Fanfic: Voltar a Viver
Capítulo XXXI – Dr. Bicudinho
Narrado por Bella
Eu tinha a sensação de
que alguma coisa apertava a minha barriga. Um incômodo que não passava. Será
que era a minha bexiga me avisando que precisava ser aliviada? Abri os olhos me
sentindo desorientada, o quarto estava escuro. Olhei o marcador do relógio
sobre o criado-mudo ao meu lado. Eram 04h30min da manhã. A respiração lenta e
leve de Edward chamou a minha atenção. Ele ainda dormia profundamente.
Levantei-me com cuidado para não acordá-lo e caminhei lentamente tateando no
escuro até o banheiro. Mesmo depois de esvaziar a bexiga, o incômodo persistiu.
_ Bella? – a voz
assustada de Edward vinha do quarto.
_ Estou no banheiro,
amor! – eu o tranqüilizei.
Assim que abri a porta
dei de cara com Edward em pé do lado de fora me olhando apreensivo. Ele
estendeu as mãos para me apoiar e me levou de volta para a cama sem tirar os
olhos do meu rosto.
_ Está sentindo alguma
coisa, amor? – ele perguntou preocupado.
_ É só uma dorzinha
enjoada, amor! – eu respondi temendo que aquilo fosse desencadear uma crise de
pânico.
_ Dorzinha? Onde, amor? –
a voz de Edward saiu duas oitavas acima.
_ Aqui, Edward! – Peguei
sua mão levando-a ao meu baixo ventre.
_ Amor, fique aqui
quietinha. Eu vou ligar para a Rose e vou levá-la ao hospital agora mesmo. –
ele disse se levantando apressado, mas eu o segurei.
_ Edward, se acalme! Não
são as contrações, ainda não chegou a hora, amor! – eu tentava acalmá-lo
acariciando seu rosto. – Além do mais, são 04h30min da manhã. Não vamos acordar
a Rose a toa, não é?
Edward respirou mais
aliviado. Desde que eu tinha completado os nove meses de gestação na semana
anterior, Edward andava uma pilha de nervos. Qualquer suspiro que eu desse ele
já ficava todo alarmado e queria sair correndo para o hospital. Às vezes era
até engraçado, mas eu morria de pena porque via sua ansiedade em ter logo a
nossa filha nos braços. Isso me fazia pensar em como deve ser difícil para ele
ficar do lado de fora só assistindo. Por mais que ele fosse o pai mais dedicado
e presente do mundo, a relação dele com a nossa filha era praticamente uma
realidade virtual. Eu imaginava que Sofia era muito mais real para mim do que
para ele, afinal eu a sentia fisicamente presente o tempo todo enquanto ele só
a sentia quando tocava a minha barriga, mesmo assim era algo externo, nada
comparado a senti-la se mexer dentro de mim.
_ Desculpe, minha vida!
Eu devo estar irritando você com toda essa ansiedade, não é? – a voz de Edward
me tirou dos meus pensamentos.
_ Não, amor! Você nunca
me irrita e eu entendo perfeitamente a sua ansiedade. Eu também estou louca
para ver o rostinho dela. Quero que ela seja como você, que tenha os seus
olhos, a cor dos seus cabelos. Será perfeita! – eu disse lhe dando um selinho
demorado.
_ Brian já me disse isso,
sabia? – ele disse sorrindo.
_ O que? – perguntei sem
entender.
_ Que ela vai ser
parecida comigo. O rosto, a cor dos olhos, da pele, dos cabelos... – ele dizia
orgulhoso.
_ De onde ele tira essas
coisas? – eu sorri de volta.
_ Adivinha? – ele disse
erguendo as sobrancelhas.
_ Um anjo contou pra ele!
– dissemos juntos e rimos.
_ Bem, o anjo acertou o
sexo do bebê. Se ele for realmente bom em predições, amanhã você poderá
conhecer a nossa filha pessoalmente. – eu disse observando sua reação.
_ Como assim? – ele
perguntou confuso.
_ Brian me disse que
Sofia vai nascer no dia do seu aniversário. Se ele acertar mais uma vez, amanhã
ela estará em seus braços, amor! – eu respondi.
Edward abriu um sorriso
imenso nos lábios e abaixou-se para beijar a minha barriga.
