Fanfics Brasil - 32 - Déjà vu Voltar a Viver

Fanfic: Voltar a Viver


Capítulo: 32 - Déjà vu

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Capítulo XXXII – Déjà Vu


 


Narrado por Emmett


 


Eu ainda não tinha
conseguido dormir. A notícia de que seria pai ecoava em minha mente. De repente
comecei a compreender toda a paranóia de Edward em relação a Bella e Sofia. A
felicidade se igualava com uma precisão assustadora ao medo de que algo de
errado acontecesse e era muito frustrante não ter o controle sobre a vida
daquelas pessoinhas que estavam crescendo na barriga da minha Rose. Meus
filhos. Nossos filhos. Sorri com esse pensamento.


A casa estava mergulhada
no mais absoluto silêncio e eu já sentia o sono chegar quando a porta do quarto
se abriu e Brian entrou correndo, arrastando um bicho de pelúcia.


_ Hey, amigão! O que você
está fazendo acordado a essa hora? Teve um pesadelo? – perguntei enquanto ele
subia na minha cama. 


_ Vem comigo, tio Emm? –
ele puxava meu braço tentando me tirar da cama.


_ Brian, já está tarde e
você tem que dormir. Quer ficar aqui com o tio? –perguntei achando que ele
estava com medo de dormir sozinho.


_ Vem comigo! A mamãe
pediu pra avisar que a Sofia está nascendo! – ele continuava a puxar o meu braço.


Meu peito queimou de
susto. Pulei da cama e vesti a primeira coisa que vi pela frente enquanto Brian
me olhava ansioso. Peguei minha carteira, as chaves do carro e meu celular já
discando o número de Rose. Ela atendeu no primeiro toque.


_ Já está com saudades de
mim? – eu podia sentir o sorriso em sua voz.


_ Amor, eu sempre sinto
saudades de você, mas agora o motivo é outro. Estou levando a Bella para o
hospital. Nossa sobrinha está querendo nascer. – respondi enquanto saía de meu
quarto indo para o quarto de Bella. – Avisa o Edward pra mim?


Quando Rosalie prometeu
avisar Edward, eu já entrava no quarto de Bella. Ela estava ajoelhada ao lado
da cama com o corpo curvado para frente e uma expressão de dor no rosto. Sua
respiração estava acelerada quando me agachei ao seu lado já desligando o
celular.


_ Bella, como você está?
–perguntei ajudando-a a se sentar na cama.


Bella olhou para o
rostinho assustado de Brian que permanecia parado na porta e tentou disfarçar
com um sorriso.


_ Eu estou bem, Emmett.
Mas acho melhor irmos para o hospital. Minha filha está com pressa de conhecer
o irmãozinho dela! – Bella dizia olhando para Brian que sorriu.


_ Brian, vá chamar a vovó
e a tia Alice e peça para que elas venham ajudar a mamãe a se trocar? – pedi.


Brian saiu correndo pelo
corredor. Assim que ele sumiu de nosso campo de vista, Bella permitiu que seu
rosto voltasse a se contorcer de dor.


_ Me diga a verdade,
Bella! Brian já não pode nos ouvir! –pedi.


Ela não conseguiu
responder. Uma nova contração chegava tirando-lhe praticamente todo o ar. O
máximo que ela conseguiu fazer foi cravar com força as unhas nos meus braços.
Eu ainda a amparava. Senti meus braços queimarem, mas não reclamei. Sabia que a
dor que Bella estava sentindo era muito mais intensa do que a minha. Apenas
ajudei-a a se deitar esperando que a dor passasse. Esme e Alice apareceram
correndo no quarto. Alice correu para o closet enquanto minha mãe se aproximava
da cama. Saí do quarto fechando a porta atrás de mim. Ficaria esperando do lado
de fora do quarto até que Bella estivesse pronta para ir. Eu andava de um lado
para o outro quando meu celular tocou. Era Edward querendo saber notícias de
Bella. Tentei tranqüilizá-lo mesmo sabendo que seria impossível fazê-lo. Eu
mesmo não estava tranqüilo. Queria não ter colocado Edward de plantão aquela
noite, assim não teria que dirigir com Bella até o hospital. A história parecia
estar se repetindo e eu estava apavorado.


