça era
a mulher do meu irmão. Quando ela morreu, ele quase perdeu a razão. Foi muito
difícil trazê-lo de volta, entende? Nós não sabemos qual será a reação dele
quando a vir. Pela forma como eu e Alice reagimos quando a vimos, você consegue
entender a nossa preocupação?
Bella estava assustada e
constrangida.
_ Emmett, o que vocês
querem que eu faça? Eu não posso me esconder pra sempre. Eu entendo a
preocupação de vocês, mas eu tenho meus pacientes pra cuidar e, pelo que eu
entendi, seu irmão é pediatra também ... então ... nós fatalmente vamos acabar
nos encontrando.
_ Nós sabemos disso,
Bella. Só precisamos descobrir uma forma de contar pra ele, de tentar minimizar
o choque, entende? A primeira coisa que temos que fazer é apresentar você para
os nossos pais. Você pode almoçar conosco hoje? Vou pedir para que eles venham
até aqui e vamos almoçar fora e conversar a respeito, ok? Eu preciso que você
fique mais um tempinho aqui. O plantão de Edward já deve estar acabando e ele
irá para casa. Aí você poderá visitar seus pacientes sem correr o risco de
trombar com ele pelos corredores.
Bella levantou-se da
cadeira, caminhou pensativa até a janela e aceitou o pedido de Emmett. Alice
levantou-se andando em direção a Bella dando-lhe um forte abraço em
agradecimento. Bella retribuiu o abraço, sorrindo. Nesse momento, a porta da
sala se entreabriu levemente enquanto o sangue de Emmett congelava nas veias.
_ Emmett, posso falar com
você? – a voz aveludada de Edward preencheu toda a sala.
Autor(a): bonno
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo IV – Complicações Emmett correu para a porta da sala bloqueando a visão de Edward enquanto Alice empurrava Bella de volta para o banheiro. Na ânsia de escondê-la do irmão, Alice bateu a porta com força demais chamando a atenção de Edward para o barulho. _ O que foi isso, Emmett? ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 125
Para comentar, você deve estar logado no site.
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biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:05
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:05
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04
+ por favor plisss
Amei sua webbb
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biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04
+ por favor plisss
Amei sua webbb
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biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04
+ por favor plisss
Amei sua webbb
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biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:52:11
Bonno,sua web é demais,continua plisss
Adorei essa história de amor !
parabéns por ela
Abraçosss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:52:11
Bonno,sua web é demais,continua plisss
Adorei essa história de amor !
parabéns por ela
Abraçosss -
mallu Postado em 17/10/2010 - 18:29:10
Bonno, eu iria amar se algum dia você resolvesse criar outra web aqui, ou até mesmo se fizesse uma temporada contando tudo mais o que aconteceu na vida do Brian.
Sem dúvidas eu iria lê-la com orgulho!
Beijos, admiro muito a sua capacidade imensa de saber escrever histórias com tanta perfeição assim! =D -
mallu Postado em 17/10/2010 - 18:28:48
OMG! Não sei se consigo conviver sem mais alguns capítulos da sua web.
Céus, ela é sem dúvidas a melhor web que eu já li aqui neste site. Você escreve tão bem que realmente parece que estamos dentro da web, que fazemos parte dos personagens, como se estivéssemos viajando por toda a história!
Estou tão encantada que até penso em reler a web, cada capítulo que eu via que você havia postado me fazia delirar, porque eu sabia que você melhoraria a história em cada capítulo postado! Me sinto tão orgulhosa de estar comentando e te agradeço por ter postado essa web aqui, porque web's assim como a sua, é completamente difícil de aparecer por aqui, você escreve tão bem que eu fico impressionada demais.
Hoje posso dizer que eu fui uma leitora fiel, mas antes não comentei porque ficava cada vez vidrada com seus capítulos e iria esperar até o último capítulo para comentar e dizer o quanto eu amei sua web. Parabéns, e muito obrigado por ter usado esse dom aqui só para nos fazer enlouquecer com essa história perfeita!