_ Vai ser o melhor
presente de aniversário de toda a minha existência! – ele disse acariciando
nossa filha que se remexia dentro de mim. – Bella, eu queria lhe pedir uma
coisa! – ele disse olhando em meus olhos.
_ Pode falar, amor! - eu
já sabia o que seria.
_ Deixe-me levá-la ao
hospital pra checar essa dorzinha que você está sentido? Só pra eu ficar mais
tranqüilo, amor? – Bingo.
_ Tudo bem, Edward! Nós
podemos ir, mas vamos esperar pelo menos o dia clarear! Não há necessidade de
sair correndo, está bem? – concordei. Não iria deixar meu marido mais ansioso
do que já estava.
Ficamos abraçados na cama
conversando baixinho. Edward me falava sobre como a decoração do quarto de
Sofia tinha ficado perfeita. Eles não tinham deixado que eu visse nada ainda.
Alice e Esme queriam que eu tivesse o impacto da surpresa quando chegasse do
hospital com Sofia nos braços. Elas bem que tentaram manter Edward afastado também,
mas ele trapaceou e conseguiu ver o quarto antes de mim. Agora a porta vivia
trancada, pois Alice ficou com medo de que eu trapaceasse também. Não que essa
ideia nunca tenha passado pela minha cabeça, ela só veio tarde demais.
Assim que o dia clareou, Edward
me fez levantar da cama e tomar um banho para irmos ao hospital. Ainda era
muito cedo, mas eu já o tinha feito esperar demais. Edward trouxe uma bandeja
com um café reforçado para o quarto e praticamente me obrigou a comer alguma
coisa. Meu estômago estava se revirando de ansiedade e eu só queria chegar o
mais rapidamente possível no hospital. Quando chegamos ao topo das escadas que
davam para o andar inferior, Edward cismou em me carregar no colo. Ele tinha
medo que eu sentisse alguma dor mais forte e caísse das escadas.
_ Amor, não precisa me
levar no colo, eu posso andar. – eu tentava demovê-lo dessa ideia.
_ Bella, eu tenho medo
que você caia! Amor, não seja teimosa, por favor? – ele pedia.
_ Edward, o risco de nós
dois cairmos da escada é muito maior, amor! Você não vai conseguir enxergar os
degraus comigo no colo. Me dê a sua mão e eu desço devagar, prometo! –
_ Você é tão teimosa! –
ele dizia enquanto descia as escadas de costas na minha frente me obrigando a
descer degrau por degrau bem lentamente.
_ Não é teimosia, amor!
Eu já quase morri de medo quando Felix me carregou pelas escadas na casa da
Leah no dia do nosso casamento, imagine agora com esse barrigão! – eu dizia
olhando para o último degrau ao chegarmos ao andar inferior.
Ouvi a respiração de
Edward se alterar de repente. Ergui o olhar e me assustei com a expressão que
vi em seu rosto.
_ O que foi, Edward? –
perguntei preocupada ao vê-lo parado me encarando.
_ O que foi que você
disse? – ele perguntou com a voz sombria, o som saindo entre os dentes
trincados.
_ Sobre o que, amor? – eu
não estava entendendo mais nada.
_ Felix fez o que? – ele
perguntou apertando a ponte do nariz entre o indicador e o polegar.
Opa! Eu nunca pensei que
Edward fosse reagir dessa forma só porque um segurança me carregou no colo
escada abaixo. Fiquei olhando feito uma tonta para ele antes de responder. Eu
não sabia mais se deveria ter dito aquilo.
_ Amor, eu estava de
olhos vendados e aquelas malucas queriam que eu descesse as escadas. Ele me
ajudou a descer, foi só isso! – eu tentei explicar.
_ Quando nós voltarmos do
hospital eu vou ter uma conversa com Felix. – ele disse encerrando a conversa e
me puxando para fora de casa.
No trajeto para o
hospital, ele ligou para Rose que já estava a caminho do trabalho. Tentei tocar
no assunto de Felix novamente, mas Edward simplesmente fechava ainda mais a
cara cada vez que eu falava o nome dele. Resolvi esperar que ele se acalmasse
para tentar novamente mais tarde. Talvez essa reação fosse apenas uma forma de
extravasar a ansiedade que ele sentia por causa da minha dorzinha. O resto do
trajeto foi feito no mais absoluto silêncio. Tudo o que eu ouvia dentro do
carro era o tamborilar dos dedos impacientes de Edward no volante quando
parávamos em algum sinal vermelho e o som do ar saindo de sua boca quando ele
bufava. Mantive meu rosto virado para a janela do lado do carona, mas podia
sentir seu olhar em cima de mim.