Após descer com Bella nos
braços e colocá-la o mais gentilmente possível no carro, dei a partida pedindo
a Deus para que tudo desse certo desta vez. Alice, sentada no banco de trás,
segurava a mão de Bella que, deitada no banco reclinado, respirava
aceleradamente quando uma nova contração surgia. Eu sentia minhas mãos suadas e
trêmulas ao volante. Imaginei como reagiria quando chegasse a vez de Rose.


_ Fique tranquila, Bella!
Nós já estamos quase lá! – disse sorrindo nervoso.


Eu me senti aliviado ao avistar de longe o hospital. Já podia
ver Edward e várias outras pessoas aguardando a nossa chegada. Tudo o que nos
separava da entrada do hospital era o semáforo com a luz vermelha acionada. Eu
tamborilava os dedos impacientes sobre o volante do carro, rezando para que a
luz verde não demorasse a se acender.  Assim que avistei a luz verde que me dava permissão para prosseguir, pisei
no acelerador e comecei a passar pelo cruzamento.
Tudo
o que me lembrava era de um carro em alta velocidade que avançou o sinal
vermelho chocando-se em cheio com a porta do passageiro do carro lançando-o contra
um poste do outro lado do cruzamento.


_ Emmett? – a voz de
Alice me tirou de meus pensamentos. – O que você está esperando? O sinal já
está verde!


Sacudi a cabeça tentando
espantar aquelas lembranças dolorosas de minha mente. Lentamente comecei a
empregar pressão sobre o acelerador para passar pelo cruzamento, mas brequei o
carro de repente fazendo com que tanto Alice quanto Bella se sobressaltassem.


_ O que foi, Emmett? –
Alice perguntou assustada.


_ Desta vez não!
–respondi mais para mim mesmo do que para a minha irmã, mas tive a impressão de
que ela entendeu o que eu quis dizer.


Olhei na direção do
cruzamento para me certificar que nenhum maluco se atreveria a avançar o sinal
vermelho para só então recolocar o carro em movimento.


 


Narrado por Edward


 


Do outro lado do cruzamento, eu assistia um carro que atingia
brutalmente a lateral do Mercedes S55 AM lançando-o contra um poste. Toda a
equipe diante do hospital corria em direção ao acidente enquanto eu reconhecia
petrificado o carro do meu pai. Sabia que Emmett estaria dentro dele trazendo minha
mulher e nossa filha. Minha mente me dizia para correr em direção à minha
família, mas minhas pernas não obedeciam. Estava congelado diante do hospital e
só conseguia ouvir as vozes distantes da equipe médica que já socorria as
vítimas.


_ Edward? – a voz suave
de Bella me libertou de minhas lembranças.


Bella estava sentada no
banco do passageiro olhando para mim com um sorriso de pura felicidade nos
lábios. Olhei para ela e sorri de volta sentindo meu coração diminuir o ritmo de
suas batidas com o alívio de vê-la ali diante de mim.


_ Feliz aniversário,
amor! – ela disse ao pegar a minha mão estendida.


Eu a abracei apertado e
lhe beijei os lábios antes de sentá-la na cadeira de rodas que a aguardava
próxima ao carro. Não conseguia parar de sorrir ao saber que em poucas horas eu
teria nossa filha em meus braços.


_ Parece que você decidiu
me dar o meu melhor presente de aniversário, minha vida! – eu disse sorrindo
agachado de frente para ela – Vamos entrar, eu quero vê-la confortável o mais
rápido possível!


Fiz com que Bella fosse
rapidamente instalada em um dos melhores quartos do hospital. Rose já esperava
por ela quando entrei empurrando a cadeira de rodas.


_ E aí, Bella! Preparada
para trazer essa bonequinha ao mundo? – perguntou Rosalie visivelmente
emocionada.


Bella não pôde responder.
Uma nova contração a fez contrair o rosto em uma careta de dor acelerando
instantaneamente sua respiração. Bella sentiu-se molhada e arregalou os olhos
para Rosalie que imediatamente a examinou e sorriu tranqüilizando-a.


_ Sua bolsa estourou,
Bella! Está tudo bem, agora o processo vai começar a se acelerar e logo ...
logo vocês vão estar com a Sofia nos braços. – ela disse.


_ Obrigada, Rose! – disse
Bella com um sorriso aliviado.