_ Está chateada comigo? –
a voz suave de Edward quebrou o silêncio no carro.
Neguei com a cabeça sem
tirar os olhos do lado de fora. Não queria discutir por uma coisa tão boba.
Esperava que todo aquele estresse acabasse quando Rose dissesse que eu estava
bem.
_ Bella? – ele me chamou
ao parar o carro no estacionamento do hospital.
_ Hum? – respondi sem
olhar para ele.
_ Amor, olha para mim? –
ele pediu e eu olhei – Vamos conversar?
_ Nós conversamos sobre
isso depois que a Rose me examinar, Edward! – eu disse já saindo do carro sem
esperar que ele abrisse a porta para mim.
Eu não queria que ele
ficasse ainda mais irritado com aquela historia do Felix. Pra mim era uma coisa
tão sem importância que a reação exagerada de Edward tinha me surpreendido.
Bati a porta do carro com cuidado e comecei a caminhar em direção à entrada do
hospital. Edward não disse mais nada, apenas caminhou ao meu lado envolvendo
minha cintura com seu braço até chegarmos ao consultório de Rose. Depois da
ultrassonografia em que Rose assegurou que tudo estava bem, Edward relaxou um
pouco ao meu lado.
_ Edward, essa dorzinha
chata que a Bella está sentindo pode ser pelo peso da barriga, mas como ela já
completou os nove meses também pode indicar que a hora do parto esteja mais
próxima. De qualquer forma, Bella e Sofia estão perfeitamente bem, não se
preocupe. – ela o tranqüilizava.
Edward apenas assentiu
com a cabeça enquanto segurava minha mão e a acariciava com o polegar. Sua
testa ainda tinha uma leve ruga entre os olhos e ele se preparava para
perguntar algo quando seu celular tocou. Era Emmett pedindo para que ele fosse
até a sala da diretoria. Edward me deixou conversando com Rose e foi falar com
o irmão.
_ O que ele tem, Bella? –
ela me perguntou assim que ele saiu. – Ele me parece meio aborrecido!
Contei a Rose o que tinha
acontecido mais cedo. Ao contrário do que eu pensei, ela não estranhou a reação
de Edward como eu. Ao invés disso, tirava um sarro da minha cara e ria com
gosto.
_ Me desculpe, amiga! Mas
eu também teria reagido da mesma forma no lugar dele! – ela disse se
contorcendo de rir.
_ Rose!!!! – eu a
repreendi.
_ Bella, fala sério! Você
é linda e o Felix é um tremendo pedaço de mau caminho. Que homem não sentiria
ciúmes se soubesse que aquele deus grego andou carregando sua mulher no colo
por aí? – ela ainda ria de mim.
_ Hey, para com isso! Ele
não andou me “carregando no colo por aí”, como você disse. Se vocês não
tivessem vendado meus olhos eu poderia ter descido as escadas perfeitamente
sozinha! – eu falei num tom de falsa indignação.
_ E estragar a surpresa
do Edward, bonitinha? Nem pensar! Além disso, você não ia querer perder a
oportunidade do século de ser carregada por aquilo tudo, ia? – ela me
provocava.
_ Deixa o Emmett saber o
que você anda falando do Felix! Aposto que ele vai adorar! – eu a provoquei.
Deu certo. Rose ficou
séria na mesma hora.
_ Bella, você não vai ser
louca de contar pra ele. Emmett me mata! – ela estava vermelha como um tomate.
_ É claro que não, sua
boba! Só estou enchendo o seu saco! Mas falando sério agora, como vocês estão?
– eu perguntei.
_ Estamos bem! – ela
respondeu corando e tentando esconder um sorriso no canto dos lábios.
_ Rose? – eu a chamei
desconfiada.
_ Hum? – ela respondeu
sem me olhar corando ainda mais.
_ Você está me escondendo
alguma coisa, não está? – eu a olhava estreitando os olhos.
_ É claro que não, Bella!