Eu ficaria ali ao seu
lado durante todo o tempo. Nem mesmo uma emergência no hospital me tiraria
dali. Eu sentia na minha própria pele cada contração de Bella. Por mais que eu
soubesse que era por uma boa causa, era horrível assistir a dor que ela estava
sentindo sem poder fazer nada. Mais uma vez me senti impotente diante do mundo,
mais uma vez eu só podia ficar ao seu lado lhe dando força e amor. Não era
justo que ela tivesse que fazer todo o trabalho sozinha, eu queria pelo menos
poder dividir aquela dor com ela. Ela estava sofrendo, mas ainda assim sorria.
Linda. Perfeita. O medo do parto parecia ter sido completamente esquecido com a
felicidade de ter nossa filha nos braços em poucas horas.


Bella agora estava
dormindo. Depois de sofrer por quase seis horas ela finalmente atingiu os seis
centímetros de dilatação e pôde tomar a peridural. Ela agora estava ligada a
diversos aparelhos que monitoravam sua pressão, seus batimentos cardíacos e
também os de Sofia. As contrações estavam cada vez mais próximas e em pouco
tempo ela começaria a empurrar, mas por hora ela precisava descansar para
recuperar as forças. Eu continuava sentado ao seu lado com o queixo apoiado em
seu travesseiro velando seu sono. Ela parecia tranquila. Seu rosto, embora
transparecesse o cansaço causado pela noite sem dormir e pelas horas de dor,
estava sereno e um lindo sorriso ameaçava surgir nos cantos de seus lábios. Ela
parecia estar sonhando com algo bom.


_ Edward? – ouvi a voz de
Rose sussurrando ao meu lado – Como ela está?


_Conseguiu dormir depois
da anestesia. Você acha que ainda vai demorar muito Rose? Eu não suporto vê-la
sofrendo! – eu perguntei aflito.


_ Agora ela não vai mais
sentir dor, Edward! As contrações a partir de agora serão apenas uma forte
pressão no canal vaginal, mas sem dor! – ela me disse. – Mas respondendo à sua
pergunta, vamos ver se ainda falta muito.


Rose posicionou-se entre
as pernas de Bella para fazer o exame de toque. Após alguns segundos ela olhou
para mim e sorriu.


_ Falta muito pouco pra
você estar com a sua bonequinha nos braços, papai! – meu coração se acelerou –
Ela já está com oito centímetros. Só mais um e ela poderá começar a empurrar.


Um misto de alegria e
medo começou a se apoderar de mim. Por mais que eu quisesse ter minha menina em
meus braços eu estava apavorado com a ideia de que algo pudesse sair errado.


 


Narrado por Bella


 


A dor era atordoante, mas
se igualava em intensidade à felicidade que eu sentia ao saber que faltavam
poucas horas para que minha bonequinha finalmente estivesse em meus braços.
Edward, como sempre, estava ao meu lado. Eu podia perceber que ele estava
sofrendo comigo a cada contração e só pedia para que Deus me ajudasse a trazer
nossa filha ao mundo com saúde ou eu não sobreviveria ao ver a tristeza nos
olhos de Edward se algo acontecesse. Espantei os pensamentos ruins da minha
cabeça e me concentrei nos imensos olhos azuis e brilhantes que me olhavam com
carinho o tempo todo.


_ Eu quero que ela seja
como você, amor! – eu disse beijando sua mão que segurava a minha.


_ Eu gostaria que ela
tivesse alguma coisa de você também, minha vida! Não é justo você ter todo esse
trabalho sozinha e ela se parecer somente comigo! – ele disse com a voz
embargada pela emoção.


Uma nova contração estava
chegando, eu já podia sentir a dor se acentuando. Eu procurava não demonstrar o
quanto estava doendo porque sabia que os olhos de Edward estavam cravados em
mim e ele sofria me vendo sofrer. Mas estava praticamente impossível disfarçar
com as dores ficando cada vez mais fortes e eu já estava começando a me sentir
extremamente cansada. Felizmente eu atingi os seis centímetros de dilatação e
pude ser anestesiada. O alívio foi praticamente instantâneo, tanto para mim
quanto para Edward. 


_ Tente dormir um pouco,
Bella! Você precisa descansar para estar forte na hora de empurrar o bebê! –
Rose me disse ao acabar de me examinar.


Olhei para o rosto de
Edward. Ele também parecia cansado, mas sustentava um sorriso enorme nos lábios
enquanto me olhava com carinho.


_ Feche os olhos, amor!
Eu vou estar aqui quando você acordar! – ele disse acariciando meus cabelos.


Parei de lutar contra o
cansaço e me entreguei à inconsciência. Não sei por quanto tempo dormi, mas
despertei ouvindo a voz de Rose enquanto me examinava mais uma vez.


_ Falta muito pouco pra
você estar com a sua bonequinha nos braços, papai! – ela dizia para Edward que
sorria – Ela já está com oito centímetros. Só mais um e ela poderá começar a
empurrar.


Meu coração deu um salto
e disparou como um cavalo desembestado ao ouvir aquelas palavras. Faltava tão
pouco agora! Encarei os olhos emocionados de Edward e sorri.


_ Seu presente está quase
chegando, amor! – eu disse deixando uma lágrima rolar de meus olhos.


Edward não disse nada,
nem era preciso. A expressão emocionada em seu rosto falava mais do que
qualquer palavra que ele pudesse dizer. Ele apenas secou minhas lágrimas com
seus lábios enquanto eu me perdia no azul intenso de seu olhar.


_ Emmett está aí fora
querendo saber de você! – ele finalmente conseguiu dizer.


Ouvir o nome de Emmett me
lembrou de um detalhe ao qual antes, por causa da dor, eu não havia dado a
devida atenção. Como ele sabia que eu tinha entrado em trabalho de parto antes
que eu mesma soubesse? Sim, porque quando ele entrou em meu quarto pronto para
sair e falando com Rose no celular eu ainda estava sentindo as dores da minha
primeira contração. Eu precisava perguntar isso a ele. Já estava prestes a
pedir a Edward que o chamasse quando Rose entrou no quarto para me examinar. O
sorriso de satisfação que ela me deu dispensava qualquer explicação. Eu estava
pronta. Minha filha estava finalmente chegando. Essa era a minha prioridade
agora, qualquer outra coisa que não fosse Sofia poderia ficar para depois.


_ Vamos começar a
trabalhar, mamãe? – a voz de Rose me despertou de meus pensamentos.


Eu sorria abertamente
para todos enquanto era levada em uma maca para a sala de parto. Edward
caminhava o tempo todo ao lado da maca sem soltar a minha mão por nem mesmo um
milésimo de segundo e sorria orgulhoso e emocionado levando tapinhas nas costas
na medida em que avançávamos pelos corredores. Vi rapidamente os rostos
emocionados de Alice, Jasper, Emmett, Leah, Jake, Esme e Carlisle com Brian no
colo que sorriu e acenou para mim enquanto eu passava pelo corredor antes de
finalmente desaparecer atrás da porta da sala de parto.


_ Bella, você vai sentir
uma forte pressão no seu canal vaginal. Quando isso acontecer eu quero que você
respire fundo, prenda a respiração e empurre com o máximo de força que
conseguir por dez segundos, está bem? – Rose me explicava depois que eu tinha
sido colocada da mesa de parto.


Assim que senti a
primeira pressão, enchi meus pulmões de ar, prendi a respiração e empurrei com
todas as minhas forças enquanto Edward segurava minha mão e contava baixinho
até dez em meu ouvido. Soltei o ar de uma só vez e voltei a relaxar sobre a
mesa ouvindo as palavras de incentivo de Rose.


_ Eu te amo, minha vida!
Você está se saindo muito bem! – Edward dizia emocionado e beijava minha mão
que segurava a dele com força.


Senti outra vez a pressão
e empurrei mais uma vez apertando a mão de Edward que continuava contando os
dez segundos para mim e acariciando meus cabelos.  Depois que soltei novamente o ar, fui
surpreendida por uma nova pressão, mas essa era diferente. Era meio
desconfortável, como se eu quisesse fazer... Ah, não! Isso não ia acontecer
agora, ia? Se Emmett ficasse sabendo de uma coisa dessas não me daria sossego
para o resto da minha vida!


_ Rose? – a chamei com os
olhos arregalados, completamente apavorada.


Rose apenas riu.