De onde você tirou essa ideia absurda? – ela disse se levantando, pegando um
copo d’água e o tomando de uma só vez.
Fiquei em silêncio
observando seu comportamento por alguns minutos. Ela não me olhava de frente,
apenas de canto de olho e cada vez que dava de cara com meus olhos em cima dela
corava ainda mais. Meu olhar a deixou desconfortável. Rose respirou fundo e
ajeitou a roupa justa no corpo antes de se virar para mim. Foi aí que eu
entendi.
_ Rose, você está
grávida!!!! – não era uma pergunta. – Ai, meu Deus, que lindo! – minha voz saiu
mais alta do que o normal.
Rose correu até mim
tentando me silenciar.
_ Shh... Bella, fala
baixo! Droga, eu não consigo esconder nada de você mesmo, não é? – ela riu e eu
a abracei.
_ Ah, Rose, eu estou tão
feliz por vocês!! O Emmett já sabe? De quanto tempo você está? Você já viu o
sexo? – as perguntas saíram atropeladas.
_ Calma, Bella! Quantas
perguntas! – ela ria da minha empolgação – Emmett ainda não sabe, eu vou contar
para ele hoje à noite no jantar que Esme vai preparar. Eu estou na oitava
semana e ainda não sei o sexo porque quero que o Emmett esteja comigo. – ela
respondeu com um sorriso iluminado no rosto.
_ Esme já sabia? – ela
assentiu com a cabeça. – Danadinha, não me falou nada!
Rose riu.
_ Viu só, bonequinha? –
eu acariciava minha barriga – A tia Rose vai lhe dar um priminho ou uma
priminha!
_ Er... na verdade pode
ser os dois! – Rose disse com um sorriso misterioso.
Meus olhos se arregalaram
e meu queixo caiu, minha boca formando um O redondo.
_ São gêmeos? Rose, você
está esperando gêmeos? Meu Deus, Emmett vai surtar! – agora era eu quem ria
descontroladamente enquanto Rose tentava me silenciar.
_ São gêmeos sim, mas
você vai me prometer que vai ficar calada até hoje à noite. Promete? – eu
assenti com a cabeça.
Nesse momento a porta do
consultório se abriu e Edward entrou acompanhado de Emmett, o futuro papai
babão Cullen. Eu mal podia esperar para ver a reação dele quando soubesse que
seria pai e ainda de gêmeos. Deixei o casalzinho no consultório e voltei para
casa com Edward. O silêncio no carro estava desconfortável. Edward parou o
carro na garagem, abriu a porta do carro e me estendeu sua mão para que eu
saísse. Ele ainda parecia chateado com a história do Felix e eu não sabia o que
dizer ou o que fazer para que ele melhorasse.
_ Bella, vem comigo? –
ele pediu me guiando para a área da piscina.
Edward se sentou em uma
cadeira me puxando para seu colo. Ficou me olhando em silêncio durante alguns
segundos antes de falar.
_ Eu queria lhe pedir
desculpas, amor! – ele disse constrangido.
_ Está tudo bem, Edward!
Eu só não queria que você tivesse ficado aborrecido comigo, amor! Eu não falei por mal e tenho certeza de que o
Felix só quis ajudar. Ele nunca me faltou com o respeito, amor! – eu disse acariciando
seu rosto e colando minha testa na dele.
_ Eu sei, minha vida! Eu
reagi mal, me perdoa! Quando você me disse que ele tinha lhe carregado nos
braços eu fiquei morto de ciúmes, amor! Eu sei que você nunca me deu motivos
pra que eu sentisse ciúmes, mas pensar em você nos braços de outro homem foi
demais pra mim, Bella! – ele disse com expressão de dor e fazendo um biquinho
lindo.
_ Vem cá, Dr. Bicudinho!
– eu disse apertando ainda mais o meu abraço – Eu preciso mostrar para o meu
marido a quem eu pertenço.
Agarrei os cabelos de Edward
e lhe dei um beijo devastador. Edward correspondeu ao beijo devorando meus
lábios e me apertando ainda mais contra seu corpo quase me fazendo esquecer
onde estávamos. Quase. Porque Brian apareceu correndo de dentro de casa e nos
interrompeu chamando Edward para brincar de bola.
_ Você não vai trabalhar
hoje? – perguntei sorridente ao vê-lo brincando com nosso filho.