_ É normal, Bella! Sofia
já está coroando e isso faz com que você sinta uma pressão maior no reto como
se quisesse evacuar. Fique tranquila, não vai acontecer nenhum acidente e se
acontecer é absolutamente normal! – ela disse divertida.


_ Emmett jamais me
deixaria em paz se isso acontecesse! – eu disse e Edward riu beijando minha
testa.


_ Pode deixar comigo,
amor! Eu protejo você do grandalhão! – ele disse baixinho em meu ouvido e
beijou meus lábios.


_ Hey, vocês dois! Vamos
parar com essa safadeza aí porque tem uma menina linda esperando pra nascer
aqui! – Rose disse rindo.


Mais uma vez a pressão
chegou e eu empurrei ouvindo a voz suave e musical de Edward em meu ouvido. A
pressão no reto havia aumentado, aquilo era muito estranho.


_ Bella, a cabeça já
saiu! Você vai sentir um pequeno desconforto agora porque eu tenho que virar a
cabecinha dela para que os ombros fiquem melhor posicionados para sair, ok? –
Rose me avisou e eu assenti com a cabeça. – Uma coisa eu já lhe digo: ela é bem
cabeludinha!


Não pude deixar de
sorrir. Meus olhos traiçoeiros já queriam se encher de lágrimas só de saber
esse pequeno detalhe. Eu não agüentava mais esperar para vê-la diante dos meus
olhos. Decidi que na próxima pressão eu empurraria com todas as minhas forças
de uma só vez. Assim que Sofia estava fora do meu corpo me senti estranhamente
vazia. Por mais que eu desejasse que aquele momento chegasse senti-la dentro de
mim durante os nove meses tinha sido a sensação mais maravilhosa da minha vida,
mas nada se comparava à sensação de ouvir o som que agora eu ouvia: o som mais
lindo do mundo, o choro forte da minha filha que preenchia toda a sala de parto
anunciando para quem quisesse ouvir que ela estava ali. Outro som de repente
chamou a minha atenção: o som dos meus soluços misturados aos de Edward que
chorava convulsivamente ao meu lado de olhos fechados, mas com um sorriso lindo
nos lábios enquanto suas mãos trêmulas seguravam forte a minha mão e ele
mantinha sua testa colada na minha.


_ Obrigado, minha vida!
Você me faz o homem mais feliz do mundo! – ele disse com o rosto banhado de
lágrimas.


_ Obrigada você, meu
amor, por me fazer completa! –eu disse beijando sua testa.


Edward abriu os olhos e
me fitou com aquelas enormes safiras azuis que brilhavam intensamente. Ficamos
ali nos olhando enquanto ouvíamos o choro da nossa filha que estava recebendo
os primeiro cuidados.


_ E então, papai? Vai
querer cortar o cordão umbilical ou quer que eu mesma faça isso? – Rose
perguntou divertida.


Edward sorriu para mim
antes de me beijar mais uma vez e se levantar orgulhoso para romper o último
laço que me ligava fisicamente à minha filha. A partir daquele momento Sofia
era oficialmente um indivíduo e não mais parte de mim. Assim que Edward cortou
o cordão, Rose a envolveu em uma manta e se aproximou para entregá-la a mim,
mas eu fiz que não. Ela imediatamente entendeu o que eu queria e a ofereceu a
Edward.


_ Seu presente de
aniversário, papai! – eu disse sorrindo para Edward.


Ele a tomou nos braços e
lhe deu um beijo suave na testa.


_ Seja benvinda ao mundo,
bonequinha! O papai te ama muito, viu? – ele disse enxugando as lágrimas que
insistiam em rolar de seus olhos.


Sofia, que até então
chorava, calou-se ao ouvir a voz de Edward e abriu os olhinhos o encarando.
Edward arregalou os olhos e arfou surpreso.


_ Meu Deus! – ele disse
espantado.


_ O que foi, Edward? –
meu coração estava disparado.


_ Amor, olha isso! – ele
disse sentando-se ao meu lado e trazendo Sofia para perto de mim.


Ela me encarou e eu perdi
o ar. Minha filha era a cópia exata do pai: a cor dos cabelos, dos olhos, da
pele e os mesmos traços perfeitos e delicados de Edward. Perfeita. Maravilhosa.
Meus olhos se encheram novamente de lágrimas me impedindo de vê-la com clareza.