_ Emmett pediu para que
eu ficasse de plantão essa madrugada! – ele disse constrangido e meu sorriso se
desmanchou.
Eu odiava dormir sem Edward,
ou melhor, eu odiava passar a noite sem Edward. Até porque, quando ele não
estava na cama eu não dormia direito. Me sentia sozinha e a cama ficava muito
grande e muito fria sem ele.
_ Eu sei, amor! – ele
disse ao ver minha expressão aborrecida – Eu também não gosto de passar a noite
longe de você, mas pense pelo lado positivo. Amanhã é meu aniversário e eu
terei o dia todo pra ficar com a minha família! – ele disse vindo me abraçar.
Pensando por esse lado,
eu até poderia agüentar uma noite longe dele, eu acho. Deixei meus dois homens
brincando do lado de fora e fui conversar com Esme. Ela estava radiante com a
chegada dos novos netinhos. Ficamos fofocando em seu quarto até a hora do
almoço. Ela também mal podia esperar para ver a reação de Emmett. Depois do
almoço, Brian foi para a escolinha. Eu me deitei na cama com Edward e dormimos
a tarde quase toda, afinal se Edward ia passar a noite de plantão teria que
estar descansado. Foi o próprio Brian quem nos acordou ao chegar da aula todo
animado com o desenho que ele havia feito e que mostrava a nossa família
passeando no parque. Ele não se esqueceu de desenhar Sofia com seus olhos
extremamente azuis e os cabelos da mesma cor dos de seu pai. Ficamos ouvindo
seu relato de como tinha sido seu dia na escola até que o dia escureceu. Edward
deu um banho em Brian e o arrumou para o jantar enquanto eu acabava de me
vestir. Vê-lo sair do banheiro apenas com uma toalha enrolada na cintura e os
com cabelos pingando água era demais para a minha sanidade.
_ Amor, não faz uma
maldade dessas comigo, vai? – eu pedi me agarrando a ele.
_ Que maldade, minha
vida? – ele perguntou com um sorriso cínico.
_ Aparecer assim na
frente de uma mulher prestes a dar a luz é covardia, Edward! – eu protestei e
ele riu colando ainda mais seu corpo no meu.
Meu amiguinho já estava
todo animadinho, mas eu não poderia brincar com ele. Rose tinha me colocado de
dieta. Ninguém merece! O jeito foi Edward voltar correndo para o chuveiro,
dessa vez gelado, e sossegar o facho.
O jantar correu tranquilamente
com todos conversando sobre amenidades enquanto Esme, Rose e eu trocávamos
olhares cúmplices. Alice estava inquieta em sua cadeira percebendo que tínhamos
um segredo e que ela tinha sido excluída. Jasper a observava sem entender o
motivo de sua irritação. Emmett, como sempre, estava alheio a toda a tensão da
sala e se concentrava em seu prato de comida. Eu já estava ficando impaciente
com a demora de Rose em dar a notícia quando Carlisle propôs um brinde à
família.
_ Carlisle, se você me
permite, eu gostaria de propor um brinde especial! – Rose o interrompeu.
_ A que especificamente
você gostaria de brindar, Rosalie? – ele perguntou sorridente.
_ Eu gostaria de propor
um brinde aos seus netos! – ela disse levantando seu copo de suco e sendo imitada
por todos – Aos quatro! – ela completou.
Todos ficaram em silêncio
parecendo processar aquela informação. Esme, Rose e eu sorríamos tentando
adivinhar quem seria o primeiro a entender. Carlisle e Jasper abriram um
sorriso enorme ao mesmo tempo. Logo depois, Edward arfou ao meu lado e Alice
deu um grito que quase estourou meus tímpanos antes de correr na direção de
Rose para abraçá-la. Emmett permanecia paralisado e eu cheguei a pensar que ele
não tivesse entendido. Aos poucos ele pareceu recuperar os movimentos de seus
músculos e virou a cabeça lentamente na direção de Rose.
_ Eu vou ser pai? – ele
perguntou com a voz suave olhando para Rose com uma cara meio abobada.
Rose olhou para ele e
assentiu com a cabeça. Ele se aproximou
de Rose e tocou sua barriga.
_ Eu vou ser pai de
gêmeos? – sua voz estava um pouco mais forte. Rose novamente assentiu com a
cabeça sorrindo emocionada.