_ Oi, bonequinha da
mamãe! Eu amo você! – eu disse para a minha filha – Eu amo vocês! Feliz
aniversário, amor! – eu disse olhando para Edward.


_ Obrigado, Bella! – ele
não conseguia parar de sorrir.


Uma enfermeira logo levou
Sofia para os procedimentos de pesagem e para os exames de praxe. Não demorou
muito tempo até que eu fosse transferida para o quarto novamente. O cansaço já
me dominava, mas eu não queria dormir. Eu queria minha filha junto de mim,
queria vê-la, acariciá-la, beijá-la, mas acima de tudo queria sentir a emoção
de amamentá-la pela primeira vez.


_ Ela ainda vai demorar
um pouquinho para voltar para você, Bella! – Rose tentava me convencer a
descansar – Tente dormir um pouco, você precisa de repouso!


_ Obrigada por tudo,
Rose! Você foi magnífica! – disse fechando os olhos.


Não cheguei a ouvir a
resposta de Rose. Os dedos carinhosos de Edward passeando pelos meus cabelos
enquanto ele me cantava baixinho uma canção de ninar foram a última coisa que
senti antes de adormecer, finalmente vencida pelo cansaço.


 


Narrado por Edward


 


O som do chorinho
delicado da minha filha foi a música mais linda que eu já ouvi. Meu coração
batia disparado no peito enquanto de olhos fechados eu deixava que meus ouvidos
registrassem cada nota daquela melodia maravilhosa que enchia toda a sala de
parto. De repente, a canção tornou-se mais complexa na medida em que meu choro
e o de Bella se misturaram aos acordes principais. A composição estava
finalmente completa e eu sorria feliz segurando a mão da minha mulher, minha
testa colada na dela. Minha Bella!


_ Obrigado, minha vida!
Você me faz o homem mais feliz do mundo! – eu chorava mais do que um bebê.


_ Obrigada você, meu
amor, por me fazer completa! – ela disse beijando minha testa.


Abri meus olhos e encarei
meu chocolate derretido preferido. Bella estava ainda mais linda. Como isso era
possível? Como a perfeição podia ficar ainda mais perfeita? Isso deveria ser
pecado! Um homem pode morrer do coração diante de uma visão dessas! Meus olhos
estavam presos no olhar brilhante e emocionado de Bella enquanto o choro de
nossa filha soava como um fundo musical de um filme de romance.


_ E então, papai? Vai
querer cortar o cordão umbilical ou quer que eu mesma faça isso? – a voz de
Rose me tirou da hipnose.


Eu sorria feito um bobo.
Levantei-me cheio de orgulho depois de beijar os lábios de Bella e cortei o cordão
que por nove meses tinha ligado mãe e filha de uma forma que eu jamais seria
capaz de sentir ou compreender. Eu invejava Bella por isso. Por mais que eu
sentisse a presença da minha filha quando tocava sua barriga eu jamais a senti
da mesma forma que Bella, fui um mero expectador de seu crescimento. Mas agora
seria diferente, eu estava quase em pé de igualdade com Bella. Quase, porque
ainda tinha uma emoção que eu jamais poderia sentir: a de amamentar. Rose
envolveu minha filha em uma manta e a ofereceu a Bella, mas ela negou com a
cabeça. Rose então se aproximou de mim sorrindo e eu senti meu coração aos
pulos quando peguei Sofia nos braços.


Tão pequena! Tão frágil!
Tão linda!


_ Seu presente de
aniversário, papai! – Bella disse sorrindo para mim.


Eu olhava para aquela
pequena criatura em meus braços e me perguntava se eu poderia ser mais feliz do
que já era. Aproximei meus lábios com cuidado e lhe dei um beijo suave na
testa.


_ Seja benvinda ao mundo,
bonequinha! O papai te ama muito, viu? – a verdade daquelas palavras trouxe
mais lágrimas para meus olhos.


Sofia, que ainda chorava,
ficou quietinha parecendo reconhecer o som da minha voz e imediatamente abriu
os olhinhos me encarando. Arfei sofrendo todo o impacto de olhar aqueles
imensos olhos azuis.


_ Meu Deus! – eu disse em
choque.


_ O que foi, Edward? – a
voz de Bella soou assustada.


_ Amor, olha isso! – eu
disse sentando-me ao seu lado e trazendo Sofia para perto dela.


Não foi preciso dizer
mais nada. Bella arfou ao perceber o que eu tinha visto: Sofia era idêntica a
mim em absolutamente tudo. Eu tentava achar em seu rostinho delicado algum
traço que lembrasse Bella, mas não conseguia achar nada exceto a textura suave
de sua pele fininha e rosada. Brian tinha acertado mais uma vez. Olhei para
Bella que a fitava encantada com os olhos cheios de lágrimas.


_ Oi, bonequinha da
mamãe! Eu amo você! – ela deu as boas vindas à nossa filha – Eu amo vocês!
Feliz aniversário, amor! – ela disse olhando para mim.


_ Obrigado, Bella! – eu
tinha um sorriso bobo preso nos lábios.


Assim que a enfermeira
levou Sofia para o berçário, Bella foi transferida para o quarto. Ela parecia
uma criança brigando com o sono. Não queria dormir para não perder nenhum
momento ao lado de nossa filha, mas Rose conseguiu convencê-la a descansar. Ela
já ia saindo do quarto quando eu a chamei.


_ Obrigado, Rose! – eu a
abracei apertado e beijei sua testa.


A voz preguiçosa de Bella
chamou a nossa atenção.


_ Obrigada por tudo,
Rose! Você foi magnífica! – ela disse fechando os olhos.


_ Disponham, sempre! –
Rose respondeu sorrindo antes de sair do quarto.


Sentei-me na poltrona ao
lado da cama e olhei para a linda mulher adormecida ao meu lado. Enquanto
velava seu sono sereno e adorava suas feições tranqüilas, agradeci a Deus pela
graça que ele me havia concedido. Mesmo com todo o perigo que havíamos corrido,
mesmo com todas as manobras que aquele monstro tinha arquitetado contra nós,
Deus havia permitido que Bella tivesse uma gravidez tranquila e que nossa filha
viesse ao mundo saudável e em segurança.  Eu estaria em dívida eterna com Ele.


Eu estava cansado, mas me
sentia feliz como nunca tinha me sentido em toda a minha vida. Recostei-me na
poltrona macia e deixei que o cansaço me vencesse. A última coisa que vi antes
de fechar os olhos foi o sorriso lindo que surgia no rosto de Bella. Ela
parecia estar sonhando com algo bom...



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Autor(a): bonno

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 125



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  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:05

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:05

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:56:04

    + por favor plisss
    Amei sua webbb
    bjjssss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:52:11

    Bonno,sua web é demais,continua plisss
    Adorei essa história de amor !
    parabéns por ela
    Abraçosss

  • biakal Postado em 17/10/2010 - 21:52:11

    Bonno,sua web é demais,continua plisss
    Adorei essa história de amor !
    parabéns por ela
    Abraçosss

  • mallu Postado em 17/10/2010 - 18:29:10

    Bonno, eu iria amar se algum dia você resolvesse criar outra web aqui, ou até mesmo se fizesse uma temporada contando tudo mais o que aconteceu na vida do Brian.
    Sem dúvidas eu iria lê-la com orgulho!
    Beijos, admiro muito a sua capacidade imensa de saber escrever histórias com tanta perfeição assim! =D

  • mallu Postado em 17/10/2010 - 18:28:48

    OMG! Não sei se consigo conviver sem mais alguns capítulos da sua web.
    Céus, ela é sem dúvidas a melhor web que eu já li aqui neste site. Você escreve tão bem que realmente parece que estamos dentro da web, que fazemos parte dos personagens, como se estivéssemos viajando por toda a história!
    Estou tão encantada que até penso em reler a web, cada capítulo que eu via que você havia postado me fazia delirar, porque eu sabia que você melhoraria a história em cada capítulo postado! Me sinto tão orgulhosa de estar comentando e te agradeço por ter postado essa web aqui, porque web's assim como a sua, é completamente difícil de aparecer por aqui, você escreve tão bem que eu fico impressionada demais.
    Hoje posso dizer que eu fui uma leitora fiel, mas antes não comentei porque ficava cada vez vidrada com seus capítulos e iria esperar até o último capítulo para comentar e dizer o quanto eu amei sua web. Parabéns, e muito obrigado por ter usado esse dom aqui só para nos fazer enlouquecer com essa história perfeita!


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