_ Eu sou o cara! – ele
disse olhando orgulhoso para Edward – Aprende comigo, maninho! Empatei o jogo
com uma tacada só! EU.SOU.O.CARA! – ele gritou praticamente soletrando as
palavras.
Todos caíram na
gargalhada com as bobagens de Emmett. Ele acabou se emocionando e chorando
abraçado a Rose que sorria entre lágrimas. Ficamos todos ali mimando os novos
Cullens e fazendo planos para o futuro e Emmett, é claro, não perdeu a
oportunidade de provocar Edward outras vezes. Por volta das dez da noite,
Edward teve que nos deixar e ir para o hospital. Brian já dormia no sofá com a
cabeça apoiada no colo de Alice, mas foi Emmett quem o levou para o quarto
dizendo que tinha que treinar bastante até que os bebês chegassem.
13 de maio de 2011. 00h30min da manhã. Meu Edward estava fazendo 30 anos e não
estava perto de mim. Eu ainda não tinha conseguido dormir. Me virava de um lado
para o outro na cama sem conseguir achar uma posição que me aliviasse a dor nas
costas. Minha bexiga já protestava e resolvi me levantar para aliviá-la. A dor
nas costas foi aumentando gradativamente. Quando voltava para o quarto a dor
atingiu um nível insuportável. Ela saiu das costas passando pela lateral do meu
corpo e parando no meu baixo ventre. Parecia que eu estava sendo rasgada por
dentro. Senti vontade de gritar por ajuda, mas a dor tinha levado a minha voz.
O máximo que consegui foi emitir um gemido abafado enquanto me curvava para
frente e me apoiava na cama ajoelhada no tapete do quarto.
_ Calma, bonequinha! –
minha voz saindo espremida enquanto eu acariciava minha barriga tentando
aplacar a dor – Vai dar tudo certo, meu amorzinho!
Eu ainda estava ofegante
com a dor da primeira contração quando a porta do quarto se abriu. Brian me
olhava com o rostinho assustado e logo atrás vinha Emmett de roupa mudada e
falando apressado no celular.
Autor(a): bonno
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo XXXII – Déjà Vu Narrado por Emmett Eu ainda não tinha conseguido dormir. A notícia de que seria pai ecoava em minha mente. De repente comecei a compreender toda a paranóia de Edward em relação a Bella e Sofia. A felicidade se igualava com uma precisão assustadora ao medo de q ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 125
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:05
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:05
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04
+ por favor plisss
Amei sua webbb
bjjssss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:52:11
Bonno,sua web é demais,continua plisss
Adorei essa história de amor !
parabéns por ela
Abraçosss -
biakal Postado em 17/10/2010 - 21:52:11
Bonno,sua web é demais,continua plisss
Adorei essa história de amor !
parabéns por ela
Abraçosss -
mallu Postado em 17/10/2010 - 18:29:10
Bonno, eu iria amar se algum dia você resolvesse criar outra web aqui, ou até mesmo se fizesse uma temporada contando tudo mais o que aconteceu na vida do Brian.
Sem dúvidas eu iria lê-la com orgulho!
Beijos, admiro muito a sua capacidade imensa de saber escrever histórias com tanta perfeição assim! =D -
mallu Postado em 17/10/2010 - 18:28:48
OMG! Não sei se consigo conviver sem mais alguns capítulos da sua web.
Céus, ela é sem dúvidas a melhor web que eu já li aqui neste site. Você escreve tão bem que realmente parece que estamos dentro da web, que fazemos parte dos personagens, como se estivéssemos viajando por toda a história!
Estou tão encantada que até penso em reler a web, cada capítulo que eu via que você havia postado me fazia delirar, porque eu sabia que você melhoraria a história em cada capítulo postado! Me sinto tão orgulhosa de estar comentando e te agradeço por ter postado essa web aqui, porque web's assim como a sua, é completamente difícil de aparecer por aqui, você escreve tão bem que eu fico impressionada demais.
Hoje posso dizer que eu fui uma leitora fiel, mas antes não comentei porque ficava cada vez vidrada com seus capítulos e iria esperar até o último capítulo para comentar e dizer o quanto eu amei sua web. Parabéns, e muito obrigado por ter usado esse dom aqui só para nos fazer enlouquecer com essa história perfeita!